Encontro de Mulheres Cooperativistas do DF destaca empoderamento e inclusão no cooperativismo
Na tarde desta quarta-feira, 15, o Sistema OCB/DF celebrou o Dia da Mulher Cooperativista com um evento especial que reuniu mulheres líderes e representantes do cooperativismo local. Instituído pela Câmara Legislativa do DF em 2022, o Dia da Mulher Cooperativista tem sido uma data significativa para reconhecer e valorizar a contribuição das mulheres nas cooperativas do Distrito Federal.
Durante a abertura do evento, Remy Gorga Neto, que ressaltou a importância da data, que simboliza o reconhecimento e a valorização da força do papel transformador das mulheres no movimento cooperativista. ‘‘A participação das mulheres traz sempre novas perspectivas, conhecimento, empolgação e uma dinâmica única para o funcionamento das nossas cooperativas e é por isso que o Sistema OCB/DF segue engajado em atividades para as mulheres pois entendemos que a participação feminina promove um novo olhar sobre o modelo de sociedade que queremos como cooperativistas’’, destacou Remy.
Em 2023, dos mais de 23 milhões de cooperados, 41% são mulheres, sendo 23% nos cargos de presidente e conselheiras das cooperativas. O dado, apresentado por Divani Souza, analista de desenvolvimento e gestão do Sescoop Nacional, traz uma reflexão sobre a presença das mulheres no cooperativismo e os desafios para que os números de participação feminina nas cooperativas continuem a crescer. Divani destacou a necessidade de fortalecer núcleos com as presenças femininas para que as mulheres conquistem ainda mais espaço na liderança cooperativista. ‘‘Mulheres participam e também lideram, inovam e inspiram. Ao fortalecer as comunidades e a presença delas nas cooperativas, promovemos um mundo mais justo e inclusivo’’, ponderou a analista do Sescoop Nacional.
Na sequência, Juscineide Pimentel, líder do Comitê de Mulheres do DF e gestão de pessoas na Cooperforte, apresentou as ações do comitê, que iniciou suas atividades em abril deste ano. O comitê tem realizado reuniões frequentes com o objetivo de promover o empoderamento feminino e a transformação das mulheres dentro das cooperativas, criando mais oportunidades e fortalecendo a participação delas no movimento cooperativista. ‘‘É uma honra representar este comitê que vai muito além de reuniões e discussões. É uma construção coletiva de oportunidades para transformar os ambientes em locais onde as mulheres se sintam capazes e preparadas para assumir papéis de destaque cada vez mais’’, disse.
Quem esteve presente pode participar de um talk sobre "Mulheres e Diversidade" a partir de histórias que se conectam e fortalecem comunidades, conduzido por Aline Lima, líder nos assuntos de diversidade, equidade e inclusão para a América Latina, na empresa de cosméticos Natura. Aline abordou a importância da equidade em todos os ambientes, seja nas casas, escolas, trabalho, esportes e como é fundamental que as mulheres se unam em objetivos comuns para fortalecerem ainda mais a representatividade feminina. ‘‘É importante e potente quando mulheres se conectam. Se pararmos para analisar a história, a forma como a sociedade está estruturada tende à desigualdade e, do jeito que estamos, vamos demorar 131 anos para alcançar a equidade e garantir que mulheres tenham os mesmos direitos e acessos que os homens. É por isso que convido todas as mulheres ao coletivo, à união e principalmente para que possamos fortalecer umas as outras para garantir que nossas vozes sejam ouvidas e nossas necessidades sejam atendidas’’, pontuou Aline ao conduzir uma atividade interativa que proporcionou um momento de conexão e fortalecimento entre as participantes. As mulheres foram incentivadas a se expressar, compartilhando suas experiências e sentimentos, e em seguida, foram convidadas a elogiar umas às outras.
Tânia Zanella, superintendente do Sistema OCB Nacional, compareceu ao encontro e recordou como a atuação feminina no cooperativismo já ocupa um quadro de 50/50, mas que o objetivo é que essa divisão esteja também nos quadros de liderança de cada cooperativa espalhada pelo Brasil. ‘‘O futuro que foi desenhado aqui é possível de alcançar. Eu não tenho dúvidas da resiliência, do propósito de cada mulher em colocar o cooperativismo onde ele deve estar. Queremos poder contribuir, estar juntos e dividir com os homens qualquer espaço. Com o nosso jeito feminino, com a nossa naturalidade, podemos ir cada vez mais longe’’, concluiu.