
3ª Cimeira Internacional das Cooperativas de Língua Portuguesa fortalece parcerias e aponta caminhos para o futuro do cooperativismo
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Evento internacional conectou mais de 10 países e trouxe soluções para o setor
Brasília, virou palco e o centro do cooperativismo lusófono durante a realização da 3ª Cimeira Internacional das Cooperativas de Língua Portuguesa (CICLP). O evento, que aconteceu no Complexo Brasil 21, entre os dias 19 e 21, reuniu lideranças, especialistas, parlamentares e representantes de mais de dez países que têm o português como idioma oficial. A iniciativa foi promovida pela Organização das Cooperativas dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP), com apoio da OCB/DF e da Cooperativa do Povo Portoense.
A programação contou com painéis, reuniões estratégicas, apresentações de cases de sucesso e muito networking. Ao longo dos dois dias, o debate sobre o desenvolvimento do setor cooperativo esteve no centro das discussões. Temas como educação cooperativista, internacionalização, logística, investimento, governança e modernização foram explorados.
Além disso, o evento reuniu representantes do Brasil, Portugal, Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, que discutiram caminhos para aprimorar as legislações que regem as cooperativas em seus países. Segundo eles, o cooperativismo tem papel fundamental no desenvolvimento social e econômico, sobretudo em contextos onde o Estado não consegue alcançar todas as demandas da população.
“Tivemos uma plateia bastante interessada, realmente comprometida com os temas que temos para debater e discutir ao longo desses dias. O mais importante é que possamos, juntos, construir soluções, propor encaminhamentos e pensar no futuro do cooperativismo nos países de língua portuguesa. A participação ativa dos representantes de Portugal e dos países africanos de língua portuguesa traz para nós um forte senso de propósito, de início de atividades muito relevantes e de uma realização para o cooperativismo lusófono.” comentou o Presidente do Sistema OCB-DF, Remy Gorga Neto.
Modelos de sucesso e internacionalização do cooperativismo
Os debates reforçaram que a internacionalização do cooperativismo, especialmente em setores como o agronegócio, já é uma realidade. Entretanto, os desafios passam pela qualificação dos agentes cooperativos, aprimoramento da logística e adoção de práticas inovadoras.
O cooperativismo brasileiro foi apresentado como referência, especialmente no que diz respeito a assistência técnica no agronegócio. Atualmente, enquanto o atendimento técnico no setor agrícola brasileiro atinge cerca de 20%, nas cooperativas esse índice chega a 70%. São mais de 9 mil técnicos agrícolas atuando em todo o país, levando inovação, conectividade e soluções sustentáveis ao campo.
A Superintendente da OCB, Tânia Zenella, ressaltou a importância do evento.
“De forma geral, as cooperativas, especialmente no setor agropecuário brasileiro, estão fortemente pautadas na adoção de novas tecnologias, na busca por maior conectividade no campo e no acompanhamento das tendências mais modernas do agronegócio. Uma novidade muito relevante no Brasil é o papel crescente das cooperativas na prestação de serviços, especialmente na assistência técnica aos cooperados.’’ completou
Uma das novidades desta edição foi a realização de painéis simultâneos, em que os participantes podiam escolher, por meio de fones, quais temas acompanhar.
Sobre a Cimeira Internacional das Cooperativas de Língua Portuguesa (CICLP)
A CICLP é um dos principais encontros de integração do setor cooperativista entre os países lusófonos. O evento tem como missão promover a intercooperação, a troca de conhecimento e a criação de soluções conjuntas para os desafios do cooperativismo, alinhando desenvolvimento econômico, inclusão social e sustentabilidade.