Representantes de oito nações de língua portuguesa estiveram reunidos na Casa do Cooperativismo, em Brasília, para deliberarem sobre ações para fortalecer os diferentes ramos nos países lusófonos. A Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Organização Cooperativista dos Países de Língua Portuguesa (OCPLP) aconteceu na quarta-feira (19) e, entre as tratativas, o colegiado definiu o planejamento de atividades para 2024, que consiste na cooperação para oferta de capacitações dos delegados.
O programa de intercâmbio será direcionado aos membros e dirigentes destas cooperativas e custeado pelas entidades representativas dos membros envolvidos. “A cooperação técnica para o desenvolvimento mútuo é um dos principais valores evidenciados em nosso movimento. Desta forma vamos estimular a troca de experiências, compartilhar estratégias de sucesso para o desenvolvimento das cooperativas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Vamos contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dessas nações por meio do cooperativismo”, disse o presidente do Sistema OCB e vice-presidente da OCPLP, Márcio Lopes de Freitas.
O grupo debateu estratégias para captação conjunta de recursos e vislumbram a possibilidade de implementar projetos de cooperação direcionados para o desenvolvimento sustentável em países lusófonos. Os delegados também pretendem aproveitar a oportunidade de a sede da organização ser em Portugal e buscar acessar recursos do fundo social europeu, um dos maiores do mundo, para financiamento de ações de empoderamento econômico, crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável. Esta linha de ação foi aprovada pelos membros durante a assembleia.
OCPLP
O organismo internacional atua desde 1991, mas foi formalizado juridicamente em 1997. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é uma das entidades fundadoras e atualmente ocupa a cadeira da vice-presidência. O colegiado atua por meio de projetos de cooperação internacional e de financiamento para o desenvolvimento, difusão e crescimento das cooperativas lusófonas mantendo o contato estreito e permanente entre os movimentos e autoridades destas nações. Atualmente é constituída por 32 organizações distribuídas em quatro continentes: africano, asiático, brasileiro e europeu.
O plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) foi palco de uma noite especial para o cooperativismo brasiliense na última sexta-feira, 23 de junho. O espaço em que são tomadas decisões importantes para o futuro da capital foi palco de Sessão Solene que celebrou o lançamento da Frente Parlamentar do Cooperativismo do Distrito Federal e Ride-DF (Frencoop) na atual legislatura, assim como os 50 anos do Sistema OCDF, completados em março.
A solenidade foi fruto de uma iniciativa do deputado distrital Roosevelt Vilela em parceria com o Sistema OCDF-SESCOOP/DF e contou com a presença de autoridades do Executivo e do Legislativo distrital e federal, assim como de dirigentes e membros das cooperativas em atividade no território brasiliense. O evento também homenageou o Dia Internacional do Cooperativismo e marcou o lançamento da agenda institucional do setor para o restante de 2023.
Roosevelt, que é presidente da Frencoop, deu início à sessão falando acerca do potencial do cooperativismo e sua relevância para o desenvolvimento do DF. O parlamentar ressaltou o orgulho de poder representar o setor na Câmara Legislativa e contribuir para o avanço da cultura de cooperação no território brasiliense. “O cooperativismo é um modelo criado não apenas para as pessoas se organizarem economicamente. Eu visualizo o cooperativismo como um modelo de gestão de Estado,” afirmou ele.
O deputado elencou conquistas recentes obtidas pelo cooperativismo brasiliense, como a criação da Lei n.º 6.617, que instituiu a Política Distrital do Cooperativismo, e o início da participação da OCDF no colegiado de vogais da Junta Comercial do DF.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, destacou, durante sua exposição, a força das cooperativas e o desenvolvimento do sistema ao longo dos anos. “O Distrito Federal tem um cooperativismo pujante que faz a diferença, levando prosperidade para as pessoas, para a sociedade”, garantiu o dirigente.
Remy falou, também, sobre os parceiros estratégicos, os ramos do cooperativismo presentes no DF e comentou sobre o esforço desempenhado pelo Sistema OCDF a fim de otimizar esforços, representar, defender e permitir o desenvolvimento do setor no Distrito Federal. “Há dias em que, pela manhã, estamos tratando de algo para as cooperativas de reciclagem, à tarde estamos defendendo uma pauta de interesse do agro e à noite um assunto pertinente ao crédito. E assim é com todos os ramos que presentes aqui no DF. A gente atua para que as cooperativas possam se desenvolver e trazer desenvolvimento para o nosso território”, acrescentou ele.
A mesa da solenidade contou, também, com a presença da deputada federal Bia Kicis; do secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF, Fernando Antonio Rodriguez; do presidente da Federação de Agricultura, Pecuária e Hortifrutigranjeiros do DF (da FAPE-DF), Fernando Cézar Ribeiro; do coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, Eduardo Queiroz, representando o presidente da organização, Márcio Lopes de Freitas; Cleison Duval, presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF); e Glauco Amorim, subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal.
O evento foi encerrado após uma série de reconhecimentos. Primeiro, pessoas que estão diariamente empenhadas em promover o cooperativismo receberam Moções de Louvor aprovadas pela CLDF. Em seguida o presidente do Sistema OCDF recebeu uma homenagem que contou com a participação de sua mãe, Therezinha Gorga.
Ao fim da solenidade, os presentes participaram do II Arraial do Cooperativismo do DF, realizado na Praça do Servidor, que fica localizada dentro das instalações da CLDF. O momento contou com música ao vivo e barraquinhas, onde foram servidas comidas e bebidas típicas das festas de São João. O objetivo do evento foi proporcionar um momento de confraternização para as cooperativas brasilienses comemorarem o Dia Internacional do Cooperativismo, data comemorada desde 1923 que foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1995.
Cooperados da Cooperativa Recicle a Vida, de Ceilândia, participaram de uma atividade diferente e um tanto especial nesta última quinzena do mês de junho. Um grupo, composto por 22 pessoas que participaram do projeto “Vida Circular – Edição Fashion”, desfilaram com trajes especiais, criados a partir de materiais recicláveis, em uma ação que teve o intuito de evidenciar e desenvolver o conceito de economia circular no Distrito Federal.
O desfile foi destaque durante exibição do noticiário da TV Globo Brasília e contou com a parcerias instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do DF (Senac/DF), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (Sema/DF), o Sistema OCDF-SESCOOP/DF, entre outras instituições.
O modelo proposto pela economia circular vai contra o modelo linear, caracterizado pela extração, consumo, descarte, desequilíbrios ambientais, sociais e econômicos. Nesse contexto, a economia circular surge com o foco na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. O conceito associa uma melhor gestão dos recursos naturais a um desenvolvimento econômico, promovendo a criação de produtos reutilizáveis e duradouros, e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
O projeto engajou, ainda, outros membros da cooperativa, que participam de um curso de cabeleireira promovida pela própria organização.
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O Sistema OCDF-SESCOOP/DF participou, nos dias 21 e 22 de junho, do III Simpósio Distrital de Aquicultura. O evento foi organizado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri) e ocorreu na sede da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), na Asa Norte. Os objetivos da realização deste ano foram organizar os produtores e incentivar o associativismo e o cooperativismo regional.
O sistema cooperativista brasiliense promoveu, dentro da programação do simpósio, o I Workshop Distrital de Cooperativismo na Aquicultura, momento no qual cooperativas de aquicultores já em atuação no Brasil apresentaram suas experiências e resultados ao público brasiliense.
O workshop foi aberto pelo presidente do Sistema OCDF, Remy Gorga Neto, que iniciou a atividade falando das origens do cooperativismo, comentando sobre os sete princípios do modelo de negócios, além da consolidação e magnitude do movimento os dias atuais. Remy também detalhou a organização do cooperativismo no Brasil, destacando o trabalho da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e também do Sistema OCDF.
Na sequência, foi apresentada à platéia a história da Cooperativa dos Aquicultores do Estado do Amazonas (Coopaquam), criada em fevereiro de 2020 na cidade de Rio Preto da Eva com o objetivo de adquirir grandes quantidades de ração das fábricas e distribuir para os cooperados, para diminuir o custo de produção.
O diretor administrativo da organização, Hélio Pontes, detalhou como a cooperativa iniciou suas atividades em meio à pandemia, o processo de formalização, o início das compras, em 2021, e como a organização vem crescendo expressivamente em volume de negócios e quantidade de cooperados. Hélio falou, também, sobre os desafios da aquicultura no maior estado do país, participação em compras publicas e planos de expansão de atividades em amadurecimento.
A diretora secretária da Cooperativa Aquícola Cana Brava (Aquibrava), Larissa Ramos, também compartilhou experiências com o público do evento. Agrônoma de formação, ela falou sobre a produção de tilápia no município goiano de Minaçu, onde a cooperativa é sediada, e como têm ocorrido, nos últimos anos, os investimentos e os esforços para promover o desenvolvimento da aquicultura no norte de Goiás.
Ao fim das apresentações, o presidente do Sistema OCDF avaliou positivamente a oportunidade de fomentar cooperativismo, assim como toda a realização do simpósio. Remy também comentou particularidades do Distrito Federal, como localização privilegiada, boa topografia e recursos hídricos em abundância. “O mercado consumidor da nossa capital é grande, de alto poder aquisitivo e tem interesse em pescados. Temos uma topografia boa, assistência técnica e uma série de fatores que favorecem o desenvolvimento da aquicultura. E o cooperativismo pode impulsionar essa atividade em nosso território. Estamos frente a um grande potencial e o caminho para alavancar essa prática no DF é incentivar os produtores. É uma atividade incipiente, mas que tem grandes possibilidades de dar certo”, pontuou Remy.
O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF, Fernando Antonio Rodriguez, também comemorou a realização da terceira edição do evento. O chefe da pasta afirmou, ainda, que prevê boas oportunidades para o DF com o fomento à aquicultura e ao cooperativismo e assegurou que irá fortalecer ainda mais a parceria com o sistema cooperativista local.
“O Distrito Federal tem que ser uma vitrine. E para se construir essa vitrine é necessária uma boa qualidade no trabalho, fator que foi preponderante para a gente organizar e promover um evento dessa natureza. O Sistema OCDF, assim como os nossos demais parceiros, desempenha um papel importante e vai nos ajudar a incentivar o produtor brasiliense a entregar melhorias e desenvolvimento para o DF”, analisou.
Atualmente existem aproximadamente 580 aquicultores no Distrito Federal e cerca de 20 empresas que atuam como entrepostos, atacadistas e distribuidores de pescado, que em sua maioria beneficia matéria-prima exclusivamente de outras Unidades da Federação e não existe nenhuma Cooperativa de produtores de pescado no Distrito Federal.
O simpósio também teve o objetivo de promover troca de informações e discussões estratégicas de ações, além de dar visibilidade às demandas dos produtores rurais e tratar dos desafios para o futuro da aquicultura no Brasil.
Participaram do Simpósio Distrital de Aquicultura representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), Universidade de Brasília (UnB), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/DF), Governo do Distrito Federal, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), O Sistema FAPE/SENAR-DF e Ministério da Pesca e Aquicultura e Ministério da Agricultura (Mapa).
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Na tarde de sexta-feira, 26 de maio, quarto dia da AgroBrasília, dezenas de pessoas lotaram o Auditório Buriti, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, para participar de uma Sessão Solene Da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) alusiva à 15ª edição feira. A cerimônia foi uma iniciativa do deputado Roosevelt Vilela e, além de destacar o potencial rural do Distrito Federal, foi marcada pelo relançamento da Frente Parlamentar Para o Desenvolvimento Rural.
O parlamentar, que também é presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo no DF (Frencoop/DF), explicou logo no início da solenidade o nome da Frente Parlamentar da CLDF voltada para a agricultura e pecuária, que na atual legislatura passou a se chamar “do Desenvolvimento Rural”, abarcando, assim, todos os fatores capazes de favorecer o desenvolvimento rural da região rural do DF.
Na sequência, Roosevelt tornou pública a destinação de emendas ao orçamento, de sua autoria, para beneficiar a população de áreas rurais do DF. O parlamentar anunciou a instalação de iluminação pública na região do PAD/DF, mais precisamente em um trecho de 2km entre os km 5 e 7 da rodovia que dá acesso ao Parque Tecnológico e à Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa/DF). Os recursos de emendas também serão empregados em cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também em 13 escolas rurais que estão localizadas no território rural do Paranoá.
O presidente da Coopa/DF e também da AgroBrasília, José Guilherme Brenner, participou da mesa solenidade e agradeceu a parceria do Legislativo local para a realização da feira e para o desenvolvimento rural da região. O líder cooperativista falou ainda sobre o papel educativo, que anualmente atrai centenas de estudantes; a importância da geração de negócios; de transferir inovação e tecnologia; e, claro, destacou o papel da cooperação. "O cooperativismo é a razão do sucesso da AgroBrasília", afirmou Brenner.
A sessão foi encerrada após a entrega de Moções de Louvor, aprovadas pela CLDF, em reconhecimento ao trabalho de percussores da AgroBrasília, produtores rurais, organizadores da feira, além de trabalhadores da Emater, Secretaria de Agricultura, Senar-DF, e a membros do Batalhão Rural da PM e do Corpo de Bombeiros.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF promoveu, durante a edição 2023 da AgroBrasília, a segunda edição do Encontro do Ramo Agropecuário do Distrito Federal. O evento ocorreu no auditório anexo ao Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD/DF, reuniu membros do sistema cooperativista brasiliense e das cooperativas agropecuárias e foi palco de apresentação e difusão de conteúdos relevantes e capazes de impulsionar o desenvolvimento rural da região do DF e entorno.
Na abertura do evento, o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, fez uma rápida apresentação sobre o cenário do ramo agropecuário no Distrito Federal, destacando o crescimento no número de cooperativas associadas ao sistema, que, no momento, são 13 e reúnem mais de 1 mil cooperados. Em seguida, a gerente geral do SESCOOP/DF, Geâne Ferreira, conduziu uma apresentação institucional, salientando o papel do sistema cooperativista brasiliense no processo de desenvolvimento das cooperativas.
Os participantes do encontro, então, puderam conhecer cursos e outras atividades promovidas para aprimorar a gestão e a governança das organizações, além de serem incentivados a colaborar, junto às demais cooperativas do Brasil, para o alcance da meta de R$ 1 trilhão de prosperidade até 2027, proposta no ano passado pelo Sistema OCB.
Na sequência, o físico e especialista em transformação de pessoas e empresas Diego Nolasco falou aos cooperativistas presentes sobre os pilares necessários para criar uma cultura organizacional inovadora e transformar os resultados das organizações: criatividade, liderança, inovação e cultura. “Para haver inovação, não basta ser uma novidade. É preciso trazer progresso a longo prazo”, afirmou ele.
O Plano Safra, assunto importante para o setor agropecuário e cujo objetivo é fomentar a produção rural brasileira, também foi abordado durante o encontro. O analista técnico do Sistema OCB, Rodolfo Jordão, abordou o tema de forma dinâmica, relatando como a entidade máxima do cooperativismo acompanha a pauta e defende o fortalecimento da arquitetura da política de crédito e seguro rural.
A Rota da Fruticultura, iniciativa apoiada pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF e que tem a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) como organizadora, foi o assunto que fechou a realização da atividade. O coordenador do projeto, Luis Curado, apresentou um panorama da Rota, destacou ações já realizadas e também adiantou alguns passos que devem ser concretizados em um futuro próximo.
Curado falou, ainda, sobre o centro de distribuição da Rota, que ficará localizado em Planaltina e será gerido pela Central Unium, comentou sobre o potencial econômico da Rota das Frutas de 2023 a 2030 e destacou a importância das coops para o sucesso do projeto. "Sem cooperativa organizada a rota não roda", afirmou ele.
Ao fim do encontro, o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF avaliou de forma positiva a atividade ter coincidido com a realização da AgroBrasília, voltou a ressaltar a importância da organização das cooperativas, que estão amadurecendo e alçando voos cada vez maiores, e destacou a consonância do trabalho do sistema cooperativista brasiliense com o momento vivenciado.
“O cooperativismo agro do DF, principalmente aquelas coops que tem foco na agricultura familiar, estão avançando em processos de qualificação, de capacitação, ficando cada vez mais profissionais. Estão se estruturando em função de ações como a Rota da Fruticultura e da possibilidade de participação em processos de compras governamentais, nos programas de arrecadação de alimentos. Portanto, as cooperativas estão se desenvolvendo, atraindo mais produtos, mais cooperados e, ao mesmo tempo, muitos grupos e associações estão se movimentando para se tornar uma coop. E nós, do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, estamos fazendo o nosso trabalho, fornecendo orientações e todo o apoio para que as cooperativas do DF se organizem e possam amadurecer cada vez mais”, analisou Remy.
Presidente da Cooperativa Agropecuária da Região de Brazlândia (Cooperbraz), Marcos da Silva Almeida foi outro a avaliar positivamente a realização do encontro. Afirmou que as ações do sistema cooperativista local favorecem o desenvolvimento das atividades e também a expansão de horizontes. “Estamos no quinto ano de atividade da cooperativa e a mudança chegou mesmo após o início do apoio do SESCOOP/DF. A gente tem conseguido se desenvolver e ações como esse encontro são fundamentais para isso. A gente sempre procura participar e levar o que aprendemos para os demais cooperados, para podermos estar mais maduros e continuar desempenhando a nossa atividade da melhor maneira possível”, concluiu Marcos.
A extensa programação da AgroBrasília 2023 foi palco do lançamento da terceira etapa da Rota da Fruticultura. A ocasião contou com a presença do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, autoridades e representantes das instituições ligadas à iniciativa. Durante a solenidade, foi assinado, também, protocolo de intenções para o desenvolvimento de ações no âmbito do projeto.
Nesta nova etapa, a Rota terá como foco especial o crédito para o pequeno produtor rural, além de preparar um estudo sobre a disponibilidade e utilização racional da água nas propriedades rurais, acompanhamento do crescimento da Central Unium Brasil, responsável pela gestão da central comercializadora e união de todas as cooperativas e associações envolvidas na comercialização das frutas produzidas, e elaboração de campanhas de reconhecimento do produtor rural local e divulgação das frutas da região.
“A Rota tem como principal objetivo fortalecer os pequenos produtores, entregando mudas e materiais necessários para produção. Ao receberem os insumos, os produtores geram um círculo virtuoso de multiplicação entre os fruticultores, potencializando a produção. Nosso plano é organizar o setor, exportar e apresentar um grande impacto econômico em nossa região”, explica Luiz Curado, coordenador da iniciativa.
O projeto envolve a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Companhia Nacional do Abastecimento e diversas outras instituições, e conta com o apoio do Sistema OCDF-SESCOOP/DF para profissionalizar a cadeia produtiva da fruticultura, promovendo estratégias de aumento da produção e do fornecimento de frutas para mercados internos e externos, geração de emprego e renda, intercâmbio de experiências e tecnologias e diversificação de culturas.
A Rota iniciou o caminho para a criação do mais novo polo frutícola do Brasil voltada para as frutas vermelhas - morango, mirtilo, amora e framboesa – e, além disso, tem foco no açaí e na jabuticaba e em culturas exploradas na região, como goiaba, mamão e maracujá. Também há espaço e incentivo para o cultivo de frutos do Cerrado.
Saiba mais sobre a Rota no site www.rotafruticulturaridedf.com.br.
(*) Com informações da Codevasf
Entre os dias 23 e 27 de maio foi realizada a edição 2023 da AgroBrasília. A feira, organizada desde 2008 pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa/DF), reuniu, ao longo de cinco dias, um total de 175 mil pessoas e 562 expositores no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD/DF, e evidenciou o potencial agrícola do Distrito Federal e região. Apoiador do evento desde a sua primeira edição, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF marcou presença, mais uma vez, durante a realização, com um estande planejado para propagar o cooperativismo e seus princípios.
As atividades organizadas pelo sistema cooperativista do DF, como o tradicional Quiz do Cooperativismo, atraíram, durante os cinco dias da feira, tanto o público infantil quando o adulto, e apresentaram a força da cooperação, além da contribuição do modelo de negócios para o desenvolvimento do DF durante os 50 anos de existência da Organização das Cooperativas do Distrito Federal (OCDF).
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, foi uma das personalidades que esteve presente no espaço, onde conversou com dirigentes, membros de cooperativas locais e ainda elogiou a organização da AgroBrasília, uma vitrine importantíssima da qual o cooperativismo não pode estar ausente de maneira alguma, assim como a atuação do sistema cooperativista brasiliense.
Márcio também falou sobre a capacidade do cooperativismo em gerar confiança e transformar realidades. “Tem muita gente que confunde. Acha que o cooperativismo sabe fazer apenas armazém bonito para guardar soja, ou cofre nas cooperativas de crédito para guardar dinheiro. Mas a especialidade do cooperativismo é cultivar confiança. A cooperativa é uma organização de pessoas que se unem com esse sentimento que está em escassez no mundo inteiro, que é a confiança. Portanto, o grande papel da cooperativa é gerar e administrar confiança, um insumo que quanto mais se usa, mais ele aumenta. Confiar é a chave para superar desafios e transformar regiões em ilhas de prosperidade. É isso que a gente vê aqui na AgroBrasília”, pontuou o dirigente, que também recordou de visitas que já fez à região do PAD/DF no passado.
Presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, também enalteceu a magnitude da AgroBrasília, evento que, segundo ele, representa um marco para o agronegócio do Distrito Federal. “Esta feira é um exemplo e está crescendo cada vez mais, ajudando no reconhecimento do cooperativismo”, afirmou.
Remy engrandeceu, também, o trabalho da Coopa/DF, uma das primeiras cooperativas do DF, atualmente com 46 anos de atividade. Segundo ele, a organização é fundamental para o desenvolvimento local e tem transformado o cerrado em campos cada vez mais férteis.
Além de reunir milhares de pessoas, a AgroBrasília voltou a se posicionar como uma das maiores realizações do agronegócio no país, com um volume de negócios estimado, logo após o encerramento, em R$ 4,8 bilhões, cifra que representa um recorde.
Em cerimônia realizada durante a AgroBrasília, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF lançou oficialmente a pedra fundamental para a construção de um novo espaço que irá fortalecer as relações da instituição com as cooperativas brasilienses. A “Casa do Cooperativismo na AgroBrasília”, como o espaço será chamado, ficará localizada dentro do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, local em que é promovida a maior feira agropecuária da região Centro-Oeste, em um terreno de aproximadamente 500m², ao lado do mirante do parque.
Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, iniciou a cerimônia falando sobre a importância da presença do cooperativismo no espaço de realização da feira e também na região do PAD/DF. “É uma satisfação, uma alegria muito grande, no ano em que a OCDF completa 50 anos, estarmos aqui lançando a pedra fundamental da Casa do Cooperativismo na AgroBrasília. Desenvolvemos um projeto arrojado e moderno; um projeto que vai contribuir para mostrar o potencial que o cooperativismo tem, em todos os seus ramos”, assegurou.
A Casa do Cooperativismo na AgroBrasília contará com dois pavimentos, onde estarão distribuídas salas de capacitação, ambientes de descanso, espaço para reuniões e também de interação para os cooperativistas. As obras devem iniciar em até 60 dias e a expectativa do Sistema OCDF-SESCOOP/DF é que sejam concluídas antes da edição 2024 da feira.
Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), elogiou o sistema cooperativista brasiliense pela iniciativa de construir uma estrutura definitiva dentro do espaço em que é realizada a AgroBrasília, evento que, segundo ele, funciona como uma vitrine para o restante do país, mostrando que a capital do país vai além das decisões e disputas políticas e econômicas da Esplanada dos Ministérios.
O dirigente pontuou que a construção do espaço será um pilar fundamental para que o cooperativismo brasileiro possa alcançar a meta de R$ 1 trilhão de prosperidade e de 30 milhões de cooperados até 2027. Ele aproveitou a oportunidade para conclamar as cooperativas do DF a intensificarem suas atuações, dentro de suas possibilidades, a fim de mostrar que o cooperativismo é realmente um modelo diferente de fazer negócios. “Essa pedra é uma etapa que nos ajudará nessa grande meta que estabelecemos. Mas reforço aqui que a OCDF tem uma fatia importante nessa missão em que estamos envolvidos e estou repartindo novamente com vocês”, afirmou Márcio.
Também participaram da cerimônia José Guilherme Brenner, presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa/DF) e da AgroBrasília, e José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar.
Brenner falou sobre a capacidade de realização do cooperativismo e da necessidade de dar forças às cooperativas para que elas sejam protagonistas e apoiem a difusão do modelo diferente de fazer negócios.
Já Ricken lembrou de visitas anteriores que fez à região do PAD/DF, exaltou o desenvolvimento da região e garantiu que com a inauguração da estrutura, o cooperativismo do DF ficará ainda forte e robusto.
As articulações do Sistema OCB por um Plano Safra mais robusto para impulsionar a agropecuária brasileira continuam. Nesta segunda-feira (12), o presidente Márcio Lopes de Freitas, acompanhado de mais de 350 lideranças do cooperativismo agro e de crédito de todo o país estiveram reunidos, virtualmente, com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para reforçar os pleitos do movimento em defesa, especialmente, do crédito rural.
Márcio Freitas iniciou agradecendo a atenção que o ministro tem dado ao movimento e às cooperativas pelo empenho e colaboração. “Somos responsáveis por 53#$-$#da originação agrícola e pela distribuição de 64#$-$#dos insumos para a agricultura. Nosso movimento gera mais que desenvolvimento econômico, gera prosperidade. Então, precisamos de um plano que dê condições para nossos negócios fluírem. Estamos crescendo e a política agrícola é fundamental nesse sentido”, disse.
Sob o viés internacional, ele reforçou que as cooperativas estão buscando cada vez mais levar seus produtos para outros países e que é necessário mais crédito para financiar estes processos. “Sabemos que a capacidade do governo é limitada, embora haja vontade. Precisamos construir soluções viáveis com transparência e queremos colaborar com isso junto ao Ministério da Agricultura e ao governo como um todo”, considerou.
A manutenção da atual arquitetura de crédito rural e o aumento do volume de recursos para financiamento também foram pontos de fala do presidente da OCB. Ele solicitou novamente a ampliação das condições e dos percentuais de exigibilidade de aplicação no crédito rural por parte das instituições financeiras e do orçamento federal direcionado à equalização das taxas de juros abaixo dos dois dígitos. Márcio Freitas também convidou o ministro e o presidente Lula para conhecerem as boas práticas de uma cooperativa do Ramo Agro.
Plano Safra
Para falar mais precisamente das reivindicações do movimento para o Plano Safra 2023/2024, o coordenador nacional do Ramo Agro do Sistema OCB, Luiz Roberto Baggio, fez uma apresentação com os principais pontos a serem otimizados para garantir a plena atividade do segmento.
Ele evidenciou a necessidade de um montante mínimo de R$ 410 bilhões, sendo R$ 125 bilhões para investimentos e outros R$ 285 bilhões para custeio. Outros destaques foram o fortalecimento da atual política de crédito e seguro rural; a elevação dos tetos para contratações frente ao encurtamento das margens de custos de produção e recuo dos preços agrícolas do país, com foco em linhas de investimento.
Sobre as taxas de juros, a articulação é no sentido de deixá-las abaixo de dois dígitos em todas as linhas de planejamento agropecuário. Outro pleito é a manutenção e elevação das exigibilidades de depósitos à vista de 25#$-$#para 34-; da poupança rural de 59#$-$#para 65-, e da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) de 35#$-$#para 60-, com isenção tributária. A ampliação orçamentária do Seguro Rural e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) também foram defendidas como forma de mitigar riscos à produção e ao mesmo tempo ampliar a abrangência e a efetividade das ações.
Baggio relatou ainda que o principal desafio do cooperativismo agropecuário este ano é a questão da armazenagem. Ele cobrou uma linha específica e permanente para a construção de armazéns. Sobre a sustentabilidade ambiental, avaliou como “fundamental fomentar o acesso das cooperativas do agro como beneficiárias estratégicas dos programas vigentes e a criação de novos direcionamentos à promoção da sustentabilidade ambiental no agro nacional”.
Em relação ao acesso ao crédito, Baggio ressaltou que as cooperativas financeiras podem fortalecer as políticas para o setor, por sua capilaridade e efetividade. “Hoje temos o BNDES como principal instrumentalizador dessas políticas de maneira direta ou indireta e para o direcionamento de recursos. Dentro deste aspecto, o grupo técnico do cooperativismo está à disposição do ministério para construirmos um projeto equivalente à pujança do agronegócio”, asseverou.
O ministro Fávaro, por sua vez, declarou que os números apresentados pelos cooperativistas estão na direção do que ele planeja. Segundo ele, o plano será divulgado na última semana de junho, uma vez que as articulações por um volume maior estão sendo feitas entre os ministérios. Fávaro contou que o plano já tem apoio das pastas de Planejamento e Orçamento, da Fazenda e do Desenvolvimento Agrário.
“Sou um entusiasta do cooperativismo e sei da força que ele tem para transformar a vida das pessoas em escala. Sou cooperado e minha família também. O movimento cooperativista é fundamental para a economia do país e o apoio do Sistema OCB é muito importante para nós do ministério. Sabemos da força política que representam por meio de governadores, deputados e senadores, ainda mais nesse momento de tomada de decisão”, reconheceu o ministro.
Fávaro também concordou com Baggio no que diz respeito ao planos de armazenagem. “A infraestrutura tem que caminhar na mesma linha da produção, então precisamos investir em armazenagem e como um programa permanente. Estamos buscando essas equalizações também”.
O ministro citou ainda a defasagem que o plano vem enfrentando desde 2014. “Se considerarmos as correções, tivemos uma perda de R$ 20 bilhões de lá para cá. Podemos pensar em linha de crédito dolarizada, inclusive para armazenagem, agroindústria, recuperação de solo e outros custeios. Tudo de forma acessível e competitiva para os produtores. Talvez possamos buscar prazos mais longos, como 15 anos, e entre 2 e 3 anos de carência, que é quando vão começar a operar de fato. Temos grandes oportunidades para ampliar isto sem nos restringirmos apenas ao Plano Safra”, avaliou.
Fávaro relatou que o Plano Safra 2023/24 está baseado na Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e que as cooperativas podem ficar tranquilas pois já praticam uma agricultura sustentável. “Em que lugar do mundo o produtor se apresenta para o governo para cadastrar sua propriedade rural, como acontece no Cadastro Ambiental Rural (CAR)? Isso tem que ser um prêmio. Então, vamos gradativamente colocar condições para que eles adquiram percentuais de compensações como a aquisição de produtos biológicos, a questão trabalhista, o recolhimento de embalagens e outras boas práticas. A sustentabilidade é uma prática de mais de 80#$-$#dos produtores e precisamos desmistificar isso para o mundo para termos mais escala”, enfatizou.
O ministro declarou que a participação das cooperativas de crédito também precisa ser fortalecida. Ele respondeu alguns questionamentos mais urgentes, como a recorrente estiagem no Rio Grande do Sul. “Não adianta fazermos uma prorrogação das dívidas do último ano, porque isso passa por uma repactuação atrelada a adoção de boas práticas. Temos que abrir linhas e incentivar os produtores a fazerem calagem, calcário, perfil de solo, entre outras medidas que vão minimizar os impactos das próximas secas. É só observarmos a história da região Matopiba, onde eles superam isso com boas práticas agrônomas. Precisamos ainda de linha de crédito e outras políticas para complementar e restaurar a estabilidade dos produtores gaúchos”, exemplificou.
O presidente Márcio explicitou as diferenças regionais e ressaltou novamente que as cooperativas de crédito podem fazer a diferença na operação dos fundos constitucionais. “O Nordeste tem tudo para crescer e tenho exemplos dentro do cooperativismo que demonstram que isso é possível. Em Petrolina e Juazeiro temos cooperativas que exportam frutas, então podemos estimular a agricultura sustentável na região se utilizarmos melhor os recursos dos fundos constitucionais que também precisam fazer parte do plano agrícola. Desta forma, alivia-se também a necessidade de mais subvenções”, colocou.
Fávaro declarou total apoio à operacionalização dos fundos pelas coops de crédito. Ele solicitou sugestão do movimento sobre como criar uma linha de crédito específica. E, em referência ao Seguro Rural, ele foi incisivo ao dizer que o fortalecimento desse instrumento é necessário para o setor ter tranquilidade e estabilidade em suas atividades.
Buscando fortalecer o movimento cooperativista em todo o Brasil e mostrar que o coop está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) elaborou e lançou, em 2017, o selo SomosCoop.
A iniciativa, que pode ser encontrada em embalagens de produtos, fachadas de empreendimentos, publicações nas redes sociais, funciona como uma espécie de chancela, assegurando aos brasileiros a certeza de que estão adquirindo ou contratando um produto ou serviço de qualidade, de uma organização comprometida com a responsabilidade social, com a geração de riqueza e com a dignidade para milhares de pessoas.
No Distrito Federal, há cooperativas que utilizam o selo e entregam à sociedade local confiança e qualidade em seus produtos e/ou serviços.
SomosCoop
O selo faz parte de uma das estratégias da OCB para alavancar ainda mais o movimento cooperativista no Brasil. Trata-se do movimento SomosCoop, que anualmente trabalha um mote específico e revela aos brasileiros as vantagens e o orgulho do cooperativismo. No DF, a estratégia é realizada sob a coordenação do Sistema OCDF- SESCOOP/DF.
No ano passado, por exemplo, o tenista Gustavo Kuerten participou de ações e ajudou na divulgação de informações pouco conhecidas pela sociedade sobre os impactos positivos do cooperativismo, além de mostrar as vantagens desse modelo de negócio que busca transformar o mundo em um lugar melhor para todos.
Acesse www.somos.coop.br e siga @somoscoop no Instagram e no Facebook.
O adequado tratamento tributário ao ato cooperativo é o principal item da Agenda Institucional do Cooperativismo que Sistema OCB lança nesta terça-feira (18), em evento presencial no Brasília Palace Hotel, a partir das 19h. O lançamento contará com a presença de diversas autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A agenda reúne os principais temas de impacto do setor, para que os agentes públicos foquem e tenham atenção redobrada a essas propostas, para o fortalecimento do papel do cooperativismo como parte da pauta estratégica do país.
Para garantir que os produtos e serviços coops permaneçam com preços acessíveis é necessário garantir a neutralidade fiscal com o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. A regulamentação deste dispositivo previsto na Constituição (Artigo 146) é de suma importância para evitar a bitributação de cooperados e cooperativas. A medida está prevista na Proposta de Emenda à Constituição 45/19, que trata do Sistema Tributário Nacional, em discussão na Câmara dos Deputados.
“Temos convicção de que cooperativas fortes representam a melhoria na qualidade de vida e a democratização de renda para as pessoas. Nosso papel, como agentes de desenvolvimento, é contribuir ativamente para o aprimoramento de políticas públicas que atendam às necessidades reais da sociedade. O ato cooperativo é primordial para garantir um ambiente, não apenas de segurança tributária, mas de segurança jurídica para as cooperativas e cooperados. A regulamentação da medida também ampliará o protagonismo do movimento em todo o país”, destaca Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
Entre os itens prioritários da agenda também a regulamentação da Lei Complementar 196/22, que atualizou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC); a aprovação da proposta que amplia a participação das cooperativas no mercado de seguros (PL 519/18) e também em processos de licitação em órgãos públicos; o aumento do volume de recursos do Crédito rural; a ampliação da conectividade no campo (PL 1.303/22); e a possibilidade da reorganização das cooperativas em cenários de crise econômico-financeira (PL 815/22).
Para o presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), a pauta legislativa é abundante e importante, o que exigirá um esforço qualificado para o seu avanço. Ele também destaca a importância do cooperativismo para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. “O cooperativismo é nossa alternativa. Sabemos que o Brasil ainda é campeão em desigualdades e precisa de políticas sociais e imediatas de combate à fome, à miséria, e tantas. Ao lado da responsabilidade fiscal, precisamos de políticas consistentes e que possam gerar justiça social, distribuição de oportunidades e, consequentemente, de renda. E o cooperativismo é a nossa proposta para isso”.
“Vamos tornar o modelo de negócio cooperativista mais competitivo, sem perder a essência sustentável e com foco no bem-estar das pessoas e comunidades”, acrescenta o presidente Márcio.
A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) divulgou, nesta terça-feira (11), quem são os novos membros que vão compor a diretoria do colegiado nesta legislatura. O anúncio foi feito na Casa do Cooperativismo – sede do Sistema OCB – com a participação de parlamentares e de personalidades que defendem o movimento. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, recepcionou os convidados e disse que com esse time de peso as propostas que impulsionam o coop devem avançar significativamente nos próximos quatro anos.
“Temos uma relação duradoura e produtiva porque estamos empenhados em melhorar a qualidade de vida das pessoas e suas comunidades. O cooperativismo já demonstra sua força como agente de desenvolvimento e inclusão socioeconômica, e os parlamentares que têm essa percepção também querem um país mais justo, igualitário e inclusivo. A nossa parceria vai permanecer viabilizando a aplicação das políticas públicas direcionadas ao movimento cooperativista para atender os anseios da sociedade”, pontuou.
As articulações da Frencoop junto ao Congresso e órgãos de governo, segundo Freitas, é indispensável para o cumprimento do Desafio BRC 1 Tri de Prosperidade, que tem como meta alcançar 30 milhões de cooperados e movimentar financeiramente R$ 1 trilhão até 2027.
O novo presidente da Frencoop, deputado Arnaldo Jardim (SP), agradeceu aos seus pares pela indicação e declarou que vai coordenar os trabalhos de forma conjunta com a diretoria que “é diversa em gênero e em representantes regionais”. Ele evidenciou o trabalho desempenhado pelo ex-presidente da frente, deputado Evair Vieira de Melo (ES), e ressaltou os principais desafios para este ano.
“O cooperativismo cresceu em representatividade e presença nos mais variados segmentos econômicos, tanto no número de cooperados como em seu faturamento. Isso tem ajudado a promover o desenvolvimento, aliado ao compromisso em sanar as desigualdades. Nosso principal desafio este ano é incluir o ato cooperativo no texto da Reforma Tributária. Além disso, estão na pauta de prioridades a valorização das cooperativas agropecuárias na política agrícola, a regulamentação da lei que atualizou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (LC 196/2022) e a possibilidade de inclusão das cooperativas nos mercados de telecom (PL 1303/2022) e de seguros (PLP 519/2018)”, frisou Jardim.
O deputado Evair, que agora ocupa o cargo de secretário-geral da frente, relembrou dos desafios enfrentados durante a crise sanitária e observou que, mesmo durante esse período, o cooperativismo cresceu. Ele compartilhou a opinião de Arnaldo Jardim de que a inclusão do ato cooperativo na Reforma Tributária é essencial para manter o modelo de negócios em expansão e benefício de todos.
“Passamos por nova modelagem política e, independente disso, o cooperativismo é uma peça importante para o desenvolvimento econômico e social. E, dentro dessa reforma, queremos criar um ambiente para que as cooperativas tenham segurança e possam prosperar, produzir riquezas e distribuir renda. O Ato Cooperativo é nosso marco zero e inegociável. Já conversamos com o relator, com os presidentes da Câmara e do Senado e com o economista Bernard Appy. Então, acreditamos que há entendimento político neste sentido”, afirmou o parlamentar.
Confira a lista completa da nova Diretoria da Frencoop:
- Presidente: Deputado Arnaldo Jardim (CSP)
- Primeiro Vice-presidente: deputado Sergio Souza (PR)
- Segunda Vice-presidente: senadora Tereza Cristina (MS).
- Secretário-Geral: deputado Evair de Melo (ES)
- Coordenação Institucional: deputado Zé Silva (MG)
- Coordenação Jurídica: deputado Hugo Leal (PSD/RJ)
- Coordenação Tributária: deputado Vitor Lippi (SP)
- Ramo Agro: deputado Pedro Lupion (PR)
- Ramo Consumo: deputada Geovania de Sá (SC)
- Ramo Crédito: deputado Domingos Sávio (MG)
- Ramo Infraestrutura: deputado Heitor Schuch (RS)
- Ramo Saúde: deputado Pedro Westphalen (RS)
- Ramo Trabalho, Produção de bens e Serviços: deputado Baleia Rossi (SP)
- Ramo Transporte: deputado Covatti Filho (RS)
- Região Centro-Oeste: senador Vanderlan Cardos (GO)
- Região Nordeste: senador Efraim Filho (PB)
- Região Norte: senador Irajá (TO)
- Região Sudeste: deputado Hélder Salomão (ES)
- Região Sul: deputado Cobalchini (SC)
- Assistência Técnica e Extensão Rural: deputado Luiz Nishimori (PR);
- Assuntos Econômicos: deputado Alceu Moreira (RS);
- Assuntos Sociais: deputado Paulo Foletto (ES);
- Atenção à Saúde e Promoção Social: deputada Laura Carneiro (RJ);
- Defesa Agropecuária: senador Luis Carlos Heinze (RS);
- Desenvolvimento Regional: deputado Dagoberto Nogueira (MS).
- Infraestrutura: deputado Tião Medeiros (PR);
- Meio Ambiente e Sustentabilidade: deputado Zé Vitor (MG);
- Política Agrícola: deputado Dilceu Sperafico (PR);
- Sindical: deputado André Figueiredo (ES);
- Tecnologia e Inovação no Campo: deputada Marussa Boldrin (GO);
Reforma Tributária
Desde 2018, o Sistema OCB e a Frencoop vêm atuando pela inclusão do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo no escopo do texto das reformas tributárias que tramitaram na Câmara e no Senado. Nesta Legislatura, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, do atual coordenador do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços da Frencoop, deputado Baleia Rossi (SP) é o texto em análise.
O ato cooperativo está previsto na Constituição Federal (Artigo 146, inciso III, alínea “c”) e precisa ser regulamentado para garantir o pleno direito de as cooperativas comercializarem seus produtos e serviços, nos mais variados segmentos, com neutralidade fiscal que respeite as especificidades do movimento e evite a bitributação de cooperados e cooperativas.
“A não regulamentação desse dispositivo respinga na nossa sociedade, que consome produtos e serviços coops e que poderão sofrer com o aumento nos preços. A não inclusão do ato cooperativo fere de uma só vez dois instrumentos constitucionais: o Artigo 146, que trata do ato, e o Artigo 174, que fala do estímulo à atividade cooperativista. Com a inclusão, vamos dar melhores condições para as cooperativas produzirem e ajudarem no desenvolvimento socioeconômico do país de forma próspera”, defendeu o presidente Márcio.
Para tornar o coop cada vez mais conhecido e reconhecido pela sociedade, o Sistema OCB lança hoje, 11 de abril, a campanha SomosCoop 2023. Com a hashtag #BoraCooperar as ações serão replicadas em veículos de comunicação (TV, rádio e podcasts), redes sociais, ônibus, metrô e em outdoors por todo o país.
“Somos um movimento que reúne 18 milhões de brasileiros com o propósito de fazer negócios de forma coletiva e pensando no bem de todos. A campanha #BoraCoooperar vem mostrar para a sociedade como nosso modelo diferenciado tem ajudado na produção de alimentos, no atendimento à saúde, na inclusão financeira das pessoas, no cuidado ambiental e em muitos outros segmentos econômicos do nosso país. Bora Cooperar?”, instiga o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Entre as novidades da campanha deste ano está a participação de ex-big brothers, que vão contar porque deixaram de competir e decidiram cooperar e mostrar como o coop está relacionado à rotina de seus contextos profissionais. O objetivo é gerar uma conexão com o coop de forma educativa. Thelma Assis, João Luiz e Caio Afiune levarão a reflexão: E se em vez de competir a gente decidisse cooperar?
Thelma Assis, a Thelminha do BBB 20, falará sobre saúde. O professor João Luiz, do BBB 21, explicará a importância da pauta educacional. Já o empreendedor do agronegócio e ex-BBB 21, Caio Afiune, contará sobre as oportunidades do agro.
E, para gerar ainda mais engajamento, os canais de fofoca Gossip do Dia e Alfinetei vão instigar o público durante o lançamento da campanha com burburinhos sobre os ex-brothers. O Alfinetei é um dos principais sites de fofoca do Brasil e conta com mais de 22 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram. O Gossip do Dia, por sua vez, é referência sobre acontecimentos em tempo real on e off line e conta com 7,3 milhões de seguidores na mesma rede.
Além da ação com influenciadores, um jingle especial foi criado para aumentar o engajamento da sociedade em quatro diferentes gêneros: funk, pop, sertanejo e piseiro.
E aí, Brasil, bora cooperar?
A Casa do Cooperativismo recebeu nessa quarta-feira (22) o presidente do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), Silvio de Moraes Vieira. Em reunião com o presidente Márcio Lopes de Freitas, ele relatou um pouco do atual cenário do setor de reciclagem na região e tratou das possibilidades de desenvolver projetos conjuntos com o Sistema OCB Nacional e a OCDF para os profissionais que atuam no setor. “Nosso objetivo é pensar em uma proposta estruturante que contribua para trazer ainda mais dignidade e renda aos trabalhadores dessa área que prestam um serviço de valor inigualável para a sociedade”, afirmou Vieira.
O dirigente destacou a importância das centrais Rede Alternativa e Centcoop que, juntas, agregam 30 cooperativas do setor, para salientar o quanto considera relevante a contribuição do Sistema OCB para o desenvolvimento de ações voltadas para expandir as possibilidades de atuação desses agentes, incluindo novos materiais no rol de resíduos comercializados pela coleta seletiva, melhoria da gestão e capacitação dos profissionais, bem como a incorporação de novas tecnologias que agreguem ainda mais valor ao serviço prestado. Outro ponto abordado por Vieira foi a implementação de iniciativas que aumentem a conscientização da população do DF para a importância da separação dos rejeitos que podem ser reciclados.
O presidente Márcio afirmou que o cooperativismo tem todo o interesse em contribuir na elaboração desses projetos e sugeriu de imediato a criação de um Grupo de Trabalho que envolva as três entidades (SLU, Sistema OCB e OCDF) para pensar em soluções e possibilidades que atendam à necessidade de aumentar a capacidade de reciclagem no DF. “Vamos pensar também em estudos que permitam uma análise mais apurada do mercado, para conhecermos melhor quem são os potenciais consumidores desses materiais, buscar alternativas de financiamento junto ao BNDES e outras propostas que ampliem a atuação das nossas coops nesse segmento”.
As 30 cooperativas de reciclagem do DF atuam, especialmente, na coleta, triagem, classificação e comercialização de resíduos secos como papel, papelão, plástico, metal e vidros. A Centcoop, por exemplo, agrega 21 cooperativas responsáveis por quase 50#$-$#das 45 mil toneladas de materiais recuperados ao ano e movimenta aproximadamente R$ 12 milhões por meio da comercialização conjunta.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF realiza no dia 25 de maio, durante a AgroBrasília, a segunda edição do Encontro do Ramo Agropecuário do Distrito Federal. O evento acontece a partir das 14h30 no auditório anexo do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD/DF, área localizada às margens da BR 251, a cerca de 70 km da área central de Brasília.
A atividade irá conectar os membros de cooperativas do ramo agropecuário e também dirigentes do sistema cooperativista brasiliense com conteúdos apropriados para contribuir com o desenvolvimento rural do Distrito Federal. O especialista em transformação de pessoas e empresas Diego Nolasco é um dos convidados da atividade e irá falar sobre criatividade, liderança, inovação e cultura nas coops do agro.
Em outro momento, os participantes do encontro poderão acompanhar a apresentação de Luis Curado, que apresentará um panorama das organizações no âmbito da Rota da Fruticultura, iniciativa liderada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e que envolve diversas outras instituições, como o Sistema OCDF-SESCOOP/DF e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
O Plano Safra, outro assunto importante para o setor e cujo objetivo é fomentar a produção rural brasileira, também será abordado durante a realização do encontro. Quem irá falar sobre o tema é um representante do Sistema OCB, que acompanha a pauta e defende o fortalecimento da arquitetura da política de crédito e seguro rural.
Confira a programação
II Encontro do Ramo Agropecuário
14h30 | Abertura
14h45 | Apresentação institucional do SESCOOP/DF
15h10 | CLIC: criatividade, liderança, inovação e cultura nas
cooperativas do agro - Diego Nolasco
15h50 | Crédito Rural: Plano Safra
16h10 |Cooperativas agropecuárias na Rota da Fruticultura do DF - Luiz Curado
16h40 | Apresentação Superintendente do SESCOOP/DF - Carla Madeira
17h00 | Encerramento
Um grupo formado por 28 membros de cooperativas de reciclagem do Pará participou, entre os dias 8 e 10 de maio, de uma missão técnica na capital federal. A ação foi liderada pelo Sistema OCB/PA em parceria com o Sistema OCDF-SESCOOP/DF e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e conectou o grupo paraense com a realidade das coops de reciclagem que atuam no Distrito Federal.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, recepcionou a comitiva no auditório da OCB, na Asa Sul, e comentou sobre a satisfação em poder compartilhar, mais uma vez, o trabalho de excelência desenvolvido com as cooperativas locais. “Há tempos a gente faz um trabalho muito próximo das cooperativas de reciclagem aqui do DF, ajudando na melhoria de gestão, estimulando a organização e destacando a importância de agregar valor aos produtos. A gente fica feliz desse trabalho ser reconhecido em outras regiões do país, motivando que cooperados venham até o DF para conhecer”, afirma o dirigente.
Anteriormente, membros de cooperativas da Paraíba e do Rio de Janeiro também estiveram na capital para conhecer a realidade das organizações de reciclagem apoiadas pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF e suas respectivas atuações.
A superintendente do Sistema OCB, Tania Zanella, também participou da recepção da comitiva e destacou o cenário das coops de reciclagem da capital. “A atuação das cooperativas de reciclagem aqui do Distrito Federal é um modelo de referência que temos no Brasil. Estamos falando de um modelo sustentável, que deu certo e que está sendo amadurecido. A OCB e suas unidades estaduais estimulam as cooperativas brasileiras para que busquem referências e consolidem evoluções em suas estruturas. Não é preciso inventar a roda”, garantiu ela.
Ainda durante a recepção, os integrantes da comitiva assistiram a apresentações institucionais do Sistema OCB, do Sistema OCDF-SESCOOP/DF e da Central Rede Alternativa. Logo após, o grupo paraense deixou a sede da OCB com destino a Ceilândia, onde conheceu as instalações da Cooperativa Recicle a Vida.
No segundo dia, o grupo conheceu o aterro sanitário localizado em Samambaia e retornou a Ceilândia para visitar a Usina de Tratamento Mecânico Biológico do Serviço de Limpeza Urbana, onde cooperativas atuam, de forma independente, na triagem e separação de resíduos e, na parte da tarde, visitou a sede da Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis (Centcoop), na Cidade Estrutural.
No último dia de viagem, a comitiva esteve presente na sede da cooperativa Ecolimpo e também nas instalações da Recicla Mais Brasil, localizadas nas regiões administrativas de São Sebastião e do Paranoá.
Durante a visita ao DF, o grupo paraense foi acompanhado pela técnica de operações do Sistema OCB/PA, Cynthya Aquino. Na avaliação dela, a permuta de conhecimentos e a imersão na realidade das cooperativas de reciclagem do DF irão ajudar a alavancar a atuação das coops paraenses, que buscam aprimorar, incessantemente, seus processos de gestão e comercialização.
O grupo contou, ainda, com apoio de colaboradores do Sistema OCDF e Sistema OCB durante a estadia na capital federal. Pelo sistema cooperativista brasiliense, acompanhou o grupo a coordenadora da área finalística, Poliane Torres, e a analista de Cooperativismo e Monitoramento do SESCOOP/DF, Samara Sousa. Pela entidade máxima do cooperativismo brasileiro, os cooperados foram apoiados pela gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia, e pelo analista Alex Macedo.
Centenas de pessoas estiveram reunidas na noite de quarta-feira, 15 de março, para comemorar oficialmente as cinco décadas de existência da Organização das Cooperativas do Distrito Federal (OCDF). A entidade iniciou suas atividades no dia 22 de março de 1973 e, desde então, trabalha diariamente para desenvolver e difundir o cooperativismo no território brasiliense, representando e defendendo os interesses das cooperativas para torná-las mais competitivas, respeitadas e admiradas pelo papel que desempenham na sociedade
Os caminhos percorridos durante o meio século de atuação foram lembrados durante a noite. O atual presidente da OCDF, Remy Gorga Neto, lembrou, no início do evento, da importância do trabalho desenvolvido por seus antecessores e disse estar honrado em estar à frente da organização em um momento tão especial.
Remy recordou o seu primeiro contato com a filosofia cooperativista, no interior do Rio Grande do Sul, o interesse por aprofundar conhecimentos na área e o trabalho que desenvolve desde o final da década de 1990 e que tem permitido que o modelo de vida proposto pelo cooperativismo seja mais evidente no Distrito Federal.
“Tenho gratidão de estar aqui hoje liderando o Sistema OCDF, uma entidade importante para todos nós. É uma satisfação colaborar na atividade profissional que escolhi, ter o apoio das cooperativas, o reconhecimento do trabalho que é desenvolvido por toda nossa equipe e, sobretudo, permitir com que o cooperativismo seja cada dia mais consolidado dentro do território do Distrito Federal”, afirmou o dirigente do sistema cooperativista local.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, acompanhou a realização do evento, teceu elogios ao sistema de cooperativas brasilienses e comentou acerca da importância da marca alcançada. “Cinquenta anos não é pouca coisa. É tempo para o surgimento de gerações, de fundamentos, de história e precisa ser celebrado”, afirmou o chefe do sistema cooperativista nacional em seu discurso.
Márcio falou ainda sobre os anseios da humanidade que, segundo ele, busca incansavelmente novas formas de relacionamento, novos meios de geração de negócios e novos caminhos para alcançar a prosperidade. “O cooperativismo, esse estilo de vida que vocês escolheram e estamos comemorando nesta noite, é a trilha para a prosperidade. Vocês têm conseguido apoiar um processo de transformação. Estão conseguindo dar respostas, permitindo o desenvolvimento coletivo e auxiliando no crescimento da economia, criando um ambiente de prosperidade não só para os cooperados, mas para onde as nossas cooperativas estão localizadas. Vocês têm feito a diferença para um DF e um Brasil melhores e isso é motivo para comemorar”, concluiu o dirigente.
A noite de celebração contou, ainda, com um momento de reconhecimento das cooperativas do Distrito Federal. Atualmente, o território brasiliense conta com 103 cooperativas registradas. Juntas, essas instituições somam mais de 236 mil cooperados que estão distribuídos no Ramo Saúde; Ramo de Consumo; Ramo de Trabalho, Produção de Bens e Serviços; Infraestrutura; Agropecuário e Transporte.
O evento também foi palco de homenagens às personalidades que diariamente contribuem para a evolução do cooperativismo do Distrito Federal, como a deputada federal Bia Kicis e o deputado distrital Roosevelt Vilela. Ambos falaram da importância do cooperativismo para o futuro do Distrito Federal e reafirmaram o compromisso de atuar em defesa e pela evolução do movimento na capital federal.
Além de dirigentes, cooperados e colaboradores de cooperativas do DF, também acompanharam o evento dirigentes e colaboradores da OCB e de unidades estaduais do todo o Brasil. Estiveram presentes, ainda, o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Fernando Brites, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF) e do Conselho Deliberativo do Sebrae no DF, Fernando Cezar Ribeiro e Giselle Ferreira de Oliveira, da Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal, filha de Gilberto Ferreira de Oliveira, ex-dirigente do Sistema OCDF.
As contribuições do coop para a agricultura familiar, combate à fome e valorização dos agentes ambientais (antigamente chamados de catadores) foram temas de reunião entre o Sistema OCB e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Osmar Júnior, nesta segunda-feira (20). A pasta é estratégica, uma vez que é responsável pela Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, pela Política Nacional de Desenvolvimento Social, pela coordenação do Grupo Gestor do Programa Alimenta Brasil, além da aprovação dos orçamentos gerais do Serviço Social do Transporte (Sest).
Para fomentar a agricultura familiar, a principal sugestão do Sistema OCB é garantir, por meio de regulamentações e na Lei Orçamentária Anual (LOA), a continuidade das compras governamentais de produtos desses produtores. Para isso, a entidade destacou a importância do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e de outras modalidades de contratação pública com foco na produção sustentável.
“As cooperativas do Ramo Agro já estão alinhadas às boas práticas ambientais em seus processos desde o cultivo até a industrialização de alimentos. Sabemos do nosso importante papel como instrumentos para operacionalizar as políticas públicas, gerar economia de escala e agregar valor à produção dos pequenos produtores rurais. Pretendemos continuar contribuindo cada vez mais”, destacou a superintendente Tania Zanella.
As cooperativas do agro são responsáveis pela produção de 53#$-$#da safra nacional de grãos. Essa presença relevante na cadeia produtiva pode e deve ser utilizada para ações de combate à fome, salientou Tania. “Elas promovem a capilaridade em redes produtivas de hortifrúti e tantas outras de origem animal e vegetal. O Brasil é ator-chave para a segurança alimentar mundial e isto também passa pelo cooperativismo”.
A superintendente defendeu ainda a organização de produtores rurais cooperativistas como forma de fortalecer o poder de escala das coops e atuação no mercado, desde a produção de insumos até a comercialização, passando também pela industrialização e armazenagem dos produtos agropecuários.
Reciclagem
O Sistema OCB congrega 97 cooperativas de reciclagem que reúnem cerca de 4 mil catadores de materiais. A inclusão deles nas políticas públicas de distribuição de renda e habitação também foram abordadas na reunião. “Os catadores precisam estar no rol de beneficiários priorizados nessas políticas voltadas para a população em vulnerabilidade, por meio do Cadastro Único. A relevância destes profissionais para que a Política Nacional de Resíduos Sólidos seja efetiva é inquestionável. Eles precisam ser reconhecidos por estes programas, pois, além do excelente papel de proteção ambiental, eles trabalham muitas vezes em ambientes insalubres, com baixa segurança e remuneração instável”, explicou Tania.
Natural do Piauí, Osmar Júnior é advogado e já exerceu cargos públicos como vice-governador, deputado federal, secretário de governo, secretário de Transportes de Teresina, vereador, e presidiu a Fundação Cultural do Piauí. Ele parabenizou a atuação do cooperativismo brasileiro na inclusão social e na distribuição de renda e disse que as sugestões do Sistema OCB serão acolhidas no escopo das políticas públicas da pasta.
“O cooperativismo é uma ótima ferramenta para a inclusão produtiva e geração de renda. Vamos considerar as contribuições do setor na formulação de políticas públicas que preconizam a redução das desigualdades sociais e combate à fome. Fiquei muito animado em saber mais sobre a organização das cooperativas em diversos segmentos, como reciclagem e agricultura familiar”.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, concedeu entrevista ao CONTECast, podcast produzido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (CONTEC).
Remy iniciou citando como exemplo a França, Canadá, Holanda e a Alemanha, países onde o cooperativismo financeiro ostenta dados expressivos. Em seguida, falou sobre o bom momento do setor no Brasil, que tem se consolidado cada vez mais como uma opção viável, segura e financeiramente rentável para os brasileiros que buscam uma alternativa ao sistema financeiro convencional. “As cooperativas de crédito, hoje, são responsáveis por fornecerem serviços e produtos a micro e pequenos empresários em várias regiões do nosso país. E essa capilaridade faz com muitas instituições cooperativas estejam presentes em municípios que sequer têm a agência de algum banco convencional”, pontuou.
Em outro momento da entrevista, o presidente da OCDF esclareceu as diferenças entre o cooperativismo de crédito e o sistema financeiro tradicional, além de defender a segurança que circunda as cooperativas. Essas organizações contam com a mesma proteção dada aos clientes das demais instituições financeiras, seguem as regras do Conselho Monetário Nacional, são fiscalizadas pelo Banco Central e asseguradas pelo FGCoop, o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito, uma solução criada para fortalecer o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e que funciona como uma espécie de seguro, caso ela não consiga honrar seus compromissos financeiros.
Confira a entrevista completa em nosso canal no YouTube.