As cooperativas podem contribuir, ainda mais, com o governo para prestação de serviços de interesse público com dinamismo e eficiência. É o que destaca o terceiro eixo da publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, produzida pelo Sistema OCB para auxiliar os candidatos à Presidência da República na construção de políticas públicas voltadas para o movimento.
As cooperativas, em seus diversos segmentos, têm como uma das suas principais características o alcance de municípios do interior do país ainda pouco atendidos pelo poder público e que, por muitas vezes, outros grupos econômicos não têm interesse em atuar. Baseadas na união de pessoas, as cooperativas congregam, por meio de atividades econômicas, soluções para a melhoria do bem-estar social da comunidade onde se inserem. Ao invés de concentrar o lucro em uma ou em poucas pessoas, os resultados das cooperativas são distribuídos entre todos os seus associados, impulsionando a geração de renda e a inserção social. Isso acontece pelo vínculo de confiança, efeito multiplicador e desenvolvimento local nas comunidades onde estão inseridas.
Ao longo da crise sanitária da Covid-19, mais uma vez, o cooperativismo esteve presente em benefício da comunidade. As cooperativas médicas, além de estarem na linha de frente da batalha para conter a crise sanitária, por meio do Movimento Saúde e Ação, captaram R$ 4,1 milhões em ações voluntárias, beneficiando 45 instituições e mais de 22 mil famílias (set/2021), em iniciativas de responsabilidade social voltadas para combate à fome, distribuição de kits de proteção individual e apoio psicológico, tanto para a comunidade quanto para profissionais da linha de frente.
O movimento “Agro Fraterno”, que contou com a participação de produtores rurais e cooperativas de todo o país, registrou doações de 217,8 toneladas de alimentos, mais de 64,9 mil cestas básicas, além de doações em dinheiro, em mais de 100 cidades (set/2021). Exemplos como estes se multiplicaram em todos os segmentos do cooperativismo, inclusive no âmbito das ações voluntárias do “Dia de Cooperar” que, em 2020, contou com 6,7 mil iniciativas, em 2,9 mil municípios em todo o país, com 314 mil voluntários.
O presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, reforça o papel do cooperativismo para gerar prosperidade e desenvolvimento local. “As cooperativas são estratégicas para a ampliação no atendimento de saúde, no acesso à energia elétrica, nos avanços para uma educação mais inclusiva e de qualidade. Isso é desenvolvimento local na prática”, afirma. Ele também destaca a participação ativa das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional por meio de seus serviços.
Desenvolvimento local e regional
Com papel importante para girar a economia local, as cooperativas de crédito têm sido importantes atores na aplicação de políticas voltadas aos produtores rurais e aos pequenos negócios. Exemplo disso tem sido a sua importante contribuição no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), por meio da oferta de microcrédito com juros mais baixos e melhores condições a empreendedores de todo o país, o que reflete diretamente na geração de emprego e renda.
As cooperativas de crédito também se destacam como solução para dar maior eficiência na aplicação dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO). O objetivo é garantir maior previsibilidade no repasse desses recursos, em volumes adequados para fortalecer a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Em mais de 250 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes.
A inclusão do cooperativismo como agente de desenvolvimento do Norte e do Nordeste também está pautada na publicação, que evidencia a relevância do movimento, em especial, na organização das cadeias produtivas destas regiões. É ressaltado ainda o fomento à maior competitividade das cooperativas, nos moldes do acordo de cooperação técnica entre o Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Saúde
As parcerias público-privadas (PPPs) no ramo de Saúde seguem como alternativa viável para o acesso da população a estes serviços, em especial, na atenção básica e na medicina preventiva. As cooperativas de saúde têm competência para ser a extensão do Sistema Único de Saúde (SUS) nas três esferas: federal, estadual e municipal. Para isso, o debate junto ao Governo Federal precisa ser ampliado, principalmente quando se trata da Atenção Primária à Saúde (APS), em que as cooperativas podem contribuir de forma significativa na prevenção de doenças.
No âmbito normativo, o texto reflete sobre a regulamentação definitiva da telessaúde e medicina preventiva por cooperativas, para reduzir distâncias e aumentar interações entre especialistas e paciente. Durante a crise sanitária da Covid-19, as cooperativas colaboraram consideravelmente em setores estratégicos para o enfrentamento da doença. Mais de R$ 1 bilhão foram investidos pelo setor em novos hospitais e leitos, aumento no quadro de profissionais, digitalização de processos e inovação em toda a cadeia de atendimento, iniciativas que permanecem à disposição da sociedade.
Energia
Outra perspectiva abordada no terceiro eixo é a relação das cooperativas no ganho de escala na produção de energia renovável. A sugestão deste item é no sentido de desenvolver políticas que fomentem o crescimento de cooperativas de energia renovável como fotovoltaica, eólica e por biogás. Há inúmeros cases de cooperativas agro que já transformam passivos ambientais em biogás e garantiram autossuficiência energética, por exemplo.
Por sua capilaridade, a publicação demonstra que as cooperativas têm papel fundamental na oferta de energia elétrica no interior do país. Para isso, o texto indica que há de se estipular regras adequadas, respeitando o modelo de negócios cooperativista.
Cooperativas por toda a parte
O documento reforça a importância das cooperativas no alcance de diversos serviços de interesse público, com amplo espaço para se avançar nas políticas de apoio e estímulo à educação inclusiva, equitativa e de qualidade, nas ações de incremento à mobilidade urbana, aproveitamento do potencial turístico e de lazer e de acesso da população à moradia própria.
Ainda está em tempo de as cooperativas garantirem a participação na 13ª edição do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano. O prazo para as inscrições termina no próximo dia 22, às 18h, horário de Brasília. Podem se inscrever as cooperativas singulares e centrais, confederações e federações sediadas no Brasil, regulares com o Sistema OCB. Cada cooperativa pode concorrer com um case por categoria.
Diversas coops já fizeram seu registro pelo site https://melhores.premiosomoscoop.coop.br/, no qual é possível acessar o regulamento. Para tirar dúvidas sobre o preenchimento das fichas cadastral da cooperativa e de apresentação de case, o Sistema OCB disponibilizou consultoria especializada para contato por e-mail (
A premiação é uma oportunidade de mostrar o quanto as coops são importantes, social e economicamente. Promovida pelo Sistema OCB, a iniciativa acontece sempre em anos pares e tem como objetivo reconhecer e destacar as boas práticas das cooperativas que proporcionam benefícios aos seus associados e à comunidade onde atuam.
O evento de divulgação das contempladas está previsto para o dia 7 de dezembro e, neste ano, além do troféu, as primeiras colocadas de cada categoria ganham duas vagas em um intercâmbio cooperativista. Para a edição deste ano, seis categorias integram o prêmio: Comunicação e Difusão do Coop; Coop Cidadã; Desenvolvimento Ambiental; Fidelização; Inovação; e Intercooperação.
- Comunicação e Difusão do Coop: contempla as coops que promovem a cultura do cooperativismo também para a sociedade. Os cases envolvem desde o selo SomosCoop nos produtos da cooperativa, até a promoção de cursos, palestras, eventos, campanhas e demais ações vinculadas ao Movimento SomosCoop que divulguem o movimento cooperativista como um todo.
- Coop Cidadã: está voltada para os projetos que beneficiem a comunidade onde a cooperativa está inserida. Também podem ser inscritas as ações similares às realizadas no Dia de Cooperar, ou Dia C.
- Desenvolvimento Ambiental: é direcionada a projetos de boas práticas ambientais desenvolvidas por cooperativas e que tenham sido estratégicos para o uso consciente dos recursos naturais, seja por meio da recuperação de nascentes, reutilização de recursos, reciclagem e outras ações que preservem o meio ambiente.
- Fidelização: reconhece as boas práticas das cooperativas que promovem maior integração com seus cooperados. Por exemplo, melhorando o espaço físico e formas de atendimento, ampliando e ofertando melhorias dos serviços, bem como aumentando o uso dos serviços oferecidos pelos cooperados.
- Inovação: atribuído às soluções que promovem mudanças na rotina diária das coops como a modernização de produtos e serviços, técnicas e ferramentas de gestão da inovação e outras ações que viabilizem melhores resultados financeiros e ganho de produtividade.
- Intercooperação: premia projetos desenvolvidos de forma conjunta, realizados por duas ou mais cooperativas, que viabilizem objetivos comuns. Por exemplo, a compra de insumos ou serviços, comercialização conjunta de produtos, implantação de projetos, e troca de experiências e boas práticas de gestão.
A avaliação dos projetos é feita por duas bancas distintas: a primeira com uma comissão técnica, composta por especialistas em projetos; e a segunda, pela comissão julgadora, formada por representantes de entidades e parceiros do cooperativismo.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF irá promover na próxima quinta-feira, 15 de setembro, um momento especial para as cooperativas agropecuárias que atuam no Distrito Federal. Trata-se do Fórum do Cooperativismo, evento que integra a extensa programação da Exposição Agropecuária de Brasília (Expoabra), que acontece até o próximo dia 18, no Parque de Exposições da Granja do Torto, com o objetivo de estimular o desenvolvimento do setor agropecuário com a difusão de conteúdos, tendências e tecnologias, além de posicionar a Capital Federal na rota de grandes realizações no período pós-pandemia.
O fórum promovido pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF ocorrerá no auditório principal do Parque de Exposições, a partir das 14h. O presidente da organização, Remy Gorga Neto, é quem dará o pontapé inicial nas atividades, além de apresentar uma palestra sobre sustentabilidade para as cooperativas do DF.
Na sequência, os participantes poderão acompanhar a palestra “Como gerar renda em pequenas propriedades rurais por meio do cooperativismo”, que será conduzida pelo presidente da Central Unium, a primeira Central de Cooperativas do Agro do DF/RIDE - Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal, da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Coopermista) e diretor administrativo da OCDF, Ivan Engler.
O evento será encerrado pelo pesquisador da Embrapa Cenargen, Luciano Bianchetti. Biólogo formado pela Universidade de Brasília (UnB) e com larga experiência em botânica, ele falará ao público sobre o projeto Baunilhas Brasileiras, desenvolvido pela Embrapa em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Sebrae com o objetivo de conhecer e preservar a planta, além de gerar informações técnicas para o cultivo e a produção de baunilha. A espécie reúne características especiais e pode ser uma excelente alternativa para quem atua na agricultura familiar.
O Unique Palace, espaço localizado às margens do Lago Paranoá, foi o palco escolhido pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF para a realização da solenidade de encerramento e premiação do 20º Cooperjogos. A atividade, promovida anualmente em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo, ocorreu no início do mês, fortaleceu a união do o movimento cooperativista na capital e teve o ramo agropecuário como grande vencedor da edição, seguido, respectivamente, pelos ramos de crédito e de representação.
A solenidade voltou a reunir os atletas que competiram em cada uma das 21 modalidades esportivas e foi uma nova oportunidade de celebrar a união e a integração daqueles que, diariamente, dão forma e agregam valor ao sistema cooperativista do Distrito Federal.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, abriu a ocasião falando da alegria de poder voltar a realizar o Cooperjogos em 2022, bem como da solenidade de premiação e encerramento da atividade. Ele ainda destacou a importância do evento para o fortalecimento do cooperativismo local e sobre o potencial que a filosofia cooperativista tem de conectar pessoas e potencializar o desenvolvimento do território brasiliense.
“O cooperativismo traz geração de renda e trabalho; traz desenvolvimento. É um modelo de negócio que as sociedades do mundo inteiro têm procurado seguir, permitindo com que as organizações sejam mais humanas, assumindo responsabilidades sociais, ambientais e também o interesse pela comunidade. O cooperativismo é forte, é importante e a gente precisa valorizar e integrar aqueles que contribuem diariamente para isso, como estamos fazendo com esse evento. O cooperativismo é importe para o DF, para o Brasil; é importante para construirmos um mundo melhor”, pontuou Remy.
Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o deputado distrital Roosevelt Vilela prestigiou a realização do evento e ressaltou o sistema cooperativista e sua relevância para o desenvolvimento local e do país, por meio da capacidade de impulsionar a vida das pessoas e permitir o acesso a oportunidades de emprego e fontes de renda.
Também prestigiaram a solenidade a deputada federal Bia Kicis e o empresário e produtor rural Joe Valle. Ambos comentaram sobre a importância do cooperativismo e a capilaridade que o movimento vem ganhando em todas as regiões administrativas do Distrito Federal. Além da dupla, estiveram presentes o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Fernando Brites, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF), Fernando Cezar Ribeiro; o chefe da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira Fraga Filho, entre outras autoridades.
A solenidade contou, ainda, com sorteio de brindes, muita animação e música ao vivo.
Miss e Mister Cooperativismo
Além de celebrar a união e a integração do sistema cooperativista do Distrito Federal, a solenidade foi palco para eleição dos novos Miss e Mister Cooperativismo.
Em um primeiro momento, foi realizado um desfile com as candidatas e os candidatos. Neste ano, oito participantes entraram na passarela representando os ramos agropecuário, crédito, representação e trabalho.
Adriana Ribeiro de Freitas, do ramo representação, e Weslley Douglas de Sousa, do ramo trabalho, foram eleitos, respectivamente, Miss e Mister Cooperativismo 2022 e irão representar o cooperativismo do Distrito Federal até a próxima edição do Cooperjogos.
Ana Karolina Feitosa de Sousa e Lucas Fabiani Xavier, ambos do ramo agropecuário, foram premiados como Miss e Mister Elegância. Já Lindsay Monteiro de Oliveira e Marcelo de Oliveira Caldas, do ramo crédito, levaram para casa a faixa de Miss e Mister Simpatia.
Os candidatos foram premiados após serem escolhidos por um júri formado pelo coordenador do concurso de miss e mister Brasília, Mayck Carvalho; o presidente da ACDF, Fernando Brites; a diretora de comunicação da ACDF, Liana Alagemovits; a Miss Brasília 2022, Gabriella Soares; e o Mister Brasília 2022, Maycon Santos.
A nova campanha SomosCoop já está em ação com o mote “O coop faz muito e faz bem”. O premiado tenista Gustavo Kuerten volta à ação para coordenar a divulgação de informações pouco conhecidas pela sociedade sobre os impactos positivos do cooperativismo e mostrar as vantagens desse modelo de negócio que busca transformar o mundo em um lugar melhor para todos. Ele poderá ser visto em peças produzidas para a TV, redes sociais, rádios e mídia exterior.
A campanha está dividida em três grandes momentos que buscam um único objetivo: levar o entendimento do coop, conquistar a empatia da sociedade para a relevância do movimento cooperativista a ponto de influenciar suas escolhas nos momentos de consumo. Para isso, serão trabalhadas informações básicas sobre os conceitos do cooperativismo, seu impacto e relevância para o país e como o consumo de seus produtos e serviços contribui para que esse ciclo positivo se amplie cada vez mais.
“Vamos começar explicando de forma simples o que é o cooperativismo, que ele está presente em todos os setores da economia e traz impactos positivos para toda a comunidade. Depois, o desafio será mostrar os números e relevância do movimento, como ele pode ser percebido no dia a dia das pessoas e a diferença que faz em suas vidas. Por fim, a ideia é trabalhar o convencimento. Queremos que as pessoas façam uma escolha consciente e optem pelo consumo de produtos e serviços ofertados pelas coop”, explica a gerente de Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo.
Segundo pesquisa realizada pelo Sistema OCB, a divulgação dos conceitos do cooperativismo tem trazido resultados positivos a respeito do conhecimento e do reconhecimento do modelo de negócio diferenciado. Na primeira consulta, em 2018, antes da campanha com Gustavo Kuerten, apenas 44% dos entrevistados conseguiram citar o nome de uma cooperativa. Em 2021, esse índice atingiu 70%, o que representa um aumento significativo.
A campanha nacional conduzida pelo Sistema OCB também se soma aos esforços e estratégias de comunicação desenvolvidas pelas cooperativas em suas realidades locais. “Quando divulgamos o movimento cooperativista como um todo, também facilitamos o trabalho das cooperativas. Isso porque, muitas vezes, ao tentar divulgar um produto ou serviço, elas precisam explicar primeiro o que é cooperativismo. Se o sistema OCB já cumpre esse papel, tudo fica mais simples”, ressalta Samara.
Carimbo SomosCoop
Além da campanha com Gustavo Kuerten, continuam também as ações para que cada vez mais cooperativas adotem o carimbo SomosCoop em seus produtos e serviços. A marca é importante para que o consumidor possa identificar facilmente produtos e serviços do coop e reconhecer que o que está adquirindo tem qualidade e carrega os valores do movimento.
Quer contribuir para aumentar ainda mais a divulgação do cooperativismo? Então acesse https://www.somos.coop.br/ e siga @somoscoop no Instagram e no Facebook!
O cooperativismo voltou a registrar crescimento significativo no Brasil, em 2021, segundo os dados do Anuário do Cooperativismo, elaborado e divulgado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O movimento está presente em todos os estados brasileiros e congrega, atualmente, 18.8 milhões de pessoas, número 10% superior ao de 2020 e que representa cerca de 8% da população total do país.
A ascensão dessa filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, igualitário, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos, não fica restrita apenas ao cenário nacional, podendo ser facilmente notada dentro do território brasiliense. Somente aqui, no popular quadradinho, são exatos 236.486 cooperados e a estimativa é que essa base se torne cada vez mais forte já que, ano após ano, o cooperativismo tem sido cada vez mais procurado pela população local. Em 2020, por exemplo, o DF contava com pouco mais de 227 mil cooperados.
As cooperativas são organizações de pessoas que reúnem os mesmos interesses na realização de alguma atividade econômica, constituídas de forma democrática, com participação e deveres distribuídos igualitariamente. Elas atuam em diversos setores da economia brasiliense e estão divididas em ramos, o que facilita a organização e a representação dessas instituições.
O Anuário do Cooperativismo também detalhou o cenário dessa divisão na capital federal. O Ramo Crédito é o que congrega a maioria dos cooperados. São, atualmente, 224.730. Na sequência, aparecem, o Ramo Saúde (4511); Ramo de Consumo (3908); Ramo de Trabalho, Produção de Bens e Serviços (1126); Infraestrutura (1034); Agropecuário (1015); e Transporte (162). Já em relação ao número de cooperativas, aparecem como destaque os ramos de Trabalho, Produção de Bens e Serviços (28), Crédito (17) e Saúde (14).
Ainda segundo o anuário, o cooperativismo também contribui para melhorar os índices de emprego e renda na capital. O levantamento aponta que o Distrito Federal conta atualmente com 86 cooperativas registradas na Organização das Cooperativas do Distrito Federal (OCDF), braço da OCB na Capital da República e que, juntas, geram 2.702 empregos diretos.
Confira a íntegra dos dados do cooperativismo do DF e do país. Acesse: www.anuario.coop.br.
SomosCoop
Uma das estratégias da OCB para alavancar ainda mais o movimento cooperativista no Brasil é a promoção da campanha SomosCoop, que neste ano já está em ação com o mote “O coop faz muito e faz bem”. No DF, a estratégia é realizada sob a coordenação da OCDF.
O tenista Gustavo Kuerten participa das ações da campanha, ajudando na divulgação de informações pouco conhecidas pela sociedade sobre os impactos positivos do cooperativismo, além de mostrar as vantagens desse modelo de negócio que busca transformar o mundo em um lugar melhor para todos. A contribuição de Guga pode ser vista em peças produzidas para a TV, redes sociais, rádios e mídia exterior.
A campanha está dividida em três grandes momentos que buscam um único objetivo: levar o entendimento do cooperativismo, conquistar a empatia da sociedade para a relevância do movimento cooperativista a ponto de influenciar suas escolhas nos momentos de consumo. Para isso, serão trabalhadas informações básicas sobre os conceitos do cooperativismo, seu impacto e relevância para o país e como o consumo de seus produtos e serviços contribui para que esse ciclo positivo se amplie cada vez mais.
A campanha nacional conduzida pelo Sistema OCB também se soma aos esforços e estratégias de comunicação desenvolvidas pelas cooperativas em suas realidades locais.
Acesse www.somos.coop.br e siga @somoscoop no Instagram e no Facebook!
Com um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico é fundamental que as cooperativas capacitem os seus profissionais para oferecerem serviços e produtos de qualidade. Manter-se em um patamar de competitividade pode ser um dos grandes desafios para um negócio, por isso cursos e capacitações são tão importantes e podem ser decisivos para o sucesso de algumas iniciativas.
Pensando nisso, a Organização das Cooperativas do Brasil – OCB desenvolveu a Capacitacoop. Uma plataforma de aprendizagem EaD que reúne mais de 90 cursos on-line, com certificado e gratuitos, além de ferramentas otimizadas e recursos diferenciados para facilitar a aprendizagem dos interessados.
Desenvolvido com base em experiências anteriores vivenciadas pelas unidades estaduais, a Capacitacoop reúne cursos e vídeos para aprendizagem dos mais diferentes temas e para os mais diversos públicos como liderança cooperativista, técnicas de design thinking, legislação, gestão, finanças e contabilidade e muito mais. Acesse aqui a lista dos cursos disponíveis.
A plataforma está de cara nova desde o dia 25 de julho. Além da interface diferenciada, novos cursos e trilhas de aprendizagem já estão disponíveis para acesso tanto de cooperados, quanto da população em geral.
Como acessar a plataforma
O interessado precisa entrar o site capacita.coop.br. e preencher um formulário de cadastro para ter acesso aos cursos. Em seguida, basta procurar o assunto de interesse e se inscrever para começar. Os certificados são emitidos após a conclusão dos módulos e ficam disponíveis no perfil do usuário.
Com um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico é fundamental que as cooperativas capacitem os seus profissionais para oferecerem serviços e produtos de qualidade. Manter-se em um patamar de competitividade pode ser um dos grandes desafios para um negócio, por isso cursos e capacitações são tão importantes e podem ser decisivos para o sucesso de algumas iniciativas.
Pensando nisso, a Organização das Cooperativas do Brasil – OCB desenvolveu a Capacitacoop. Uma plataforma de aprendizagem EaD que reúne mais de 90 cursos on-line, com certificado e gratuitos, além de ferramentas otimizadas e recursos diferenciados para facilitar a aprendizagem dos interessados.
Desenvolvido com base em experiências anteriores vivenciadas pelas unidades estaduais, a Capacitacoop reúne cursos e vídeos para aprendizagem dos mais diferentes temas e para os mais diversos públicos como liderança cooperativista, técnicas de design thinking, legislação, gestão, finanças e contabilidade e muito mais. Acesse aqui a lista dos cursos disponíveis.
A plataforma está de cara nova desde o dia 25 de julho. Além da interface diferenciada, novos cursos e trilhas de aprendizagem já estão disponíveis para acesso tanto de cooperados, quanto da população em geral.
Como acessar a plataforma
O interessado precisa entrar o site capacita.coop.br. e preencher um formulário de cadastro para ter acesso aos cursos. Em seguida, basta procurar o assunto de interesse e se inscrever para começar. Os certificados são emitidos após a conclusão dos módulos e ficam disponíveis no perfil do usuário.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF realizou no sábado, 6 de agosto, a 20ª edição dos Jogos de Integração Cooperativista do Distrito Federal (Cooperjogos). O evento, uma atividade promovida em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo, ocorreu no Sesi de Taguatinga e cumpriu o objetivo de incentivar a saúde, a qualidade de vida e estimular uma melhor integração entre aqueles que compõem o movimento cooperativista brasiliense.
Participaram desta edição do Cooperjogos um total de 571 pessoas entre dirigentes, associados, colaboradores de cooperativas e seus familiares dos ramos agropecuário, crédito, saúde, representação e trabalho. Durante todo o dia, os presentes puderam participar de diversas atividades esportivas como futebol society, futsal, vôlei, natação, atletismo, cabo de guerra, queimada, peteca, dentre outros. Ao total, foram realizadas competições de 21 modalidades diferentes.
O Cooperjogos também cumpriu seu papel de fomentar solidariedade e trabalho em equipe por meio da realização da tradicional gincana solidária. A atividade arrecada alimentos e produtos de higiene pessoal para doar à entidades e organizações de assistência social que atuam na capital.
Antes do início das disputas, o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, falou aos participantes sobre a importância do Cooperjogos. Ele comemorou a volta da realização após dois longos anos, destacou o desejo de poder voltar a congregar os ramos do cooperativismo e ressaltou que a integração das pessoas faz com que o cooperativismo do DF possa ser cada vez mais forte.
“O Cooperjogos é uma atividade muito importante dentro do nosso calendário e uma das mais aguardadas, pois permite que possamos congregar a maioria das pessoas que participam do dia a dia das nossas cooperativas. Essa oportunidade de integração fortalece os elos e se multiplica no ambiente de trabalho, fazendo com que as organizações possam trabalhar melhor em equipe e somar forças para conquistar resultados cada vez mais satisfatórios e, consequentemente, crescer”, disse o dirigente.
Remy também informou que, para a edição de 2023 do Coopejogos, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF prevê um dia ainda mais animado, com mais atletas participantes e algumas novidades em relação ao formato do evento.
Presente em edições anteriores do Cooperjogos, a colaboradora da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa/DF), Nayara Melo, comemorou a volta da realização e também salientou a oportunidade de poder conviver, trocar experiências e contatos com pessoas que atuam em outras organizações espalhadas pelo território brasiliense.
“Participei do futebol society e de provas do atletismo e pude sentir que as pessoas vieram bem motivadas para participar dos jogos depois desse período de pandemia. Além disso, fiz amizades aqui. Torcemos não só pelos nossos times, mas também pelos de outros ramos. O melhor do evento é isso; a gente não fica apegado somente a ganhar os jogos, mas também criamos vínculos e conhecemos novas pessoas”, comentou Nayara.
As equipes campeãs de cada modalidade foram premiadas ao final do evento. Houve, ainda, o sorteio de brindes diversos, como bicicletas, bolas de futebol, entre outros itens esportivos.
O ramo agropecuário foi o grande destaque desta edição do Cooperjogos, estando presente no pódio de modalidades como futsal, futebol, volêi, dentre outras.
O Cooperjogos
O Cooperjogos é uma atividade que integra o calendário anual do sistema cooperativista da capital federal desde o ano 2000. No entanto, devido ao período pandêmico, a sua última realização ocorreu em 2019.
A cerimônia de encerramento e premiação do Cooperjogos ocorrerá no dia 27 de agosto, em local a ser definido. Na ocasião, será realizado o tradicional concurso que elegerá a Miss e o Mister Cooperativismo 2022 e, como ocorreu no último dia 6, os atletas que participaram das atividades esportivas estarão reunidos para celebrar a união e a integração entre as cooperativas do Distrito Federal.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou do Encontro Nacional do Agro promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, na última quarta-feira (10). Entre suas considerações, o presidente Márcio declarou que o cooperativismo tem contribuído expressivamente para os avanços do setor. De acordo com ele, o modelo de negócios vem viabilizando a atividade do cooperado além de gerar novos empregos.
“Hoje somos 1,2 mil cooperativas agro e mais de um milhão de cooperados. Somos responsáveis por 53,6% da produção nacional de grãos e temos destaque na oferta de assistência técnica. Para se ter ideia, um estudo do IBGE apontou que apenas 20,2% do total de produtores rurais conta com assessoramento técnico. Já nas cooperativas esse percentual sobe para 63,8%. Está mais que comprovado que o cooperativismo é essencial em todos os elos da cadeia, desde a matéria prima até a comercialização. Fazemos isso de forma sustentável e alinhados com os princípios cooperativistas”, afirmou Márcio.
João Martins, presidente da CNA, ressaltou que, embora o agronegócio esteja caminhando bem, os novos integrantes do Congresso Nacional precisam estar alinhados com o setor para promover reformas estruturantes. “Sabemos que somos bons em produzir e temos tecnologia e equipamentos, mas precisamos de mais modernidade no agro. Para isso, vamos eleger representantes que tenham coragem de votar as grandes reformas que o Brasil precisa para nos posicionarmos como um dos líderes do mundo”.
Neste contexto, o diretor da CNA, Bruno Lucchi, apresentou documento direcionado aos presidenciáveis com propostas para o agro dividido em temas: segurança alimentar e desenvolvimento econômico, social e ambiental. A ampliação da conectividade no campo, das áreas de irrigação e a produção nacional de fertilizantes também são pontos defendidos pela entidade.
Integração ministerial
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, declarou que embora os avanços do setor sejam consideráveis, há ainda uma longa jornada em defesa da integração do agro com o ambiental.
“Há, sem dúvidas, uma pressão mundial para que o Brasil só preserve. Estamos mostrando que sabemos produzir e preservar ao mesmo tempo. Não podemos utilizar a questão ambiental como uma barreira que retira nossa competitividade. Nosso Código Florestal já é completo e bastante rigoroso. Temos avançado significativamente, mas precisamos progredir ainda mais. Sei que os produtores vão nos ajudar Registro ainda que a parceria com a OCB e com o Ministério do Meio Ambiente têm sido muito importantes para o agronegócio brasileiro”, destacou.
A eficiência da produção nacional foi analisada durante a exposição do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Segundo ele, o atual modelo de produção agropecuária com proteção ambiental tem sido um diferencial para o aumento de escala. “Saímos de um modelo simplório de regulação ambiental que só multava, reduzia e culpava o produtor para incentivar e inovar com a economia verde e, assim, reduzir emissões de gases até 2050. Criamos soluções climáticas lucrativas para o empreendedor e para as pessoas. Tudo isso, por conta do trabalho integrado com o Ministério da Agricultura e com o setor privado”, salientou.
Ainda segundo Leite, são diversos os programas meritórios nesse sentido, como o de créditos de metano para quem reduzir os resíduos. “Temos outros financiamentos específicos para os mais variados segmentos do agro e é isso que vai dar escala para esta nova economia verde. Tenho que destacar ainda, que na parte energética, as três principais fontes de energia no Brasil são renováveis e os investimentos privados em saneamento e infraestrutura vêm garantindo a oferta de serviços de forma eficiente”, complementou.
Protagonismo brasileiro
A ex-ministra da Agricultura e deputada Tereza Cristina (MS), diretora da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), reforçou, entre outros pontos, a necessidade da conectividade rural para otimizar o processo produtivo. “Não temos mais tempo a perder. Não somos o país do futuro, somos o Brasil do presente. Somos [agro] o motor da economia e mesmo durante a pandemia não paramos de produzir, gerar renda e emprego. É preciso mais investimentos para sermos autossuficientes em tudo. Temos tecnologia para isso”.
A deputada também parabenizou o presidente Márcio Freitas pelo trabalho desempenhado. “O Sistema OCB é combativo. Temos um exército de pequenos produtores e somos exemplo para o mundo”, ressaltou.
Já o deputado Sergio Souza (PR), também diretor da Frencoop, expressou que o agro brasileiro é forte e sustentável. “Nossas pautas são para produzir alimentos, gerar empregos e gerar excedentes para exportar para mais de 200 países. Precisamos de um Brasil mais desenvolvido e o agro é nosso pilar principal, é nossa vocação natural”, destacou.
Agro global
O coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, palestrou sobre o cenário econômico, em especial, sobre segurança alimentar e sustentabilidade. Segundo ele, a pandemia provocou o fechamento de milhares de pequenas empresas em razão da falta de insumos, o que fez com que as cadeias perdessem a consistência em seus trabalhos.
“A ideia agora é ter esses insumos mais perto para que as cadeias funcionem de forma adequada e não lhes faltem elementos básicos. Sobre a segurança alimentar, devemos entender que é um fator de desenvolvimento político e econômico de uma nação”, declarou Rodrigues, que também ocupou o cargo de ministro da Agricultura e de presidente do Sistema OCB.
Em relação à sustentabilidade, Rodrigues explicou que estudos já vêm sendo realizados para que o Brasil defina suas próprias métricas, por exemplo, de emissão de gases. “Sustentabilidade é a gestão, o social e o ambiental. Fazemos isso muito bem, porque já praticamos esses princípios. Criei dentro da FGV o Observatório da Bioeconomia, no qual contamos com personalidades importantes como o Márcio da OCB. É um espaço para que possamos definir nossas métricas e colocá-las na mesa de negociações, com aval científico, para evitar confrontos desnecessários”, explicou.
Rodrigues reforçou que o Brasil é o principal ator da agricultura mundial. “O Brasil é líder, porque além de ser um país tropical, desenvolveu tecnologia sustentável e os produtores sabem como fazer. O departamento de Agricultura do Estados Unidos realizou estudo apontando que, entre 2026 e 2027, os produtores americanos precisam aumentar a produção em cerca de 20% para garantir a segurança alimentar. Para o mesmo período, as previsões para o Brasil apontam um crescimento de 41%. Ou seja, temos mesmo muito o que ensinar em relação à produção e à utilização de tecnologias”, concluiu.
O movimento cooperativista registrou crescimento significativo em 2021. Segundo os dados do AnuárioCoop 2022 - Dados do Cooperativismo Brasileiro, lançando nesta sexta-feira (29) pelo Sistema OCB, o total de pessoas associadas às sociedades cooperativas chegou a 18,8 milhões. O número é 10% superior ao de 2020, quando foram registrados mais de 17 milhões de cooperados no país. O número total de cooperativas subiu para 4.880.
“Já somos 8% da população brasileira e vamos continuar crescendo”, afirma o presidente Márcio Lopes de Freitas. Segundo ele, os números expressam a base sólida do movimento e o quanto o modelo de negócios cooperativista tem sido cada vez mais procurado pela população. “Os resultados comprovam mais uma vez que o cooperativismo se fortalece em momentos de crise. A preocupação com a comunidade, princípio básico das nossas cooperativas, demonstra que somos essenciais para a retomada da economia brasileira”.
Ainda segundo o presidente do Sistema OCB, a divulgação do Anuário é importante para trazer mais visibilidade à relevância socioeconômica do movimento, garantindo a transparência e a seriedade das atividades desenvolvidas. “Os dados nos ajudam a sermos cada vez mais percebidos pela sociedade e também a projetarmos estratégias para o fortalecimento do nosso modelo de negócios. Estamos muito felizes com os resultados e queremos compartilhar essa alegria com todas as Unidades Estaduais e cooperativas que colaboraram com essa conquista”, complementa.
A geração de empregos diretos é outro destaque do Anuário. Em 2021, foram registrados um total 493.227 postos de trabalho nas cooperativas brasileiras, um acréscimo de 8% em relação ao ano anterior, quando o quantitativo ficou em 455.095. Na distribuição por gênero, o número de mulheres empregadas atingiu 49% do total, índice 10 pontos percentuais superior ao de 2020. Entre os cargos de liderança, a participação feminina também cresceu. Passou de 17% em 2020 para 20% em 2021.
“Está é outra conquista muito importante para o cooperativismo brasileiro. Temos trabalhado para ampliar a representatividade feminina em nossas cooperativas e aguardávamos com grande expectativa a divulgação desses índices. É uma alegria ver nos números a concretização desse trabalho. Eles demonstram que estamos no caminho certo”, ressalta a superintendente Tânia Zanella.
Ainda segundo dados do Anuário, o maior número de cooperativas está concentrado no Ramo Agropecuário (1.170), que também agrega mais empregados, sendo aproximadamente 49% do total. O Ramo Crédito, por sua vez, agrega a maior parte dos cooperados, com um total de 13,9 milhões de pessoas em 2021, contra 11,9 em 2020. Outro dado relevante é que mais de 2,5 mil cooperativas têm mais de 20 anos de atuação, sendo que, no Brasil, cerca de 70% das empresas fecham as portas com menos de 10 anos de atividades, o que aponta a força do cooperativismo no país.
Os indicadores financeiros também comprovam a solidez e o avanço das cooperativas no mercado de negócios brasileiro. Em 2021, o ativo total do setor atingiu R$ 784,3 bilhões contra R$ 655,5 bi no período anterior. O capital social foi contabilizado em R$ 62,02 bilhões, com um acréscimo de 12% se comparado ao de 2020. As sobras do exercício, por sua vez, atingiram o montante de R$ 36,7 bi, índice quase 60% superior ao anterior, que totalizou R$ 23 bi.
Acesse e confira todos os dados do cooperativismo brasileiro no AnuárioCoop 2022: www.anuario.coop.br
O Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu) realizou entre os dias 17 e 20 de julho, em Glasgow, Escócia, sua Conferência de 2022. O Sistema OCB foi representado pela sua superintendente, Tânia Zanella, pela gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia; pelas Unidades Estaduais; e pelas cooperativas brasileiras de crédito.
“É um momento importante para sintonizar e comparar o que é feito no Brasil com outras cooperativas de crédito no mundo. É também um espaço para a construção de relacionamento entre as coops estrangeiras e as brasileiras, bem como com as Unidades Estaduais que estão presentes no evento. E, acima de tudo, uma oportunidade única para debater e entender os desafios das cooperativas de crédito no contexto mundial”, destaca Tânia sobre a relevância do evento no contexto pós-pandêmico.
A comitiva brasileira conta com 300 pessoas ligadas às cooperativas de crédito. O presidente da Cresol, Cledir Magri, considera que o evento é essencial para conhecer novas perspectivas sobre “a gestão aliada à tecnologia para o cooperativismo e do mercado financeiro”.
O conselheiro da Confebras, Alzimiro Thomé, avalia a experiência como um momento ímpar. “Muito importante estes quatro dias de evento para discutirmos ideias, fazer networking e aprimorar nossos conhecimentos sobre o cooperativismo financeiro no mundo, além de levar nossa marca para mais pessoas em novos lugares”, declara.
WOCCU – O Conselho é uma associação comercial global que atua para desenvolver de forma sustentável as cooperativas de crédito e outras cooperativas financeiras no mundo. O colegiado trabalha junto aos governos pela melhoria nas legislações e regulamentações. Também oferta programas de assistência técnica com novas ferramentas e tecnologias para fortalecer o desempenho das cooperativas do ramo e aumentar o alcance delas. O conselho engloba 86.451 cooperativas de crédito em 118 países, que atendem 375 milhões de pessoas e já implementou mais de 300 programas de assistência técnica em 90 países.
O site Cooperativismo e Eleições 2022, foi lançado nesta sexta-feira (15), em reunião com mais de 60 representantes cooperativistas de todo o país. O site congrega todas as informações e materiais do Programa de Educação Política para o Cooperativismo Brasileiro 2022, iniciativa tem por objetivo fomentar o voto consciente e o exercício de cidadania, capacitar e dar voz a grupos de jovens, mulheres e lideranças para que estejam mais presentes na tomada de decisões estratégicas para o movimento e suas comunidades.
A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, explicou que, com cartilhas, cursos à distância, vídeos e outros conteúdos, o programa estimula, de forma isenta, a reflexão sobre a necessidade de maior representatividade do modelo cooperativista, em especial, nos poderes legislativos federal e estaduais.
“Precisamos ter um olhar especial para as políticas públicas, legislações e necessidades do cooperativismo do ponto de vista normativo. Então, elaboramos um material robusto, que servirá para além do processo eleitoral de 2022. Outro produto bastante especial, desenvolvido dentro do Programa, é a cartilha Cooperativismo e Eleições, com informações sobre regras eleitorais do que pode ou não ser feito durante a campanha eleitoral é detalhado de forma dinâmica e responsável. Esse site que lançamos hoje é mais um reforço para que as cooperativas se engajem e estimulem seus cooperados a promoverem cada vez mais o cooperativismo”, frisa a gerente.
O programa é composto por cinco diferentes eixos de atuação. O primeiro trata da formulação das Propostas para um Brasil mais Cooperativo, publicação que apresenta dados sobre como o cooperativismo pode ser um vetor de desenvolvimento para o país e traz propostas de políticas públicas para nortear plataformas de governo. O segundo traz as boas práticas sobre como atuar no processo eleitoral de forma responsiva. Neste eixo, são disponibilizadas uma série de conteúdos informativos, entre eles a cartilha Cooperativismo e Eleições.
O terceiro eixo apresenta um plano de comunicação e mobilização digital para valorizar e compartilhar as ações reais dos parlamentares em defesa do cooperativismo. O eixo conta com vídeos, cards e outros materiais informativos sobre o coop. A prestação de contas da atuação dos parlamentares está disponível no quarto eixo. Em uma plataforma on-line e interativa, é possível encontrar um perfil de atuação dos parlamentares que pode ser visualizado pelas unidades estaduais.
Oficina de Multiplicadores
Engajamento, participação e representação cooperativista compõem o último eixo do Programa. Em 2022, foi realizada a Oficina de Multiplicadores junto de lideranças dos comitês e das unidades estaduais. O conteúdo, com carga horária de 14 horas aplicado em formato virtual, tem por objetivo engajar jovens, mulheres e núcleos organizados de cooperativas para que, de forma voluntária, repliquem ações de participação política em suas comunidades. Todo o material está disponível na plataforma CapacitaCoop.
A oficina que aconteceu entre abril e julho aumentou os conhecimentos dos participantes sobre cidadania e participação; sistema político e eleitoral e papel das políticas públicas. Também ofereceu orientações sobre como dar voz à causa e agir de forma assertiva. Os multiplicadores, como estão sendo denominados os participantes, foram capacitados para elaborar projetos e soluções para os desafios do movimento cooperativista como: fortalecer a imagem do coop; ampliar a participação e representação política do cooperativismo; e criar uma política pública de impacto para as coops.
Expressividade
Em números, o cooperativismo é forte por si só. Atualmente, o Sistema OCB conta com 4,8 mil cooperativas; 17,1 milhões de cooperados, o que representa 8% da população brasileira; ativos totais de R$ 655,5 bilhões; e 455 mil empregos diretos gerados pelas cooperativas.
“Quem está se projetando de forma alinhada ao modelo cooperativista de fazer negócios sairá em vantagem diante dos mais variados cenários. Não há como reverter essa força social que é o cooperativismo. Representamos para o país 53% da produção de grãos, 32% do mercado de saúde suplementar. A Aneel já apontou que as cooperativas são referência em eletrificação. Estamos nas bases movimentando as comunidades onde estamos inseridos, logo somos essenciais na geração de riquezas e de prosperidade”, avalia a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella.
Tânia considera que tamanha expressividade é fruto de trabalho, articulação e sugestões desenvolvidas para auxiliar os Três Poderes, por meio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).
“Nossa atuação traz ganhos reais para o movimento. Só no último ano, no Executivo, foram 446 reuniões com o governo e 4,7 mil proposições que atingem o setor no Legislativo. No Judiciário, são 12 processos nos quais atuamos como amicus curie, 43 ações diretas de inconstitucionalidade no STF e 816 recursos acompanhados pelos tribunais superiores”, acrescenta.
Entre as prioridades do movimento, a superintendente ressalta o adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo; a modernização da Lei das Cooperativas de Crédito (já encaminhada para sanção); acesso das coops ao mercado de seguros e de telecomunicações; recuperação judicial; mais recursos para o cooperado via crédito rural; e participação das coops de trabalho em processos de licitações.
“O mais importante é que não estamos avaliando cenários apenas sob a perspectiva de Brasília, mas com ações coordenadas com as unidades estaduais do Sistema OCB. Com o reconhecimento adequado do nosso modelo de negócios teremos ainda mais navegabilidade nos mais variados setores da nossa economia”, conclui.
Estão abertas até o dia 4 de agosto as inscrições para a segunda edição do Hackacoop, o hackathon promovido pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF, em parceria com o Núcleo de Gerenciamento de Projetos para Empresas Juniores (GPjr).
Este ano, o evento tem como objetivo estimular a busca por soluções em inovação, mercado e negócios que auxiliem no desenvolvimento do cooperativismo. Promover a intercooperação e fomentar o surgimento de novas lideranças para a promoção de ambientes internos mais bem estruturados também é uma das finalidades.
O hackathon será realizado de forma totalmente virtual ao longo de 10 dias. Para isso, serão aceitos 10 times, com cinco integrantes cada, entre cooperados ou colaboradores de cooperativas do Brasil e também das unidades estaduais do SESCOOP.
A abertura das atividades está prevista para o dia 9 de agosto, a partir das 9h, enquanto que o encerramento e a entrega da premiação ocorrerá no dia 19. Ao longo desse período, os times participarão de webinars diariamente, acessando conteúdos diversos para ampliarem suas competências, além de receberem mentorias em assuntos técnicos referentes à problemática, bem como aqueles relacionados a assuntos gerenciais para a construção das soluções.
Os três times mais bem posicionados durante e após a avaliação dos jurados irão receber prêmios em dinheiro, além de certificados de participação e brindes especiais. O primeiro colocado receberá o valor de R$ 5.000,00, o segundo R$ 3.000,00 e o terceiro R$ 1.500,00, sendo estes valores globais que devem ser compartilhados entre os membros.
As inscrições podem ser feitas em pouco cliques no site do SESCOOP/DF.
Para conferir o edital, acesse www.hackacoop.com
Hackathon
Os hackatons são encontros promovidos com a finalidade de, em um curto período de tempo, estimular os participantes a criar soluções inovadoras para algum problema específico. Esse tipo de evento tem se mostrado benéfico tanto para startups de base tecnológica, quanto para empresas e outras organizações que estão em busca de inovação, já que auxilia na resolução de problemas por meio de tecnologia.
Em 19 de julho de 2012 foi sancionada a Lei 12.690, que trata da organização e funcionamento das Cooperativas de Trabalho, e que instituiu o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop). O Sistema OCB acompanhou todos os desdobramentos e participou ativamente da elaboração da norma. Nessa terça-feira (19), em comemoração aos dez anos da Lei, a entidade promoveu um seminário virtual que contou com a participação do Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, e representantes do setor no Brasil, Espanha e Argentina.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou a importância da legislação em vigor e ressaltou que ela pode ser aprimorada para atender este novo contexto de mercado, em especial, o cooperativismo de plataforma. Em sua fala, Márcio deu reconhecimento ao ministro Ives Gandra pelo apoio na construção de entendimentos em defesa das cooperativas.
“Desejo que o cooperativismo de trabalho seja ainda mais conhecido e reconhecido especialmente pelos tribunais. Precisamos de regulamentações para garantir que as cooperativas ocupem cada vez mais espaços no mercado e em processos licitatórios. Esta legislação é fruto de um grande esforço do nosso movimento, do Judiciário e de outras forças que ajudaram a construí-la. Ela mitigou preconceitos e hoje não somos mais vistos como agentes de precarização de mão de obra”, considerou.
O presidente destacou também que sua presença no conselho da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) objetiva abrir mercados para novos negócios das cooperativas brasileiras. “Vamos pensar com ousadia para chegarmos em novos lugares. E desejo que nossas ações e estratégias reflitam em uma melhor qualidade de trabalho para todos os que estão na base”, acrescentou.
O ministro Ives Gandra relembrou aspectos históricos que contribuíram para a formulação da norma, desde a recomendação 193 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), passando por entendimentos jurídicos até a chegada da Lei 12.690/12. O jurista afirmou ser um defensor do modelo cooperativista e ressaltou que há diversas formas de organização de trabalho e que é importante preservar as características de cada uma.
“Cada modelo tem seu regime jurídico com direitos e obrigações. A grande vantagem do trabalho cooperado é que não há intermediário. O trabalhador se organiza de tal modo, que aquilo que é recebido é distribuído de forma igual para todos. É um trabalho em que se somam esforços e todos ganham. Nosso entendimento jurídico para identificar fraudes é resumido em três características bem definidas: uma cooperativa deve ser constituída de forma espontânea, ter gestão autônoma e liberdade de filiação”, explicou.
Sobre o panorama futuro, Ives diz que visualiza a pacificação da jurisprudência, a redução do ativismo judicial e maior utilização da lei em vigor. “A medida em que o modelo for melhor conhecido e compreendido pela Justiça e agentes econômicos e sociais, teremos segmentos com dificuldades de se colocar angariando espaços por meio de congregação em cooperativas. Vejo um futuro promissor com a ampliação do cooperativismo de trabalho no Brasil e no mundo. Sobre a participação de cooperativas em licitações, acredito que deva haver o mesmo tratamento para empresas e para as cooperativas. Devemos buscar, sempre, separar o joio do trigo”, concluiu.
O gerente de Projetos Internacionais do Complexo Mondragon (Espanha), Ibon Zugasti, falou sobre o modelo de negócios que as cooperativas de trabalho adotam no país europeu, que atua desde a construção de elevadores, montadoras do setor automotivo, áreas de energia e engenharia. Ele parabenizou o cooperativismo brasileiro pelos dez anos da lei. Para acessar a apresentação realizada por ele basta clicar aqui.
“Também acabamos de comemorar o aniversário da nossa lei similar à do Brasil. Entendemos todo o processo que vivenciaram. Temos mais de 65 anos e só recentemente passamos a ser vistos como um ecossistema de inovação social. Somos 95 cooperativas e mais de 138 filiais apostando em inovação tecnológica por meio de 14 centros de pesquisa. Objetivamos auferir lucros, mas nos diferenciamos pela maneira em que essa riqueza é distribuída”, afirmou.
A presidente da cooperativa educacional catarinense Magna, Elizeth Pelegrini, relatou que “a Lei 12.690 disciplinou o funcionamento das cooperativas de trabalho e trouxe benefícios aos associados, mas que alguns artigos ainda aguardam regulamentação". José Ailton, presidente da Copifor, de Minas Gerais, também afirmou que a legislação facilitou o acesso aos mercados, mas que é preciso avançar nos processos licitatórios.
“Poderíamos avançar em várias oportunidades de trabalho que a legislação já prevê, mas por diversas vezes somos impedidos de participar de processos licitatórios. Podemos avançar em Parcerias Público-Privadas (PPPs). Além disso, temos os avanços que o cooperativismo de plataforma vem trazendo. É, sem dúvidas, um futuro promissor”, disse.
Margareth Cunha, coordenadora da Câmara de Manutenção, Conservação e Segurança disse que a legislação deu um norte para o cooperativismo de trabalho. “A partir da lei todas as cooperativas pararam para refletir e vejo que acertamos em lutar, em criar nossa autogestão. Hoje temos voz e vez”, comemorou.
Representatividade e Câmaras Temáticas
O Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços (TPBS) conta atualmente com 860 cooperativas, mais de 221 mil cooperados e emprega 9.759 pessoas, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro – edição 2021.
Durante o evento foi divulgada a nova configuração da coordenação do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, que passa a atuar, prioritariamente, por meio de câmaras temáticas. Fabrício Pacheco (RO) coordenará a câmara de Professores; Gilson Camboim (MT), além de coordenar nacionalmente o ramo, acumula a coordenação das cooperativas Minerais; José Ailton (MG), a câmara de Consultoria, Instrutoria e ATER; Cleusimar Andrade (DF), a de Reciclagem; e Margareth Cunha (RS), a de Manutenção, Conservação e Segurança.
Congresso continental
“A Lei brasileira é precursora e abriu um caminho muito frutífero para outros países do continente, que ainda não encontraram adequada interpretação da justiça”, asseverou o professor argentino, Dante Cracogna. Ele participou do seminário e convidou os presentes a participarem do VIII Congresso Continental de Direito Cooperativo, que acontecerá em outubro junto com a 6ª Cúpula das Cooperativas das Américas, no Paraguai. O tema central do evento será O Direito Cooperativo e a Identidade Cooperativa no Pós Pandemia. A apresentação do doutrinador argentino pode ser acessada aqui.
Histórico
A história do Ramo Trabalho começou com a publicação do Decreto-Lei 22.239, de 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Em 1971, a Lei Geral do Cooperativismo (5.764) foi sancionada e, em 2003, foi criado o Movimento Nacional de Valorização do Ramo Trabalho.
Em 2004, foi publicada a Consolidação dos Critérios para a Identificação de Cooperativas de Trabalho. O documento, que diferencia as cooperativas de iniciativas fraudulentas, é fruto de amplo debate promovido pelo Sistema OCB e aponta as características mínimas para que um empreendimento seja considerado e registrado como cooperativa de trabalho.
Ainda em 2004 foi apresentado o Projeto de Lei 4.622/04, que tramitou no Congresso Nacional durante 8 anos e deu origem à Lei 12.690/12.
Atualmente, o Sistema OCB continua atuando para garantir melhorias e avanços para o segmento como, por exemplo, a articulação pela revogação da Súmula 281, do Tribunal de Contas da União (TCU), que veda a participação de cooperativas em processos de licitações. Este é um pleito antigo do setor, juntamente com a revisão do Termo de Conciliação Judicial (TJC), firmado entre a União e o Ministério Público, utilizado como obstáculo para que cooperativas de trabalho possam prestar seus serviços a qualquer ente federado.
Assista o evento na íntegra:
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Distrito Federal (SESCOOP/DF) abriu processo seletivo para recrutar e selecionar profissionais para preenchimento de vagas e formação de cadastro reserva para analistas e técnicos..\.
Para início imediato, estão abertas as vagas de Analista de Cooperativismo e Monitoramento (1 vaga) e Analista de Planejamento e Projetos de Marketing (1 vaga). Para cadastro reserva, estão disponíveis as vagas de Analista de Operações, Técnico de Operações e Técnico de Suporte (TI).
O contrato terá prazo indeterminado e os selecionados devem cumprir jornada de 40 horas semanais, presenciais, em Brasília, sob o regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Os salários variam de acordo com os cargos:
- Analistas R$ 5.663,43;
- Técnico de Operações R$ 2.417,76;
- Técnico de Suporte (TI) R$ 2.645,91.
Além do salário, são oferecidos auxílio transporte, auxílio alimentação (R$1.500), assistência médica e odontológica e seguro de vida.
O processo seletivo, independentemente da área, será realizado em 4 etapas:
1) Análise Curricular
2) Avaliação de Conhecimentos + Redação
3) Dinâmica de Grupo
4) Entrevistas (comportamental e técnica)
Confira as vagas:
Analista de Cooperativismo e Monitoramento
Experiências e qualificações:
- Formação Superior Completa em Administração, Administração de Cooperativas, Gestão de Cooperativas, Cooperativismo, Ciências Contábeis ou Ciências Econômicas;
- Experiência profissional comprovada, em: Análise de indicadores sócio-econômico-financeiros e/ou análise e consolidação de dados; Análise de processos e/ou avaliação de cenários no contexto do cooperativismo e/ou mapeamento de mercado (preferencialmente de cooperativas); Organização e/ou realização de ações de formação profissional ou promoção social.
Clique aqui para se candidatar.
Analista de Planejamento e Projetos de Marketing
- Formação Superior Completa em Marketing, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas, realizada em instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC);
- Experiência em atividades relativas à função;
- Conhecimentos em Cooperativismo, Marketing Digital para análises de métricas de resultados e proposição de ações em canais digitais, Plano de mídia, Planejamento e Orçamento, Gestão de projetos, Metodologias Ágeis e Ferramentas do Pacote Office.
Clique aqui para se candidatar.
Analista de Operações
- Formação Superior completa em Administração, Ciências Econômicas e/ou Ciências Contábeis, realizada em instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC);
- Experiência profissional comprovada em: acompanhamento de processos Licitatórios em empresas públicas, privadas ou cooperativas, análise de processo licitatório, trâmite de compras de produtos e serviços; conhecimento e prática em compras de produtos e serviços, análise de orçamentos, acompanhamento de processos de compras em empresas públicas e privadas; conhecimento em administração de contratos;
- Conhecimentos em cooperativismo, análise de dados e informações, elaboração de relatórios referentes a processos de compras e Ferramentas do Pacote Office.
Clique aqui para se candidatar.
Técnico de Suporte (TI)
Experiências e qualificações:
- Ensino médio completo;
- Curso Técnico em Informática (reconhecido pelo MEC);
- Experiência profissional comprovada, em: Instalação, configuração e manutenção de hardwares, softwares e ambiente de rede.
Clique aqui para se candidatar.
Técnico de Operações em Brasília
Experiências e qualificações:
- Ensino médio completo;
- Experiência comprovada em rotinas administrativas e atendimento ao público;
- Noções de Cooperativismo.
Clique aqui para se candidatar.
As inscrições devem ser feitas até o dia 08 de julho pelo site https://veli.selecty.com.br/. Para acessar o edital e acompanhar o andamento do processo seletivo, clique aqui.
Construir um mundo melhor, distante das facetas da desigualdade e repleto de oportunidades, é uma realidade possível com a realização de atitudes simples. Foi com esse espírito que dezenas de voluntários deram as mãos e celebraram, no último sábado, 2 de julho, a edição 2022 do maior movimento de estímulo ao trabalho voluntário cooperativista do Brasil, o Dia de Cooperar (Dia C). A atividade, promovida pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF e por cooperativas locais, ocorreu na Escola Classe 01, na Cidade Estrutural, e ofertou à população da região serviços gratuitos em diversas áreas, além de comemorar o Dia Internacional do Cooperativismo.
Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCDF/SESCOOP-DF, comemorou a retomada presencial da celebração do Dia C após dois anos da última edição e observou ao público presente que a realização dialoga com o sétimo princípio cooperativista, o de interesse pela comunidade. “A responsabilidade social está em nosso DNA. O cooperativismo, além de ser uma filosofia de vida diferente, com foco na valorização das pessoas, tem essa preocupação com o seu entorno social, com o desenvolvimento das comunidades em que está inserido”, explicou.
O chefe do sistema cooperativista da capital federal também comentou que o Dia de Cooperar não é uma ação isolada, mas sim um movimento que mobiliza, nacionalmente, cooperativas e voluntários ao longo de todo o ano, visando a transformação da vida das pessoas por meio de ações de responsabilidade social que estão em consonância com os valores que sustentam o cooperativismo.
A celebração na Cidade Estrutural foi acompanhada de perto pela superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella. Ela também comemorou a realização do evento após dois anos, parabenizou o Sistema OCDF/SESCOOP-DF e as cooperativas pela empenho e dedicação em promover melhorias na vida das pessoas e destacou a importância do voluntariado e da cooperação para o desenvolvimento do Brasil. “É um trabalho lindo o que as cooperativas vem desenvolvendo no Distrito Federal juntamente com o Sistema OCDF. Estamos saindo de um momento difícil para todo mundo e chegar até aqui, ver esse engajamento, essa energia que a prática voluntária e a cooperação proporcionam, é algo que não tem preço. O nosso país tem muito a melhorar e vamos seguir contribuindo para isso dia a dia com as nossas ações”, pontuou ela.
Um dos beneficiados pelas atividades da celebração do Dia de Cooperar foi Edelson Tavares, morador da Cidade Estrutural há aproximadamente 15 anos. Acompanhado de um dos seus filhos, ele estava passando próximo ao local do evento quando foi atraído pela movimentação e decidiu ser atendido por voluntários da área de saúde. “Assim que entrei, as pessoas falaram comigo do que poderia encontrar aqui. Quis saber como estava a minha pressão arterial e a minha glicemia. Consegui fazer isso muito rápido e meu filho ainda pôde se divertir e interagir com outras crianças”, contou. “É algo que poderia ser realizado com mais frequência aqui na Cidade Estrutural. Muita gente depende de ações desse tipo”, acrescentou o morador.
A materialização do compromisso das cooperativas com a responsabilidade social também foi especial para Paulo Henrique Melquisedeque, outro morador da Cidade Estrutural. Ele conta que ficou sabendo da celebração no dia anterior e no sábado decidiu conferir de perto os serviços que seriam oferecidos. “Vi que teria brinquedos e trouxe meu filho para se divertir. Andei pelas tendas e pude aproveitar alguns serviços, como o corte de cabelo e também atendimentos de saúde. Eventos desse tipo deveriam acontecer mais vezes aqui. A nossa população precisa muito”, afirmou Paulo.
A sensação de se sentir útil e saber que suas ações podem fazer diferença para pessoas da região foi muito satisfatória para o assistente de cadastro da Sicoob Credijustra, Gabriel Frota. “Ajudar a promover atividades que ajudam ao próximo é algo que sempre achei interessante. Temos o nosso trabalho de segunda a sexta, mas vir até aqui e ver no olhar de cada pessoa o agradecimento que a nossa decisão de ser voluntário proporciona causa um impacto positivo. É muito recompensador e não há dinheiro que pague essa sensação”, garante.
O Dia C também foi especial para Cristina Valente, diretora do curso técnico de enfermagem da cooperativa Querubim Saúde. Ela salientou a razão pela qual o evento foi organizado e falou sobre a oportunidade de, mais uma vez, poder ajudar pessoas com atendimentos em saúde, bem como na promoção do voluntariado e do cooperativismo. “A gente sempre procura beneficiar as populações menos favorecidas com atendimentos de saúde na Querubim. Trouxemos testes rápidos e aqui conseguimos beneficiar diversas pessoas que muitas vezes não sabiam que tinham diagnóstico para doenças como hipertensão e diabetes. Junto com as outras cooperativas e com os demais voluntários, conseguimos trazer alegria para essa região do DF e atingir um leque muito grande de pessoas que estavam precisando. Esse evento foi realmente algo grandioso”, analisou Cristina.
A celebração ocorreu até o início da tarde e permitiu que os moradores da região pudessem aproveitar serviços de beleza ofertados pelo Instituto Embelezze, oficinas de orientações financeiras promovidas pelo Instituto Sicoob, pela Confebras, além de serviços de orientação jurídica e contábil. O público da região administrativa também recebeu kits de higiene bucal, orientações odontológicas e cestas básicas arrecadadas e doadas pelo sistema cooperativista distrital.
Os atendimentos em saúde durante a celebração foram realizados por voluntários da Coopcare, da Coopetency e também da Querubim Saúde, cooperativas do ramo saúde associadas ao Sistema OCDF-SESCOOP/DF. Em outro espaço, a Cooplem Idiomas promoveu atividades voltadas para a recreação infantil, incluindo a realização de oficinas de desenho e pinturas de rosto.
O governador Ibaneis Rocha sancionou na última segunda-feira, 4 de julho, a Lei nº 7.162/2022, que inclui no calendário oficial do Distrito Federal a comemoração do Dia da Mulher no Cooperativismo. A data será celebrada anualmente em 15 de agosto e foi instituída após projeto de lei apresentado à Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo deputado distrital e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, Roosevelt Vilela.
O texto, aprovado em primeiro e segundo turno, tem o objetivo de reconhecer o protagonismo desempenhado pelas mulheres no cooperativismo, que têm contribuído de forma significativa para a expansão do setor no território brasiliense.
“No âmbito do cooperativismo, a atuação da mulher é cada vez mais frequente, ocupando lugares de destaque, seja como associada, nos conselhos fiscais, na administração ou até mesmo na presidência das instituições. Nesse sentido, a experiência prática tem mostrado que a presença e a participação feminina são fundamentais para o sucesso do cooperativismo no país”, explicou Roosevelt Vilela na justificativa do projeto.
Com a sanção do governador e a publicação no Diário Oficial do DF, a lei já está em vigor. No próximo dia 15 de agosto acontecerá a primeira celebração voltada à data, que recorda o dia de nascimento da professora Diva Benevides Pinho, uma das pioneiras no estudo do cooperativismo no Brasil.
Ciente da sanção da lei e da importância das mulheres no cooperativismo regional, o conselho de administração da OCDF aprovou a comenda com o nome da professora para homenagear, anualmente, as mulheres que se destacam no cooperativismo do Distrito Federal.
Breve histórico de Diva Benevides Pinho
Diva Benevides Pinho foi professora emérita da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e faleceu em março de 2016, aos 90 anos.
A professora participou ativamente da história da FEA como docente e inspirava a todos com sua cultura de cooperação, fomentando a necessidade de incentivar, principalmente nos ex-alunos, a retribuição à universidade.
Foi uma das primeiras brasileiras a publicar pesquisas e estudos acadêmicos abordando o cooperativismo. A contribuição da professora para o desenvolvimento acadêmico do tema é incalculável. A sua tese de doutorado em economia foi a primeira a tratar sobre cooperativismo na Universidade de São Paulo.
Diva Benevides Pinho é autora do livro “O Cooperativismo No Brasil”, obra publicada em 2004 e na qual ela faz uma profunda análise dos fatores de mudança do cooperativismo brasileiro no início do século XXI.
O cooperativismo do Distrito Federal viveu um momento para lá de especial na noite da última sexta-feira, 24 de junho, no plenário da Câmara Legislativa do DF. O ambiente em que são votadas decisões importantes para o futuro da Capital Federal foi palco de sessão solene em homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo e também da outorga do Título de Cidadão Honorário de Brasília ao presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto. A solenidade foi prestigiada por autoridades de órgãos do Executivo e do Legislativo distrital e federal, lideranças e membros das cooperativas brasilienses, além de familiares e amigos do homenageado.
Propositor da sessão solene e também da homenagem a Remy, o deputado Roosevelt Vilela, que é presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, abriu o evento displanando sobre o sistema cooperativista e sua relevância para o desenvolvimento local e do país, por meio da capacidade de impulsionar a vida das pessoas e permitir o acesso a oportunidades de emprego e fontes de renda.
Roosevelt também destacou a contribuição de Remy Gorga Neto para o desenvolvimento do cooperativismo no DF, razão pela qual o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF foi outorgado com o título de mais novo Cidadão Honorário de Brasília. “Você, Remy, vem mostrando há algum tempo a capacidade de transformar a vida de muitas pessoas. Você promove o cooperativismo e com isso permite que pessoas possam ter independência financeira, possam ter dignidade e nós, da Câmara Legislativa do DF, reconhecemos esse empenho e esse seu exemplo; um exemplo que deve ser seguido”, observou o parlamentar.
Visivelmente emocionado pela outorga do título, o presidente do sistema cooperativista brasiliense recordou seus ancestrais, os ensinamentos e valores que recebeu desde a infância, no interior do Rio Grande do Sul, bem como um pouco do trabalho que desenvolve desde o final da década de 1990 e que tem permitido que o modelo de vida proposto pelo cooperativismo seja cada dia mais evidente no Distrito Federal.
“Esse momento, para mim, como pessoa e como liderança do cooperativismo, é bastante especial. Acredito que é um reconhecimento a todos os meus ancestrais e espero seguir contribuindo ainda mais com o desenvolvimento do cooperativismo e ensinando e sendo um exemplo para as gerações que estão vindo, como a dos meus sobrinhos e a do meu filho. É uma honra receber esse título de cidadão brasiliense, algo que dentro do meu coração já sou há algum tempo”, disse Remy.
A mesa da solenidade contou, também, com a presença do chefe da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira Fraga Filho; do presidente da Federação de Agricultura, Pecuária e Hortifrutigranjeiros do DF (da FAPE-DF), Fernando Cézar Ribeiro; e da mãe de Remy, Therezinha de Jesus Gorga.
Amigo de Remy de longa data, Nelson destacou que o cooperativismo é melhor maneira de distribuição de renda para a sociedade contemporânea e salientou que o setor merece ser mais olhado com atenção pelas autoridades de forma a seguir evoluindo como um instrumento capaz de gerar qualidade de vida para a comunidade. Já Fernando Cezar lembrou a parceria construída com Remy e falou que FAPE-DF e o Sistema OCDF são instituições que caminham juntas, pensando no desenvolvimento do DF. Ele também parabenizou Remy por conduzir com maestria a promoção do cooperativismo no território distrital.
Durante a solenidade, Remy ainda recebeu o bóton alusivo de Cidadão Honorário de Brasília e foi homenageado com um discurso e com um vídeo que reuniu seus familiares, amigos e colegas de trabalho, no qual o parabenizaram pela conquista.
Ao fim do evento, os presentes à solenidade participaram do 1° Arraial do Cooperativismo do DF, realizado na Praça do Servidor, dentro das instalações da CLDF. O momento contou com música ao vivo e barraquinhas, onde foram servidas comidas e bebidas típicas das festas de São João.
Estamos em meio a um turbilhão de informações que nos chegam todos os dias dando conta das profundas mudanças que estão acontecendo no mundo. Transformação digital, era do conhecimento, mundo VUCA e mundo BANI, indústria e liderança 4.0, internet das coisas, inteligência artificial, ESG, business intelligence, ufa...! Não dá tempo nem de respirar e já chega mais uma informação dizendo que outras mudanças estão vindo e irão impactar o ambiente das nossas organizações, cooperativas e empresas.
Insanidade pensar que podemos estar antenados em tudo que acontece no mundo empresarial, organizacional, político e tecnológico e preparados para lidar com todos os desafios que nos são apresentados cotidianamente, mas também não podemos simplesmente nos mantermos alienados sobre o que acontece.
Mas, então, o que os líderes cooperativistas, em meio a esse turbilhão de informações, precisam considerar como prioridade para tocar os negócios das cooperativas, conduzir as suas equipes, navegar no ambiente revolto das relações políticas e institucionais?
Já participei de inúmeros eventos, nacionais e internacionais, que tratam de questões voltadas aos processos de governança, gestão, liderança, inovação, tecnologia, futurologia, perspectivas, desafios, cenários e assim por diante. Na esteira dessas problemáticas diversas soluções são apresentadas. No entanto, muitas das milagrosas soluções não são aplicáveis, por sua natureza ou custo, ou não produzem resultados.
Isso não quer dizer que temos que abandonar as teorias e previsões e nos voltarmos somente para os problemas do dia a dia; pelo contrário, devemos estar atentos ao que acontece fora dos nossos muros, considerando que os conceitos, abordagens, lições, insights, modelos... nos permitem ter uma bagagem importante para enfrentarmos os desafios impostos.
Precisamos, no entanto, filtrar o volume de informações e propostas para não ficarmos perdidos nesse emaranhado de ideias e metodologias, e ter a capacidade de entender a sua aplicabilidade, o que está mais próximo e o que está distante da nossa realidade. Fácil? Talvez não!
Considerando o nosso modelo de negócios cooperativo e suas particularidades, acredito que podemos estabelecer uma linha mestra que define os principais pontos de atenção para se implementar processos de governança e gestão que proporcionem sustentabilidade aos negócios e a maximização dos resultados aos associados.
Podemos começar pela razão principal da existência da cooperativa: o associado. Conhecer, interagir, saber das suas dores e alegrias é fundamental para um relacionamento que atenda aos seus interesses e fidelize as suas operações. Alguns dirigentes têm receio de estabelecer essa relação de mão dupla e tomam decisões que, algumas vezes, estão distantes dos anseios do quadro social.
Essa prática no médio e longo prazos pode fragilizar o vínculo entre o associado e a cooperativa, resultando em uma falta de identidade e volatilidade nas relações que motivaram o seu ingresso na cooperativa.
Outro ponto fundamental que compõe a linha mestra está na equipe de empregados das cooperativas. Eles, além de possuírem os conhecimentos e as habilidades necessárias para o desempenho das funções, devem estar conectados com os valores e princípios inerentes ao modelo cooperativo. Conhecer a essência do cooperativismo e entender o que faz a diferença na comparação com outros modelos de negócios é fundamental na percepção e envolvimento da equipe para a geração de valor aos associados e à sociedade.
O negócio da cooperativa é mais um ponto relevante a ser considerado nessa linha mestra. Nos mais diversos segmentos em que as cooperativas estão presentes existem inúmeras variáveis que interferem no seu sucesso ou no seu fracasso. Conhecer as particularidades do negócio e saber quais as melhores decisões a serem tomadas não é para amadores. E, nesse sentido, as cooperativas devem separar a governança da gestão. Os negócios devem ser conduzidos por profissionais qualificados, que serão cobrados pela governança, a apresentar os resultados propostos. Uma das mais importantes qualidades do dirigente cooperativista é selecionar a melhor equipe que irá gerir os negócios da cooperativa.
E para colocar tudo isso em prática o dirigente, pela posição estratégica que ocupa na cooperativa, não pode estar alheio ao que acontece no mundo, principalmente com relação às constantes mudanças. Dessa forma, quando nos referimos à enxurrada de informações, planos, metodologias, procedimentos que nos são oferecidos, como salvadores da pátria, é necessário ter a clarividência de entender e aplicar o que mais se adequa a realidade.
Remy Gorga Neto
Presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF
Já estão abertas as inscrições para a 20ª edição dos Jogos de Integração Cooperativista do Distrito Federal (Cooperjogos). A iniciativa é promovida pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF como uma forma de celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo e faz parte do calendário anual de atividades da instituição. Neste ano, os jogos serão realizados no dia 6 de agosto, nas instalações do Sesi, em Taguatinga Norte, a partir das 7h30.
O Cooperjogos também têm a finalidade de incentivar a saúde, qualidade de vida e integração por meio da prática esportiva. Neste ano, dirigentes, associados, colaboradores de cooperativas e também familiares poderão participar de 21 modalidades, dentre elas futsal masculino e feminino, natação, atletismo, cabo de guerra, truco, jogos eletrônicos e gincana solidária.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 24 de junho, por meio do aplicativo do Sistema OCDF, ou pelo site http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/
O encerramento do Cooperjogos contará ainda com o tradicional concurso que elegerá a Miss e o Mister Cooperativismo 2022. O evento reunirá os atletas que participarem das atividades esportivas para celebrar a união e a integração entre as cooperativas do Distrito Federal. Na ocasião, será divulgado o ramo vencedor e efetuada a entrega do troféu desta edição dos jogos.
Serviço
Data: 6 de agosto
Local: Sesi Taguatinga Norte - St. F Norte QNF 24
Horário: A partir de 7h30
Inscrições: http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/