Serão abertas na próxima segunda-feira (8/3) as inscrições para a seleção dos roteiros do Projeto Experiências do Brasil Rural, que busca apoiar e promover o turismo em áreas rurais do país. Fruto de uma parceria entre os ministérios do Turismo (MTur) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), junto a Universidade Federal Fluminense (UFF), a chamada pública segue aberta até o dia 2 de abril. As inscrições podem ser feitas aqui, a partir do dia 8 de março.
Inicialmente, serão selecionados oito roteiros turísticos pertencentes às cadeias agroalimentares do queijo, do vinho, da cerveja e dos frutos da Amazônia nas cinco regiões do país. A ideia é impulsionar produtos e serviços da agricultura familiar associados ao turismo, diversificando a oferta turística brasileira, apoiando a formatação e o posicionamento de produtos e roteiros de experiências no meio rural.
“Imagina visitar um destino rural e, além de uma bela paisagem, saborear delícias produzidas por agricultores familiares como um bom queijo e outras especiarias a partir de frutos da nossa Amazônia. E, ainda, conhecer todo o processo de criação e o modo de vida de quem produz. Este é um exemplo de como é possível inserir produtos, serviços e experiências da agricultura familiar no mercado turístico brasileiro”, destaca o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
Os projetos selecionados contarão com apoio técnico para estruturação dos destinos e empreendimentos, bem como a comercialização de produtos e serviços. Também estão previstas capacitações de empresários, empreendedores e produtores rurais para a criação ou aprimoramento de roteiros e experiências.
O secretário nacional de Desenvolvimento e Competitividade do Turismo, William França, conta que o primeiro passo é realizar pesquisas de diagnóstico das oito rotas que serão selecionadas. “A partir do momento em que realizarmos um diagnóstico individual destes destinos rurais é quando poderemos elaborar planos de ação específicos que estimulem a inovação e impactem a realidade destes locais. O resultado será o fortalecimento dos roteiros, tendo a agricultura familiar como um diferencial”, explica.
Ao final dos processos de estruturação, a meta é inserir produtos elaborados por pequenos produtores rurais nos bares, restaurantes, meios de hospedagem, lojas de artesanato e outros equipamentos que integram o roteiro turístico rural.
O resultado da seleção para o “Projeto Experiências do Brasil Rural” será divulgado no dia 7 de maio. Após o prazo de recursos administrativos, a divulgação do resultado final ocorrerá em 24 de maio. Para saber mais, inclusive sobre os critérios para seleção, acesse aqui ou aqui o edital.
ACORDO DE COOPERAÇÃO – O “Projeto Experiências do Brasil Rural” foi concebido ainda no ano passado por meio da assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o MTur e o MAPA. As cadeias produtivas atendidas no projeto foram definidas a partir das políticas públicas de priorização de ambas as pastas. O foco de atuação do projeto são os empreendimentos da agricultura familiar que atuem na produção agrícola e pecuária, na agroindústria, no extrativismo e no turismo. Os demais empreendimentos também podem participar da seleção, desde que estejam diretamente relacionados às cadeias produtivas priorizadas (queijo, vinho, cerveja e frutos da Amazônia).
O projeto integra uma série de medidas realizadas pelo governo federal para fomentar o Turismo Rural, segmento considerado crucial na retomada das atividades turísticas no contexto pós-pandemia. Isso porque representa uma alternativa de renda para o campo, ajuda a estabilizar a economia local e cria negócios e empregos diretos e indiretos.
No Brasil já há uma série de empreendimentos rurais que estruturam atividades turísticas variadas e ofertam, por exemplo, experiências em colheitas de produtos agrícolas, participação no preparo de produtos como chocolates e vinhos e experiências gastronômicas características de cada região.
Em dezembro do ano passado, o Ministério do Turismo divulgou o Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo (BIMT) voltado ao Turismo Rural. O documento apresenta rotas turísticas por todo o Brasil e informações que vão nortear ações futuras. Para acessar a íntegra do Boletim clique aqui. (Ministério do Turismo)
Chegou ao fim o Workshop Internacional “Cooperativas de crédito: novos modelos de negócios”, uma parceria entre Sistema OCB e Banco Central do Brasil, apresentando casos variados de como cooperativas de crédito – do Brasil e do Mundo – estão se reinventando e superando os desafios dos novos tempos.
O evento, realizado de forma integralmente virtual, reuniu aproximadamente 700 pessoas em cada um dos três dias. Entre o público, representantes de cooperativas, centrais e confederações ligadas ao Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e convidados internacionais apresentando suas experiências.
Resiliência e flexibilidade para adaptação às novas necessidades
O primeiro dia foi marcado pela abertura conduzida pelos representantes das instituições coanfitriãs: Harold Espínola (chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não Bancárias, do Banco Central do Brasil), e Marco Aurélio Almada (coordenador do Conselho Consultivo do Ramo Crédito, no Sistema OCB).
Ambos trouxeram uma reflexão aos participantes sobre a importância da troca de conhecimentos e experiências para o desenvolvimento de soluções estratégicas visando solucionar desafios que são muito parecidos em todos os sistemas e países, como: a chegada de novas tecnologias, novos públicos, com novas formas de interação e novas necessidades.
Rodomarque Meira, chefe adjunto do Desuc/BC, conduziu uma apresentação sobre os modelos de negócio das cooperativas brasileiras. E foi seguido pelo convidado francês, Eric Caen, que trouxe o case da Crédit Agricole, sistema cooperativista de crédito que possui o maior percentual de produtores agrícolas no mundo (com 9 em cada 10 produtores franceses associados). Uma apresentação marcada pela ênfase do modelo francês no investimento em inteligência artificial de forma humanizada, com foco nas necessidades dos clientes.
Um oceano de distância, e a mesma percepção
O segundo dia do Workshop trouxe as experiências do Sistema Sicredi e do grupo português Crédito Agrícola. Gisele Rodrigues, superintendente de soluções de pagamento, conduziu a apresentação do modelo brasileiro, que corroborando com as falas do primeiro dia, traz o foco nas pessoas e nas suas demandas reais.
Licínio Pina, presidente do Conselho de Administração Executivo do grupo português, abordou a realidade das cooperativas lusitanas, trazendo ainda questões fundamentais relacionadas à Zona do Euro, como por exemplo a participação do cooperativismo de crédito no mercado europeu, e o forte investimento no digital feito pelo setor. Com mais de 300 mil associados e 1,8 milhão de clientes, o Crédito Agrícola é um dos principais grupos financeiros portugueses.
Irmãos em sintonia
Chegando ao último dia do workshop, as apresentações do Sistema Sicoob e da Confederação Paraguaia de Cooperativas – a Confacoop, deixaram clara as semelhanças e as inspirações possíveis entre os modelos brasileiro e paraguaio.
Edson Lisboa, superintendente de sistemas de informação do Sistema Sicoob, abordou assuntos como melhorias em soluções, expansão física e até blockchain. E a programação encerrou com a apresentação do diretor da Confacoop, Eduardo Valenzuela, sobre o modelo praticado no país vizinho.
Alvo de diversos elogios, o representante paraguaio tocou em aspectos importantes do modelo que seguem, voltado para a origem cooperativista, com preocupação socioambiental e, principalmente, foco no crescimento dos indivíduos. “Não somos alternativa... somos solução”, afirmou defendendo que o cooperativismo é, sem dúvidas, a resposta para um mundo mais justo, feliz e equilibrado.
Encerrando a programação, o evento contou com as participações do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do Diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza, que mais uma vez enfatizaram a importância da programação elaborada e dos conteúdos apresentados.
“Nossos convidados mostraram que as cooperativas estão na vanguarda do negócio. Cada vez mais, vamos precisar de economias que tenham a inclusão social como prioridade, assim como a sustentabilidade. Esses fatores, aliados à tecnologia, farão a nova economia global – e têm tudo a ver com o cooperativismo”, defendeu Souza.
“Respeitar a diversidade das pessoas é o caminho para construirmos nossa unidade. Precisamos inovar, sim. E a inovação precisa nascer dentro da cooperativa, se instalar na governança, na gestão, nas ações de mercado... Inovação é mudança, é um conceito vivo. Precisa ser uma parte ativa dentro da cooperativa, um núcleo interno permanente”, encerrou o representante cooperativista.
A partir da próxima semana, os vídeos dos três dias de workshop estarão disponíveis nos canais do Sistema OCB e do Banco Central no YouTube, e você pode conferir na íntegra cada apresentação novamente.
O novo ciclo do Programa Nacional de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC - 2021) foi lançado nesta segunda-feira, num evento online que reuniu profissionais da área de comunicação das unidades estaduais do Sistema OCB para tratar dos resultados da campanha de valorização do cooperativismo. Mais de 40 pessoas participaram do lançamento que também contou com a presença do superintendente, Renato Nobile, da gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira, e das gerentes Daniela Lemke (Comunicação) e Susan Vilela (Desenvolvimento Organizacional).
O superintendente destacou a importância da união estratégica para o andamento de todos os processos que envolvem as iniciativas e campanhas do Sistema OCB. “Os comunicadores são essenciais para fazer essas mensagens chegarem até as cooperativas, nossa grande razão de ser. Por isso, quanto mais alinhados estivermos, mais eficazes serão nossas ações”, enfatiza.
A gerente de Comunicação apresentou os resultados da primeira fase da campanha de valorização do cooperativismo, iniciada em novembro do ano passado e que tem como embaixador o atleta que se tornou ídolo do esporte brasileiro: o tenista Gustavo Kuerten. De acordo com ela, em 2020, o trabalho focado nas redes sociais, por exemplo, objetivou despertar a atenção do público para o cooperativismo, gerar familiaridade e engajamento com o tema e os números gerais refletem um resultado totalmente alinhado com esses objetivos.
“Para se ter uma ideia, as publicações no Facebook alcançaram 348% a mais de pessoas impactadas, e o consumo de informações no perfil também cresceu: 620% no total. Quando falamos em Instagram, registramos 75% a mais de visitas ao perfil e aumento de 86% nos comentários orgânicos das publicações”, destacou Daniela, entre outros dados.
PDGC
O ciclo 2021 do PDGC apresenta algumas inovações no sistema, implementadas com base nas necessidades das cooperativas e das unidades nacionais (clique aqui para saber mais). Para conferir todos os detalhes das novidades deste ano, navegue pelo site do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão (aqui).
EXCELÊNCIA
A partir de hoje começa, também, as inscrições à edição do Prêmio SomosCoop Excelência em Gestão - 2021. O período de inscrição vai do dia 8/2 a 30/4.
Segundo Susan Vilela, gerente de Desenvolvimento Organizacional do Sescoop, uma das mudanças que envolvem essa edição do prêmio diz respeito às visitas realizadas às cooperativas. “Visando à segurança e a saúde dos participantes, algumas alterações foram necessárias, como a etapa de visitas. Elas serão realizadas de forma virtual. Com esse novo jeito de visita, além de garantir o bem-estar dos cooperados, colaboradores de cooperativa e dos especialistas que estarão envolvidos no processo, será possível aumentar o número de cooperativas avaliadas”, explica a gerente.
SELO
As coops que participarem desse novo ciclo e obtiverem uma nota específica, a ser prevista no edital, receberão um selo de excelência, certificando que foram avaliadas e auditadas e que possuem um bom nível de maturidade. Esse selo poderá ser utilizado como estratégia de marketing das coops.
DESTAQUE
Outra novidade para o prêmio deste ano é o Destaque Busca pela Excelência. Ao todo, 10 coops serão escolhidas e receberão essa menção honrosa, visando valorizar a participação daquelas que se empenham em melhorar seus processos de gestão. Essa novidade é dirigida às coops que ainda não atingiram o nível de Excelência, mas que estão muito próximas. No total, 10 coops – duas de cada região do país – serão escolhidas.
Para saber mais, clique aqui.
A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal realizou nesta segunda-feira (22), a assinatura do Termo de Cooperação Técnica para a implementação do Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável do Distrito Federal.
O Plano conta com a participação dos principais atores institucionais do setor agropecuário local e nacional e tem como objetivo construir e debater estratégias de união de esforços para pensar no planejamento do setor agropecuário do DF a longo prazo, dentre eles, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF. O presidente do Sistema, Remy Gorga Neto, esteve presente na solenidade e destacou a importância das cooperativas no desenvolvimento do setor.
Segundo o secretário da Agricultura do Distrito Federal, Candido Teles de Araujo, “a união dos órgãos governamentais, classe produtiva e instituições técnico-científicas sinaliza a integração de esforços para um planejamento rural prolongado, para um período de 20 anos.” O secretário da Agricultura esclareceu que o Plano de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal estabelecerá os eixos de desenvolvimento sustentável da agropecuária local, oferecendo condições estruturantes para que a população do campo possa ter um planejamento de suas atividades em longo prazo.
No total, 19 instituições, junto com a Secretaria de Agricultura, irão desenvolver o planejamento da agropecuária para o Distrito Federal.
Participam do Plano de Desenvolvimento Rural Sustentável do Distrito Federal, as seguintes instituições:
Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri/DF)
Secretaria de Governo (Segov)
Secretaria de meio Ambiente do (Sema)
Secretaria de Empreendedorismo do Distrito Federal (Semp/DF)
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater/DF)
Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa/DF)
Instituto Brasília Ambiental (Ibram)
Parque Granja do Torto (PGT)
Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape/DF)
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Distrito Federal (Senar/DF)
Superintendência Federal de Agricultura do Distrito Federal (SFA-DF/Mapa)
Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa)
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
Faculdade de Agronomia e Veterinária da Universidade de Brasília (FAV/UnB)
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados e Embrapa Hortaliças)
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Distrito Federal (Sescoop/DF)
Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável do Distrito Federal (CDRS/DF)
* Com informações da Agência Brasília e Seagri
Em 2021, a relação entre cooperativas e startups pode ser ainda mais estimulada no Brasil. Para fomentar a inovação no cooperativismo e conectar o setor a esse modelo de negócios que cresce cada vez mais mundo a fora, foi aprovado nesta quarta-feira (24), no Senado Federal, o Projeto de Lei Complementar (PLP 146/19) que institui o Marco Legal das Startups. Como houve alteração no texto, a proposta volta para nova análise na Câmara dos Deputados.
O principal objetivo da medida é fomentar o mercado de startups no país, por meio da desburocratização de processos e do aumento da segurança jurídica para investimentos. O relator da proposta, senador Carlos Portinho (RJ), defendeu a iniciativa e destacou a importância desse tipo de empresa para o país.
“Startups são empresas embrionárias. Nascem a partir de ideias inovadoras e disruptivas, desenvolvem projetos que buscam soluções para os mais diversos problemas, atraem e empregam tecnologia em grande parte, captam o interesse da juventude e desenvolvem o empreendedorismo, entregando ao final, além de soluções, produtos e serviços”.
O projeto prevê critérios para que uma empresa seja considerada startup, como faturamento anual máximo de R$ 16 milhões e dez anos de existência. Além disso, precisam declarar, em seu ato constitutivo, o uso de modelos inovadores ou se enquadrarem no regime especial Inova Simples, previsto no Estatuto das Micro e Pequenas Empresas.
Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o deputado Evair de Melo (PP-ES), destacou que a aprovação do PLP 146/19 é uma oportunidade para a retomada da economia no Brasil.
“A conexão das cooperativas e startups abre mais uma janela de oportunidades, primeiro para tecnologia e, segundo, para que as cooperativas possam avançar no crescimento econômico e continuar prestando um serviço diferenciado aos brasileiros”, disse.
Segundo o texto da proposta, startups são empresas que tendem a operar com bases digitais, com grande potencial econômico, inclusive de atração de investimentos estrangeiros, e predispostas à internacionalização.
Para o presidente do Sistema OCB, Márcio de Lopes de Freitas, a inclusão das cooperativas é importante para o setor continuar avançando com mais empregos, renda e desenvolvimento local. “A lei busca aprimorar o sistema de investimentos brasileiro para garantir um ambiente de negócios mais seguro para os empreendedores e beneficiar a sociedade, especialmente durante o período de recuperação econômica pós-pandemia”, explicou.
“São mais recursos, empregos, atividade e renda. Nosso setor agroindustrial poderá crescer ainda mais e continuar a ser o polo dinâmico da retomada econômica”. A afirmação foi feita pelo deputado Arnaldo Jardim (SP) para justificar a importância do Projeto de Lei 5.191/2020 de sua autoria aprovado nesta terça-feira (2) pelo Senado.
A proposta cria o Fundo de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) e segue agora para sanção presidencial. Segundo o parlamentar, que é membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), a iniciativa cria instrumentos no mercado de capitais para contribuir com o financiamento da produção agropecuária.
“A ideia é aproveitar um instrumento que já existe – os fundos de investimentos imobiliários (instituídos pela Lei 8.668/93) – para captar recursos e fomentar ainda mais o setor”,acrescentou.
Outra vantagem do fundo, ainda de acordo com Jardim, é possibilidade de investidores, mesmo não sendo produtores rurais, obterem rendimentos do agronegócio.
Se sancionado, o deputado destaca que o Fiagro viabilizará investimentos em terras e na atividade agroindustrial.
A pandemia pegou, literalmente, todo mundo de surpresa. De uma hora para outra, as cooperativas tiveram que apertar os cintos e usar muita criatividade para se reinventar e continuar atendendo seus clientes. Um exemplo de inovação é a Cooperativa de Ensino de Língua Estrangeira Moderna (Cooplem) que, em apenas 20 dias, criou do zero uma escola que oferece aulas 100% online para alunos de dentro e fora do Brasil.
“Para nos adequar ao isolamento social tivemos que nos reinventar em apenas 20 dias, transformando as aulas presenciais em aulas virtuais (síncronas). Com essa experiência do 1º semestre de 2020, lançamos o Cooplem em Casa”, conta a presidente da cooperativa, Márcia Behnke. Localizada em Brasília, a Cooplem tem 22 anos e encontrou nas aulas on line uma maneira de driblar os efeitos negativos causados pela pandemia. A cooperativa chegou a perder 30% dos alunos e a fechar duas unidades, mas a escola virtual fez tanto sucesso que vai continuar mesmo depois de o coronavírus ser controlado.
Leia abaixo, a entrevista na qual Márcia conta que, além da criação da Cooplem em Casa, a cooperativa também adotou algumas estratégias para preservar os empregos dos colaboradores e o bem-estar dos cooperados. Confira!
Qual o impacto da pandemia na rotina da Cooplem?
O impacto da pandemia na Cooplem foi muito difícil. Fomos afetados tanto quanto as demais escolas do Brasil. Como não sabíamos como seria o segundo semestre de 2020, realizamos uma assembleia no dia 5/7 para repassar a previsão de cenários que havíamos preparado. Como nossas receitas provêm da quantidade de alunos, pontuamos todas as nossas ações em termos orçamentários de acordo com o número de matrículas. Por exemplo: nós mostramos as estratégias a serem adotadas caso tivéssemos as seguintes realidades: 4 mil alunos; 5 mil alunos; e 6 mil alunos. Isso foi essencial para sensibilizar os cooperados sobre a situação da cooperativa.
E, como não atingimos os 6 mil alunos previstos, tivemos que reduzir as despesas do corpo administrativo em 20%, suspender contratações e fazer a distribuição, entre os professores, de apenas 70% das turmas, considerando o cenário do primeiro semestre de 2020. Infelizmente, a pandemia tirou 30% dos nossos alunos.
Precisou demitir funcionários por causa da pandemia?
Não demitimos nenhum dos nossos 100 funcionários por causa da pandemia. Esse foi um compromisso da Cooplem: preservar os empregos de todos. Mesmo assim, houve desligamentos que ocorreriam independentemente da pandemia. Por exemplo, a maior parte dos desligamentos ocorreu a pedido dos funcionários. Pagamos pontual e integralmente todos os salários. Logo no começo das medidas de isolamento social, todos os funcionários ficaram em casa e as horas não trabalhadas estão sendo respostas desde o ano passado, de acordo com a disponibilidade.
Em cerca de 20 dias, a Cooplem criou uma escola virtual: o Cooplem em Casa. Poderia nos contar um pouco do processo?
Para nos adequar ao isolamento social tivemos que nos reinventar em apenas 20 dias, transformando as aulas presenciais em aulas virtuais (síncronas). Com essa experiência do 1º semestre de 2020, lançamos o Cooplem em Casa. Não foi um processo fácil. Lidar com uma modalidade de aula completamente diferente e, também, com a tecnologia específica foi desafiador para muitos dos nossos cooperados. Contudo, ninguém esmoreceu. Com uma força conjunta proveniente da união de todos e o empenho da equipe pedagógica o Cooplem em Casa se tornou uma realidade. Em momentos assim a gente sente a força do cooperativismo, pois todos atuaram oferecendo o seu melhor.
O Cooplem em Casa é um curso 100% online. O aluno tem aulas ao vivo, permitindo a interação com o professor, e aulas na plataforma onde é possível acessar os conteúdos de acordo com a disponibilidade. Vale destacar que o curso também oferece atividades práticas, acompanhamento da verificação de aprendizagem pelo professor... tudo 100% online.
A grande vantagem é que o aluno pode estudar de qualquer lugar do país e do mundo. E passa a ser uma ótima opção para moradores de áreas rurais, onde o acesso a uma escola de idiomas é mais difícil. É um exemplo de curso que pode ser ofertado para qualquer lugar onde o aluno tenha acesso à internet.
Já em relação às aulas presenciais, elas estão suspensas até que seja seguro o nosso retorno às escolas. Contudo, todos os alunos matriculados nos cursos presenciais, já que continuamos a oferecer essa modalidade, terão aulas síncronas, ou seja, aulas que os professores ministram, ao vivo, no dia e horário contratados.
Quais as vantagens do Cooplem em Casa para os alunos?
A vantagem do Cooplem em Casa como já citado é a extensão de um curso para pessoas de todos os lugares. E buscamos apresentar uma metodologia mais objetiva, com materiais atrativos e inovadores em nossa plataforma. Além de oferecer uma maior autonomia ao aluno, observando a sua disponibilidade de tempo.
Quais as vantagens do Cooplem em Casa para os cooperados?
Percebemos que as aulas ministradas pelos professores, direto de suas residências, trouxe algumas vantagens tais como: economia de tempo de deslocamento e combustível, dentre outras. Além disso, em casa, o cooperado pode trabalhar e dar atenção á família. Isso é qualidade de vida pro nosso cooperado.
Como se matricular?
Para se matricular é bem simples, basta que o aluno acesse o site da Cooplem (clicando aqui). Lá tem todas as informações que o aluno precisa saber. Aí é só preencher os campos do cadastro e aguardar o início das aulas.
Quando o coronavírus estiver sob controle e a pandemia passar, a Cooplem vai manter o Cooplem em Casa? Por quê?
A Cooplem ao voltar para o presencial manterá o Cooplem em Casa para atingir todos os lugares do país e para oferecer uma segunda opção, para os alunos que se adaptaram nesta modalidade de ensino virtual.
Além do Cooplem em Casa, quais foram as outras estratégias para que a Cooplem diminuísse os impactos da pandemia?
Além do que citamos na resposta 1, nós também cortamos todos os investimentos com reformas, fizemos apenas a manutenção das unidades, fechamos duas unidades que tinham um número muito baixo de alunos, mas abrimos o pólo EAD do Cooplem em Casa, que superou em quase três vezes o número de alunos dessas duas unidades que fechamos.
Quais são os principais números da Cooplem?
Chegamos ao número de 5.330 alunos na época da contagem da meta no 2º semestre do ano passado e como ainda não iniciamos as aulas não sabemos quantos alunos teremos neste semestre.
No 1º semestre de 2020: tivemos 7.524 alunos.
Somos 120 cooperados e 93 colaboradores.
Nosso faturamento ficou em R$ 22 milhões em 2019. Ainda estamos fechando o balanço relativo a 2020. O capital social até dezembro de 2019 foi de R$ 5,9 milhões.
Temos hoje 10 unidades para cursos presenciais e um pólo de ensino à distância.
Atuamos com o ensino dos seguintes idiomas: inglês, francês, espanhol e japonês.
“Em 2020, mais de 7,8 milhões de pessoas foram beneficiadas com as ações do Dia C. E, neste ano, queremos e podemos fazer muito mais”, comentou o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, no lançamento online do Dia de Cooperar 2021, voltado às unidades estaduais do Sistema OCB, ocorrido nesta segunda-feira (22/2), com a participação de mais de 130 pessoas.
O superintendente destacou o comprometimento das cooperativas e unidades estaduais com a realização do Dia C. “Nós, aqui da unidade nacional, somos apenas os estimuladores desse movimento, mas quem coloca a mão na massa são os estados e as cooperativas. Por isso, quando vemos números tão grandes quanto os do Dia C 2020, só temos a agradecer a todos, especialmente Minas Gerais, por ter cedido essa ideia tão importante ao Brasil”, comenta.
No lançamento, a gerente de Desenvolvimento Humano em Cooperativas do Sistema OCB, Geâne Ferreira, apresentou os números do Dia C 2020 e também anunciou novidades no sistema de inscrição das cooperativas. “A nossa ideia foi simplificar esse processo, para agilizar o preenchimento das iniciativas no Sistema do Dia C. Todas as modificações realizadas estão de acordo com as necessidades previstas pelas unidades estaduais”, ressalta.
A gerente de Comunicação do Sistema OCB, Daniela Lemke, apresentou a estratégia de comunicação da campanha deste ano e reforçou a agradecimento às unidades estaduais pelo engajamento e trabalho em equipe. “É fundamental que estejamos juntos novamente para fazer acontecer o Dia C 2021. Teremos muito trabalho, mas também muito sucesso”, destaca. Para acessar a identidade visual do Dia C 2021 clique aqui.
NÚMEROS
Em 2020, mais de 7,8 milhões de pessoas foram beneficiadas com as mais de 2,8 mil iniciativas e ações realizadas por 2.226 cooperativas e seus mais de 137 mil voluntários. Se considerarmos as ações focadas no combate ao coronavírus, bem como à redução dos efeitos da covid-19, o total realizado no ano passado foi 2.159. Ao todo, 1.383 municípios brasileiros registraram a força do voluntariado cooperativista. (Leia mais)
LANÇAMENTO PARA COOPS
O lançamento para as cooperativas também ocorreu nesta segunda-feira (22/2), às 16h, e contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do consultor, Francisco Teixeira, e da assessora de Desenvolvimento Territorial do PNUD Brasil, Ieva Lazareviciute. O superintendente Renato Nobile e a gerente de Desenvolvimento Humano em Cooperativas, Geâne Ferreira, também participaram do bate-papo. Quer saber como foi? Clica aqui.
O futuro do Sistema Nacional de Crédito Rural e, também, do Plano Safra 21/22 foram temas da reunião entre lideranças cooperativistas com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos. A reunião virtual ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira (18/2).
De forma geral, a intenção foi alinhar a perenidade dos programas e das linhas de financiamento de crédito rural que beneficiam os empreendimentos cooperativos voltados ao custeio, giro, comercialização e investimento, conforme explicitado nos diferentes capítulos do Manual de Crédito Rural (MCR), mantendo a arquitetura e as bases para sua adequada aplicação.
Para Márcio Freitas, líder cooperativista, o crédito rural é um dos principais fatores de produção e condicionantes do sucesso do agro brasileiro nas últimas décadas. “A produção agropecuária brasileira, pela qual as cooperativas respondem por cerca de 50%, se desenvolveu de tal forma que o país passou de importador de alimentos para um dos maiores produtores e exportadores mundiais. E isso se deve, em muito, a uma política agrícola consistente, que foi capaz de garantir um volume de recursos e taxas de juros compatíveis com o retorno das atividades no meio rural”.
Por isso, na reunião de hoje, os representantes do setor disseram que há grande expectativa para que o governo defenda a importância das cooperativas agropecuárias, para o maior protagonismo de pequenos e médios produtores, especialmente no que se refere à agricultura familiar. “As cooperativas permitem o ganho de escala ao produtor, diminuindo as distorções de mercado por grandes conglomerados econômicos e, ainda, transferindo tecnologia no campo”, destaca Márcio Freitas.
Além disso, os representantes também reafirmaram como fundamentais as políticas públicas que reforcem o papel das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional do país, de forma a capilarizar o acesso aos produtores, micro e pequenos negócios tanto no campo quanto na cidade, com taxas e juros menores e melhores condições para milhões de brasileiros. Também afirmaram a confiança na condução das políticas públicas pelo Ministério da Agricultura e Banco Central.
MODERNIZAÇÃO
Ao final da reunião, a ministra da Agricultura destacou a relevância do bom relacionamento com o setor produtivo para que o desenvolvimento aconteça sempre. “Estamos sempre abertos a melhorar, modernizar os processos. As cooperativas agropecuárias são importantíssimas e os números de vocês mostram isso. Nossa intenção é modernizar o crédito rural, trazendo menos burocracia e mais agilidade. Eu desconheço uma interatividade tão boa quanto a que temos com o Banco Central e o Ministério da Economia, por isso, vai dar tudo certo”, comentou.
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos, destacou a relevância da autonomia da instituição e que isso só fortalece as políticas públicas. “Modernizar é importante e é uma tendência, e por isso estamos buscando mecanismos que possam viabilizar mais recursos ao setor agropecuário, desburocratizando e dando mais autonomia ao mercado”, concluiu.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, recebeu nesta terça-feira (23), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles para tratar de assuntos de interesse das coops brasileiras, dentre eles a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais e programas como o Floresta+ e Adote um Parque.
Para o líder cooperativista, quanto mais diálogo com os representantes do governo federal, maiores serão as chances de as políticas públicas elaboradas pela União estimularem o desenvolvimento das cooperativas. Freitas também afirmou que é um desafio para o governo e para o setor agro conseguir divulgar cada vez mais o quanto os produtores brasileiros inovam e preservam.
Também participaram da reunião: Ismael Perina Junior, da Orplana, Tânia Zanella (gerente geral da OCB) e Fabíola Nader (gerente de Relações Institucionais da OCB.
Saiba mais sobre os temas tratados na reunião.
PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS
A Política Nacional de Pagamentos por Serviços Ambientais é lei desde meados de janeiro. De acordo com seu texto, os pagamentos por serviços ambientais podem ser aplicados em atividades individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, a recuperação ou a melhoria dos serviços considerados de provisão, ou seja, que fornecem bens ambientais para consumo ou comercialização, como é o caso dos alimentos, serviços de suporte, aqueles que mantém perenidade da vida na terra como renovação da fertilidade do solo e controle de pragas e serviços de regulação, que dão manutenção ao meio ambiente como sequestro de carbono e controle de erosões.
Os pagadores de serviços ambientais podem ser o poder público, organização da sociedade civil ou agente privado seja pessoa física ou jurídica, nacional ou internacional. As formas de pagamento poderão ser feitas de forma direta, monetária, em dinheiro ou por comodatos, títulos verdes, cotas de reserva ambiental, prestação de melhorias sociais a comunidades rurais e urbanas ou por compensação vinculada à certificação de redução de emissões por desmatamento e degradação.
A política também cria o Programa Federal de Pagamentos por Serviços Ambientais. Neste programa, a União – por meio do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) será responsável por executar os pagamentos e será dada prioridade aos contratos fechados com comunidades tradicionais, povos indígenas, agricultores familiares, cooperativas e associações civis.
Entre os territórios que podem ser objeto do programa, estão incluídas as propriedades privadas, situadas na zona rural, desde que estejam inscritas no Cadastro Ambiental Rural. As reservas legais e áreas de preservação permanente dos imóveis também serão elegíveis aos pagamentos por serviços ambientais com recursos públicos.
ADOTE UM PARQUE
O Adote um Parque, instituído por decreto, é um programa criado para atrair recursos com o objetivo de custear a conservação dos parques nacionais. Empresas nacionais ou estrangeiras, e também indivíduos, por meio dessa iniciativa, vão contribuir concretamente com a proteção ambiental do Brasil. Ao adotar uma Unidade de Conservação (UC), os interessados serão reconhecidos como parceiros do meio ambiente e celebrarão Termo de Doação com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A expectativa é que a adoção seja de R$ 50 ou 10 euros por hectare ao ano. A área dessas UCs varia entre 2.574 e 3.865.172 hectares, permitindo diferentes níveis de investimento. O programa tem o potencial de canalizar R$ 3,2 bilhões ao ano, diretamente às Unidades de Conservação.
No modelo do programa, os recursos são investidos pelo adotante em serviços como monitoramento, proteção, prevenção e combate a incêndios florestais, prevenção e combate ao desmatamento ilegal e recuperação de áreas degradadas. As doações são enviadas pelo doador diretamente às Unidades de Conservação, gerando transparência total e a garantia de que os serviços e produtos doados chegarão ao território.
FLORESTA+
A iniciativa tem por objetivo de valorizar as ações de preservação da floresta nativa brasileira. O projeto inicial vai ser realizado na Amazônia Legal, e serão destinados mais de R$ 500 milhões para atividades que melhorem, conservem e recuperem a natureza.
O programa é destinado a pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, grupo familiar ou comunitário que, de forma direta ou por meio de terceiros, executam as atividades de serviços ambientais em áreas mantidas com cobertura de vegetação nativa ou sujeitas à sua recuperação.
Poderão ser reconhecidas e beneficiadas em todo território nacional diversas categorias fundiárias, sejam elas áreas privadas, de preservação permanente e de uso restrito, assentamentos, terras indígenas ou unidades de conservação, desde que tenham atividades de proteção e conservação de recursos naturais.
"Esse é o maior programa de pagamento por serviços ambientais no mundo na atualidade. Os R$ 500 milhões recebidos do Fundo Verde do Clima vão remunerar quem preserva. Vamos pagar pelas boas práticas e reconhecer o mérito de quem cuida adequadamente do meio ambiente", destacou, recentemente, o ministro Ricardo Salles.
São considerados serviços ambientais atividades de monitoramento, vigilância, combate a incêndio, pesquisa, plantio de árvores, inventário ambiental e sistemas agroflorestais que tragam resultados efetivos e relevantes para a melhoria, a conservação e a proteção da vegetação nativa. Essas ações trazem uma série de benefícios com a conservação da biodiversidade, a proteção do solo e das águas, a regulação do clima e créditos de carbono.
Foi dada a largada rumo ao novo. Rumo ao desenvolvimento, cada vez mais eficaz, das cooperativas brasileiras. Em evento online, foi lançado nesta terça-feira (23/2) o Programa de Formação de Agentes de Inovação, realizado pelo Sistema OCB em parceria com o Instituto de Economia e Administração (ISAE).
A partir de hoje, 72 alunos, vindos das unidades estaduais e nacional do Sistema OCB, de Confederações Cooperativas e de cooperativas vencedoras da última edição do Prêmio SomosCoop - Melhores do ano, começam uma jornada de 192 horas, que vai durar o período de um ano, com conteúdos especialmente pensados para a realidade cooperativista.
Com base em uma pesquisa quantitativa e qualitativa realizada num universo que representa 10% de todas as coops brasileiras (incluindo todos os ramos e regiões do país), a formação se apresenta como um curso de extensão, uma verdadeira especialização, focada em desenvolver as habilidades dos participantes para o olhar - e a prática - inovadores. "A ideia central é fazer com que ideias saiam do papel, com que iniciativas se concretizem. E os alunos percorrerão uma trilha de conteúdo e metodológica especialmente desenvolvida com essa finalidade", explicou a coordenadora de inovação do Sistema OCB, Samara Araújo, durante o lançamento.
Ela reforçou que está a disposição um vasto acervo de materiais sobre o tema na plataforma criada em 2020 Inovacoop. Um espaço online onde todas as pessoas - independentemente de serem alunas do curso - encontram artigos, notícias e e-books variados com conteúdo intenso voltado às cooperativas. O endereço da plataforma é www.inova.coop.br.
Na sequência do lançamento, houve a aula inaugural para as duas primeiras turmas do programa. E, a partir de agora, eles têm o desafio de "mergulhar de cabeça e ousar", como encorajou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas: "A gente prefere lidar com algumas falhas por ter tentado do que permanecer parado, congelado, vendo a vida passar", comparou.
O Programa de Capacitação de Agentes de Inovação é uma iniciativa do Sistema OCB, em parceria com o ISAE, com aulas online nas modalidades síncronas e assíncronas, em plataforma própria e personalizada. As aulas seguem até fevereiro de 2022.
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Confira outros detalhes da pesquisa e do lançamento do programa, clicando aqui.
Representantes do Sistema OCB estiveram, nesta segunda-feira, no lançamento online da plataforma Participa + Brasil, do governo federal. Esse novo portal eletrônico visa promover serviços ligados à participação da sociedade na formulação, implementação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas da União, além de qualificar o processo de participação social a partir da disponibilização de módulos para divulgação de consultas e audiências públicas, pesquisas e no incentivo de boas práticas.
Com essa iniciativa, o governo federal espera estimular a interação com a sociedade, bem como aumentar a transparência das iniciativas de promoção de políticas públicas. O evento ocorreu no salão nobre do Palácio do Planalto e contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, dentre outras autoridades.
Para mais informações, basta acessar o seguinte site: https://www.gov.br/participamaisbrasil/
Cooperativismo, Agricultura Familiar e o Programa Nacional de Alimentação Escolar é o título da obra recém-publicada pelo Sistema OCB em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). O livreto apresenta reflexões para uma agenda municipal de desenvolvimento sustentável com base no papel das cooperativas na implementação do PNAE em grandes centros urbanos, a partir do estudo de casos no estado de Minas Gerais.
Coordenado pelos professores e pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Alair e Alan Ferreira de Freitas, o livreto considera as incertezas trazidas pela pandemia da Covid-19, que intensificaram as situações de vulnerabilidades socioeconômicas, insegurança alimentar e fome, para demonstrar a importância da produção local de alimentos e de seu escoamento.
“Nesse sentido, o PNAE, além de contribuir para a alimentação escolar e para o abastecimento da rede socioassistencial dos municípios, tem representado também uma alternativa de renda para a agricultura familiar. Ao conectar produção e consumo, ampliando o mercado aos agricultores familiares, o PNAE tornou-se mecanismo econômico que fomenta a geração de renda e a segurança alimentar e que contribuiu com o combate à fome e a pobreza rural”, afirmam os coordenadores.
Sobre a relevância das cooperativas, eles destacam se tratar de sociedades “organizadoras de cadeias produtivas e instrumentos de fortalecimento da agricultura familiar. Elas contribuem para a dinamização econômica dos municípios, merecem atenção dos governos locais e podem ser grandes aliadas da gestão pública para a inclusão produtiva e a promoção do desenvolvimento sustentável”.
Confira na entrevista a seguir, pontos importantes do livreto destacados pelo professor Alair Ferreira de Freitas:
- Qual a importância desse livreto para o desenvolvimento da agricultura familiar brasileira?
Esse material reforça a conclusão de vários trabalhos técnicos e científicos de que a agricultura familiar precisa ser reconhecida como segmento fundamental para a economia e a segurança alimentar, no campo e na cidade. O livreto pode ajudar governos locais a refletirem sobre isso e a institucionalizarem uma agenda pública de promoção do desenvolvimento sustentável, valorizando a agricultura familiar e garantindo o direito humano à alimentação adequada e saudável como eixos estratégicos de políticas públicas.
Não superaremos a fome e a insegurança alimentar no Brasil enquanto a agricultura familiarnão estiver no centro da agenda governamental para o desenvolvimento rural. Esperamos com esta publicação semear a ideia e apresentar argumentos de que apoiar a agricultura familiar e suas cooperativas e ampliar e fortalecer as políticas públicas de compra institucional de alimentos, como o PNAE, podem induzir um círculo virtuoso que favorece a economia e a sociedade.
- Como as coops podem fazer parte desse processo?
As cooperativas estão na base desse processo. O fortalecimento da agricultura familiar e a expansão de suas capacidades de estruturar cadeias produtivas e interferir nos mercados passa necessariamente pela sua organização socioeconômica. E as cooperativas são a melhor alternativa para isso. Diversas experiências em todo o país comprovam o quão importante é o cooperativismo para a agricultura familiar e que, organizadas em cooperativas, as famílias agricultoras encontram mais oportunidades para trocarem conhecimentos, agregarem valor aos produtos, acessarem mercados e gerarem trabalho e renda.
As cooperativas são agentes do desenvolvimento sustentável. Seu modelo organizacional ancorado em sólidos princípios cooperativistas e sua organização de natureza não lucrativa tem o potencial de democratizar o sistema agroalimentar e irrigar a economia com uma atuação econômica enraizada nas comunidades.
As cooperativas podem ajudar os governos locais a implementarem o PNAE e a desenvolverem outras ações para apoiar a agricultura familiar e promover a segurança alimentar, mediando a elaboração e monitorando os projetos de compra institucional de alimentos, organizando a produção da agricultura familiar e prospectando oportunidades econômicas para melhorar a qualidade de vida no campo.
- Qual o papel dos poderes Executivo e Legislativo?
Neste livreto, reconhecemos o papel estratégico dos municípios para o desenvolvimento sustentável e a oportunidade que eles têm ao executar PNAE, garantindo apoio à agricultura familiar e suas cooperativas. Os governos locais precisam assumir o papel de articuladores do desenvolvimento, integrando uma rede de organizações parceiras que cooperam para garantir a oferta de alimentos saudáveis ao público escolar do município e a geração de renda para a agricultura familiar. É papel dos governos, não apenas adquirirem o mínimo estabelecido no PNAE de 30% da agricultura familiar, mas de prover o apoio necessário para que as famílias agricultoras tenham condições de produzir e entregar alimentos saudáveis e sustentáveis por meio de suas cooperativas e, assim, para que o programa se realize e expanda no município. Assumir isso contribuirá para que os poderes executivo e legislativo municipais cumpram com seu papel constitucional de garantir o direito à saúde e à alimentação adequada e saudávele a buscar meios para criar oportunidades de trabalho e rendano campo.
- Qual a importância do PNAE neste contexto de pandemia?
Para milhares de famílias em situação de vulnerabilidade social, a alimentação escolar é a mais importante forma de acesso a alimentação cotidiana e contribui significativamente para reduzir a fome no país. Durante a pandemia da Covid-19, com a suspensão das atividades escolares, muitos municípios interromperam o fornecimento de alimentação nas escolas e, assim, a aquisição de alimentos da agricultura familiar. Mas a Lei Federal 13.987/2020 autorizou a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do PNAE diretamente às famílias ou responsáveis pelos estudantes durante a pandemia. Diversos municípios, ao retomarem o programa estão contribuindo para amenizar os impactos da crise atual, especialmente nos grupos mais vulneráveis, mantendo um canal de comercialização de produtos da agricultura familiar e ofertando alimentos para inúmeras famílias em situação de insegurança alimentar.
- Que outros pontos considera importante destacar?
Buscamos estabelecer uma conexão direta com a Agenda 2030 da ONU, explicitando o vínculo entre os ODSs e atuação municipal de apoio às cooperativas da agricultura familiar e o PNAE. O nosso intuito foi apoiar a divulgação dessa agenda internacional de desenvolvimento sustentável e, principalmente, sensibilizar os gestores públicos de que a administração municipal e as políticas públicas precisam estar em consonância com a valorização da vida, a promoção da paz e da justiça e a preservação da natureza. Adotar os ODSs como referencial é uma oportunidade para que os governos locais planejem melhor suas ações e ampliem suas redes e seus projetos.
O deputado Evair de Melo (ES), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destacou nesta terça-feira (9), a importância do Selo Agro Mais Integridade, concedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a empresas e cooperativas agropecuárias.
Segundo o parlamentar, a medida premia boas práticas e serve como forma de alavancar os negócios do setor no país. “O Brasil tem o desafio de comunicar cada vez mais e melhor as boas ações que o agro realiza. Esse tipo de iniciativa realizada pelo Mapa deixa uma marca de integridade, visibilidade e credibilidade – cria um diferencial competitivo no mercado”, declarou.
Evair disse ainda que, além do reconhecimento de boas práticas, o selo garante aos consumidores alimentos de qualidade e de boa origem. “Essa conduta gera um estímulo para que as companhias e cooperativas possam cada vez mais investir em métodos, técnicas orientações e transparência no agro brasileiro”.
O regulamento para a conquista do selo relativo ao exercício de 2021/2022 foi publicado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (8). De acordo com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, essa edição irá contemplar organizações do setor pesqueiro. “Os princípios que norteiam o selo são prioridade no Mapa. Acreditamos que iniciativas assim podem ser um escudo na alavancagem de lucros e um diferencial importante no novo modelo do agronegócio íntegro e sustentável que estamos apresentando para o mundo”, afirmou.
COMO FUNCIONA
O Selo Agro Mais Integridade busca reconhecer empreendimentos agropecuários e cooperativas no Brasil que adotam boas práticas de responsabilidade social, ética, sustentabilidade ambiental e comprometimento em inibir fraude, suborno e corrupção. Os contemplados podem usar a marca do selo em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações.
Para receber o selo, a empresa ou cooperativa precisa comprovar que adota um programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos, ações com foco na responsabilidade social e ambiental e que promove treinamentos para melhoria da cultura organizacional.
Os interessados em participar da próxima edição devem realizar sua inscrição diretamente no site oficial do Mapa, no período de 2 de março a 4 de junho de 2021, preenchendo o formulário de inscrição disponibilizado aqui.
A OCB e outras 13 entidades de representação do setor leiteiro acabam de divulgar uma nota á imprensa solicitando ao Ministério da Agricultura a suspensão imediata das importações de produtos lácteos da Argentina e do Uruguai, até que os setores produtivos do Brasil e dos países vizinhos estabeleçam tratativas de convivência mútua. Clique aqui para conferir a íntegra do documento.
Representantes do Sistema OCB foram recebidos pelo Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, nesta quinta-feira, para apresentarem as premissas cooperativistas para a boa implementação dos Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) no Brasil. Dentre os destaques, estiveram as preocupações e os caminhos a serem percorridos para regulamentação eficiente da Lei nº 14.119/2021, que instituiu a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA).
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou o protagonismo do cooperativismo em produção sustentável. “Temos infinitos exemplos de preservação, recuperação e geração de ativos ambientais, por isso, desde sempre fomos e somos parceiros do Ministério para buscar soluções no que tange à identificação e à devida compensação por esses serviços prestados, principalmente pelo produtor rural na preservação ambiental”.
O líder cooperativista destacou, ainda, o papel privado no financiamento de uma economia verde. “Praticamente todos querem investir e contribuir para o financiamento de uma economia verde. Basta organizar e normatizar que as pessoas, empresas e cooperativas vão vir. E nós estamos aqui para ajudar no que for preciso”, enfatizou o presidente do Sistema OCB.
BENEFÍCIO AMBIENTAL
O advogado consultor da OCB, Leonardo Papp, apresentou as principais premissas do cooperativismo para a regulamentação da Política Nacional de Pagamentos Por Serviços Ambientais, que deve levar em conta processos eficientes de habilitação e mensuração do benefício ambiental a ser contemplado pelo PSA, prevendo que o crédito fique com quem realmente protege o meio ambiente. Ele comentou, ainda, que é necessária a atuação em fóruns internacionais para mostrar a realidade da produção agropecuária brasileira, que é uma das mais sustentáveis do mundo.
PIMENTA-DO-REINO
Na oportunidade, também foi apresentado o case da cooperativa Camta, de Tomé Açú, no Pará, pelo consultor Raul Monteiro Jr. A cooperativa é referência em práticas sustentáveis na cultura da pimenta-do-reino, e parte de sua produção é exportada para a Europa.
PRINCIPAIS PROJETOS
O secretário Joaquim Álvaro por sua vez apresentou os principais projetos do MMA no âmbito dos pagamentos por serviços ambientais e a estrutura pensada para a regulamentação da PNPSA. Agradeceu a reunião e disse que o MMA está de portas abertas para cooperativismo, e ainda conta com a colaboração na busca de soluções para a eficiente regulamentação da política.
ENCAMINHAMENTOS
Como encaminhamentos da reunião o Secretário solicitou o agendamento de reuniões para debater mais profundamente os temas: projeto-piloto com a CAMTA; a regulamentação de PNPSA; agenda internacional (Conferência de Glasgow); e a realização de webinário com o Secretário para dirigentes de cooperativas com foco nos mecanismos de PSA.
Reforçar a necessidade de revogação dos termos do Decreto nº 6160/2002, que limitam a expansão do fornecimento de energia pelas cooperativas autorizadas somente a novas unidades consumidoras classificadas como rural. Este foi o tema da reunião entre representantes do Sistema OCB e a diretora do Departamento de Gestão do Setor Elétrico do Ministério de Minas e Energia, Fabiana Cepeda, ocorrida nesta sexta-feira.
Como principais encaminhamentos, a diretora Fabiana se comprometeu em debater internamente alternativas e sinalizou a possibilidade de abertura de uma consulta pública para a elaboração de um novo decreto, que libere as cooperativas autorizadas a fornecer energia a todas as classes de consumidores. As entidades cooperativistas se colocaram à disposição do MME para colaborar na breve solução do tema.
A reunião foi organizada pelo próprio MME, por solicitação da OCB, e contou com a participação de: Jorge Luiz Barbosa (FECOERMS), Danilo Roque Pasin (FECOERESP), José Zordan (INFRACOOP), Marco Olívio Morato (OCB), Rosa School (Aspar MME), Fabiana Cepeda (MME) e o deputado Luiz Ovando (MS).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) entregou nesta sexta-feira (5) o Selo Agro Mais Integridade para as organizações agropecuárias ganhadoras da terceira edição. Neste ano, 19 empresas foram premiadas, sendo que quatro delas recebem a premiação pela segunda vez, e oito, pela terceira vez. As contempladas podem usar a marca do Selo em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações.
Vale destacar que a OCB integra o Comitê Gestor do Selo, responsável pela avaliação das inscrições de empresas e coops. O Selo Mais Integridade reconhece as empresas e cooperativas do agronegócio que adotam práticas de integridade sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade, ética e o comprometimento em inibir a fraude, suborno e corrupção.
A premiação foi entregue pela ministra Tereza Cristina e pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. O evento ocorreu de forma presencial e virtual no auditório da Apex-Brasil, com a participação de até dois representantes das premiadas presentes, respeitando o distanciamento social e protocolos de segurança.
A ministra Tereza Cristina destacou que os princípios que norteiam o Selo são prioridade no Mapa e anunciou que a próxima edição irá contemplar organizações do setor pesqueiro. “Acreditamos, cada vez mais, que iniciativas como esta, do nosso Selo de Integridade, podem ser um escudo na alavancagem de lucros, sendo um diferencial importante no novo modelo do agronegócio íntegro e sustentável, que estamos apresentando para o mundo”.
"A pauta de ética, integridade e transparência está inserida como ponto fundamental do Plano Estratégico do Ministério da Agricultura. Nesse sentido, ressalto que estamos alinhados com a Controladoria-Geral da União para a construção do 5º Plano de Ação Nacional para o Governo Aberto”, acrescentou.
O ministro da CGU, Wagner Rosário, ressaltou que a adoção de boas práticas nas empresas é mais efetiva que a aplicação de sanções. Ele espera que outros órgãos da administração pública criem premiações como a do Mapa. “A gente espera que governo e sociedade se unam porque a integridade tem que ser a marca do nosso país. O Brasil tem que ser associado a isso.”
O Mapa é pioneiro entre os ministérios do Governo Federal na implementação de um selo setorial alinhado ao Programa de Fomento à Integridade da Controladoria-Geral da União.
Segundo o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, o Selo serve também como forma de alavancar os negócios das empresas premiadas. “Empresas alinhadas com o princípio da integridade contam com diferencial competitivo”, disse, acrescentando que 11 das 19 empresas contempladas tiveram apoio da Apex-Brasil em 2019 e 2020.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, parabenizou as empresas reconhecidas e disse que espera ver coops na lista da próxima edição do selo. “Esse selo mostra que a empresa está muito mais do que só em dia com seus processos e valoriza todas as ações que beneficiam os funcionários, os recursos naturais e a relação com o mercado. As cooperativas fazem isso todos os dias, então convido as coops agro a participarem, se inscrevendo na próxima edição. Assim será possível certificar tudo aquilo que o cooperativismo faz pelo país”, comenta o líder cooperativista.
NOVA MARCA DIGITAL
No evento, foram assinados dois atos normativos, como a portaria conjunta entre o Mapa e CGU para a implementação da marca digital Selo Mais Integridade – Versão Especial, que poderá ser usada por empresas e cooperativas que já foram premiadas, de forma cumulativa, com o Selo Mais Integridade (Mapa) e Empresa Pró-Ética (CGU) por ações de promoção à integridade. O outro ato trata da aprovação do regulamento da próxima edição do Selo Mais Integridade 2021/2022. (Com informações do MAPA)
PREMIADAS
Andrade Sun Farms Agrocomercial Ltda
Amaggi Exportação E Importação Ltda
Bem Brasil Alimentos S/A
São Salvador Alimentos S/A
Sinergia Agro Do Brasil Ltda
Upl Do Brasil Indústria E Comércio De Insumos Agropecuários S/A
Vittia Fertilizantes E Biológicos S/A
Adecoagro Vale Do Ivinhema S/A
Agrícola Xingu S/A
Baldoni Produtos Naturais Comércio E Indústria
Bunge Alimentos S/A
Citri Agroindustrial
Compass Minerals América Do Sul Indústria E Comércio S/A
Iharabras S/A Indústrias Químicas
Indústria E Comércio De Alimentos Supremo Ltda
Mig Plus Agroindustrial Ltda
Rio Branco Alimentos S/A
Rivelli Alimentos S/A
Três Corações Alimentos S/A
Foto: Guilherme Martimon/Mapa
A pauta econômica deve dominar os debates na Câmara dos Deputados, na avaliação do novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). Em entrevista nesta segunda-feira (8), o parlamentar afirmou ainda que o reconhecimento do ato cooperativo na Reforma Tributária é a principal prioridade do cooperativismo no Congresso Nacional em 2021.
Souza, que também exerce o cargo de secretário geral da Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo), destacou que o assunto deverá ter prioridade logo no início do ano legislativo. “Precisamos deixar o sistema mais justo e com maior possibilidade para atrair investimentos e, consequentemente, gerar empregos e riqueza para os brasileiros”, disse.
A estratégia do setor, segundo ele, é buscar diálogo com as duas Casas, onde já tramitam propostas sobre o assunto: a PEC 45/19, na Câmara; e a PEC 110/19, no Senado, para “garantir na Constituição que a incidência dos tributos recaia sobre o cooperado, e não na cooperativa, evitando assim a duplicidade de cobrança, e dando um fim à insegurança jurídica que hoje assombra as cooperativas integradoras do Brasil”.
O cooperativismo é um modelo de negócio que tem ganhado cada vez mais força no Brasil, segundo a OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras. Nos últimos oito anos o número de cooperados no país cresceu 62% e a quantidade de empregos gerados pelas cooperativas brasileiras aumentou 43%.
Para o setor continuar produzindo riquezas, distribuindo renda e participando do crescimento do país, o presidente da Frencoop, deputado Evair de Melo (PP-ES), destaca a importância da convergência entre a Frencoop, o Parlamento e o governo federal. “Nós temos muita confiança no presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, e tenho certeza que na agenda dele o cooperativismo estará presente para o Brasil continuar avançando ainda mais”.
O presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, reforça ainda que o setor espera conseguir priorizar também a tramitação de outras propostas relevantes para o cooperativismo no Brasil como a conectividade rural; a participação das cooperativas no mercado de seguros; a modernização da legislação para atuação das cooperativas de crédito e a possibilidade de renegociação, recuperação judicial e extrajudicial das cooperativas em geral.
O novo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP), disse nesta terça-feira (2) que 2021 será um dos períodos mais produtivos na aprovação de leis e tomadas de decisões no Congresso Nacional – “um momento crucial na história do país”.
“Vamos democratizar a Casa, desconcentrar o poder da presidência e fortalecer as instâncias colegiadas para criar um ambiente de previsibilidade. Todas as quintas-feiras teremos reunião dos partidos com seus líderes e dos líderes com o presidente para termos uma pauta pública, de forma que se saiba sempre na semana seguinte o que será votado, o nome do relator da matéria, sem retaliação e nem censura”, destacou.
Lira destacou a importância de aprovar as reformas tributária e administrativa ainda no primeiro semestre de 2021. “A reforma administrativa emite um sinal positivo para que novos investimentos sejam feitos no país. Penso que devemos entregar essas reformas ainda no 1º semestre,” disse o deputado.
A reforma tributária é uma pauta prioritária do setor cooperativista e promete simplificar impostos e desburocratizar o ambiente de negócios. Para o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo (PP), ainda mais importante, é incluir na Constituição a aplicação do adequado tratamento tributário das sociedades cooperativas. “Precisamos garantir, por exemplo, que a incidência dos tributos recaia sobre o cooperado, onde se fixa a riqueza, e não na cooperativa, evitando assim a duplicidade de cobrança”, afirmou.
Evair também destacou a importância da convergência entre a Frencoop, o Parlamento e o governo federal. “Nós temos muita confiança na mesa diretora da Câmara liderada pelo deputado Arthur Lira e tenho certeza que na agenda do presidente o cooperativismo estará certamente presente para o Brasil continuar avançando ainda mais”.
O cooperativismo é uma ferramenta importante para o país e, segundo o parlamentar, para se desenvolver depende de outras plataformas tributárias e administrativas. “O Lira é um deputado que honra os compromissos, estamos animados, confiantes. O governo também tem esse entendimento e o momento é agora, até para recuperação e organização econômica nos pó-pandemia e é pelo cooperativismo que vamos avançar”, disse.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, o setor espera conseguir priorizar também a tramitação de outras propostas relevantes como as que garantem maior conectividade rural; permitem a participação das cooperativas no mercado de seguros brasileiro; modernizam a legislação para atuação das cooperativas de crédito; e possibilitem a renegociação, recuperação judicial e extrajudicial das cooperativas em geral.