
O modelo cooperativista é a solução para enfrentar as crises globais
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No podcast “Isto é o Povo a Falar”, o Sistema OCB/DF e a Cooperativa dos Povos Portugueses defendem o cooperativismo como alternativa viável para reduzir desigualdades econômicas
Na última quinta-feira (31), o presidente do Sistema OCB/DF, Remy Gorga Neto, e o presidente da Cooperativa do Povo Portuense - CPP, Paulo Teixeira, debateram os desafios e as perspectivas do cooperativismo em um contexto global marcado pelo avanço do individualismo e da competitividade excessiva, no podcast “Isto é o Povo a Falar”.
Durante o episódio, ambos reforçaram que o modelo cooperativista permanece atual e necessário, oferecendo respostas eficazes a problemas estruturais como desigualdade social, concentração de renda e exclusão econômica.
Para Paulo Teixeira, por sua vez, trouxe um viés de sustentabilidade financeira das cooperativas que deve caminhar lado a lado com os princípios de solidariedade que fundamentam o setor. “Cuidar da saúde econômica de uma cooperativa é garantir a sua capacidade de incluir e proteger os seus. Sem organização e disciplina, a força do cooperativismo se dilui diante das pressões do mercado”, destacou.
O presidente do Sistema OCB/DF, chamou atenção para o papel da educação na formação de uma cultura cooperativista. Segundo ele, os sistemas de ensino ainda reforçam uma lógica de competição que dificulta a construção de valores coletivos. “Precisamos ensinar, desde cedo, que dividir recursos não é um sinal de fraqueza, mas sim de justiça social e inteligência coletiva”, afirmou.
Ambos os representantes ressaltaram a importância de políticas públicas específicas e marcos legais adequados para o fortalecimento do setor. Paulo Teixeira defendeu avanços legislativos que considerem as particularidades das cooperativas, enquanto Remy Gorga Neto propôs incentivos fiscais e programas de capacitação voltados a áreas estratégicas como saúde, educação e agroindústria.
Outro tema discutido foi a relação do cooperativismo com o mercado. Para os participantes, o modelo não se opõe ao sistema econômico vigente, mas oferece uma alternativa mais humanizada de atuação. “O cooperativismo distribui resultados de forma mais justa e fortalece as comunidades onde está presente. É uma via de transformação social concreta”, conclui Remy.
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