A OCB e a Apex-Brasil assinaram nesta quinta-feira (19), um acordo de cooperação para qualificar as cooperativas e promover seus produtos no mercado internacional. A solenidade online contou com a presença dos presidentes Márcio Lopes de Freitas (OCB), Sergio Segovia (Apex-Brasil) e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Fernando Schwanke, e o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro, também participaram do evento. Ribeiro ministrou a palestra Cenários do Comércio Global para 2021.
A cooperação se baseia em três pilares:
- Intercâmbio de informações entre OCB e Apex-Brasil: com investimento em inteligência comercial para construir uma base de dados sobre as exportações das cooperativas que permita definir ações de mercado mais assertivas para o setor;
- Qualificação das cooperativas do agronegócio para a exportação: preparação e difusão da cultura exportadora junto às cooperativas, com ênfase na diversificação dos ramos exportadores e inserção de mais cooperativas no mercado internacional.
- Promoção de negócios comercial: impulsionar o acesso das cooperativas brasileiras em mercados estratégicos, apoiando sua participação em feiras, missões e rodadas de negócios que ampliem suas oportunidades de negócios.
NOVA FASE – “Com este acordo de cooperação técnica estamos inaugurando uma nova fase no cooperativismo, já que temos alguma experiência com as exportações, mas essa aliança é muito importante para todo o nosso movimento, porque a Apex-Brasil conhece do assunto. É um projeto sólido para construir espaços para as nossas coops, contribuindo também com o acesso delas aos novos mercados.” Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
COOPERAÇÃO - “Muito do que somos hoje em termos de cooperativismo, devemos ao exemplar trabalho da OCB nos últimos anos. Vale destacar que o cooperativismo remete à união para enfrentar os desafios que sempre surgem, por isso estamos confiantes de que poderemos avançar em busca melhores resultados, especialmente por podermos contar com o apoio da OCB e, claro ao enorme potencial de trabalho das cooperativas. Uniremos os nossos esforços para inserir mais cooperativas no mercado internacional.” Sergio Segóvia, presidente da Apex.
EXPERTISE – “Essa internacionalização com certeza trará uma expertise para nossas cooperativas, especialmente àquelas que ainda não estão no mercado internacional, como as médias e pequenas. Esse acordo já nasce com muito sucesso. Nas próximas feiras que iremos participar, teremos as nossas cooperativas lá fora, conosco. E, ao voltarmos, trazemos mais qualidade e formas de promover e gerar renda para os pequenos produtores e pequenas cooperativas. Não tenho dúvida: a qualificação para exportação, a inteligência comercial, os eventos de promoção comercial e a defesa de imagem farão a diferença para as cooperativas do país. Estou muito feliz e sei que esse acordo trará grandes frutos.” Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
SOBRE A APEX-BRASIL
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos é um serviço social autônomo com a missão de promover as exportações dos produtos e serviços do Brasil, contribuir para a internacionalização das empresas brasileiras e atrair investimentos estrangeiros para o país.
A Apex realiza um importante trabalho de qualificação e promoção comercial por meio dos seus 53 projetos setoriais. Em 2019, a Apex apoiou 14.284 empresas, sendo 53#$-$#micro e pequenas. As exportações apoiadas somaram US$ 68,1 bi em 2019, ou 30,2#$-$#do total exportado pelo Brasil.
OPORTUNIDADES PARA 2021
O secretário de Comércio e Relações Internacionais e embaixador, Orlando Leite Ribeiro, ministrou a palestra Cenários do Comércio Global para 2021. Ele destacou que poderão surgir boas oportunidades para a exportação de grãos para o mercado asiático. Segundo ele, a exportação de carne suína no Brasil cresceu quase 60-, puxada pelo mercado chinês. E deve se manter assim, devido à alta qualidade da produção nacional de suínos.
Destacou também o café. O Brasil é o maior produtor e maior consumidor do grão. “Temos exportado muito, graças à imagem de credibilidade do nosso café. Vejo o comércio internacional do café com expectativas positivas nos próximos anos”, avalia.
SAIBA MAIS
Para assistir o evento de assinatura e a apresentação do embaixador, clique aqui.
Clique aqui para assistir ao vídeo explicativo do acordo de cooperação.
Como implementar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD, como é mais conhecida a Lei nº 13.709/2018) na sua cooperativa? Essa pergunta norteou o último Encontro Coop deste ano. O evento, realizado pelo Sistema OCB, tem por objetivo promover um debate sobre os principais assuntos que impactam a rotina das coops brasileiras. E, nesta quinta-feira, o tema foi por onde começar a implementar essa lei, que, aliás, já está valendo desde o dia 22 de setembro.
Segundo o advogado especialista em LGPD, Ricardo Costa Bruno, a primeira coisa a se fazer é olhar pra dentro de casa e entender como as informações pessoais, objeto dessa nova lei geral, são usadas pela cooperativa. Esse, aliás, é o primeiro de cinco passos. Confira abaixo a orientação do especialista sobre por onde começar e o que fazer.
- Mapeie as operações da cooperativa e o tratamento dos dados envolvidos;
- Forme comitês de proteção de dados, estruturando, se for o caso, um departamento com papeis e responsabilidades bem definidos;
- Estabeleça um canal de comunicação para atender os titulares dos dados;
- Reveja os contratos e normas para adequar o que for preciso;
- Estabeleça uma agenda de treinamento e conscientização interna.
Para ele, esses passos são um bom roteiro para garantir que a cooperativa comece pelo caminho certo.
E-book
A gerente geral da OCB, Tânia Zanella, e o assessor jurídico do Sescoop, Aldo Leite, explicaram que, desde o ano passado, um grupo nacional de trabalho foi formado para analisar a LGPD (Lei nº 13.709/2018), e que o resultado dessa atuação conjunta resultou em um livro digital, que está sendo revisado. O lançamento está previsto para os próximos dias.
Balanço
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, encerrou o evento virtual que contou com cerca de 200 participantes. Ele fez um balanço das cinco edições do Encontro Coop e disse que o sucesso obtido tem um elemento principal: o comprometimento das unidades estaduais e das cooperativas. “Sem vocês, não temos razão de ser. Nossa atuação sempre foi e será focada na melhoria dos processos das coops e em tornar o cooperativismo cada vez mais essencial e próspero. Muito obrigado pela participação de todos e até o próximo encontro”, finaliza Nobile.
O apoio mútuo e a troca de experiências entre cooperativas é um dos pilares do movimento cooperativista. Com intercooperação, todos os envolvidos ganham e crescem mais. Por isso, o incentivo a essa prática agora também fará parte das políticas de Estado voltada ao cooperativismo.
Nesta quarta-feira, 21/10, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou o lançamento de um edital dentro do programa Brasil Mais Cooperativo, com foco na intercooperação. A iniciativa será promovida em parceria com a OCB e com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
O edital do Projeto Eixo Intercooperação será lançado oficialmente na próxima segunda-feira, 26/10, às 17h, na live Agro Intercoopera, realizada pela OCB e transmitida em seu canal do YouTube. Durante o evento será explicado o passo a passo para inscrição no edital e todas as informações necessárias para as cooperativas participarem.
Intercooperar para crescer
O objetivo do Projeto Eixo Intercooperação é selecionar 24 cooperativas do Nordeste, registradas e regulares na OCB, preferencialmente da agricultura familiar e que estejam localizadas na região do semiárido ou do Agronordeste.
Após a seleção, essas cooperativas vão receber uma espécie de mentoria de outras cooperativas que estão mais avançadas em aspectos importante para os negócios, como o acesso a mercados, gestão e governança e aprimoramento de processos.
As coops beneficiadas pelo projeto vão trilhar uma jornada que passa por uma série de etapas, acompanhadas de perto por especialistas, para aprimorarem sua atuação e gestão.
Live Agro Intercoopera
Para ajudar as cooperativas que têm interesse em se inscrever no edital, a OCB vai realizar uma live onde será abordada a importância da intercooperação para o desenvolvimento das coops brasileira, além de trazer o detalhamento sobre o projeto e o processo seletivo.
O evento contará com a presença do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, do secretário de Agricultura familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke, e do representante do IICA no Brasil, Christian Fisher.
Participe! Acesse bit.ly/live-coop-agro e se inscreva gratuitamente para acompanhar!
Começou hoje (13/10) o processo de julgamento dos 595 projetos concorrendo ao Prêmio SomosCoop: Melhores do Ano, promovido pelo Sistema OCB a cada ano par. No total, 320 cooperativas, de Norte a Sul do país, submeteram seus cases de sucesso. Dessas, um seleto grupo receberá o troféu como reconhecimento à criatividade, à visão e aos resultados obtidos por elas ao longo dos últimos dois anos.
"Cada vez mais conseguimos mostrar a força do nosso movimento, mesmo em momentos de crise. Sabemos que o impacto do nosso setor é gigante e retrata crescimento, transformação e geração de renda. O Prêmio Melhores do Ano é uma forma de destacar os as boas práticas das coops que tenham proporcionado benefícios reais aos seus cooperados e à comunidade", comentou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A banca julgadora também cresceu - para dar conta de analisar cada projeto inscrito - e este ano é composta por uma equipe de mais de 60 pessoas. No dia 28 de outubro, vamos conhecer os finalistas. Os vencedores serão revelados na cerimônia que está sendo preparada para o dia 24 de novembro.
Outra data importante será o dia 3 de novembro. Como novidade, nesta edição o Prêmio SomosCoop: Melhores do Ano ganhou a categoria "Influenciadores Coop". Os concorrentes foram indicados por entidades do setor e a votação para escolher os vencedores será popular, online, a partir desse dia.
Online também será a cerimônia de entrega, que está sendo pensada especialmente para esta edição que ocorre no cenário pandemico. "Seguindo todas as recomendações e cuidados, vamos conhecer os projetos e as cooperativas vencedoras. Sabemos do carinho das nossas coops com o Prêmio e, no ritmo da adaptabilidade, teremos o nosso evento especial. E contamos com a participação de todos em mais um momento de celebração das conquistas do Cooperativismo brasileiro", finalizou, em tom de convite, Márcio Lopes de Freitas.
Saiba mais sobre o Prêmio
Uma das áreas que, certamente, é essencial na vida das pessoas e das organizações, é a comunicação e, no contexto de pandemia, isso ficou muito mais evidente. Por isso, o Sistema OCB realizou nesta quinta-feira uma versão online do tradicional encontro nacional de comunicadores, reunindo profissionais de todo o país. A capacitação teve por objetivo falar sobre os rumos e as estratégias mais inovadoras e eficientes que podemos aplicar no nosso trabalho, mostrando, assim, o quanto o cooperativismo está presente na vida dos brasileiros.
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e a gerente geral da OCB, Tânia Zanella, falaram sobre o orgulho que sentem de ver uma equipe tão comprometida, não somente em divulgar o cooperativismo, mas em usar as estratégias de comunicação para fortalecer o vínculo entre a cooperativa e o cooperado.
Eles Ambos destacaram o empenho das equipes das unidades estaduais e, também, das cooperativas em manter o fluxo de informações, evitando ruídos e fortalecendo, dessa maneira assim, a imagem institucional das organizações e coops, mesmo num cenário de tantas dificuldades causadas pela pandemia do novo coronavírus.
A gerente de comunicação do Sistema OCB, Daniela Lemke, também reforçou o compromisso das equipes que se mostraram tão essenciais, contribuindo com uma comunicação direta, constante e marcando presença no meio digital, divulgando conteúdos relevantes e minimizando dos efeitos negativos do distanciamento social. A gestora também apresentou os projetos e frentes de trabalho mais atuais, desenvolvidos pela Unidade Nacional, com o apoio tanto da Diretoria do Sistema OCB quanto do Conselho de Comunicação, formado por representantes das cinco regiões brasileiras. Outro destaque da fala de Daniela foi o anúncio da realização de uma campanha nacional de divulgação do cooperativismo, prevista para começar em novembro.
CENÁRIO DA COMUNICAÇÃO
O especialista em marketing digital, Rafael Rez, falou na sequência, trazendo em destaque as ferramentas de comunicação e seu uso eficiente para a superação dos desafios atuais. Rez chamou a atenção dos participantes para a relevância das redes sociais no mundo dos negócios, especialmente devido às condições tecnológicas do nosso tempo, a um processo constante de transformação digital e, também, em função do surgimento de novos serviços e demandas por causa do distanciamento social, reflexo da pandemia.
Segundo ele, uma presença eficiente nas redes sociais não substitui, por exemplo, o site, que deve ser sempre uma referência para o cliente. “Quem tem uma boa presença nas redes sociais e não tem um site, está construindo um castelo no terreno de outra pessoa”, argumenta.
Para ele, quanto mais integradas forem as estratégias de comunicação, mais eficazes serão os resultados e, por isso, os ajustes na rota das cooperativas precisam ocorrer na mesma velocidade que ocorrem na vida das pessoas. “Muitas instituições são lentas no processo de adaptação às novidades. As pessoas aderem, mas as instituições não. Então, ganha a corrida quem consegue correr mais rápido na direção do que o usuário/cliente quer”, orienta.
Em relação às redes sociais, o especialista destacou ainda os pontos (fortes ou não) de cada uma delas. De acordo com pesquisas, o Instagram e o Whatsapp são as redes preferidas do público, atualmente, mas elas também apresentam aspectos que precisam ser levados em consideração na hora de potencializar o uso.
“O Instagram, por exemplo, é uma rede predominantemente de imagens e não oferece opções de busca. Já o Whatsapp é excelente para comunicações mais informativas, inclusive é o preferido de 85#$-$#das pessoas na hora de receber uma oferta de produto ou serviço. Os outros 15#$-$#preferem um bem elaborado e-mail marketing”, explicou.
Para acessar o conteúdo apresentado por Rafael Rez, clique aqui.
WCM
Na última parte do encontro, os comunicadores conheceram a versão digital de um dos mais tradicionais eventos de gestão, liderança e inovação do país: o WCM que, por conta da pandemia, foi adaptado para o meio digital. Luiz Branco, um dos organizadores, apresentou a plataforma exclusiva do evento, que conta com o apoio dos Sistemas OCB, Ocemg, Unimed e Sicoob. Cerca de 50 palestrantes de países diferentes falarão para um público estimado em mais de oito mil participantes.
Um dos anúncios feitos por Branco é que Washington Olivetto, um dos publicitários mais conhecidos dentro e fora do país, e que vai ministrar uma palestra no WCM, terá um momento especial com todos os comunicadores, logo depois de sua participação na programação. Será num ambiente exclusivo, para responder perguntas e fazer um grande bate-papo sobre a comunicação e os desafios que vêm por aí.
O evento que tinha dois dias intensos de atividades terá, desta vez, em três meses, já que os participantes poderão acompanhar todos os detalhes da programação nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro e, ainda, acessar todo o conteúdo que ficará gravado até fevereiro do ano que vem.
O mundo inteiro comemora nesta quinta-feira, dia 17 de outubro, o Dia Internacional das Cooperativas de Crédito (DICC). A data é lembrada há 71 anos, desde que a Associação Nacional de Cooperativas de Crédito dos Estados Unidos estabeleceu a terceira quinta-feira do mês para divulgar a proposta e os ideais do setor e lembrar a trajetória e as conquistas deste modelo de organização econômica.
Por esse motivo, todos os anos, cooperativas de todo o planeta abrem as suas portas para atrair a atenção das pessoas quanto aos benefícios do setor e também para promover ações e atividades sociais. Em 2019, o tema que irá centralizar as atividades do DICC será “Serviço local. Alcance global” para representar o quanto as ações promovidas pelo sistema cooperativista não se limitam apenas às comunidades onde estão presentes. Elas criam raízes que se ramificam na vida de pessoas de diversos canto do país, refletindo no constante crescimento global do cooperativismo financeiro.
Hoje, o setor possui mais de 11 milhões de brasileiros associados a uma das 883 cooperativas de crédito espalhadas pelo território nacional. “Este é o momento de reconhecer o importante papel que as Cooperativas de Crédito desempenham na inclusão financeira de milhões de pessoas e na prosperidade da comunidades em que atuam. Continuamos contribuindo para o crescimento dos negócios, o bem comum e a solidariedade financeira, especialmente neste momento em que a economia apresenta ritmo lento de recuperação”, diz o presidente da Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito (Confebras), Kedson Macedo.
Além disso, o setor também caminha a passos largos para alcançar o seu maior desafio: ampliar a sua representatividade no Sistema Financeiro Nacional dos atuais 8#$-$#para 20#$-$#nas operações de crédito até 2022, em consonância com as metas estabelecidas pela Agenda BC#.
A Revista de Gestão e Organizações Cooperativas (RGC) publicou uma edição especial com 15 artigos inéditos conhecidos durante a quinta edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC). Todos os autores que apresentaram trabalhos científicos no evento, realizado em outubro de 2019, em Brasília-DF, tiveram seus materiais avaliados por uma equipe editorial.
Os 15 artigos selecionados tratam de assuntos ligados a temas como: cenário jurídico, educação, identidade, gestão, governança, desempenho e sustentabilidade nas cooperativas. O editor-chefe da revista RGC, Vitor Kochhann Reisdorfer, que também é
professor associado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), explicou que a revista “publica e dissemina exclusivamente conhecimentos na área do cooperativismo” e que o material enriquece as cooperativas brasileiras.
Já o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e coordenador científico do 5º EBPC, Mateus de Carvalho Reis Neves, afirmou que tão importante quanto a geração de conhecimento é a divulgação do resultado das pesquisas feitas.
“Neste sentido, a parceria com a RGC tem sido sinérgica e altamente positiva, atendendo a uma demanda crucial, na visão da Coordenação Científica do EBPC, que é a divulgação científica. Percebemos que esta parceria promove a consolidação do EBPC e da RGC como importantes canais de estímulo à pesquisa em cooperativismo no Brasil", avalia o professor.
Confira!
Para conferir a edição especial revista, basta clicar aqui.
Cooperar para superar a crise. Essa foi uma das mensagens reafirmadas na live do Sistema OCB desta sexta-feira (8). Os presidentes da Castrolanda e da Coprel, Willem Bouwman e Jânio Stefanello, respectivamente, falaram um pouco sobre as experiências de intercooperação que têm ajudado as suas cooperativas a minimizarem os impactos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. A gerente Técnica e Econômica do Sistema OCB, Clara Maffia, também participou do bate papo e falou mais a respeito do CooperaBrasil, um espaço criado para estimular a intercooperação e impulsionar os negócios entre as cooperativas.
A realização dos debates ao vivo tem servido para tirar uma série de dúvidas a respeito dos mais variados temas que afetam as cooperativas, desde questões mais burocráticas, como a realização de assembleias gerais ordinárias no ambiente virtual, até dicas de como inovar em momentos de crise. Tudo isso com comentários em tempo real do público e dos especialistas convidados.
Cases de Intercooperação
A intercooperação é uma das chaves para o desenvolvimento dos negócios da cooperativas. Por meio dela é possível impulsionar o desenvolvimento local e regional, aumentar a renda dos cooperados e suas famílias, estimular a colaboração e, claro, fortalecer o cooperativismo.
A Castrolanda, por exemplo, faz parte de uma iniciativa chamada Unium, junto com as cooperativas Frísia e Capal, que foi pensada para alavancar os negócios reduzindo custos para as três coops, com um retorno positivo aos cooperados. “Naquele momento nos unimos e juntamos as nossas forças num braço da cooperativa. Em negócios estratégicos nós vamos nos unir e vamos somar forças. Então assim deixamos de concorrer pela matéria prima e pelo cliente, e agora estamos somando forças com conhecimento, com capacidade intelectual e financeira, com organização de negócios. Foi naquele momento que nasceu a intercooperação no grupo da Unium”, relembrou o presidente da Castrolanda, Willem Bouwman.
Atualmente, as cooperativas têm em conjunto três projetos: a indústria de beneficiamento de leite, um moinho para produção de trigo e um frigorífico para abate de suínos. Unidas elas conseguiram otimizar a sua produção e o escoamento, potencializando seus negócios e crescendo juntas. Para Bouwman, uma dos aspectos fundamentais para a intercooperação é a confiança entre os parceiros, que é um dos obstáculos a serem vencidos e que faz toda a diferença para a manutenção dos projetos. Confiar na capacidade de gestão de cada uma das cooperativas a frente aos projetos contribui para o sucesso da parceria, afirmou o presidente da Castrolanda.
Outro exemplo de intercooperação apresentado e que tem dado muito certo é o da Coprel, que em parceria com outras cooperativas da Região de Birubá, no Rio Grande do Sul, tem levado internet de qualidade para mais de 30 municípios da região. O presidente da cooperativa, Jânio Stefanello, destacou a importância de uma iniciativa como essa para locais que já são mais afastados, mas que no contexto atual lidam com um distanciamento ainda maior devido a pandemia. “A internet aproxima as pessoas, nessa época onde os filhos estão distantes dos pais e avós, é algo que a gente não convive fisicamente, mas a gente mata a saudade. Não é só para o trabalho home office, precisam da internet para passar o tempo, para se divertir”, destacou Stefanello.
Em parceria com as cooperativas agropecuárias, que disponibilizam suas estruturas e até apoiam financeiramente, a Coprel tem levado internet de fibra ótica para áreas rurais, garantindo assim, mais qualidade não apenas para os cooperados, mas para todos os moradores da região. Além disso, em alguns municípios, cooperativas de créditos facilitam o acesso ao crédito para que tenham mais recursos para financiar os custos de implementação dessas ações. “Eu sou um apaixonado pela intercooperação, porque ela tá no nosso sangue, tá no nosso DNA, quando a gente consegue se juntar, se unir pra fazer, a gente faz muito mais”, ressaltou o presidente da Coprel.
CooperaBrasil
E para estimular ainda mais a intercooperação, o Sistema OCB lançou o site CooperaBrasil, um espaço onde as cooperativas podem vender e comprar produtos e serviços umas das outras, o que é um dos caminhos para superar a crise. Para a gerente Técnica e Econômica do Sistema OCB, Clara Maffia, o papel do Sistema OCB é garantir condições para que as cooperativas passem por esse momento de maneira mais tranquila, com impacto um pouco menor ao final de todo esse processo. E o CooperaBrasil é uma das estratégias que vai contribuir para isso.
Desde o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que trouxe com força a pauta da intercooperação, o Sistema OCB tem trabalhado em projetos e ferramentas que fortaleçam a união entre cooperativas como uma forma de gerar negócios e oportunidades. Dado o contexto atual, se mostrou necessário a criação dessa “vitrine virtual”, que além de ajudar as cooperativas a exporem seus produtos e serviços, também fizesse isso de forma a ampliar seu alcance - podendo sair do âmbito local, para o nacional.
“O objetivo [do CooperaBrasil] é esse: é criar conexão, é gerar essa relação cada vez mais forte não só de cooperativas que estão próximas. Com certeza temos a oportunidade de trabalhar cooperativas em conjunto de norte a sul do país, quebrar essa barreira geográfica e ampliar ainda mais as oportunidades que a gente tem na intercooperação”, destacou Clara Maffia.
Para saber mais sobre o CooperaBrasil, clique aqui. E para saber quais as cooperativas já estão neste espaço, acesse www.cooperabrasil.coop.br.
E para quem não assistiu ou quer rever a íntegra da live com participação dos presidentes da Castrolanda e da Coprel, Willem Bouwman e Jânio Stefanello, respectivamente, da gerente Técnica e Econômica do Sistema OCB, Clara Maffia, com mediação da gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Fabíola Nader, é só conferir aqui.
O momento que estamos passando nos pede flexibilidade. A expressão “ser resiliente” nunca esteve tão presente na vida da população mundial como agora. Alguns já o são naturalmente, outros estão praticando e aprendendo. E é esse o convite que temos às nossas cooperativas neste momento de transformações e adequações.
O cooperativismo tem em seu DNA, e escrito entre seus princípios, o “interesse pela comunidade”. Um princípio que carregamos como uma bandeira e que se faz extremamente presente nas ações do “Dia de Cooperar” (nosso querido Dia C).
Como ação de prevenção, comunicamos a todas as nossas cooperativas para que suspendam temporariamente as ações de divulgação e de lançamento que ocorrem todos os anos. E fazemos um convite à reflexão: o Dia C carrega o lema de que “atitudes simples movem o mundo”. E é disso que estamos precisando neste momento, mais do que nunca.
Vamos dar uma pausa nos eventos institucionais, mas vamos, também, olhar para o que nossas comunidades estão precisando neste momento? Vamos, juntos, pensar como cada cooperativa, observando seu contexto, pode contribuir para minimizar os efeitos negativos do coronavírus no seu município?
Podem ser feitas campanhas de conscientização e sensibilização. Podemos usar as redes sociais e a comunicação digital de uma forma geral para espalhar informações úteis. O relacionamento virtual está sendo estimulado, mais do que nunca. Podemos, ainda, pensar em ações de apoio a pessoas em dificuldade neste momento delicado.
Temos a certeza que a criatividade vai ajudar a fazermos coisas incríveis. Você pode ser um ator, um elo, um representante… Uma parte importante nesta corrente para minimizar os estragos.
Quando tudo isso passar, estaremos mais fortalecidos. Nossos materiais, preparados com tanto carinho, estarão à disposição para levarmos adiante ações que podem nascer neste momento de transformação.
Vamos pensar juntos? Compartilhe sua ideia. Às vezes, tem mais alguém querendo apoiar…
Fique por dentro
O Sistema OCB criou uma página para espalhar ações que estão sendo feitas por todo o país. Entre em contato, mande o que sua cooperativa está fazendo e encoraje outras a fazerem também! E lembre-se: todas essas ações realizadas em favor das comunidades podem (e devem!) ser cadastradas no Sistema do Dia C no site diac.somoscooperativismo.coop.br. Vamos contabilizar o sucesso das nossas ideias para contarmos no futuro como foi fazer um Dia C ainda mais emocionante.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou da assinatura do projeto de lei complementar de modernização da LC 130/2009, mais conhecida como lei das cooperativas de crédito. O evento ocorreu na sede da OCB, em Brasília, na última terça-feira.
Especificamente em relação à participação das cooperativas no crédito, ele destacou o objetivo do Banco de elevá-la dos 8#$-$#registrados em 2018, para 20#$-$#em 2022. Para ele, isso é possível, já que em países da Europa isso é uma realidade.
“Todas essas metas são realistas. Por exemplo: a Alemanha tem 20-, a Holanda tem 39#$-$#e, a França, 60-”, comenta Campos Neto. Confira abaixo o discurso dele na íntegra.
Apontamentos do Presidente do Banco Central do Brasil
Roberto Campos Neto na solenidade de assinatura do Projeto Lei Complementar de modernização da Lei Complementar 130/2009.
Boa tarde Senhoras e Senhores.
A presença de cooperativas de crédito em uma determinada região traz muitos benefícios à sua população.
Indicadores econômicos dos municípios são sensivelmente afetados pela presença de cooperativas de crédito, tais como:
- O número de estabelecimentos por milhares de habitantes, que se eleva em média 19,6-;
- A proporção das vagas de emprego formal em relação à população em idade ativa, que se eleva em média 6,2-; e
- A renda per capita da região, que se eleva em média 5,6-.
(Fonte: FIPE, com base em dados do IBGE, RAIS/ME e SECEX entre 1994 e 2017)
Além disso:
- Para cada Real originado em crédito pelo sistema de cooperativas, o valor agregado de R$ 2,45 é adicionado à renda da região; e um novo emprego é criado, em média, para cada R$ 36 mil de crédito concedido pelo sistema de crédito cooperado.
Esses e outros indicadores demonstram a importância de fomentarmos o crescimento do crédito cooperativo. A Lei Complementar 130, de 2009 já está em vigência há mais de 10 anos. Foram 10 anos muito importantes para o setor, que apresentou um desenvolvimento admirável. O sistema de crédito cooperado vem crescendo a taxas muito mais elevadas que o SFN:
- Ativos: Cooperativas, 18#$-$#aa; SFN, 2#$-$#aa;
- Crédito: Cooperativas, 15,5#$-$#aa; SFN, 2,6#$-$#aa;
- Depósitos: Cooperativas, 20#$-$#aa; SFN, 4#$-$#aa.
O segmento segue com um grande potencial de crescimento em sua própria base e pode triplicar sua carteira de crédito: mais de 2/3 das operações de crédito dos clientes cooperados estão fora do sistema cooperativo.
Ao longo desta década de vigência da LC 130 avançamos também no fortalecimento da governança corporativa do segmento e na capacidade do BCB de supervisionar as cooperativas de crédito.
Importantes ferramentas para isso foram:
- Auditoria Cooperativa: Novo modelo de supervisão com ganho de qualidade para o BCB e para as cooperativas;
- Supervisão Auxiliar: Autorregulação do segmento e eficiência da utilização de recursos;
- Inteligência Artificial: Pioneirismo no uso de Inteligência Artificial para avaliação de carteira de crédito.
Mais recentemente, ao longo de 2019, avanços da Agenda BC#, ampliaram as possibilidades de captação das cooperativas, permitindo a obtenção de funding por meio:
- da Poupança Imobiliária;
- da Poupança Rural;
- da Letra Financeira; e
- da Letra Imobiliária Garantida (LIG)
No entanto, ações adicionais de promoção do cooperativismo de crédito requerem alterações legais. Para continuarmos a avançar, é importante darmos andamento a essa revisão ampla da LC 130.
Assim, o sistema poderá melhor se adaptar ao novo ambiente competitivo, inovador e tecnológico atualmente em desenvolvimento no Sistema Financeiro Nacional.
Esse objetivo de renovação se guia por três vertentes estratégicas:
- Fomento de Atividades e Negócios;
- Aprimoramento da organização sistêmica e aumento da eficiência do segmento;
- Aprimoramento de gestão e governança.
Assim as principais alterações que propomos à LC 130 são:
- Fomento de atividades e negócios;
- “Empréstimo sindicalizado”;
- Aprimoramento da gestão e governança;
- Previsão de troca de informações entre o FGCoop e o BCB;
- Previsão expressa na Lei das operações de assistência financeira do FGCoop para cooperativas incorporadoras;
- Possibilidade de intervenção da central na singular e da confederação na central, mediante autorização prévia do BCB;
- Possibilidade de contratação de conselheiro de administração independente;
- Confederações de serviços passam a ser submetidas à regulação e supervisão do BCB;
- Quórum qualificado para desfiliação de singular de central e desta última de confederação;
- Aprimoramento da organização sistêmica e aumento da eficiência do segmento;
- Autorização para realização de campanhas promocionais visando a atração de novos associados e a integralização de quotas-partes;
- Conselho Fiscal facultativo para quem adota governança dual;
- Assembleias Gerais virtuais;
- Modernização das formas de publicação e convocação de Assembleias Gerais;
- Disciplinamento dos conceitos de área de atuação (amplo), área de ação (físico) e área de admissão (físico + virtual), dando maior autonomia para os Sistemas Cooperativos.
Com essas alterações legais esperamos uma significativa ampliação das atividades do setor. Vemos as cooperativas com uma fatia maior de um mercado financeiro ainda mais desenvolvido. Para acompanhar essa evolução o BCB tem metas bem definidas a serem atingidas em 2022:
- Quanto à participação de cooperados no SNCC, em relação ao total de clientes do SFN, pretendemos elevar o percentual de 24-, observado em 2018, para 40-;
- Na carteira de crédito do SFN, pretendemos que 20#$-$#dela seja gerada no SNCC, em comparação aos 18#$-$#observados em 2018; e ampliando a inclusão proporcionada pelo sistema, pretendemos que metade dos empréstimos sejam concedidos a cooperados de baixa renda, em comparação com os 33#$-$#observados em 2018.
Além disso, queremos fomentar uma maior presença nas regiões Norte e Nordeste, indo de uma cobertura de 13#$-$#dos municípios em 2018, para 25#$-$#de cobertura em 2022. Entendemos que para a obtenção desse último objetivo, é fundamental a expansão de infraestrutura de internet nessas regiões.
Todas essas metas são realistas. Especificamente em relação à participação das cooperativas no crédito, enquanto objetivamos elevá-la dos 8#$-$#registrados em 2018, para 20#$-$#em 2022, outros países já têm atualmente percentual mais elevado. Por exemplo:
- a Alemanha tem 20-;
- a Holanda tem 39-; e
- a França, 60-.
Esse encontro é importante para unirmos nossos esforços e levarmos nossa proposta ao legislativo, para que possamos trazer uma nova dinâmica para o setor de crédito cooperativo.
Muito obrigado!
Estão abertas as inscrições para o 8º Encontro de Mulheres Cooperativistas do Distrito Federal. Tradicional no calendário do cooperativismo local, o evento, promovido pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF será realizado no dia 20 de março, no Brasília Palace Hotel, das 13h30 às 18h.
Neste ano, o evento debaterá a sustentabilidade ligada aos seus três pilares: econômico, social e ambiental e tem como finalidade apresentar a importância da mulher no sentido de promover o fortalecimento da temática na sociedade.
O Encontro de Mulheres Cooperativistas do Distrito Federal busca integrar cooperadas e colaboradoras de cooperativas dos diversos ramos, além de destacar a importância da mulher no cooperativismo.
O encontro de 2020 está sendo preparado com muita dedicação para englobar diversos temas pertinentes e de extrema importância nos dias atuais.
Você, mulher cooperativista, não fique de fora. Será uma tarde de muito aprendizado, integração e troca de conhecimento. Faça já sua inscrição e participe, as vagas são limitadas!
Serviço
O que: 8º Encontro de Mulheres Cooperativistas do DF
Quando: 20 de março, das 13h30 às 18h
Onde: Brasília Palace Hotel, SHTN Trecho 01 Conjunto 01, Setor de Hotéis e Turismo Norte - Asa Norte, Brasília-DF
Mais informações: (61) 3312-8913
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF realizará, nesta quinta-feira (12), o tradicional Encontro de Líderes Cooperativistas do Distrito Federal. Na ocasião, autoridades, lideranças, parlamentares e cooperativistas estarão reunidos para celebrar, também, os 20 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Distrito Federal.
O evento será realizado em homenagem ao aniversário da instituição, que completou mais duas décadas no dia 2 de novembro. Dada a grande relevância do SESCOOP/DF, o encontro será um momento de celebração e contará com a apresentação de um vídeo comemorativo feito especialmente para a ocasião, além do lançamento oficial do selo comemorativo dos 20 anos do SESCOOP/DF.
O encontro deve contar com a presença de 100 participantes que estarão reunidos em um ambiente de integração e propício para a comemoração e para a troca de experiências entre os principais líderes cooperativistas e autoridades.
Na oportunidade, serão homenageadas algumas personalidades que, de alguma forma, fizeram a diferença e foram importantes nesses 20 anos do SESCOOP/DF, sempre atuando em prol do cooperativismo e do desenvolvimento das cooperativas locais.
Ao lado de representantes de cooperativas de diversos países, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) apresentou, na Conferência Internacional da Aliança Cooperativa Internacional para as Américas, as ações realizadas graças a parcerias internacionais para promover o desenvolvimento sustentável por meio do cooperativismo.
As parcerias internacionais são um meio de implementar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 17 (ODS 17), da Organização das Nações Unidas (ONU), que foi tema de um dos painéis de debates da Conferência Regional da ACI. O evento que começou na segunda-feira, terminou nesta quinta (21/11), na Costa Rica, e contou com a participação de mil dirigentes, representando 30 países.
Entre as atividades de intercooperação com países em desenvolvimento – modalidade de conhecida como Cooperação Sul-Sul – foram detalhadas as ações promovidas junto com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.
ABC
A OCB executa dois projetos de cooperação financiados pela ABC, um deles em Botsuana, e outro na Argélia. As iniciativas têm o objetivo de promover o cooperativismo como forma de crescimento econômico e social nos dois países.
OCPLP
No âmbito da Organização das Cooperativas de Países de Língua Portuguesa (OCPLP), uma consultoria prestada pela OCB resultou na aprovação da Lei de Cooperativas pelo parlamento de Moçambique. A norma foi elaborada com inspiração na Legislação brasileira.
ONU
Além disso, a OCB também detalhou a parceria com a ONU na realização de workshops para a promoção dos 17 ODS. Também, relatou sobre o trabalho de cooperação implementado no âmbito do Mercosul por meio da Reunião Especializada de Cooperativas do Mercosul, grupo que visa a integração dos movimentos cooperativistas do Cone Sul.
Mercosul
O organismo internacional sul-americano tem trabalhado o aspecto comercial na organização de missões conjuntas a outros países. Também analisam a criação de um estatuto de cooperativas do Mercosul, unificando a legislação voltada para cooperativas e permitindo que seus representantes possam ser membros de cooperativas nos quatro países, nas regiões de fronteira.
OCB na ACI
Membro da Aliança Cooperativa Internacional há 30 anos, a OCB participa de eventos e projetos internacionais buscando representar os interesses do cooperativismo brasileiro no cenário internacional. A OCB também apoia a expansão do modelo cooperativista em outros países como forma de promover o desenvolvimento internacional.
A partir do ano que vem, o cooperativismo brasileiro passa a ser representando por sete ramos, ao invés de 13. Durante sua participação no WCM, que termina nesta terça-feira, em Belo Horizonte (MG), o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, comentou sobre essa modernização. Ele fez questão de explicar que nada muda na rotina das coops e que essa alteração, que ocorre apenas no âmbito do Sistema OCB, se faz necessária para promover o fortalecimento e dar maior representatividade para alguns segmentos.
Nobile destacou que a classificação das coops brasileiras em ramos é necessária para que a OCB se organize internamente e, assim, otimize os esforços de suas equipes, com vista ao máximo aproveitamento das ações de representação dos interesses dos cooperados junto aos Três Poderes da República. A liderança também explicou que a Lei nº 5.764/1971 não faz essa classificação, mas a OCB, seguindo a tendência mundial de segmentar para melhor representar e, visando dar cumprimento às suas competências legais, deliberou fazer o mesmo.
“O que queremos é conversar melhor com a nossa base, debatendo com as cooperativas as suas necessidades, agrupando-as conforme suas afinidades e, por fim, construindo um ambiente cada vez mais sólido para que se desenvolvam com sustentabilidade”, argumenta o superintendente do Sistema OCB.
Durante o evento, Nobile também divulgou, em primeira mão, um vídeo que acaba de ser produzido pela OCB e que explica o processo de modernização dos ramos.
Vantagem
A reclassificação das cooperativas em um dos sete novos ramos tem por objetivo ampliar o alcance do cumprimento das competências da OCB, em especial a de defesa e representação das cooperativas. A reclassificação traz como principal benefício o atendimento do Sistema OCB com maior representatividade, em uma organização que apresenta ramos robustos. Além disso, a organização em grandes setores é mais adequada e flexível para se adaptar às rápidas mudanças de mercado e inovação. E como consequência temos uma maior padronização, alinhamento de discurso e comunicação mais assertiva.
Sem ônus
As cooperativas não terão nenhum ônus com essa reclassificação. A rotina delas segue normalmente. É importante reforçar que a classificação, como dito, tem seu alcance apenas internamente, na organização da representação e defesa das cooperativas. Não se presta, portanto, para definir o tratamento tributário, o enquadramento sindical ou mesmo a legislação aplicável a cada ramo. Todos esses pontos seguem sendo analisados a partir do objeto social e dos atos praticados pela cooperativa com seus cooperados.
Como eram e como ficam
Atualmente as coops são classificadas em um dos seguintes ramos: agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte, turismo e lazer. Essa classificação vale até o dia 31/12.
Assim, a partir do dia 1º de janeiro, passam a valor os novos ramos, considerando que alguns foram agrupados a outros. As mudanças são as seguintes:
Novo ramo | Justificativa |
Trabalho e produção de bens e serviços |
A partir de agora, esse novo ramo engloba as cooperativas que prestam serviços especializados a terceiros ou que produzem bens tais como beneficiamento de material reciclável e artesanatos, por exemplo. Ele reúne todas as cooperativas de professores e dos antigos ramos: produção, mineral, parte do turismo e lazer e, por fim, especial. |
Infraestrutura |
Composto por cooperativas que prestam serviços relacionados à infraestrutura a seus cooperados. Por exemplo: geração e compartilhamento de energia elétrica e, agora, com a incorporação do Ramo Habitacional, também terá as cooperativas de construção de imóveis para moradia. |
Consumo |
Composto por cooperativas que realizam compra em comum tanto de produtos quanto de serviços para seus cooperados (supermercados, farmácias). Engloba, também, as cooperativas formadas por pais para contratação de serviços educacionais e também aquelas de consumo de serviços turísticos (antigamente classificadas dentro do Ramo Turismo e Lazer). |
Transporte |
Este ramo preserva sua nomenclatura, mas seu conceito foi ajustado. A definição do ramo passa a trazer expressamente a condição do cooperado de proprietário ou possuidor do veículo. Deste modo, cooperativas formadas de motoristas de veículos de carga ou de passageiros, que não detenham a posse ou propriedade destes, devem ser classificadas no Ramo Trabalho e produção de bens e serviços; além disso, as cooperativas que se dediquem a transporte turístico, transfers, bugues, cujos cooperados sejam proprietários ou possuidores dos veículos e que eventualmente estejam enquadrados no Ramo Turismo e Lazer devem ser reclassificadas para o Ramo Transporte. |
Saúde |
Composto por cooperativas formadas por médicos, odontólogos ou profissionais ligados à área de saúde humana, enquadrados no CNAE 865. O novo Ramo Saúde também engloba as cooperativas de usuários que se reúnem para constituir um plano de saúde, pois são consideradas operadoras. |
Agropecuário |
Composto por cooperativas relacionadas às atividades agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira. Não sofreu alteração. |
Crédito |
Composto por cooperativas que prestam serviços financeiros a seus cooperados, sendo-lhes assegurado o acesso aos instrumentos do mercado financeiro. Não sofreu alteração. |
Governança
Com essa simplificação, também estamos estudando a alteração do modelo de governança deles. Dessa forma, a proposta a ser debatida trará apenas sete conselhos consultivos e, dentro deles, câmaras temáticas. Com isso, cada coordenador de cada câmara assume, automaticamente, a função de conselheiro. Basicamente, as mudanças a serem discutidas ao longo deste ano no âmbito dos Conselhos Consultivos são as seguintes:
Ramo Trabalho e Produção de Bens e Serviços
- Câmara Temática das Cooperativas de Trabalho;
- Câmara Temática das Cooperativas Sociais (antigo Ramo Especial);
- Câmara Temática das Cooperativas de Garimpeiros;
- Câmara Temática das Cooperativas de Produção;
- Câmara Temática das Cooperativas de Professores;
- Câmara Temática das Cooperativas de Profissionais do Turismo.
Ramo Infraestrutura
- Câmara Temática das Cooperativas de Geração Distribuída;
- Câmara Temática das Cooperativas de Energia e Telecom;
- Câmara Temática das Cooperativas de Irrigação;
- Câmara Temática das Cooperativas Habitacionais.
Ramo Consumo
- Câmara Temática das Cooperativas de Consumo;
- Câmara Temática das Cooperativas de Consumo de Serviços de Turismo;
- Câmara Temática das Cooperativas de Pais.
Ramo Transporte
- Câmara Temática das Cooperativas de Transporte de Cargas;
- Câmara Temática das Cooperativas de Transporte de Passageiros.
Sem mudança
E, por último, os Conselhos Consultivos dos ramos Agropecuário, Crédito e Saúde não sofreram alterações em sua estrutura.
Fonte: Sistema OCB
Mais uma ação em defesa do cooperativismo brasileiro vai movimentar o cenário brasileiro. O Sistema OCB assinou, na terça-feira (15/10), o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o programa Brasil Mais Cooperativo. Essa é mais uma conquista da parceria entre o Mapa e a entidade. E o presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, foi pessoalmente a Chapecó (SC) para firmar mais esse compromisso ao lado da ministra Tereza Cristina e do secretário da Agricultura Familiar, Fernando Schwanke.
A assinatura do ACT, que terá vigência de 2 anos, ocorreu durante a solenidade de reinauguração do Frigorífico Aurora Chapecó (FACH 1). A unidade foi duplicada e passa a contar com 5,5 mil colaboradores. É muito emprego sendo gerado na maior unidade industrial de processamento suíno do país! Estarão presentes o presidente da cooperativa, Mário Lanznaster, e demais dirigentes.
Parceria
O programa Brasil Mais Cooperativo foi lançado em julho deste ano, com o objetivo de fortalecer o cooperativismo brasileiro e o Sistema OCB participou ativamente das discussões.
A política pública vai orientar todas as ações do ministério com relação ao incentivo para o desenvolvimento das cooperativas, em especial as do Ramo Agropecuário. Por esse motivo, o Sistema OCB faz questão de fornecer todo subsídio com relação a dados que possam ajudar a construção de um Brasil de fato mais conectado com o cooperativismo.
Estão no foco do Brasil Mais Cooperativo o aprimoramento da gestão, a assistência técnica e o acesso a mercados para cooperativas de pequeno e médio porte, principalmente as localizadas no semiárido brasileiro.
No acordo assinado, o foco maior é no quesito intercooperação. A proposta é a troca de boas práticas entre cooperativas. Com isso, a entidade pretende lançar edital para selecionar cooperativas a serem apoiadoras e outras para receberem esse fomento. A prioridade é atender às coops da agricultura familiar.
Por meio de questionários, os participantes terão a oportunidade de aprender aspectos e diagnósticos sobre a maturidade em negócios domésticos e internacionais.
A capacitação conta com visitas às cooperativas apoiadoras, acompanhamento e consultoria especializada em gestão, material didático sobre Compras Públicas e Primeira Exportação de Cooperativas, workshop e uma possível missão técnica para conhecer boas práticas aplicadas no mercado internacional.
Tanto avanço só pode resultar em desenvolvimento para o cooperativismo como um todo!
O evento
A cerimônia ocorreu no bairro Efapi, em Chapecó (SC), em meio à comemoração dos 50 anos de fundação da Aurora Alimentos e reinauguração do Frigorífico Aurora Chapecó.
Essa unidade, a FACH 1, recebeu várias ampliações, sendo a mais recente em 2018. Agora, com a duplicação, terá sua capacidade de abate aumentada de 5.230 suínos por dia para 10.527 cabeças por dia, segundo a cooperativa. Isso representa um incremento de mais de cem por cento na produção diária.
E a tecnologia não poderia estar de fora dessa inovação. Para alcançar esses resultados, a cooperativa Aurora vai implementar o abate humanitário. Trata-se do uso do gás CO2, que faz do processo indolor. Também serão utilizados na unidade a robotização da paletização de industrializados, a automação no processo de embalagem de linguiças frescais e a automação e robotização no cozimento de mortadela.
Esse foi mais um investimento que deve alavancar ainda mais essa produção para levar cada vez mais sabor e satisfação à mesa dos brasileiros.
Fonte: Sistema OCB
Estão abertas as inscrições para o curso Básico de Cooperativismo. O curso será realizado entre os dias 24 a 27 de setembro, 9h às 12h, na sede do Sescoop-DF. As inscrições são gratuitas e o curso tem carga horária de 12 horas.
O curso é aberto para ao público e para quem atua em cooperativas do Distrito Federal. O encontro possibilita o acesso a informações fundamentais sobre o cooperativismo e tem como objetivo preparar os participantes para adesão ou atuação mais eficaz nesse modelo de organização socioeconômico.
O curso será ministrado por Hioly Nascimento. Especialista em Direito Cooperativo, Hioly possui experiência na área de Cooperativismo, Gestão Cooperativa, Assembleias, Planejamento Estratégico e Governança Cooperativa.
Entrada social: Para participar, basta doar um item básico de enxoval para recém-nascidos. Esses itens serão doados para mães carentes da comunidade do Itapoã, no Distrito Federal.
A 19ª edição do Cooperjogos, cumprindo seu papel de fomentar solidariedade, trabalho em equipe e assistência promoveu, durante a 19ª edição, mais uma gincana solidária. Dessa vez, entretanto, a arrecadação de alimentos e produtos de higiene pessoal superou expectativas. Um verdadeiro recorde marcou o encontro: foi mais de uma tonelada arrecadada, entre feijão, leite em pó, óleo, farinha de trigo e muito mais.
O Cooperjogos promoveu uma verdadeira corrente do bem entre os atletas e participantes do encontro. Por meio da gincana solidária, vários produtos foram doados. A arrecadação faz parte de uma ação do Dia de Cooperar, enquadrada no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 2: Fome Zero.
Segundo Leiliane Nunes, analista de Promoção Social do Sescoop-DF, “doar alimentos arrecadados por meio de ações do Dia C é fazer o mínimo que pode ser feito em relação a nossa comunidade. Acredito que ninguém deveria dormir em paz enquanto alguém passa fome. E as cooperativas, baseadas em seus valores e princípios, devem beneficiar seus membros e a comunidade onde estão inseridas, como uma instituição de pessoas para pessoas”, avaliou.
Duas instituições do Distrito Federal foram selecionadas para receber os donativos, cumprindo o papel do Sistema OCDF-SESCOOP/DF no que concerne ao 7º princípio do cooperativismo: o interesse pela comunidade.
A Casa de São Vicente de Paulo, em São Sebastião, e a Associação Sociocultural São Luiz Orione do Itapoã (ASLOI) foram as instituições selecionadas para receber os donativos arrecadados durante os jogos.
“O cooperativismo nos une”, foi com essas palavras que o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, declarou aberta a 19ª edição dos Jogos de Integração Cooperativista – Cooperjogos. Um sábado (17) de sol, com muita animação e qualidade de vida: assim, podemos definir bem como foi esse encontro.
O 19º Cooperjogos foi marcado por um recorde: foram 630 atletas participantes em diversas modalidades esportivas: natação, atletismo, futebol society, voleibol, dominó, sinuca, cabo de guerra, jogos eletrônicos, queimada, teste cooperativo, gincana solidária, jogo de dama, truco, peteca, entre outras.
Neste ano, o encontro reuniu mais de 750 pessoas entre dirigentes, associados, colaboradores de cooperativas e seus familiares que se reuniram para um dia de muita integração, trabalho em equipe e cooperação no Sesi Taguatinga.
O Cooperjogos faz parte do calendário anual de atividades do Sistema OCDF-SESCOOP/DF e é promovido em celebração ao Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado no primeiro sábado de julho. O evento cumpre seu papel de incentivar saúde, qualidade de vida e lazer com muita diversão e integração entre os que fazem parte do cooperativismo do Distrito Federal.
O evento contou com a presença de representantes de cooperativas de variados segmentos: agropecuário, crédito, educacional, produção, representação e trabalho. O Cooperjogos se define como um momento ideal para a união e congraçamento entre as cooperativas do Distrito Federal ao promover integração entre os participantes.
“O evento já é uma tradição para as cooperativas do Distrito Federal e mais uma vez atingiu seu objetivo, integrando os ramos do cooperativismo e incentivando a qualidade de vida por meio da prática de esportes. Foi um dia de muita diversão e medalhas”, conta Leiliane Nunes, analista de promoção social do SESCOOP/DF.
Gincana solidária
O Cooperjogos ainda fomentou a solidariedade dos atletas e dos participantes do encontro. Por meio da gincana solidária, vários alimentos e produtos de higiene pessoal foram doados, coroando mais um recorde para a 19ª edição. Mais de uma tonelada de produtos não perecíveis foram coletadas para doação.
A arrecadação desses produtos faz parte de uma ação do Dia de Cooperar e, ao final do evento, uma instituição de caridade do Distrito Federal é selecionada para receber os donativos, cumprindo o papel do Sistema OCDF-SESCOOP/DF no que concerne ao 7º princípio do cooperativismo: o interesse pela comunidade.
Integração e lazer
O Cooperjogos é um evento importante para as cooperativas do Distrito Federal e mostra a animação, o trabalho em equipe e a integração de quem faz parte do cooperativismo local.
Para os atletas, é um momento de descontração que, ainda, incentiva a prática esportiva e o bem-estar. Thauane Aleixo, atleta do ramo representação, participou do Cooperjogos pela primeira vez e falou sobre sua experiência: “o evento promove bastante interação entre as cooperativas. Os atletas levam a sério os jogos e muitos até treinam. Esse tipo de ação é importante e é até certa motivação para os cooperados, no meu primeiro ano eu posso dizer que fiquei orgulhosa de poder fazer parte desse dia”, avaliou.
Para a 20ª edição, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF prevê um dia ainda mais animado e com mais atletas participantes.
Festa de encerramento coroará Miss e Mister Cooperativismo 2019
Para fechar com chave de ouro o 19ª Cooperjogos, uma grande festa será promovida para premiar o ramo vencedor da edição. A solenidade de encerramento dos jogos é mais um momento de integração, união e comemoração pelos bons resultados obtidos.
É ainda na ocasião que o Distrito Federal vai conhecer a Miss e o Mister Cooperativismo 2019. São seis misters e seis misses representando seus ramos e buscando o título. Serão premiados em três categorias: Miss e Mister Simpatia, Miss e Mister Elegância e, finalmente, Miss e Mister Cooperativismo
Toda cooperativa já nasce com algumas marcas inerentes ao nosso DNA: qualidade, força e integridade são algumas delas. Outras características são desenvolvidas com o tempo, como a excelência da gestão, a eficácia dos processos e a habilidade de olhar de maneira estratégica e sustentável para a condução dos negócios. E é para ajudar o cooperativismo a evoluir nesses últimos aspectos que contamos com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) – serviço social autônomo, com personalidade jurídica de direito privado, instituído a partir da Medida Provisória nº 1.715/98, e respectivas reedições.
Conheça um pouco mais do Sescoop e de seus impactos no dia a dia das cooperativas brasileiras sob a ótica de dois homens das leis
Em atividade desde 1999, o Sescoop foi criado para aperfeiçoar a governança, a gestão e as atividades de responsabilidade socioambiental das cooperativas brasileiras. Até então, nosso modelo de negócios avançava de forma intuitiva, sem um modelo de governança e planejamento estratégico estruturados. Com o lançamento do “S” cooperativista, o governo federal e as cooperativas brasileiras esperavam alcançar um novo patamar de gestão e profissionalização da base de cooperados e colaboradores. Mas será que isso de fato aconteceu? Para discutir os reais impactos do Sescoop no cotidiano das cooperativas brasileiras, entrevistamos dois profissionais da Lei: o ex-ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU) Valdir Simão, que também já ocupou o cargo de ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão (2015-2016); e o assessor jurídico do Sescoop, Aldo Leite.
Saber Cooperar: O que mudou para as cooperativas brasileiras após a criação do Sescoop?
Valdir Simão: A partir da criação do Sescoop, o sistema cooperativista passou a contar com um instrumento para a promoção da cultura cooperativista e para a formação profissional e desenvolvimento gerencial das cooperativas e seus associados. Investindo fortemente em estratégia e na integração do sistema, o Sescoop vem pavimentando o caminho para o desenvolvimento contínuo do modelo cooperativista brasileiro, que apresenta índices de crescimento surpreendentes.
Aldo Leite: Antes da criação do Sescoop, os empreendimentos cooperativos não tinham o suporte adequado e específico para suas necessidades de aperfeiçoamento da gestão e capacitação de seus empregados. A depender do ramo de atuação, elas tinham de buscar ajuda em diversas outras instituições – públicas ou privadas – que não compreendiam muito bem a essência e os princípios cooperativistas, como a autogestão e a estrutura de governança própria das cooperativas. O Sescoop mudou esse quadro e passou a desempenhar um papel importantíssimo na oferta de soluções para a sustentabilidade do nosso modelo de negócios.
SC: No atual contexto de reformas políticas e econômicas, qual seria o principal desafio do Sescoop?
V.S: As cooperativas têm, em seu DNA, o empreendedorismo. A formação de profissionais com essa característica é fundamental para o nosso desenvolvimento econômico e para a diminuição da dependência estatal. E esse é justamente um dos objetivos estratégicos do Sescoop: capacitar pessoas. Ao participar de vários segmentos da economia nacional, o sistema cooperativista contribui para estimular a produtividade e competitividade, em prol do consumidor e do país.
A.L: A economia brasileira está passando por um processo de ressignificação. Diversos processos estão sendo reestruturados e a qualificação profissional é o eixo motor desse processo. Nesse sentido, o Sescoop pode contribuir significativamente para o crescimento e aumento da importância das cooperativas na economia brasileira, criando novas oportunidades de geração de renda e trabalho para a população.
SC: E em relação à melhora da eficiência e da gestão das cooperativas, qual é o papel desempenhado pelo Sescoop?
V.S: O papel é central, de identificação e disseminação de boas práticas de gestão e formação de pessoas, o que garante eficiência e entrega de bons resultados.
A.L: O Sescoop detém papel importantíssimo na melhoria da gestão e da governança dos empreendimentos cooperativos, ajudando inclusive na projeção das cooperativas brasileiras no cenário econômico nacional e internacional. Fazemos isso por meio de programas próprios de capacitação – como o Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativa (PDGC) –, mas também por intermédio de parcerias firmadas com diversos atores nacionais – como Banco Central do Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fundação Unimed, Fundação Sicredi, entre outros. Também firmamos parcerias voltadas para o fortalecimento do cooperativismo com atores internacionais, a exemplo da Organização das Nações Unidas (Onu), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da Confederação Nacional das Cooperativas da Alemanha (DGRV), entre outros.
SC: Existe diferença entre a chamada “governança cooperativista” e a governança corporativa das empresas tradicionais?
V.S: Governança, gestão de riscos e controles são ferramentas essenciais para organizações de qualquer natureza, públicas ou privadas, de fins lucrativos ou não. Os princípios da boa governança aplicados em empresas privadas devem ser aplicados também nas cooperativas, para garantir um processo decisório equilibrado, transparência e accountability.
A.L: Não obstante os princípios aplicáveis às boas práticas de governança e gestão sejam universais, transversais e essenciais, temos de ter a clareza: enquanto o modelo de governança corporativa visa atender aos interesses dos sócios ou acionistas das sociedades empresarias em geral, a governança cooperativista é um modelo de direcionamento estratégico fundamentado nos valores e princípios cooperativistas. Portanto, tem um impacto mais positivo no ambiente no qual está inserido, pois visa garantir a execução dos objetivos sociais e assegurar a gestão das cooperativas de modo sustentável, e em consecução com os interesses dos associados. As boas práticas da governança cooperativista – além de seguir os princípios gerais e as boas práticas de governança e gestão – observam princípios próprios, entre os quais ressalto a autogestão, bem como diversos outros regramentos próprios disciplinados na própria Lei nº 5.764/71. Além disso, e a depender do ramo de atuação, observam-se regras/resoluções de agentes públicos normalizadores, a exemplo do Banco Central, para as instituições financeiras cooperativas e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para as cooperativas de saúde. Por isso o Sescoop fomenta tão fortemente o aperfeiçoamento e as boas práticas de governança e gestão nas cooperativas. Acreditamos que essas boas práticas ajudarão no avanço e no fortalecimento das cooperativas e, com isso, a comunidade em volta da cooperativa também será beneficiada.
SC: Todos os anos, o Sescoop realiza a capacitação técnica de milhares de cooperados e trabalhadores de cooperativas. Em sua opinião, a forma de atuação e disponibilização dessas informações está satisfatória? Em que é possível melhorar?
V.S: É satisfatória, mas sempre é possível melhorar, com olhar voltado para as novas tecnologias e para as necessidades do mercado, em constante evolução.
A.L: Sabemos que a atuação e disponibilização das informações, em qualquer instituição, precisam estar em constante processo de evolução e interconexão. As ferramentas e os resultados obtidos pelo Sescoop precisam ser mais bem divulgados à sociedade. Temos muito a contribuir com a sociedade e a economia brasileiras, e precisamos divulgar melhor nossas ações.
SC: Sabemos que toda e qualquer organização, seja privada ou pública, pode e deve otimizar recursos e revisitar seus custos periodicamente. Em sua opinião, como o Sescoop pode melhorar nesse sentido?
V.S: Inovando e refletindo continuamente sobre o seu modelo de atuação, para identificar novas formas de atuação, em especial com a utilização de tecnologia, bem como para gerar sinergia na utilização dos recursos e das estruturas de cada unidade de negócio.
A.L: Como já dito, toda e qualquer organização, seja ela pública ou privada, deve promover e incentivar a otimização de seus recursos. E o Sescoop já vem trabalhando nessa tônica há alguns anos. Criamos, por exemplo, um centro de serviços compartilhados que centralizou na unidade nacional, em Brasília, os serviços de processamento da folha de pagamento e contabilidade dos estados. Com isso, conseguimos liberar as equipes das unidades estaduais, que são reduzidas, para se dedicarem ao atendimento das cooperativas. Destaco, ainda, que outras iniciativas estão em processo de reflexão e discussão interna. Estamos, inclusive, dialogando com alguns ministérios do novo governo, no sentido de estruturar uma cadeia de formação e qualificação profissional que fomente a sustentabilidade, colocação ou recolocação profissional dos trabalhadores de cooperativas.
SC: Quais são as expectativas para o Sescoop e para as nossas cooperativas nos próximos anos?
V.S: Tenho confiança que o sistema continuará crescendo de forma sustentável. O cooperativismo já é compreendido pela sociedade e pelos governos como modelo de negócio capaz de gerar valor aos associados e produzir bens e serviços de qualidade. Também gera oportunidade de entrada no mercado de trabalho para aqueles que pretendem desenvolver determinada atividade econômica, mas dependem de algum tipo de cooperação para isso. Esse desenvolvimento contínuo tem como motor propulsor o Sescoop, seja na formação profissional ou na qualificação gerencial das cooperativas.
A.L: Minhas expectativas para o Sistema Cooperativista Nacional são as melhores possíveis, já que é visível e significativo o crescimento e participação das cooperativas no cenário econômico nacional e internacional. O mundo tem buscado alternativas para um crescimento consciente e sustentável. E cada vez mais, pessoas e organizações engajam-se nesse propósito. Segundo estudo da Nielsen Global de Responsabilidade Social Corporativa, 66#$-$#dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços advindos de instituições/empresas comprometidas com impacto social e ambiental positivos. E o cooperativismo é uma alternativa extremamente conectada, desde o início, com esse tema e com seus princípios, já que estamos falando de adesão livre e voluntária, gestão democrática, intercooperação, interesse pela comunidade, entre outros temas. Especificamente em relação ao Sescoop, posso afirmar com a certeza de quem trabalha há 10 anos no Sistema S: fazemos muita diferença na vida dos dirigentes, cooperados e empregados das cooperativas. Os números de crescimento do cooperativismo são fruto direto da atuação do Sescoop na melhoria da gestão e governança das cooperativas.
Fonte: Sistema OCB
Vem aí a 19ª edição dos Jogos de Integração Cooperativista – Cooperjogos. Os preparativos para este encontro estão a mil e, neste ano, mais de 630 atletas, entre dirigentes, associados, colaboradores de cooperativas e seus familiares se inscreveram nos jogos, um recorde para o evento, que contará com a presença de 740 pessoas.
O Cooperjogos faz parte do calendário anual de atividades do Sistema OCDF-SESCOOP/DF e é promovido em celebração ao Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado no primeiro sábado de julho. O evento cumpre seu papel de incentivar saúde, qualidade de vida e lazer por meio da prática esportiva, com muita diversão e integração entre quem faz parte do cooperativismo do Distrito Federal.
Ao todo, são 20 modalidades esportivas, como: natação, atletismo, futebol society, voleibol, dominó, sinuca, cabo de guerra, jogos eletrônicos, entre outras. O Cooperjogos reúne representantes dos seis ramos do cooperativismo presentes no DF e tem busca fomentar a integração e o trabalho em equipe entre os atletas. Ao final dos jogos, as equipes receberão medalhas de acordo com a classificação do 1°, 2° e 3° lugar das modalidades e sorteio de brindes.
O 19º Cooperjogos será realizado no dia 17 de agosto, das 8h as 17h, no Sesi Taguatinga.
Solenidade de encerramento premia vencedores
Para fechar com chave de ouro o 19º Cooperjogos, será realizada uma grande festa de encerramento. Na ocasião, serão divulgados os vencedores, além da entrega de troféu.
O encerramento do Cooperjogos contará ainda com o tradicional concurso que elegerá a Miss e o Mister Cooperativismo 2019. O evento reúne dirigentes de cooperativas, cooperados e atletas que participaram das atividades esportivas. O Cooperjogos celebra a união e a integração entre as cooperativas do Distrito Federal.
Serviço:
O que: 19º Cooperjogos
Onde: Sesi Taguatinga Norte - St. F Norte QNF 24
Quando: 17 de agosto, a partir das 8h