O governador Ibaneis Rocha sancionou na última segunda-feira, 4 de julho, a Lei nº 7.162/2022, que inclui no calendário oficial do Distrito Federal a comemoração do Dia da Mulher no Cooperativismo. A data será celebrada anualmente em 15 de agosto e foi instituída após projeto de lei apresentado à Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo deputado distrital e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, Roosevelt Vilela.
O texto, aprovado em primeiro e segundo turno, tem o objetivo de reconhecer o protagonismo desempenhado pelas mulheres no cooperativismo, que têm contribuído de forma significativa para a expansão do setor no território brasiliense.
“No âmbito do cooperativismo, a atuação da mulher é cada vez mais frequente, ocupando lugares de destaque, seja como associada, nos conselhos fiscais, na administração ou até mesmo na presidência das instituições. Nesse sentido, a experiência prática tem mostrado que a presença e a participação feminina são fundamentais para o sucesso do cooperativismo no país”, explicou Roosevelt Vilela na justificativa do projeto.
Com a sanção do governador e a publicação no Diário Oficial do DF, a lei já está em vigor. No próximo dia 15 de agosto acontecerá a primeira celebração voltada à data, que recorda o dia de nascimento da professora Diva Benevides Pinho, uma das pioneiras no estudo do cooperativismo no Brasil.
Ciente da sanção da lei e da importância das mulheres no cooperativismo regional, o conselho de administração da OCDF aprovou a comenda com o nome da professora para homenagear, anualmente, as mulheres que se destacam no cooperativismo do Distrito Federal.
Breve histórico de Diva Benevides Pinho
Diva Benevides Pinho foi professora emérita da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e faleceu em março de 2016, aos 90 anos.
A professora participou ativamente da história da FEA como docente e inspirava a todos com sua cultura de cooperação, fomentando a necessidade de incentivar, principalmente nos ex-alunos, a retribuição à universidade.
Foi uma das primeiras brasileiras a publicar pesquisas e estudos acadêmicos abordando o cooperativismo. A contribuição da professora para o desenvolvimento acadêmico do tema é incalculável. A sua tese de doutorado em economia foi a primeira a tratar sobre cooperativismo na Universidade de São Paulo.
Diva Benevides Pinho é autora do livro “O Cooperativismo No Brasil”, obra publicada em 2004 e na qual ela faz uma profunda análise dos fatores de mudança do cooperativismo brasileiro no início do século XXI.
O cooperativismo do Distrito Federal viveu um momento para lá de especial na noite da última sexta-feira, 24 de junho, no plenário da Câmara Legislativa do DF. O ambiente em que são votadas decisões importantes para o futuro da Capital Federal foi palco de sessão solene em homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo e também da outorga do Título de Cidadão Honorário de Brasília ao presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto. A solenidade foi prestigiada por autoridades de órgãos do Executivo e do Legislativo distrital e federal, lideranças e membros das cooperativas brasilienses, além de familiares e amigos do homenageado.
Propositor da sessão solene e também da homenagem a Remy, o deputado Roosevelt Vilela, que é presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, abriu o evento displanando sobre o sistema cooperativista e sua relevância para o desenvolvimento local e do país, por meio da capacidade de impulsionar a vida das pessoas e permitir o acesso a oportunidades de emprego e fontes de renda.
Roosevelt também destacou a contribuição de Remy Gorga Neto para o desenvolvimento do cooperativismo no DF, razão pela qual o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF foi outorgado com o título de mais novo Cidadão Honorário de Brasília. “Você, Remy, vem mostrando há algum tempo a capacidade de transformar a vida de muitas pessoas. Você promove o cooperativismo e com isso permite que pessoas possam ter independência financeira, possam ter dignidade e nós, da Câmara Legislativa do DF, reconhecemos esse empenho e esse seu exemplo; um exemplo que deve ser seguido”, observou o parlamentar.
Visivelmente emocionado pela outorga do título, o presidente do sistema cooperativista brasiliense recordou seus ancestrais, os ensinamentos e valores que recebeu desde a infância, no interior do Rio Grande do Sul, bem como um pouco do trabalho que desenvolve desde o final da década de 1990 e que tem permitido que o modelo de vida proposto pelo cooperativismo seja cada dia mais evidente no Distrito Federal.
“Esse momento, para mim, como pessoa e como liderança do cooperativismo, é bastante especial. Acredito que é um reconhecimento a todos os meus ancestrais e espero seguir contribuindo ainda mais com o desenvolvimento do cooperativismo e ensinando e sendo um exemplo para as gerações que estão vindo, como a dos meus sobrinhos e a do meu filho. É uma honra receber esse título de cidadão brasiliense, algo que dentro do meu coração já sou há algum tempo”, disse Remy.
A mesa da solenidade contou, também, com a presença do chefe da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira Fraga Filho; do presidente da Federação de Agricultura, Pecuária e Hortifrutigranjeiros do DF (da FAPE-DF), Fernando Cézar Ribeiro; e da mãe de Remy, Therezinha de Jesus Gorga.
Amigo de Remy de longa data, Nelson destacou que o cooperativismo é melhor maneira de distribuição de renda para a sociedade contemporânea e salientou que o setor merece ser mais olhado com atenção pelas autoridades de forma a seguir evoluindo como um instrumento capaz de gerar qualidade de vida para a comunidade. Já Fernando Cezar lembrou a parceria construída com Remy e falou que FAPE-DF e o Sistema OCDF são instituições que caminham juntas, pensando no desenvolvimento do DF. Ele também parabenizou Remy por conduzir com maestria a promoção do cooperativismo no território distrital.
Durante a solenidade, Remy ainda recebeu o bóton alusivo de Cidadão Honorário de Brasília e foi homenageado com um discurso e com um vídeo que reuniu seus familiares, amigos e colegas de trabalho, no qual o parabenizaram pela conquista.
Ao fim do evento, os presentes à solenidade participaram do 1° Arraial do Cooperativismo do DF, realizado na Praça do Servidor, dentro das instalações da CLDF. O momento contou com música ao vivo e barraquinhas, onde foram servidas comidas e bebidas típicas das festas de São João.
Estamos em meio a um turbilhão de informações que nos chegam todos os dias dando conta das profundas mudanças que estão acontecendo no mundo. Transformação digital, era do conhecimento, mundo VUCA e mundo BANI, indústria e liderança 4.0, internet das coisas, inteligência artificial, ESG, business intelligence, ufa...! Não dá tempo nem de respirar e já chega mais uma informação dizendo que outras mudanças estão vindo e irão impactar o ambiente das nossas organizações, cooperativas e empresas.
Insanidade pensar que podemos estar antenados em tudo que acontece no mundo empresarial, organizacional, político e tecnológico e preparados para lidar com todos os desafios que nos são apresentados cotidianamente, mas também não podemos simplesmente nos mantermos alienados sobre o que acontece.
Mas, então, o que os líderes cooperativistas, em meio a esse turbilhão de informações, precisam considerar como prioridade para tocar os negócios das cooperativas, conduzir as suas equipes, navegar no ambiente revolto das relações políticas e institucionais?
Já participei de inúmeros eventos, nacionais e internacionais, que tratam de questões voltadas aos processos de governança, gestão, liderança, inovação, tecnologia, futurologia, perspectivas, desafios, cenários e assim por diante. Na esteira dessas problemáticas diversas soluções são apresentadas. No entanto, muitas das milagrosas soluções não são aplicáveis, por sua natureza ou custo, ou não produzem resultados.
Isso não quer dizer que temos que abandonar as teorias e previsões e nos voltarmos somente para os problemas do dia a dia; pelo contrário, devemos estar atentos ao que acontece fora dos nossos muros, considerando que os conceitos, abordagens, lições, insights, modelos... nos permitem ter uma bagagem importante para enfrentarmos os desafios impostos.
Precisamos, no entanto, filtrar o volume de informações e propostas para não ficarmos perdidos nesse emaranhado de ideias e metodologias, e ter a capacidade de entender a sua aplicabilidade, o que está mais próximo e o que está distante da nossa realidade. Fácil? Talvez não!
Considerando o nosso modelo de negócios cooperativo e suas particularidades, acredito que podemos estabelecer uma linha mestra que define os principais pontos de atenção para se implementar processos de governança e gestão que proporcionem sustentabilidade aos negócios e a maximização dos resultados aos associados.
Podemos começar pela razão principal da existência da cooperativa: o associado. Conhecer, interagir, saber das suas dores e alegrias é fundamental para um relacionamento que atenda aos seus interesses e fidelize as suas operações. Alguns dirigentes têm receio de estabelecer essa relação de mão dupla e tomam decisões que, algumas vezes, estão distantes dos anseios do quadro social.
Essa prática no médio e longo prazos pode fragilizar o vínculo entre o associado e a cooperativa, resultando em uma falta de identidade e volatilidade nas relações que motivaram o seu ingresso na cooperativa.
Outro ponto fundamental que compõe a linha mestra está na equipe de empregados das cooperativas. Eles, além de possuírem os conhecimentos e as habilidades necessárias para o desempenho das funções, devem estar conectados com os valores e princípios inerentes ao modelo cooperativo. Conhecer a essência do cooperativismo e entender o que faz a diferença na comparação com outros modelos de negócios é fundamental na percepção e envolvimento da equipe para a geração de valor aos associados e à sociedade.
O negócio da cooperativa é mais um ponto relevante a ser considerado nessa linha mestra. Nos mais diversos segmentos em que as cooperativas estão presentes existem inúmeras variáveis que interferem no seu sucesso ou no seu fracasso. Conhecer as particularidades do negócio e saber quais as melhores decisões a serem tomadas não é para amadores. E, nesse sentido, as cooperativas devem separar a governança da gestão. Os negócios devem ser conduzidos por profissionais qualificados, que serão cobrados pela governança, a apresentar os resultados propostos. Uma das mais importantes qualidades do dirigente cooperativista é selecionar a melhor equipe que irá gerir os negócios da cooperativa.
E para colocar tudo isso em prática o dirigente, pela posição estratégica que ocupa na cooperativa, não pode estar alheio ao que acontece no mundo, principalmente com relação às constantes mudanças. Dessa forma, quando nos referimos à enxurrada de informações, planos, metodologias, procedimentos que nos são oferecidos, como salvadores da pátria, é necessário ter a clarividência de entender e aplicar o que mais se adequa a realidade.
Remy Gorga Neto
Presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF
Já estão abertas as inscrições para a 20ª edição dos Jogos de Integração Cooperativista do Distrito Federal (Cooperjogos). A iniciativa é promovida pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF como uma forma de celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo e faz parte do calendário anual de atividades da instituição. Neste ano, os jogos serão realizados no dia 6 de agosto, nas instalações do Sesi, em Taguatinga Norte, a partir das 7h30.
O Cooperjogos também têm a finalidade de incentivar a saúde, qualidade de vida e integração por meio da prática esportiva. Neste ano, dirigentes, associados, colaboradores de cooperativas e também familiares poderão participar de 21 modalidades, dentre elas futsal masculino e feminino, natação, atletismo, cabo de guerra, truco, jogos eletrônicos e gincana solidária.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 24 de junho, por meio do aplicativo do Sistema OCDF, ou pelo site http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/
O encerramento do Cooperjogos contará ainda com o tradicional concurso que elegerá a Miss e o Mister Cooperativismo 2022. O evento reunirá os atletas que participarem das atividades esportivas para celebrar a união e a integração entre as cooperativas do Distrito Federal. Na ocasião, será divulgado o ramo vencedor e efetuada a entrega do troféu desta edição dos jogos.
Serviço
Data: 6 de agosto
Local: Sesi Taguatinga Norte - St. F Norte QNF 24
Horário: A partir de 7h30
Inscrições: http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/
O maior movimento de estímulo ao trabalho voluntário cooperativista de todo o Brasil, o Dia de Cooperar (Dia C), será celebrado no Distrito Federal no próximo sábado, 2 de julho. Promovido pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF e também por cooperativas que atuam no território brasiliense, o evento ocorrerá presencialmente na Escola Classe 01, na Cidade Estrutural, a partir das 9h. No local, a população poderá se beneficiar de serviços oferecidos gratuitamente.
Ao longo do dia, os moradores da região poderão acessar serviços de beleza ofertados pelo Instituto Embelezze, oficinas de orientações financeiras promovidas pelo Instituto Sicoob e atendimentos em saúde, como aferição de pressão e teste de glicemia, realizados por cooperados da Coopcare, da Coopetency e também da Querubim Saúde, cooperativas do ramo saúde associadas ao Sistema OCDF-SESCOOP/DF. O público ainda poderá acessar serviços de orientação jurídica e contábil durante a realização do evento.
Também haverá oferta de serviços especiais para as crianças da região. A Sicoob Credijustra, cooperativa de crédito, irá promover a entrega de kits de higiene bucal e também orientações odontológicas. Já a Cooplem Idiomas irá organizar um espaço destinado à recreação infantil, incluindo a realização de oficinas de desenho.
O Dia de Cooperar foi criado em 2009, em Minas Gerais. O movimento foi nacionalizado em 2013 e, desde então, todos os anos as cooperativas brasileiras se unem para demonstrar a um número cada vez maior de pessoas que o cooperativismo é capaz de transformar a realidade e estimular o desenvolvimento do país. Entre tantas práticas de responsabilidade social, o Dia C se destaca por ser um movimento que luta por um mundo mais justo, igualitário e em ampla consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
No DF, o movimento integra o calendário das cooperativas desde 2014 e foi celebrado presencialmente pela última vez em 2019, por conta da pandemia. As ações das cooperativas, no entanto, continuaram a ser realizadas de maneira virtual e em todo o país. Ao longo no ano passado, mais de 5 milhões de pessoas foram beneficiadas por meio do voluntariado de 145,4 mil pessoas. No total, 2.579 unidades cooperativas participaram do movimento e desenvolveram 2.296 iniciativas, sendo 1.846 delas voltadas ao combate da Covid-19 em 1.411 municípios brasileiros.
Serviço - Dia C no Distrito Federal
Local: Escola Classe 01 - Cidade Estrutural
Data: 2 de julho
Horário: a partir das 9h
O Sistema OCDF- SESCOOP/DF promoveu, na última quarta-feira, 15 de junho, a primeira edição do Encontro das Cooperativas de Reciclagem do Distrito Federal. O evento reuniu lideranças do ramo e também cooperados para apresentar conteúdos valiosos, a fim de promover uma reflexão e contribuir para melhorar o cenário da reciclagem no DF.
O presidente do sistema cooperativista da capital, Remy Gorga Neto, abriu o encontro falando da importância dos conteúdos escolhidos para compor a programação e afirmou que os catadores de materiais recicláveis, estando capacitados, poderão atuar no dia a dia com mais tranquilidade e de forma mais eficiente. “A realização desse evento tem a finalidade de atender às demandas que recebemos de vocês. Essa via de mão dupla, de procurar saber as necessidades das cooperativas e seus cooperados e promover uma atividade que possa atendê-los, é o que permite que o cooperativismo se desenvolva e fique ainda mais forte. Vocês sairão daqui capacitados e certamente irão atuar com mais assertividade”, garantiu Remy.
Os catadores presentes ao encontro assistiram uma apresentação sobre o contexto da reciclagem no Brasil e detalhes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)). O momento foi conduzido pelo analista da OCB voltado para o relacionamento institucional de temas ligados às cooperativas de reciclagem, Alex Macedo, que falou ainda sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), documento elaborado pelo governo federal para nortear a gestão do setor no país, e sobre sistemas de logística reversa. O analista da OCB destacou, na ocasião, que 85,71% das cooperativas e associações situadas no DF estão inseridas dentro desses sistemas e colaboram para o desenvolvimento econômico e social da região.
Alex comentou sobre o cenário das cooperativas de reciclagem no DF e disse acreditar que o setor têm capacidade de crescer ainda mais dentro do território brasiliense. “Atualmente há contratos vigentes com o Serviço de Limpeza Urbana e isso vem acompanhado de uma demanda que está cada vez maior. As cooperativas estando bem equipadas, com infraestrutura, com contratos cada vez melhores e inseridas dentro de sistemas de logística reversa formam uma equação que irá potencializar ainda mais essas organizações. Aliado a isso está o trabalho desempenhado pelo Sistema OCDF, que vem para apoiar as cooperativas, para ajudá-las a se estruturar, organizar e aproveitar essas oportunidades de mercado, o que pode se traduzir em mais qualidade de vida e de trabalho para o catador”, explicou o analista.
Na sequência, os catadores conferiram uma palestra sobre aposentadoria especial por exposição a agentes prejudiciais à saúde. O assunto foi tratado pelo coordenador de reabilitação profissional e benefícios por incapacidade da Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência, Paulo César Andrade, e pela analista e advogada da CNCOOP, Márcia Gonçalves de Almeida. A dupla explicou a inserção dos catadores no regime de aposentadoria especial e destacou ao público do evento a necessidade de comprovação pelo cooperado da efetiva exposição de sua saúde a agentes físicos, químicos e biológicos durante atividade de coleta e industrialização do lixo.
A programação do encontro seguiu com uma apresentação sobre serviços financeiros para as cooperativas de reciclagem, realizada por colaboradores da Sicoob Planalto Central e da Sicoob Cred Brasília.
Para finalizar, o encontro apresentou uma explicação sobre o Certificado de Crédito de Reciclagem – Recicla+. A medida visa proporcionar injeção de investimentos privados na reciclagem de produtos e embalagens descartados pelo consumidor e foi instituída no último mês de abril, por meio do Decreto nº 11.044/2022. A ação, desenvolvida conjuntamente pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Economia (ME), deve potencializar entrada de cerca de R$ 14 bilhões ao ano de investimentos no setor da reciclagem, o que corresponde à estimativa do quanto o país deixa de ganhar atualmente ao não reciclar materiais.
A presidente da Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), Aline Sousa, parabenizou o Sistema OCDF-SESCOOP/DF pela realização da encontro, pela oportunidade de adquirir mais conhecimento e a possibilidade de integração com as demais cooperativas do DF. “A programação foi toda feita a partir da realidade do catador e isso contribui demais para o nosso trabalho. Ter informação hoje em dia é fundamental e, a partir de agora, o nosso objetivo é utilizar tudo o que foi apresentado aqui da maneira correta para melhorar o desempenho das nossas cooperativas no DF”, comentou ela.
Um grupo de voluntários realizou um mutirão de limpeza na Praça do Bicalho, em Taguatinga Norte, durante o final de semana passado. A ação foi organizada pela Sicredi Planalto Central, cooperativa associada ao Sistema OCDF-SESCOOP/DF, como parte das atividades que celebram o Dia de Cooperar (Dia C). Os voluntários também realizaram o plantio de árvores e consertaram o parquinho utilizado pelas crianças da região.
A presidente da Sicredi Planalto Central, Carmo Spies, comemorou o sucesso da ação realizada e comentou sobre a satisfação em ver o cooperativismo transformando realidades no território brasiliense. “Ver a cultura do cooperativismo inserida nas comunidades do Distrito Federal nos enche de orgulho por saber que estamos proporcionando mudanças positivas para os moradores. A revitalização na praça foi apenas a primeira ação de muitas que englobam o Dia C”, disse ela.
Quem também comemorou a realização foi o administrador regional da cidade, Ezequias da Silva. “Agradecemos a Sicredi pelo trabalho lindo que, além de celebrar o Dia C, também celebra os 67 anos de Taguatinga. O contato com a comunidade e com a cidade é fator de extrema importância”, observou.
O Dia de Cooperar é promovido há 13 anos e é considerado um dos maiores movimentos de estímulo ao trabalho voluntário brasileiro. As ações demonstram, a partir de iniciativas práticas, a força do cooperativismo em todo o Brasil. Exemplo disso foi a edição de 2021 que beneficiou mais de 5 milhões de pessoas de norte a sul do país. Foram mais 145 mil voluntários, 2.579 unidades cooperativas participantes, 2.296 iniciativas das cooperativas - sendo 1.846 delas voltadas ao combate da Covid-19 - em 1.411 municípios.
Este ano, o Dia de Cooperar no Distrito Federal será celebrado no dia 2 de julho, a partir das 9h, em frente a Escola Classe 01, da Cidade Estrutural. Na ocasião, serão ofertados atendimentos nas áreas da saúde, consultoria financeira e jurídica, beleza, bem-estar, além de muita música e diversão.
A celebração do Dia C coincide com o Dia Internacional do Cooperativismo, data instituída oficialmente em 1994 e que é anualmente celebrada no primeiro sábado do mês de julho. Embora tenha sido criado em 2009, o Dia de Cooperar integra o calendário das cooperativas brasilienses desde 2014.
Dirigentes da Sicoob Planalto Central e da Sicoob Goiás Central, duas importantes centrais de cooperativas de crédito do Brasil, estiveram reunidos no último sábado, 11 de junho, no munícipio de Alexânia, em Goiás, para a realização das Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) das duas organizações. A ocasião entrou para a história, representando o pontapé inicial para a materialização de uma das maiores uniões sistêmicas do cooperativismo brasileiro.
A união das duas centrais fortalecerá ainda mais o cenário cooperativista no país. Juntas, elas irão deter mais de 21% das ações do Banco Sicoob, contando com 25 cooperativas filiadas e uma rede de atendimento de 160 agências, somando aproximadamente 200 mil associados. A união das duas instituições concentrará um total de R$ 6,6 bilhões de ativos, R$ 1,4 bilhões de patrimônio líquido e um volume total de depósitos de R$ 4,4 bilhões, entre outros números significativos.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, presente ao evento na cidade goiana, comemorou a união das organizações e salientou que as duas centrais protagonizam um momento inédito na história do sistema cooperativista brasileiro. “As duas centrais, Sicoob Planalto Central e Sicoob Goiás Central, fazem história promovendo essa integração, que demonstra a maturidade do sistema cooperativista de crédito da região Centro-Oeste. As centrais somam esforços para conquistar maior competitividade dentro do cooperativismo de crédito e isso é um exemplo não só para outras centrais, mas também para as cooperativas singulares e para a melhoria da competitividade do cooperativismo de crédito no Brasil”, disse.
O presidente da Sicoob Planalto Central, Miguel de Oliveira, lembrou que não há registro de algo parecido dentro da estrutura do Sistema Sicoob em todo o Brasil e acredita que a junção das centrais se tornará um estímulo para que outras cooperativas possam adotar e contribuir para fortalecer o ramo de crédito no país. “A união das centrais tem como objetivo a busca pela eficiência. Uma central robusta, estruturada, vai dar condições para o nosso trabalho se desenvolver, ser mais eficiente. Não iremos precisar de estruturas em duplicidade para atender o Distrito Federal, Goiás e Tocantins”, explica ele.
O diretor de operações da Sicoob Planalto Central, Newton Brum, ressalta que a união das centrais não se dá por necessidade, mas por uma visão de futuro, e garante que os processos de prestação de serviço serão ofertados de uma maneira ainda mais eficiente e com alta qualidade às cooperativas. ““É um processo inovador que estamos promovendo com foco no futuro. Os nossos serviços irão ganhar em muitos aspectos, potencializando a capacidade que nós já temos de atendimento para as nossas cooperativas filiadas, além da melhoria dos nossos limites operacionais, dos indicadores e da rentabilidade", explica. “Podemos vislumbrar um futuro extremamente promissor”, acrescentou Brum.
As próximas etapas para a concretização dessa união serão a realização de uma AGE conjunta entre os presidentes das cooperativas filiadas da Sicoob Goiás Central e da Sicoob Planalto Central e, por fim, a homologação do Banco Central do Brasil.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF e a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promovem, na próxima sexta-feira, 24 de junho, sessão solene em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo. O evento terá início às 19h, no plenário da CLDF, e também será marcado pela outorga do título de cidadão honorário de Brasília ao presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto.
A solenidade contará com a presença de autoridades do Executivo e do Legislativo distrital e federal, assim como de dirigentes e membros das cooperativas em atividade no território brasiliense. Os trabalhos serão conduzidos pelo presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, deputado Roosevelt Vilela, juntamente com o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF.
Terminada a sessão, o público presente poderá aproveitar a 1ª edição do Arraial do Cooperativismo do Distrito Federal, que ocorrerá na Praça do Servidor, localizada dentro das instalações da CLDF. A realização contará com música ao vivo e barraquinhas, onde serão servidas comidas e bebidas típicas das festas de São João.
O objetivo do Sistema OCDF-SESCOOP/DF com o arraial é proporcionar às cooperativas brasilienses um momento de confraternização para comemorar o Dia Internacional do Cooperativismo que, apesar de ter sido instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1995, é uma data comemorada desde 1923.
Durante os meses de abril e maio, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF promoveu junto às cooperativas brasilienses a campanha Gesto Vacinal. A iniciativa teve por objetivo contribuir para evitar, no âmbito do Distrito Federal, o avanço de infecções pelo vírus influenza, doença que causa uma infecção respiratória aguda, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos justamente durante a época mais fria do ano.
A Gesto Vacinal integra o planejamento estratégico do sistema cooperativista brasiliense e proporciona saúde e bem-estar aos membros de cooperativas que atuam no Distrito Federal, evitando a propagação em massa de doenças que podem levar à morte ou provocar sequelas graves, comprometendo a qualidade de vida e saúde das pessoas.
A edição deste ano da campanha foi um sucesso, imunizando um total de 944 pessoas com a vacina quadrivalente, que contém dois subtipos de Influenza A e mais dois subtipos de Influenza B e é eficaz contra dois subtipos da cepa A (H1N1 Victoria e H3N2 Darwin) e dois subtipos de cepas B (Victoria e Yamagata).
Foram vacinados colaboradores do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, além de colaboradores e cooperados da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa/DF), Cooperativa de Trabalho e Saúde (Coopcare), Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop), Central Rede Alternativa, Querubim Saúde, CooperSystem e Cooplem. A aplicação do imunizante ocorreu na sede de cada cooperativa.
O vice-presidente da Coopa/DF, Leandro Maldaner, enaltece a ação organizada pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF e ressalta a importância de poder garantir a saúde dos colaboradores e associados da cooperativa, localizada a aproximadamente 60 km da região central de Brasília. Além da relevância, ele diz ainda que a iniciativa é, ao mesmo tempo, uma comodidade. “Estamos em uma região rural, onde as temperaturas tendem ser mais baixas e o acesso à saúde é restrito. Há um posto de saúde próximo que atende a um público prioritário, como gestantes e idosos. Portanto, a vinda do Sistema OCDF até a nossa sede com as vacinas é fundamental, pois evita, primeiramente, um deslocamento até uma outra região do DF e, sobretudo, garante saúde para desenvolvermos o nosso trabalho da melhor forma possível”, explica.
A campanha deste ano superou os números obtidos no ano passado, quando foram imunizadas 569 pessoas.
O Sistema OCB lançou nesta quarta-feira (1º) a publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, que tem como objetivo nortear os candidatos à Presidência da República na elaboração de políticas públicas voltadas ao movimento. Dividido em cinco eixos temáticos, a publicação apresenta as principais contribuições das cooperativas em prol do desenvolvimento do país e destaca as ações, projetos e normas que necessitam da ação do governo para a sua continuidade, ampliação ou implementação. A obra está disponível no link.
O primeiro eixo foca no protagonismo do movimento cooperativista na busca por uma nova economia, caracterizada pela demanda cada vez maior da sociedade por negócios pautados em propósito, com valores e resultados compartilhados, senso de comunidade, transparência, sustentabilidadede e integridade. Neste contexto, são defendidas propostas de adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, legislações e políticas públicas de apoio e estímulo ao cooperativismo, inserção do modelo de negócios em novos mercados e espaços de representatividade e de participação.
Já o segundo eixo trata do cooperativismo como modelo econômico de desenvolvimento sustentável, no qual são destaque as propostas em prol da segurança alimentar, do combate à fome, da agregação de valor às cadeiras produtivas e de transição para uma economia de baixo carbono. As cooperativas são responsáveis por grande parte dos alimentos que consumimos em nossas casas todos os dias e por isso devem estar no centro da Agenda 2030, estabelecida pela ONU. Aliás, enquanto o mercado incorpora aos poucos as dimensões ESG (Ambiental, Social e Governança, em português), para o cooperativismo, estes fatores fazem parte das suas raízes, estão presentes em seu DNA.
A atuação das cooperativas em prol de cidades e comunidades mais prósperas é o tema central do terceiro eixo. Nele, são destacadas a importância das cooperativas na prestação de serviços de interesse público com maior dinamismo e eficiência. Neste aspecto, destacamos as principais contribuições do cooperativismo para a inclusão financeira e desenvolvimento local e regional, bem como o papel do nosso movimento para o acesso ao crédito a produtores e pequenos negócios. Este eixo aborda também as propostas do cooperativismo no desenvolvimento do Norte e do Nordeste; para o acesso universal aos serviços de saúde; energia de qualidade no campo e nas cidades; para a educação inclusiva, equitativa e de qualidade; além da questão da mobilidade urbana, do aproveitamento do potencial turístico e de lazer e da moradia própria para a população.
O quarto eixo está direcionado à construção do futuro do trabalho pela cooperação. A ideia é desenvolver ações para promover a proteção social e a geração de renda por meio das cooperativas. Assim, pensar em cooperativismo é também refletir sobre políticas públicas de incentivo às novas tendências de se trabalhar em rede, conectar pessoas e colocá-las no centro das tomadas de decisão de seus próprios negócios, por meio do empreendedorismo coletivo e da autogestão
As bases estruturantes para impulsionar o Brasil estão no último eixo da publicação. Nele são detalhados pontos de relevância que precisam estar na pauta do futuro governo para garantir um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento do país, como previsibilidade e estabilidade econômica, contas públicas e responsabilidade fiscal, investimento em infraestrutura e aumento da competitividade. O eixo traz ainda, sugestões de soluções para a promoção da educação como base de desenvolvimento e para o estímulo a instituições públicas mais eficazes, responsáveis e transparentes.
Números
A publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo traz ainda dados consolidados sobre os sete ramos do cooperativismo e o papel das cooperativas enquanto modelo de negócio sustentável, ambientalmente responsável e socialmente justo.
Em números, o Brasil conta atualmente com 4,8 mil cooperativas, sendo 2,4 mil delas com mais de 20 anos de atuação no mercado. O movimento tem 17,1 milhões de cooperados e gera cerca de 455 mil empregos diretos. O total de ativos do cooperativismo ultrapassa R$ 655 bilhões, por ano.
O Ramo Agro, por exemplo, representa 53% da produção de grãos do país e 71,2% dos produtores são da agricultura familiar. Congrega ainda, mais de 8 mil profissionais dedicados à assistência técnica e extensão rural. O setor conta com 1.173 cooperativas, mais de 1 milhão de cooperados e é responsável por gerar mais de 200 mil empregos diretos.
O Ramo Crédito, por sua vez, se destaca por possuir a maior rede de atendimento entre as instituições financeiras do país. Conta com mais de 7,6 mil pontos, chegando em municípios onde grandes bancos não estão presentes. São 775 cooperativas, 11,9 milhões de cooperados e mais 79 empregos diretos gerados.
O Ramo Saúde, com suas 758 cooperativas, 292 mil cooperados e mais de 116 mil empregos gerados, representa 32% do mercado de saúde suplementar. As cooperativas do setor estão presentes em 85% dos municípios brasileiros e são responsáveis pela administração de 11,9 mil leitos em 149 hospitais distribuídos em 25 estados.
O Ramo Infraestrutura, com cooperativas localizadas majoritariamente no meio rural e em municípios do interior do país, hoje conta com mais de 4 milhões de usuários em 806 municípios brasileiros, com as maiores notas na qualificação do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor.
Outro ramo relevante, o de Transportes, conta com 984 cooperativas, mais de 89 mil cooperados e gera cerca de 5 mil empregos diretos. É responsável ainda por 450 milhões de toneladas de carga movimentada anualmente, sem contar o transporte de passageiros.
Prosperidade
Para além dos pontos destacados na publicação, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que o modelo de negócios cooperativista é capaz de garantir prosperidade para a sociedade, ao impulsionar a geração de trabalho e renda, o acesso a mercados (nacional e internacional) e o desenvolvimento das regiões brasileiras.
“Ao longo dos últimos anos, o cooperativismo tem se consolidado como alternativa para o sistema econômico do Brasil, uma vez que conseguimos, em um mesmo movimento, trabalhar todos os aspectos do desenvolvimento sustentável e da nova economia. E esse é nosso diferencial competitivo. Esta publicação registra o empenho do nosso movimento em colaborar com a economia brasileira. Então, ao apontar as demandas mais urgentes do setor, acreditamos que, de forma conjunta, os Três Poderes podem contribuir para o desenvolvimento do país, construindo um Brasil mais forte e cooperativo”, afirma Freitas.
Confira a publicação na íntegra: https://in.coop.br/propostas_coop
O Sistema OCDF - SESCOOP/DF realizará o Encontro de Cooperativas de Reciclagem do Distrito Federal na próxima quarta-feira (15), das 8h às 12h, no Quality Hotel & Suites Brasilia. O objetivo é reunir as lideranças para debater sobre o atual cenário das cooperativas de reciclagem da região.
Na ocasião, pautas importantes relacionadas ao setor serão abordadas nas palestras do evento que contará com integrantes do Ministério do Trabalho, do Ministério do Meio Ambiente, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (SICOOB).
Programação:
8h – Credenciamento e Welcome Coffee
9h - Sistema OCDF-SESCOOP/DF
Remy Gorga Neto - Presidente do Sistema OCDF / SESCOOP/DF
9h15 - O Cenário das Cooperativas de Reciclagem no Brasil | Logística Reversa e Planares
Alex Macedo - Organização das Cooperativas do Brasil (OCB)
10h – Aposentadoria para Catadores – Novo Marco Legal
Paulo César Andrade - Ministério do Trabalho e Previdência
10h45 – Serviços Financeiros para as Cooperativas de Reciclagem
Representante do Sicoob Planalto Central
11h30 – Créditos de Reciclagem – Legislação
Representante do Ministério do Meio Ambiente
12h15 – Almoço
Os interessados devem se inscrever por meio do aplicativo do Sistema OCDF, disponível para download na versão Android e iOS, ou pela nova versão do app disponibilizada para web.
Clique aqui para acessar e fazer sua inscrição.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF promoveu na última sexta-feira, 27 de maio, o lançamento do Dia de Cooperar (Dia C) 2022 no Distrito Federal. O evento ocorreu virtualmente e reuniu representantes de diversas cooperativas brasilienses para falar da importância das práticas de responsabilidade socioambiental. Contou também com uma palestra inspiradora e, ainda, apresentou aos participantes números atualizados do movimento de estímulo ao trabalho voluntário cooperativista em todo o país.
Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, abriu a transmissão lembrando que a celebração do Dia C coincide com o Dia Internacional do Cooperativismo, anualmente celebrado no primeiro sábado do mês de julho. Também relembrou os primeiros passos do movimento no país, em Minas Gerais, no ano de 2009.
O dirigente ressaltou a alegria de poder lançar mais uma edição do movimento no Distrito Federal. “O Dia C é muito importante para o cooperativismo. A partir desse lançamento, nós queremos despertar em nossas cooperativas o interesse pela responsabilidade, a preocupação com o seu entorno social e com as pessoas, estimular o voluntariado, bem como o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Vamos juntos motivar as cooperativas a estarem unidas nesse movimento nacional”, afirmou Remy.
Na sequência, a analista de Promoção Social do SESCOOP Nacional, Vanessa Pacheco, traçou um breve panorama sobre o Dia C em todo o país e trouxe dados concretos que comprovam que o movimento segue crescendo e beneficiando milhares de pessoas, ano após ano. Ela aproveitou a oportunidade para destacar os resultados obtidos durante o período pandêmico, lembrando das lives que reuniram milhões de telespectadores e geraram mais visibilidade e envolvimento.
A analista apresentou os números oficiais proporcionados pelo Dia C em todo o país no ano passado. Foram mais de 5 milhões de beneficiários, 145,4 mil voluntários, 2.579 unidades cooperativas participantes, 2.296 iniciativas das cooperativas - sendo 1.846 delas voltadas ao combate da Covid-19 - e 1.411 municípios atendidos. Além disso, Vanessa instou as cooperativas brasilienses a desenvolverem ações contínuas ao invés de pontuais.
A transmissão também contou com a participação de Dalmir Sant’Anna, profissional com experiência na área comercial e em gestão de pessoas. Utilizando truques de mágica, ele mostrou como é importante que as cooperativas do DF caminhem juntas e que cada cooperado e voluntário tenha consciência de seu papel. “A cooperação é a incrível magia do trabalho em equipe”, frisou.
Sant’Anna também destacou durante sua apresentação algumas virtudes proporcionadas pelo ato de cooperar: dialogo, alegria, lealdade, motivação, inspiração e respeito.
Dia C 2022 no DF
O Dia C é promovido há 13 anos no Brasil e demonstra, a partir de iniciativas práticas, a força do cooperativismo no país. No DF, o movimento integra o calendário das cooperativas desde 2014. Neste ano, será celebrado no dia 2 de julho, na Escola Classe 01, localizada na Cidade Estrutural, informou a superintendente do SESCOOP/DF, Carla Madeira, que conclamou a participação de todas as cooperativas do DF no maior movimento de voluntariado cooperativista.
As cooperativas brasilienses já podem inscrever suas iniciativas para 2022 no site nacional do Dia C: diac.somoscooperativismo.coop.br/inscricao
Uma cerimônia realizada na noite da última quinta-feira, 26 de maio, marcou solenemente a posse dos novos conselheiros de administração, fiscal e ética do Sistema OCDF-SESCOOP/DF para o quadriênio 2022-2026. Personalidades políticas e de instituições parceiras, além de dirigentes e representantes de cooperativas, prestigiaram o evento que deu início ao segundo mandato de Remy Gorga Neto à frente do sistema cooperativista do Distrito Federal.
O pleito ocorreu no final de março em Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Na ocasião, as cooperativas participaram da eleição, que teve chapa única, determinando aqueles que irão ocupar as cadeiras do conselho de administração da OCDF, bem como os membros dos conselhos fiscal e de ética da organização.
Remy, que liderou a instituição no quadriênio 2018-2022, agradeceu às cooperativas pela confiança e reiterou o compromisso de permanecer empenhado em transformar o cooperativismo em uma realidade cada vez mais concreta no Distrito Federal.
“Tenho a honra de estar presidente do sistema cooperativista do DF por mais quatro anos. Agradeço a confiança das cooperativas e sei que agora tenho uma responsabilidade ainda maior de conduzir e representar os interesses do cooperativismo aqui no DF. O nosso time de conselheiros está alinhado e vocês podem ter a certeza de que estaremos totalmente empenhados para que o cooperativismo cresça e se desenvolva cada vez mais em nossa região”, disse o dirigente.
Além de Remy, o Conselho de Administração da OCDF é composto por Alexandre de Jesus Coelho Machado, Diretor-presidente da Sicoob Credijustra, que ocupará a vice-presidência da organização; Alessandra Alves Lopes, representando a Central Centicoop, que assumirá a diretoria financeira; Adélia Queiroz Neri, presidente da Cooperativa de Trabalho e Saúde (Coopcare) que será a responsável pela diretoria de relações sindicais; e Ivan Engler, presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Coopermista) e Cooperativa Central Unium, que ocupará a cadeira de diretor administrativo.
O conselho fiscal da organização é formado por Leomário Vales Ferreira, Carlos Fernando Dayrell Lages e Derci Cenci, que irão ocupar as cadeiras de membros titulares. Já Hacmony Amaro dos Santos, Anne Karoline Rodrigues Alves e Alex Patrus Chagas de Almeida ficam como suplentes. Antônio Jaime de Souza, Miguel Ferreira de Oliveira, Maurício Severino Rezende, Gilmar Clementino da Silva e Mônica Mendes Licassali são os membros titulares do conselho de ética da OCDF, enquanto que Sérgio Roberto Cardoso da Cruz e Fernando Rogério Diniz ocupam a suplência.
O evento também deu posse aos conselheiros de administração do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Distrito Federal – SESCOOP/DF, Cleusimar Alves de Andrade e Edivaldo Alves de Oliveira, representantes de cooperativas; Elza Lopes Cançado, representante do SESCOOP Nacional; e Genilson Firmino de Queiroz, representante dos trabalhadores em cooperativas. Arcênio Chervinski, Maria Telma Galletti, Geraldo Lopes da Silva Filho e Susan Miyashita Vilela assumiram os cargos como suplentes.
Meire Lúcia Gomes Monteiro Mota Coelho, Leopoldo Rodrigues e Jorge Luiz Moreira foram empossados como conselheiros fiscais titulares, e Juliano de Andrade Almeida, Maurício Severino de Rezende e Francisca Cláudia Matias como suplentes.
Após a posse dos novos membros, foi realizada uma homenagem solene aos conselheiros do Sistema OCDF-SESCOOP/DF que participaram do mandato entre 2018 e 2022 com a entrega de placas de homenagem.
Compareceram à solenidade o presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro; o deputado distrital e presidente da FrenCoop/DF, Roosevelt Villela; o superintendente de desenvolvimento do Centro-Oeste, Nelson Vieira Filho; o presidente da Confederação Nacional de Transporte Cooperativo (CNT- COOP), Evaldo Moreira de Matos; o secretário executivo de Agricultura do Distrito Federal, Luciano Mendes; o presidente da Associação Comercial do DF, Fernando Brites; a gerente-geral da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Fabíola Mota; o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), Elissandro Noronha; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF), Fernando Cesar Ribeiro; e Fernando Pires, representando a deputada federal Bia Kicis.
Chegou ao fim, no último sábado, 21 de maio, a edição 2022 da AgroBrasília – Feira Internacional dos Cerrados. O evento, organizado pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa/DF) reuniu, ao longo de cinco dias, aproximadamente 135 mil pessoas e 520 expositores no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, reforçando o potencial agrícola do Distrito Federal e também os princípios que sustentam o cooperativismo na região.
Esse trabalho em prol do fortalecimento foi desempenhado pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF. Apoiador da feira desde a sua primeira edição, em 2008, a organização mais uma vez marcou presença e montou um estande especialmente planejado para difundir o cooperativismo.
A programação do espaço teve início contemplando o público infantil. Ao todo, 900 crianças passaram pelo estande, assistiram palestras sobre reciclagem e os princípios do cooperativismo, bem como vídeos sobre essa filosofia de vida que influencia a rotina de mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Desse modo, as crianças puderam assimilar, de uma maneira lúdica, a real essência do cooperativismo.
A programação elaborada pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF também atraiu mais de 600 pessoas, que puderam conferir uma exposição com produtos de cooperativas locais.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, comemorou a intensa movimentação no espaço, bem como o sucesso do trabalho desempenhado pela instituição ao longo dos cinco dias da feira. Ele destacou também a forma como o cooperativismo vem se consolidando e se apresentando como uma solução viável para desafios e incertezas, estando posicionado como um peça importante na engrenagem que movimenta a economia global. “As cooperativas veem ocupando um espaço muito importante, viabilizando conquistas para produtores rurais e também para os demais setores da sociedade”, afirmou.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, visitou a feira durante a tarde de sexta-feira, 20, e aproveitou a oportunidade para conversar com dirigentes de cooperativas brasilienses. Na ocasião, o chefe do sistema cooperativista nacional elogiou a organização da AgroBrasília, lembrou que as maiores feiras agropecuárias que estão ocorrendo no Brasil são organizadas por cooperativas e reiterou que o movimento vem galgando espaço no Brasil ano após ano. “É um momento extraordinário para se ter o cooperativismo sendo apresentado para a população, mostrando sua força, sua pujança. A AgroBrasília é uma vitrine importantíssima da qual o cooperativismo não pode estar ausente de maneira alguma”, explicou Márcio.
A edição 2022 representou a retomada presencial da feira, promovida pela última vez no ano de 2020 em um formato totalmente digital, em virtude da pandemia provocada pela covid-19.
Além de reunir milhares de pessoas, a feira voltou a se posicionar como uma das maiores realizações do agronegócio no país, com um volume de negócios estimado em R$ 3 bilhões, cifra que representa um recorde. Os resultados em números, segundo a organização, serão observados ao longo dos próximos seis meses.
Solenidade em homenagem à AgroBrasília
Na tarde de sexta-feira, quarto dia de realização da feira, mais de 200 pessoas lotaram o auditório Buriti, localizado dentro do Parque Tecnológico, para participarem de uma Sessão Solene alusiva à 14ª edição da AgroBrasília. A cerimônia foi uma iniciativa do deputado Roosevelt Vilela e enobreceu o trabalho desempenhado por diversas personalidades em prol do desenvolvimento rural do DF.
Também presidente da Frente Parlamentar de Agricultura, Pecuária e Hortifrutigranjeiro da Câmara Legislativa do Distrito Federal e da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, o deputado Roosevelt Vilela deu início à realização elencando as contribuições do legislativo local para o avanço da atividade rural no território brasiliense.
Em pouco mais de três anos de mandato, o parlamentar destinou mais de R$ 10 milhões para o setor, sendo que, deste valor, R$ 1 milhão foi para a realização da AgroBrasília. Ao longo da solenidade, Roosevelt reforçou a importância desta feira, que é voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos, sendo um espaço de integração, tecnologia, troca de conhecimento e realização de grandes negócios. “A feira é uma oportunidade da população do DF conhecer a magnitude e força do agro em nossa cidade. Muitas pessoas não sabem, por exemplo, que 70% do nosso território é composto por áreas rurais, além do setor ser responsável por gerar milhares de empregos e levar comida à nossa mesa”, enfatizou.
Ao fim da sessão, mais de 50 personalidades do setor agropecuário foram homenageadas durante a solenidade com uma Moção de Louvor. Para entregar a honraria, participaram diversas autoridades, como o presidente da CLDF, deputado Rafael Prudente; a deputada federal Bia Kicis; o senador Izalci Lucas; o secretário de Agricultura do DF, Cândido Teles; o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Tollstadius Leal; o presidente da FAPE/DF, Fernando Ribeiro; o presidente da Coopa/DF, José Guilherme Brenner; o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto; e o chefe geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto.
Casa do Cooperativismo
Nos próximos meses, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF iniciará a construção de uma estrutura definitiva no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci. O espaço, já batizado como a “Casa do Cooperativismo”, será erguido em um terreno de aproximadamente 500m² em frente à praça central do Parque Tecnológico, e terá como missão apoiar o fortalecimento do cooperativismo durante a realização da feira e também estreitar as relações entre o sistema e as cooperativas brasilienses.
O Parque Tecnológico Ivaldo Cenci ocupa uma área total estimada em 500 mil m² e está localizado às margens do da BR 251, KM 5, sentido Brasília/DF – Unaí/MG.
Durante a realização da AgroBrasília 2022 foi oficialmente lançada a segunda etapa da Rota da Fruticultura. O projeto, capitaneado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), envolve diversas outras instituições, como o Sistema OCDF/SESCOOP-DF e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e tem como objetivo profissionalizar a cadeia produtiva da fruticultura, integrando os subsistemas de insumos, produção, extrativismo, processamento e comercialização, por meio da criação de sistemas agroflorestais, agroindustriais e de serviços especializados.
Em meio a este novo ciclo, o foco das ações será na produção de novos tipos de frutas na região e na implantação de logística para o beneficiamento e distribuição dos gêneros alimentícios. Serão implementados lotes para a produção de frutas vermelhas como morango, mirtilo, amora e framboesa. As ações também preveem um aporte de R$ 24 milhões para o desenvolvimento de soluções em inovação, pesquisa e fomento à produção, que contemplam a elaboração de estudos e implementação das variedades junto a produtores locais.
Na ocasião de lançamento da segunda fase da Rota da Fruticultura houve, ainda, a doação de 18 caminhões baú, 3 caminhões pipa, 15 câmaras frias, 40 tratores e uma pá carregadeira, adquiridos a partir da emenda da deputada federal Bia Kicis, em conjunto com representantes da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal RIDE-DF, da Codevasf, da Conab e de cooperativas integrantes da Rota: Cooperativa Agrícola da Região de Planaltina (Cootaquara), Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do Distrito Federal (Coopermista), Cooperativa Agrícola Buriti Vermelho (Cooper-Horti) e Associação dos Trabalhadores Rurais da Agricultura Familiar do Assentamento Chapadinha (Astraf).
O presidente da Coopermista e diretor administrativo da OCDF, Ivan Engler, comemorou o início da nova etapa e comentou sobre a importância das ações para fortalecer o projeto no Distrito Federal e região, bem como impulsionar a agricultura familiar e o cooperativismo. “Todo esse esforço vai beneficiar ainda mais a nossa região, apoiando a estrutura de cooperativas, fazendo com que os cooperados estejam cada vez mais aptos para produzir e organizados para serem inseridos no mercado, por meio de uma central de comercialização”, afirmou Ivan, que também é presidente da Central Uniun Brasília, a primeira Central de Cooperativas do Agro do DF/RIDE.
A Rota da Fruticultura reúne cerca de 27 mil produtores do Distrito Federal, de 29 cidades de Goiás e de outras quatro de Minas Gerais. A primeira etapa consistiu na mobilização junto ao pequeno produtor rural para colher informações sobre os problemas da população local, especialmente nas áreas de transporte, recursos hídricos, logística, energia ou qualquer outra carência, no intuito de identificar os problemas, suas causas e buscar as soluções.
Essa segunda etapa, além da continuidade das mobilizações em novas cidades, constará da organização e capacitação dos produtores, distribuição de mudas e o início da implementação de uma Central Comercializadora, prevista para ser construída em Planaltina-DF, onde poderá ser encontrada a unidade industrial de processamento, as empresas estrangeiras interessadas em fazer negócio, empresas de embalagens, traders e empresas de tecnologia.
O evento de lançamento da segunda etapa contou com a participação do coordenador da Rota da Fruticultura RIDE-DF, Luiz Curado, do coordenador da Rota da Fruticultura em Alagoas, Luciano Monteiro, da superintendente da Conab, Clauciene Caetano de Oliveira, do presidente da Organização das Cooperativas do DF, Remy Gorga Neto, do chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva e da deputada federal Bia Kicis.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF realizou, na tarde do último dia 19 de maio, o terceiro dia da AgroBrasília – Feira Internacional dos Cerrados, a primeira edição do Encontro do Ramo Agropecuário do Distrito Federal. O evento aconteceu no auditório anexo do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD/DF, e reuniu dirigentes do sistema cooperativista brasiliense, além de membros das cooperativas agropecuárias que atuam na região.
Especialistas do setor foram convidados pelo Sistema para trazer os conteúdos mais relevantes e atuais sobre o desenvolvimento rural do Distrito Federal. O diretor do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário do Ministério da Agricultura (DEFIN/MAPA), Wilson Vaz de Araújo, foi o primeiro a se apresentar e esmiuçou como funcionam atualmente as políticas de financiamento, em especial, a situação do Plano Safra. Wilson lembrou que as demandas das cooperativas relativas a esse planejamento foram apresentadas e debatidas com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, no início do mês, e pontuou que a pasta tem trabalhado para formular uma política que favoreça ainda mais o crescimento rural brasileiro.
Na sequência, o público pôde conferir uma apresentação sobre acesso a mercados, ministrada pelo diretor do Departamento de Cooperativismo e Acesso aos Mercados do Ministério (DECAM/MAPA), Márcio Madalena, bem como um panorama do cenário do cooperativismo agropecuário no Brasil, apresentado pelo coordenador do Ramo Agro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), José João Prieto.
Márcio Madalena parabenizou o Sistema OCDF pela organização do encontro e destacou a importância de facilitar o acesso das cooperativas ao mercado de compras institucionais. “A OCDF desenvolve uma participação importante nessa retomada que estamos vivendo em nosso país. Vim até aqui, hoje, não apenas para apresentar a importância das cooperativas nesse universo, mas para provocar um movimento no setor. Fomos correspondidos e, em breve, vamos organizar eventos de compras institucionais para inserir ainda mais as cooperativas brasilienses neste cenário”, disse ele.
José Prieto também exaltou a realização do encontro e comentou que o cooperativismo do ramo agropecuário e de outros ramos têm muito a crescer no DF e na região Centro-Oeste, continuando a colaborar com o desenvolvimento rural do país nos próximos anos. “É uma região que reúne todas as condições de prosperar e evoluir. Esse resultado, no entanto, passa pela capacidade de organização, e nada melhor que o cooperativismo para viabilizar esse cenário.” O coordenador ainda ressaltou a capacidade de crescimento do cooperativismo do DF e a importância da OCDF nesse progresso: “levando em consideração as situações de outras localidades do nosso país, podemos sim projetar que o cooperativismo do DF continuará a crescer tanto no ramo agro quanto em outros ramos, e a OCDF tem desempenhado um papel preponderante para que essa evolução ocorra da forma mais organizada possível”, explicou.
Presidente da CooperUnium, a primeira Central de Cooperativas do Agro do DF/RIDE - Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal, e diretor administrativo da OCDF, Ivan Engler encerrou o encontro falando sobre alternativas para redução de custos de produção no campo e incentivando as cooperativas a se unirem em prol da produção local de fertilizante mineral orgânico. Uma das soluções apresentadas foi a utilização da cama de frango e/ou o lodo de esgoto sanitário fornecido pela Caesb, substância rica em matéria orgânica e nutrientes, e com potencial para aproveitamento agrícola.
Ivan comentou sobre a realização do encontro, algo, segundo ele, necessário há algum tempo. “Aqui reunimos representantes da maioria das nossas organizações que integram o ramo agropecuário e abordamos temas que conversam com o que o pequeno produtor rural lida em sua rotina diária no campo.” Ele também destacou a importância da abordagem desses assuntos para o fortalecimento da produção agrícola familiar: “são assuntos necessários para a sustentação da produção da agricultura familiar em nosso território. Aproveitamos essas oportunidades para incentivar a união desses produtores a fim de futuramente começarmos a produzir fertilizante orgânico mineral no DF e evitarmos a dependência do mercado europeu”, explicou.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, avaliou positivamente o encontro aproveitando a realização da AgroBrasília. “O nosso objetivo foi totalmente atendido. Precisamos levar informações importantes, que façam sentido e que possam agregar, no dia a dia dos dirigentes, subsídios relevantes para que cada uma das cooperativas possa desempenhar suas atividades da melhor maneira possível.”
Atualmente, o DF conta com o trabalho de nove cooperativas classificadas no ramo agropecuário. Juntas, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2021, essas organizações reúnem 998 cooperados e geram 232 postos de trabalho.
O Sistema OCB prestigiou a AgroBrasília 2022 na última semana. O evento realizado pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), ocorreu entre os dias 17 e 21 de maio e contou com a participação do presidente Márcio Lopes de Freitas e do coordenador do ramo Agro, João Prieto.
Freitas visitou a feira na sexta-feira (20) e destacou a importância do protagonismo do cooperativismo na organização do evento. “Uma feira com esta magnitude só nos indica que estamos no caminho certo. Aqui as cooperativas podem facilmente encontrar oportunidades e tecnologias para alavancar seus negócios. Certamente nossa filosofia será ainda mais evidenciada, o que aumentará a procura por nossos serviços e produtos”, afirmou.
Prieto, por sua vez, foi responsável pela apresentação da palestra O Cenário do Cooperativismo Agropecuário no Brasil, no painel Encontro do Ramo Agropecuário, realizado na quinta-feira (19). Foram abordados temas como financiamento rural, números atuais do segmento, mercado de compras governamentais e fertilizantes.
De acordo com a apresentação, as cooperativas agropecuárias são responsáveis por 53% da produção de grãos no país. “Para se ter uma ideia, das 4,8 mil cooperativas vinculadas a OCB, 1.173 são do setor. Além disso, dos mais de 450 mil empregos gerados pelo cooperativismo no Brasil, mais de 220 mil são do agro”, destacou Prieto.
O coordenador reafirmou também a importância do modelo de negócios cooperativista no que diz respeito ao fomento à tecnologia, assistência técnica e extensão rural. “Temos cerca de 9 mil técnicos. Este número está acima de 25%, se comparada a outros modelos de negócios no Brasil”.
A feira
A AgroBrasília é uma feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos. O evento serve como vitrine de novas tecnologias para o agronegócio e tem um cenário de referência em debates, palestra e cursos sobre diversos temas relacionados ao próprio setor produtivo. Realizada desde 2008 pela Coopa-DF, a feira conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (SEAGRI-DF), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (EMATER-DF) e da Central de Abastecimento do Distrito Federal (CEASA-DF).
O ministro da Agricultura, Marcos Montes, reforçou, nesta quarta-feira (25), em reunião na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados (CAPADR), que para o Brasil ter um Plano Safra 2022/23 robusto, similar ao vigente, o orçamento precisará ser de R$ 330 bilhões para investimentos e R$ 23 bilhões para a equalização de taxas de juros.
“Esse ano precisamos crescer substancialmente com Plano Safra 2022/23. A inflação subiu muito e os arranjos do Plano Safra atual foram feitos exatamente por conta da taxa de juros que subiu de 2,75% para a mais de 12%. Além disso, temos o custo de produção que está cada vez maior também”, disse o ministro.
Montes afirmou que está trabalhando para conseguir um Seguro Rural que alcance valores em torno de R$ 2 bilhões, bem como para que o montante seja obrigatório. “A Lei Orçamentária Anual é discricionária e fica sujeita a contingenciamento. A gente precisa ter um plano de ação para estimular o produtor a entrar no seguro”, acrescentou.
Os recursos, segundo o ministro, serão utilizados para atender programas como o de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), operações de custeio e de comercialização de produtos agropecuários, e de investimento rural e agroindustrial.
“Já tivemos algumas reuniões com o Ministério da Economia, Banco Central, parlamentares e com representantes do Sistema OCB e CNA para fazermos um Plano Safra mais robusto e continuarmos produzindo, principalmente, focados na agricultura familiar”, completou.
A Junta de Execução Orçamentária (JEO), do Ministério da Economia, anunciou, na última sexta-feira-feira (20), a suplementação de mais R$ 1,1 bilhão para reabertura das contratações no Plano Safra atual (2021/22), suspensas desde fevereiro. No início deste mês também foi sancionado o PLN 1/2022, que destinou mais R$ 868,5 milhões para equalização de juros no crédito rural.
As demandas do cooperativismo relativas ao Plano Safra 2022/23 foram apresentadas ao ministro Marcos Montes e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no último dia 1920. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou, entre outros pontos, a importância de se manter a atual arquitetura do crédito rural e o aumento de volume de recursos para o financiamento.
Para isso, salientou a necessidade de se ampliar os percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras e a garantia de recursos orçamentários adequados direcionados à equalização das taxas juros.
“Precisamos fortalecer os canais que viabilizam nosso processo de produção para que possamos ter uma agropecuária cada vez mais crescente e sustentável. Precisamos construir juntos alternativas para continuar alavancando o agronegócio no intuito de produzirmos alimentos de qualidade e a preços justos ao nosso consumidor, além de mantermos nosso protagonismo como peça fundamental para a segurança alimentar global”, ponderou o presidente.
Já a superintendente Tânia Zanella, pontuou que a pauta apresentada pelo movimento cooperativista é efetiva para a formulação de um plano agrícola e pecuário mais equânime. “Este é um ano complexo onde a escassez de recursos se torna cada vez mais evidente. No entanto, sabemos que nossas cooperativas, que representam 54% da produção agrícola, necessitam de um plano agrícola e pecuário mais justo e igualitário”.
Essencialmente, o cooperativismo tem a face humana e o ser humano se percebe na identidade cooperativa ao colocar em prática a sua essência.
É intrínseco ao ser humano exercer a prática da cooperação e isso se manifesta em quase todos os momentos da nossa vida, nas pequenas e corriqueiras atividades familiares, em nosso trabalho, nas alianças estratégicas das grandes corporações e até mesmo nas nações, ao se unirem em blocos continentais e econômicos.
Podemos creditar a nossa sobrevivência, nos primórdios da humanidade, à capacidade de unir esforços para vencer as adversidades impostas pelo ambiente hostil, cercado de ameaças e com escassos recursos.
A cooperação, inerente à essência do ser humano, tendo como objetivo o alcance de propósitos comuns, passa a se tornar um processo organizado com o surgimento do cooperativismo.
O modelo cooperativista, que traz na sua essência princípios e valores, estabelece uma correlação com a identidade humana, que tem, na prática de valores e princípios morais e éticos, o alicerce que sustenta a estrutura da nossa sociedade.
Dessa forma, com linhas orientadoras simples, sintetizadas nos sete princípios, o cooperativismo se consolidou e está presente no mundo há quase dois séculos.
A palavra princípio tem origem do latim principĭum, que significa “origem", "causa próxima", ou "início”. Os princípios cooperativistas estabelecem um conjunto de diretrizes que orientam o funcionamento das cooperativas, tal como as pessoas se orientam por valores e princípios fundamentais em sua conduta social.
A aplicação do modelo cooperativista nasce da carência das pessoas em suprir alguma necessidade que individualmente seria inviável e que, cooperando informalmente, seria inexequível. Dessa maneira, o cooperativismo se distingue como a forma organizada de promover a cooperação entre as pessoas e tem a cooperativa como a entidade, personalidade jurídica, que, seguindo os preceitos estabelecidos pelos princípios conceituais do cooperativismo, coloca em prática o exercício da cooperação, atendendo e suprindo as necessidades das pessoas que voluntariamente se unem.
Essa união estabelece um pacto de cooperação cujo objetivo maior é o interesse coletivo em detrimento ao interesse individual, resultando na redução dos custos, no ganho do poder de barganha e, consequentemente, no aumento da competitividade.
Ao analisarmos que o exercício da cooperação, no ambiente da cooperativa, está alicerçado em relações pessoais de confiança e solidariedade, que promovem a coesão associativa, percebemos mais uma correlação entre a essência do cooperativismo e a essência do ser humano.
Evidente que aqui não estamos abordando a dicotomia entre o que motiva o comportamento cooperativo e o comportamento competitivo, próprios do ser humano, que se estabelecem nas relações negociais e sociais dos associados e suas cooperativas, mas sim os aspectos intrínsecos à essência do cooperativismo e do ser humano em uma abordagem conceitual que os identifica e aproxima.
Ao revisitarmos alguns pensadores e teóricos que deram origem à filosofia cooperativista, como Owen, Fourier, Buchez, Blanc, King, percebemos um conteúdo humanitário, tendo como base a preocupação com o bem-estar social, valorizando o que hoje poderíamos denominar de relação ganha-ganha, protagonizada pelo cooperativismo.
Enfim, podemos divagar sobre a essência que permeia as bases cooperativistas e suas intrínsecas relações com os sentimentos e a essência do ser humano e chegar a múltiplos entendimentos. No entanto podemos afirmar que o cooperativismo tem se mostrado, principalmente nos dias atuais, como o modelo de negócios que mais reflete a face humana.
Remy Gorga Neto
Presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF