Durante o 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, o Sistema OCB divulgou a Agenda Institucional do Cooperativismo 2024, documento que apresenta as políticas públicas, projetos de leis e decisões judiciais mais relevantes para impulsionar o desenvolvimento do movimento no país. O lançamento fez parte da programação do 15º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC) e contou com a participação de autoridades como o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; os ministros do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França; e da Previdência Social, Carlos Lupi; além de parlamentares e senadores que compõem a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O principal tema da agenda de 2024, conforme anunciou o presidente, é o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo na regulamentação da Reforma Tributária (PLP 68/2024 e PLP 58/2024) em tramitação no Congresso Nacional. A inclusão de dispositivo aprovada no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, representou uma conquista histórica para o movimento, com a previsão de um regime específico para as cooperativas. A definição das hipóteses de não incidência de tributação ao ato cooperativo, para assegurar a justiça tributária ao modelo de negócio, no entanto, ainda será definida em Lei Complementar, assim como o regime de aproveitamento de crédito das etapas anteriores da cadeia produtiva em que a cooperativa fizer parte.
Em seu discurso, o presidente Márcio Lopes de Freitas destacou a importância da representação institucional coordenada pelo Sistema OCB. “É com muito orgulho que vejo que o cooperativismo construiu um relacionamento sólido e de confiança com os Três Poderes da República, que transcende a política partidária e sobrevive a qualquer mudança eleitoral. Esse é um reflexo da força, da relevância e do poder de articulação das nossas cooperativas’’, disse. Ainda segundo Márcio, é fundamental que cada autoridade presente no 15º CBC entenda e reconheça a singularidade do cooperativismo e considere as especificidades das cooperativas no contexto de regulamentação em curso. ‘‘As cooperativas não são apenas mais um modelo de negócio. Elas são organizações baseadas em solidariedade e interesse coletivo, com impactos profundos nas comunidades onde atuam. A adequação fiscal às particularidades do modelo econômico cooperativo é necessária para manter a sustentabilidade e a competitividade de seus produtos e serviços. Uma regra tributária que não diferencie o ato cooperativo de uma operação comercial típica não apenas falha em reconhecer nossa essência, mas também ameaça a nossa continuidade”, complementou. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou o compromisso do governo federal com a regulamentação do adequado tratamento tributário para as cooperativas. Ele enfatizou que é realmente necessário garantir um ambiente
legal propício ao desenvolvimento do modelo de negócios. "Acredito nos princípios e valores do movimento, e reconheço que fortalecer as cooperativas é uma responsabilidade compartilhada por toda a sociedade", disse. Para ele, a competitividade é essencial, e o cooperativismo é uma ferramenta poderosa que une os pequenos produtores, o que permite uma escalada e uma concorrência mais eficaz nos diversos nichos de mercado. “Por isso, vamos trabalhar para que o ato cooperativo seja preservado na regulamentação da reforma tributária”, completou. Além da regulamentação da Reforma Tributária, a Agenda Institucional também prioriza outros temas, como a aprovação da proposta que amplia a participação das cooperativas no mercado de seguros (PL 519/18); maior segurança jurídica para as cooperativas participarem de processos de licitação; aumento de volume de recursos do Crédito Rural; e valorização das cooperativas de infraestrutura na política de conectividade no campo (PL 1.303/22). Texto: Sistema OCB
Edição: Sistema OCB/DF
No ano passado, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF completou 50 anos de existência, marcando uma jornada repleta de desafios, conquistas e contribuições significativas para o desenvolvimento do cooperativismo no Distrito Federal. A celebração do cinquentenário da entidade foi marcada com uma série de eventos e homenagens, reconhecendo o papel de pessoas e cooperativas que fizeram parte dessa história. Inicialmente, o objetivo da entidade era realizar o Congresso Distrital do Coop em comemoração a esses 50 anos. No entanto, após reflexões e considerações do Sistema OCB, o evento foi adiado para 2024. Com este alinhamento, o 2º CDC foi marcado para os dias 12 e 13 de março com uma grande novidade: O Sistema OCDF passa a ser Sistema OCB-DF (Organização das Cooperativas Brasileiras do Distrito Federal), contribuindo para o desenvolvimento do setor em nível nacional.
‘‘É com imensa satisfação que lançamos a nossa nova marca. É a partir dela que vamos discutir e planejar o cooperativismo do DF para as próximas décadas. Vamos continuar identificando as necessidades e os desafios enfrentados e buscar soluções que impulsionem e promovam o cooperativismo como um todo, tanto em âmbito local quanto nacional’’, ponderou o presidente do agora Sistema OCDF-DF, Remy Gorga Neto, durante abertura do evento.
E para as mentes incansáveis que acompanharam o 1º dia de Congresso, o Chief Innovation Officer da StartSe, Cristiano Kruel, abriu o rol de palestras do encontro e dividiu com os participantes suas experiências com negócios, tecnologia e inovação para grandes corporações e uso da inteligência artificial. ‘‘Em um mundo em constante transformação, é fundamental que as cooperativas estejam na vanguarda da inovação e da adaptação. Ao explorarmos o potencial da inteligência artificial e das novas tecnologias, podemos não apenas melhorar a eficiência operacional, mas também criar novas oportunidades de negócios e fortalecer o impacto positivo das cooperativas em suas comunidades’’, comentou o palestrante.
Após essa temática, foi a vez do coordenador de Ramos do Sistema OCB, Hugo Andrade, discutiu sobre negócios e intercooperação. Hugo aproveitou o encontro para informar que o Sistema OCB irá lançar um programa de certificação de conselheiros, com o objetivo de aprofundar o entendimento do negócio cooperativista e fomentar a intercooperação. ‘‘Este programa reflete nosso compromisso em oferecer formação e capacitação de qualidade para nossos dirigentes, impactando positivamente nossas 4.800 cooperativas e mais de 50.000 dirigentes. Além disso, estamos desenvolvendo outras soluções, como especialização em crédito, intercooperação e regulamentação’’, pontuou Hugo. Por fim, o coordenador apontou que, com soluções como essas, o Sistema busca não apenas resolver desafios imediatos, mas também promover um crescimento sustentável e inclusivo.
No período da tarde, o mágico Tio André divertiu quem voltou do almoço, com suas mágicas focadas em princípios cooperativistas. Depois do ilusionista, foi a vez da atriz e pós-graduada em neurociência e comportamento, Dani Suzuk, bater um papo com os participantes do 2º CDC a partir do tema ‘‘O futuro é humano’’. ‘‘Cada um de nós tem uma missão individual aqui no universo. O trabalho conjunto é fundamental pois ninguém consegue viver sozinho. Crescemos e transcendemos quando cooperamos um com outro, alcançamos amadurecimento e é isso que traz o sentido da vida. Quando você tem o outro e trabalha de forma coletiva, você sente que só precisa das pessoas para continuar sua jornada’’, disse a atriz durante sua apresentação.
Após Dani, a coordenadora de comunicação e marketing do Sistema OCB, Samara Araújo, apresentou os avanços do movimento Somoscoop e as estratégias de comunicação adotadas pela entidade durante as campanhas da iniciativa. ‘‘Construímos uma campanha focada na sensação de pertencimento ao movimento cooperativista e o selo somoscoop é a prova disso. Dados comprovam como a nossa campanha impactou os diversos públicos e seguirá impactando. Um spoiler que deixo aqui é que, para 2024, nossa campanha estará focada em mostrar que o Cooperativismo é um bom negócio’’, mencionou Samara.
E como a pauta do momento envolve ESG, este assunto não poderia ficar de fora do leque de discussões do dia. Assumindo a posição para discutir Governança Consciente, a jornalista e palestrante, Giuliana Morrone contextualizou a forma como o ESG nasceu, suas aplicações nos negócios internacionais e nacionais e ponderou sobre o caminho que as cooperativas podem seguir para alcançar o desenvolvimento sustentável. ‘‘Não podemos esquecer da transparência nas nossas relações pessoais e profissionais. É preciso levar o conceito de equidade para o centro das cooperativas com o objetivo de encontrarmos a igualdade dos direitos humanos’’, observou a jornalista.
Uma metodologia que tem encantado brasileiros é a forma Disney de fazer negócios. Ela consiste basicamente em três pilares: Sonhar, Realizar e Comemorar. Estágios que envolvem conceitos criativos, estratégias para tornar sonhos realidade e reconhecimento de trabalho árduo com a motivação das equipes. Esse método é frequentemente aplicado nos parques da Disney e também em outras áreas de negócios da marca. Para explicar a prática por trás da magia e como aplicá-la nos negócios, o palestrante Mathias Emke, enfatizou sobre os elementos essenciais para o crescimento e a sustentabilidade dos negócios cooperativistas com base na metodologia. ‘‘Se você quer se destacar é preciso se adaptar às mudanças. A cooperativa precisa ser feita para um que a procura. Cada cooperado aqui é parte fundamental para que o cooperativismo aconteça no Brasil e no mundo. Ou seja, o encantamento dos cooperados é reflexo do nosso próprio encantamento’’, exclamou Emke.
Sistema OCB-DF lança Comitês de Mulheres e Jovens
Ao final do primeiro dia do 2º CDC, Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCB-DF, e Carla Madeira, superintendente do Sescoop-DF, realizaram o lançamento dos Comitês de Mulheres e Jovens do Sistema. O objetivo é fazer com que, a partir desses comitês, a entidade traga as mulheres e os jovens para mais perto do movimento cooperativista. ‘‘Queremos envolver cada vez mais esses dois públicos em nossas iniciativas. É para que participem das discussões, tragam propostas, ideias e fortaleçam o coop no DF. Estamos empolgados e certos de que haverá muita contribuição pela frente’’, finalizou Carla Madeira.
O cooperativismo é um jeito diferente de fazer negócio. Um modelo colaborativo que une produtividade com sustentabilidade, desenvolvimento econômico com desenvolvimento social e que faz grande diferença na vida das pessoas e das comunidades.
No Brasil, já são 20,5 milhões de cooperados, um número em constante crescimento. E, na capital do país, esse modelo de negócio também apresenta números expressivos, com aproximadamente 250 mil cooperados em mais de uma centena de cooperativas.
As cooperativas têm papel de destaque pelo seu potencial de gerar trabalho e renda, fortalecer a economia local e atuar em prol da sustentabilidade.
Inclusive, a importância do cooperativismo para a geração de empregos é notável em diversos setores da economia, tais como agro, crédito, saúde, educação, entre outros. No DF, são gerados mais de 2.700 empregos diretos.
A Organização e Sindicato das Cooperativas Brasileiras no Distrito Federal, OCB/DF, é a entidade representativa que trabalha para fortalecer o movimento cooperativista na capital do país.
A organização é braço da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), órgão máximo de representação do cooperativismo no país.
OCDF agora é OCB/DF
Atualmente, houve uma mudança no nome da organização que representa o cooperativismo no DF.
O que antes era Sindicato e Organização das Cooperativas no DF (OCDF) agora é a Organização e Sindicato das Cooperativas Brasileiras no DF (OCB/DF).
A inserção de “Brasileiras” no nome é uma padronização com o sistema cooperativista nacional, reforçando um alinhamento da organização com as aspirações da OCB, que busca um futuro de prosperidade para o cooperativismo brasileiro.
De olho nos próximos 50 anos
No ano passado (2023), a agora OCB/DF fez 50 anos de história. O foco atual é nos próximos 50 anos.
Nesse mais de meio século de existência, foram notáveis as conquistas para o movimento cooperativista, como a sanção da Lei nº 6.617/2020, que instituiu a Política Distrital do Cooperativismo, com normativos que beneficiam o cooperativismo para atuar no desenvolvimento do DF.
O trabalho da OCB/DF fortalece o movimento cooperativista para promover um futuro melhor para os brasilienses.
Atuação compromissada
O trabalho do Sistema OCB/DF é comprometido em representar os interesses do cooperativismo no Distrito Federal diante dos poderes legislativo e executivo para a manutenção da transparência e integridade nos sistemas cooperativistas.
Além disso, há a organização de cursos, eventos e treinamentos para os profissionais que atuam na construção do cooperativismo no DF, além de fomentar práticas inovadoras e sustentáveis que colaboram para o desenvolvimento dos negócios cooperativistas e para o futuro de toda a população.
Os impactos positivos do cooperativismo estão principalmente na atuação das cooperativas do DF. Como no trabalho das cooperativas de reciclagem, que são fundamentais para a questão do tratamento dos resíduos sólidos na capital. Além de ser fonte de renda de mais de 300 catadores.
Exemplos assim demonstram um compromisso contínuo com a construção de um futuro sustentável e colaborativo na capital do país. O Sistema OCB/DF trabalha junto das cooperativas para que isso se torne realidade.
Sistema OCB/DF
Na tarde da última quarta-feira, 28, o espaço Unique Palace foi palco da Abertura do Ciclo AvaliaCoop 2024, um encontro que reuniu dezenas de líderes de cooperativas do Distrito Federal. O evento, marcado por debates e palestras, destacou a relevância de programas como o AvaliaCoop para o desenvolvimento estratégico e sucesso do cooperativismo na região.
Durante o encontro, Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, ressaltou a importância do ciclo AvaliaCoop como um instrumento fundamental para o planejamento preciso das ações cooperativistas no DF. ‘‘Encontros como esse encorajam a jornada que teremos pela frente e, seguindo nosso compromisso com o fortalecimento do cooperativismo, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF está disponível para oferecer todo o suporte necessário às cooperativas participantes do AvaliaCoop. Estamos comprometidos em auxiliar as cooperativas a alcançarem seu pleno potencial e a contribuírem ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal’’, disse o presidente.
O AvaliaCoop é uma iniciativa essencial para o fortalecimento e desenvolvimento das cooperativas brasileiras. Através desse ciclo de avaliação, as cooperativas têm a oportunidade de analisar e aprimorar seus processos, identificando pontos de melhoria e definindo estratégias para impulsionar seu crescimento. E foi Débora Ingrisano, gerente de Desenvolvimento de Cooperativas no Sistema OCB, que conduziu uma discussão sobre a relevância do AvaliaCoop como uma estratégia de gestão orientada por dados. ‘‘Tenham o AvaliaCoop não apenas como uma ferramenta de gestão, mas como um catalisador de transformação cooperativista. Por meio da análise criteriosa de indicadores e dados, ele permite que as cooperativas avaliem sua performance, identifiquem áreas de melhoria e desenvolvam estratégias assertivas para o futuro’’, ponderou Débora.
De acordo com a gerente, essa abordagem orientada por dados não apenas otimiza a eficiência operacional, mas também fortalece a cultura organizacional, garantindo que as decisões sejam alinhadas aos princípios e valores do cooperativismo. ‘‘É uma iniciativa que capacita as cooperativas a enfrentarem os desafios atuais e futuros, promovendo a sustentabilidade, a equidade e a prosperidade econômica, ao mesmo tempo em que reforça sua resiliência e relevância no cenário socioeconômico’’, finalizou.
Após as trocas sobre a importância do AvaliaCoop para a saúde das cooperativas, foi a vez de Pedro Lins, Consultor em competitividade sustentável, contribuir com as discussões trazendo dados sobre a importância da Estratégia ESG nas cooperativas. Segundo Lins, em um mundo cada vez mais consciente e voltado para a sustentabilidade, os indicadores ESG se tornaram não apenas métricas de desempenho, mas também guias para o futuro das empresas. ‘‘Ao explorar os pilares do ESG - ambiental, social e de governança - e relacioná-los aos princípios cooperativistas, podemos identificar oportunidades significativas para as coops. A liderança desempenha um papel crucial nesse contexto, pois cabe aos líderes definir e promover uma cultura organizacional que priorize a vitalidade, prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental. Ao integrar os princípios cooperativistas com os pilares do ESG, as cooperativas podem não apenas fortalecer sua posição no mercado, mas também contribuir para um futuro mais justo, inclusivo e sustentável para todos’’, enfatizou o palestrante.
O Ciclo AvaliaCoop 2024 pretende ser um momento de planejamento estratégico para as cooperativas do Distrito Federal, fortalecendo o papel das cooperativas como empresas consolidadas e que se preocupam com a sociedade.
Cooperativas que foram destaque no PDGC 2023 recebem premiação durante abertura do AvaliaCoop
Ainda durante a abertura do AvaliaCoop 2024, as cooperativas do Distrito Federal que participaram e se dedicaram ao monitoramento do desenvolvimento competitivo e sustentável, foram homenageadas pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF. Os cooperativistas receberam um prêmio relativo à participação e dedicação no ciclo de 2023 do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC).
Ao envolvimento e dedicação no programa citado, 22 cooperativas da capital receberam, das mãos do presidente da entidade, Remy Gorga Neto, e da superintendente do SESCOOP/DF, Carla Madeira, troféus de reconhecimento. ‘‘Em 2023, celebramos 50 anos de vida, com cooperativistas que transformam a realidade de várias regiões do DF. Agora, vamos começar a pensar os próximos 50 anos e contamos com cada um de vocês para isso”, finalizou Remy.
Na semana passada, o plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou o Projeto de Lei (PL) 784/2023, estabelecendo a validade da isenção ou benefício fiscal sobre o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da cesta básica até o final de 2027. A proposta terá impacto direto na tributação sobre a cesta básica de alimentos, beneficiando a população do Distrito Federal e contribuindo para a promoção da segurança alimentar e nutricional.
O Sistema OCDF trabalhou em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo do Distrito Federal e Ride-DF (Frencoop) para a manutenção da redução do ICMS, medida que beneficiará principalmente as cooperativas do Ramo Agropecuário. Estas cooperativas fornecem alimentos de qualidade à população e promovem o desenvolvimento econômico e social das comunidades rurais.
A redução do ICMS impulsionará a produção, a comercialização e o acesso a alimentos saudáveis, fortalecendo a segurança alimentar e contribuindo para a sustentabilidade do setor agropecuário, beneficiando tanto os agricultores e criadores envolvidos quanto os consumidores finais.
A matéria foi encaminhada à CLDF no final de novembro pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e altera a Lei nº 6.421/2019, também de autoria do Poder Executivo local.
O projeto foi analisado em caráter de urgência, levando em consideração as razões apresentadas pelo Secretário de Estado de Fazenda do Distrito Federal, José Itamar Feitosa.
Mais um dia de comemoração para o cooperativismo brasileiro! O Senado Federal aprovou o texto substitutivo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, que altera o Sistema Tributário Nacional, mantendo os dispositivos que garantem o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo e permitem a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas. A proposta recebeu 53 votos favoráveis e segue agora para Câmara dos Deputados, que deliberará sobre as alterações propostas pelos senadores. A previsão é que a votação final da proposta ocorra ainda no mês de novembro.
A mobilização do Sistema OCB, em conjunto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), foi fundamental para a inclusão das previsões no texto aprovado. “Demos mais um grande passo para garantir a segurança jurídica que o nosso modelo de negócios merece e para que o cooperativismo possa continuar a promover prosperidade para milhões de brasileiros. Estamos muito perto de efetivar essa conquista histórica que nos é tão valiosa e pela qual lutamos desde a promulgação da Constituição de 1988”, comemorou o presidente Márcio Lopes de Freitas.
O texto aprovado prevê um regime específico para as cooperativas, que será optativo, com vistas a assegurar sua competitividade, observados os princípios de livre concorrência e de isonomia tributária (Art. 156-A, § 5º, inciso V, alínea d). Lei Complementar definirá ainda as hipóteses de não incidência de tributação ao ato cooperativo, garantindo justiça tributária ao modelo de negócio. Também serão detalhadas na norma infraconstitucional o regime de aproveitamento de crédito das etapas anteriores da cadeia produtiva em que a cooperativa fizer parte.
Outro ponto de destaque para o movimento é a inclusão, na Constituição Federal, da autorização a concessão de crédito ao contribuinte adquirente de resíduos e demais materiais destinados à reciclagem, reutilização ou logística reversa, de pessoa física, cooperativa ou outra forma de organização popular.
Os senadores Efraim Filho (PB), coordenador do GT da Reforma Tributária e da região Nordeste da Frencoop e Vanderlan Cardoso (GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e diretor da frente, tiveram atuação destacada em favor do pleito das cooperativas. Para Efraim, as especificidades do modelo de negócios do movimento precisam ser respeitadas. “Sou um apoiador nato do cooperativismo e, por isso, não poderia deixar de trabalhar pela inclusão das demandas do setor no texto da Reforma”, afirmou.
O senador Vanderlan foi responsável por apresentar requerimento para a realização de audiência pública que debateu os impactos da Reforma para o setor produtivo, no âmbito do Grupo de Trabalho que discutiu o tema. O consultor tributário do Sistema OCB, João Caetano Muzzi, representou o movimento no debate e apresentou dados mundiais e brasileiros que reforçam a importância econômica e o impacto socioambiental gerado pelo modelo de negócios em benefício das pessoas e comunidades.
O relator da Reforma, senador Eduardo Braga (AM), também demonstrou atenção ao movimento quando se reuniu com o presidente Márcio e a superintendente Tania Zanella para ouvir as demandas do cooperativismo e as razões pelas quais a definição do adequado tratamento tributário ao ato cooperativo representa a garantia de segurança jurídica e tributária para as atividades desenvolvidas pelas cooperativas.
Articulações
As discussões sobre a reforma do Sistema Tributário Nacional são acompanhadas pelo Sistema OCB desde 2019. A entidade criou um Grupo de Trabalho, contratou consultoria especializada e encomendou estudo econômico para analisar os impactos das mudanças no cooperativismo. O material serviu de base e foi apresentado aos relatores e em inúmeras reuniões com parlamentares e representantes de ministérios.
São mais de quatro anos de negociação para garantir a compreensão das especificidades do modelo de negócios cooperativista e a importância do ato cooperativo para a viabilidade desse setor que congrega, atualmente, mais de 20 milhões de cooperados e gera mais de R$ 996 bilhões em movimentação financeira para o país. Ao considerar as famílias dos cooperados e dos seus mais de 524 mil empregados, estamos falando de, no mínimo, 100 milhões de pessoas envolvidas.
O Sistema OCB criou, ainda, site especial com todas as informações para livre utilização dos cooperativistas em suas mobilizações. Foram elaborados materiais de divulgação maciça (online e off-line) e realizados ciclos de debates (disponíveis no canal Youtube do Sistema OCB). Esse conjunto de ações ganhou olhares do governo e dos parlamentares.
A Casa do Cooperativismo recebeu nessa quarta-feira (26), comitiva da Embaixada da Tanzânia para conhecer detalhes do cenário do cooperativismo no Brasil. Formada por 20 executivos do setor financeiro da Tanzânia, a delegação faz parte de um programa de formação internacional que visa estudar modelos de mercados financeiros do Japão, Itália e Brasil. A missão no Brasil focou no sistema financeiro cooperativo, com o objetivo de identificar boas práticas que possam ser aplicadas na Tanzânia.
João Marcos Silva Martins, coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, apresentou números nacionais do movimento cooperativista financeiro. "Temos 728 cooperativas espalhadas em todas as regiões com uma rede de mais de 9 mil unidades de atendimento. Temos o maior número de postos físicos do país. Além disso, em 332 municípios, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira presente", apontou.
Os detalhes sobre o funcionamento do cooperativismo de crédito no Brasil foram explicados pela analista Feulga Reis. "As cooperativas orientam as pessoas, cooperadas ou não, de acordo com seus propósitos e possibilidades. A inclusão e a educação financeira são os princípios que regem o segmento", disse. Ela esclareceu que os cooperados tomam as decisões de forma colegiada, por meio de votos nas Assembleias Gerais, e evidenciou que os resultados financeiros de cada exercício são chamados de sobras distribuídas entre os cooperados, de forma proporcional à movimentação realizada na cooperativa.
O grupo de executivos da Tanzânia também visitou o Sicredi Planalto Central, onde foram recebidos pelo diretor de negócios Carlos Canedo Júnior. Ele compartilhou informações sobre os números nacionais do sistema, com foco especial nos resultados da unidade responsável pela região de Brasília.
A comitiva conheceu ainda o Congresso Nacional e pôde entender um pouco mais sobre o trabalho de representação que o Sistema OCB desenvolve junto aos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Clara Maffia, gerente de Relações Institucionais, destacou a importância da iniciativa. "A colaboração com representantes de setores externos ao cooperativismo demonstra o valor do nosso modelo de negócios. Ser capaz de oferecer soluções inovadoras e trazer novas ideias fora do modelo cooperativo, indica a capacidade e a força das nossas cooperativas".
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a resolução Cooperativas no desenvolvimento social, que denomina 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas. Com a decisão, a Assembleia reconheceu a importância das cooperativas na promoção do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde estão localizadas, incluindo mulheres, pessoas com deficiência e povos indígenas, além da contribuição do movimento para a erradicação da fome e da pobreza.
“Incentivamos todos os Estados-Membros a aproveitarem o ano como forma de aumentar a sensibilização para a contribuição das cooperativas na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e para o desenvolvimento social e econômico global”, descreve a resolução. O texto também reconhece que as cooperativas são fundamentais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e lembra que existem cerca de 3 milhões de cooperativas no mundo que agregam 10#$-$#dos trabalhadores do globo.
“Ficamos muito felizes com essa decisão. Ela mostra força do nosso modelo de negócios e sua importância cada vez maior para a garantia do trabalho, renda e prosperidade da sociedade. O mundo mudou e os propósitos do cooperativismo, que se concentram no bem-estar das pessoas e na busca por um mundo mais justo e sustentável, são exemplos que merecem ser reconhecidos e adotados de forma ainda mais efetiva”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Ainda segundo ele, “ter um ano totalmente dedicado ao movimento, com certeza, contribuirá ainda mais para alcançarmos nossos objetivos, especialmente o do desafio BRC 1 Tri, que prevê 30 milhões de cooperados brasileiros e movimentação financeira de R$ 1 trilhão até 2027, e o de ampliar a presença das nossas cooperativas no mercado internacional”.
O que significa, na prática um Ano Internacional das Cooperativas? A ONU incentivará e apoiará os 195 países membros a adotarem medidas de fortalecimento e promoção das cooperativas em suas realidades locais. Serão promovidas ações de cooperação técnica e transferência de conhecimento e uma forte inserção dos representantes das cooperativas em instâncias de tomada de decisão em contextos nacionais, regionais e internacionais.
O Sistema OCB tem expandido sua atuação internacional em defesa dos interesses das cooperativas brasileiras. Além de apoiar as cooperativas nas suas estratégias de acesso ao mercado exterior, por meio de programas de capacitação e participação em feiras e missões, a entidade representa o movimento em 15 organizações internacionais. Nos últimos anos, foram organizadas iniciativas de cooperação internacional em parceria com o Departamento de Relações Econômicas e Sociais da ONU.
“Trabalhamos em parceria com a Aliança Cooperativa Internacional e com organizações representativas de todo o planeta para a aprovação desta grande decisão em prol do desenvolvimento do cooperativismo. Agradecemos especialmente o apoio do Sistema OCB, que tem sido um parceirao das Nações Unidas na implementação de ações de capacitação para dirigentes cooperativistas de todo o mundo. Teremos um ano de muito trabalho e cooperação, e esperamos avançar em fomento a políticas públicas para o cooperativismo em todo o mundo”, declarou Andrew Allimadi, ponto focal da ONU para Cooperativas.
Esta é a segunda vez que a ONU proclama um ano especialmente dedicado às cooperativas. A primeira foi em 2012, quando a data foi comemorada com o slogan As cooperativas fazem um mundo melhor e destacou o fato de o movimento ter sido responsável pela criação de 100 milhões de vagas de emprego em todo o mundo, logo após a crise financeira global de 2008. Estudos apontaram que as cooperativas ajudaram, não apenas na retomada econômica das cidades onde estava inserida, como para o cumprimento expressivo dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, atuais ODS, presentes na Agenda 2030 da organização.
A proclamação da data em 2012 foi responsável por um crescimento significativo do cooperativismo em todo o mundo. Segundo a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), organização não-governamental independente que reúne, representa e atende organizações cooperativas em todo o mundo, há 1 bilhão de cooperados, o que representa uma em cada seis pessoas no mundo. O movimento gera 280 milhões de empregos e as s 300 maiores cooperativas são responsáveis por pelo menos US$ 2 trilhões de faturamento ao ano.
Outubro traz consigo um momento de destaque para as cooperativas de crédito. Todos os anos, a terceira quinta-feira do mês é destinada à comemoração do Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito (DICC), data instituída pelo Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu) para destacar o papel das cooperativas financeiras no fomento do desenvolvimento socioeconômico em todo o mundo.
Este ano, o tema para celebrar a data no Brasil já foi definido: Apoiando pessoas, impulsionando negócios e transformando comunidades. A data é celebrada há 75 anos e o Woccu deu liberdade ao Sistema OCB para a escolha do mote, o que foi feito em conjunto com a Câmara Temática de Comunicação e Marketing do CECO/OCB, formada por representantes do segmento.
“O tema tem tudo a ver com o que fazemos e os números demonstram isso. Nosso objetivo é que a sociedade conheça e reconheça que o cooperativismo tem sempre uma solução para não deixar ninguém para trás. Nosso jeito de fazer negócios, de atender, de estar presente em lugares mais distantes é o que nos torna únicos e indispensáveis, principalmente pela transformação social que promovemos aliada à prosperidade. Temos muito o que comemorar, pois além do bem para a nossa gente, estamos entre os mais importantes agentes de desenvolvimento do sistema financeiro nacional", destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Em todo o mundo, eventos são organizados para enfatizar a importância dessas instituições na promoção de valores que estão na essência do movimento cooperativista, ao mesmo tempo em que concretizam os sonhos financeiros pessoais e profissionais de seus membros.
Desde 1948, o Woccu evidencia o papel do ramo nas soluções financeiras para as pessoas e na transformação socioeconômica das comunidades. De acordo com o Informe Estatístico de 2021 do conselho, 87,9 mil cooperativas de crédito estavam representadas, distribuídas em 118 países, com mais de 393 milhões de associados. Ainda de acordo com o documento, o segmento congregava no mesmo ano, 12,64#$-$#da população economicamente ativa, segundo critérios adotadas para a sua produção.
No Brasil, o Sistema OCB já oferece a identidade visual da campanha a ser promovida também pelas cooperativas de todo o país. Além disso, também será lançado o e-book Por que escolher as cooperativas de crédito?
Cenário brasileiro
O Brasil já contabiliza 120 anos do cooperativismo financeiro, atuando em prol das pessoas e comunidades. O Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023, aponta que o Ramo Crédito soma 728 cooperativas, com soluções financeiras para mais de 15 milhões de cooperados e a oferta de cerca de 100 mil empregos diretos. O segmento conta ainda com 9 mil unidades de atendimento, sendo a maior rede de postos físicos do país. Em 332 municípios, as cooperativas de crédito são a única instituição financeira fisicamente presente.
A contribuição para o Sistema Financeiro Nacional (SNF) é relevante e soma, em volume de depósitos totais, mais de R$ 352 bilhões, de acordo com dados do Banco Central, que indica também um volume de operação de crédito superior a R$ 361 bilhões (7,05#$-$#do SFN).
O Banco Central, em colaboração com o Sistema OCB, também trabalha na elaboração de regulamentações relacionadas à Lei Complementar 196/22, que trouxe atualizações ao Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).
A aprovação da norma no Poder Legislativo contou com uma participação significativa do movimento cooperativista, do BC e da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), com o objetivo de estimular novos empreendimentos e continuar a promover o crescimento econômico do país. Apenas em 2022, o setor distribuiu R$ 12,8 bilhões em excedentes aos seus associados.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF tem a honra de anunciar seu apoio e participação na aguardada Corrida Pink for Life deste ano. Este evento não é apenas uma corrida de rua, mas uma iniciativa significativa para promover a conscientização sobre o câncer de mama, bem como a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
A Corrida Pink for Life, considerada uma das melhores corridas de rua da Capital Federal, atrai corredores de todos os níveis de habilidade, desde novatos até veteranos, em duas emocionantes opções de percurso: 5km e 10km. A atmosfera de camaradagem e determinação é palpável, e cada passo dado nas ruas de Brasília contribui para uma causa vital.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF reconhece a importância de apoiar eventos como este, que visam não apenas promover a atividade física, mas também sensibilizar a comunidade sobre questões de saúde que afetam tantas vidas. O câncer de mama é uma doença que impacta a vida de inúmeras pessoas, e é nosso dever, como parte ativa da sociedade, contribuir para a conscientização e a busca por soluções.
Para mais informações sobre a Corrida Pink for Life, visite o site https://correrbrasilia.com.br/events/pink-for-life-run-2023-7a-edicao/.
O parecer apresentado na última quarta-feira (25) pelo senador Eduardo Braga (AM), relator da Reforma Tributária (PEC 45/2019) no Senado, preservou os dispositivos aprovados pela Câmara dos Deputados que garantem o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo e permitem a criação de um regime específico de tributação para as cooperativas, além do aproveitamento de créditos das operações antecedentes.
O relator também rejeitou integralmente a Emenda 117, apresentada pelo senador Hamilton Mourão (RS), que previa alteração no texto referente ao ato cooperativo, desvirtuando, inclusive, a previsão da Constituição de 1988 quanto à regulamentação do tema. “Mourou considerou que o dispositivo aprovado pela Câmara excluiria as atividades praticadas pelas cooperativas da incidência de qualquer obrigação tributária, o que se mostrou um equívoco, uma vez que, na verdade, a redação apenas respeita as especificidades do nosso modelo de negócios para evitar a dupla tributação de cooperativas e cooperados”, afirmou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
O relatório foi lido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deverá ser debatido e votado em reunião do colegiado agendada para o dia 7 de novembro. A expectativa é que a matéria seja votada pelo Plenário entre os dias 7 e 9 de novembro. O Sistema OCB continuará a mobilização em torno da manutenção dos dispositivos até a deliberação final do tema no Congresso Nacional.
Apresentado na forma de substitutivo, o parecer também manteve o núcleo central da proposta aprovada pelos deputados, mas traz algumas alterações importantes. A unificação dos tributos nacionais PIS, Confins e IPI continua a ser prevista na futura Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), assim como a junção do ICMS estadual e do ISS municipal no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que se transformarão no chamado IVA dual. As alíquotas, no entanto, serão definidas a partir de leis complementares.
O texto instituiu ainda que a carga tributária sobre o consumo terá um teto de referência, baseado na média da receita dos impostos sobre consumo e serviços no período 2012/2021, apurada sobre a proporção do Produto Interno Bruto (PIB). A alíquota poderá ser reduzida caso exceda esse limite.
Os regimes diferenciados, com alíquotas reduzidas, foram previstos para uma série de atividades, incluindo serviços de transporte coletivo de passageiros rodoviário e metroviário de caráter urbano, semiurbano e metropolitano; agências de viagem, concessão de rodovias, missões diplomáticas; serviços de saneamento; e estrutura compartilhada dos serviços de telecomunicações. O relator também manteve os regimes diferenciados aos produtos e insumos agropecuários, alimentos de consumo, serviços de saúde e medicamentos.
No caso das cestas básicas, o relatório considera a diversidade regional e cultural na definição dos alimentos que a compõe e estabelece dois modelos básicos: a estendida e a nacional. Para a nacional, os itens serão definidos por Lei Complementar e serão isentos de CBS e IBS. Já a estendida terá alíquota reduzida de 60#$-$#e mecanismo de cashback (sistema em que parte do dinheiro pago é devolvido ao consumidor).
Além da devolução dos saldos de ICMS/ISS, o relatório também acrescentou os de Pis, Confins e IPI. A forma de utilização dos créditos será disciplinada em Lei Complementar. Serão mantidos apenas os créditos que cumpram os requisitos estabelecidos na legislação vigente na data da extinção dos tributos.
Imposto seletivo
O chamado “imposto do pecado” também terá alíquotas definidas por lei e será cobrado somente a partir de 2027, com a extinção total do IPI. Sua finalidade será extrafiscal para regular o mercado ou incentivar/penalizar determinadas condutas nocivas ao meio ambiente e a saúde.
O relatório introduziu cobrança de 1#$-$#do valor de mercado sobre a extração de recursos naturais não renováveis, incluindo minérios e petróleo, e 60#$-$#dessa arrecadação será repassada para os estados, Distrito Federal e municípios.
A Zona Franca de Manaus foi retirada do alcance do imposto seletivo. Para assegurar seu diferencial competitivo, segundo o senador Eduardo Braga, serão utilizados instrumentos fiscais, econômicos ou financeiros e subsidiariamente a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico) sobre importação, produção ou comercialização de bens que tenham industrialização incentivada na região.
As verbas destinadas ao Fundo Nacional do Desenvolvimento Regional (FNDR), que tem como função compensar os estados pelas perdas na arrecadação com as novas regras tributárias, também foram alteradas no substitutivo. O teto definido agora é de R$ 60 bilhões, R$ 20 bilhões a mais que o estabelecido pelos deputados. A proposta para divisão do fundo mudou para 70-, segundo os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 30#$-$#tendo como prioridade os estados mais populosos do país.
O Conselho Federativo foi redesenhado e batizado de Comitê Gestor. Não terá mais a capacidade de apresentar propostas ao Legislativo para regular os novos tributos e passa a ter caráter técnico. Terá papel de agência de arrecadação e executor da política tributária. Além disso, seu presidente passará por sabatina no Senado para nomeação oficial.
Foto: Francisco Nero
A Cooperativa Recicle a Vida, de Ceilândia, realizou na última semana uma nova edição do projeto Vida Circular, promovendo a educação ambiental infantil. O projeto está em sua segunda edição e, desta vez, reuniu 20 crianças, filhos e netos de catadoras e catadores, que desfilaram com roupas criadas a partir de materiais recicláveis. A iniciativa segue os conceitos da economia circular, que propõe uma melhor gestão dos recursos naturais e contribui para o desenvolvimento sustentável do planeta.
A economia circular é uma alternativa à chamada economia linear, focada na extração, consumo e descarte, causando desequilíbrios ambientais, sociais e econômicos. Nesse contexto, a economia circular promove a criação de produtos reutilizáveis e duradouros, visando reduzir o impacto ambiental.
A presença da vice-governadora Celina Leão destacou a importância da iniciativa e parabenizou o projeto. Celina reforçou o comprometimento do Governo do Distrito Federal (GDF) com os catadores e recicladores, mencionando um reajuste inédito de 43#$-$#para os catadores como uma forma de reconhecimento do trabalho desses profissionais na preservação do meio ambiente.
Laura Cristina, mobilizadora da cooperativa Recicle a Vida, emocionou-se ao ver sua filha desfilando com itens reciclados e ressaltou a importância do projeto em ensinar às crianças sobre a importância da reciclagem.
O desfile contou com a parceria de instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do DF (Senac/DF), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (Sema/DF) e o Sistema OCDF-SESCOOP/DF, entre outras. Essas parcerias demonstram o envolvimento da comunidade e a união de esforços para promover a conscientização ambiental e criar um futuro mais sustentável.
*Com informações da Agência Brasília
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF realizou a 20ª edição do Encontro de Secretariado de Cooperativas do Distrito Federal entre os dias 28 e 30 de setembro. O evento marcou o encerramento das atividades do mês e proporcionou aos profissionais da área a oportunidade de aprimorar técnicas e práticas, expandir conhecimentos e aperfeiçoar habilidades essenciais para as funções nas organizações em que atuam.
O encontro é um dos principais eventos do Sistema OCDF-SESCOOP/DF e tem como objetivo promover a intercooperação, estimular o trabalho em equipe e proporcionar a troca de conhecimentos por meio de uma programação cuidadosamente elaborada.
"O Encontro de Secretariado faz parte do nosso calendário e é uma atividade que sempre é realizada nesse clima de integração e intercooperação. Sempre reunimos cooperativas dos mais diferentes ramos e proporcionamos um ambiente para que o cooperado, o colaborador tenha a sensação de pertencimento e possa alcançar um melhor desempenho dentro de suas atividades. É um trabalho de grande relevância para o sistema cooperativista do DF", explica o presidente do Sistema OCDF, Remy Gorga Neto.
Nesta edição, o tema abordado foi Inteligência Artificial (IA), apresentando às cooperativas algumas maneiras de aplicabilidade no dia a dia, como na Gestão de Dados e na automação de processos, entre outros.
Além da difusão de conhecimento, o encontro contou com dinâmicas de integração e momentos de lazer, proporcionando uma experiência completa aos participantes.
"Este momento vai além do aprendizado. O SESCOOP/DF conseguiu integrar tão bem os participantes e ainda proporcionar momentos de descontração e lazer. Isso é fantástico", pontuou Wadson Santos, secretário na Cooplem Idiomas. "Só tenho a agradecer", concluiu.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF realizou, na noite da - quarta-feira, 6 de setembro, a solenidade de encerramento e premiação da atual edição do Jogos de Integração Cooperativista do Distrito Federal (Cooperjogos). A atividade foi o momento em que os atletas que competiram nas modalidades esportivas deste ano puderam se reencontrar e celebrar, mais uma vez, a união, a integração e os princípios cooperativistas que guiam as ações das cooperativas do Distrito Federal.
O evento coroou a equipe "Interesse Pela Comunidade", composta por atletas de vários ramos e a maioria do ramo crédito, como a grande campeã da edição de 2023. Em segundo lugar ficou a equipe "Conhecimento", formada pela maioria por integrantes do ramo agropecuário. Completou o pódio a equipe "Participação Econômica", com a maioria de atletas do ramo representação, que reúne colaboradores do próprio sistema cooperativista local e também da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, abriu a solenidade expressando sua satisfação com a realização de mais uma edição do Cooperjogos e ressaltando a importância da realização para o amadurecimento do cooperativismo local. O dirigente também comentou que a edição deste ano foi um tanto especial na história do sistema cooperativista local. "Esta edição do Cooperjogos celebra, também, os 50 anos do Sistema OCDF. Promovemos os jogos no sábado passado, em um clima de muita cordialidade e harmonia e hoje estamos aqui para, juntamente com as cooperativas, seus dirigentes, colaboradores e associados ao movimento para novamente confraternizar, compartilhar esse sentimento de pertencimento e reafirmar que o cooperativismo tem se destacado não apenas no Distrito Federal, mas no Brasil inteiro", afirmou.
Remy também adiantou que, para a edição de 2024 do evento, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF prepara mais novidades para a realização dos jogos. "Conseguimos promover uma mudança na edição deste ano, que foi a formação das equipes com base nos sete princípios do cooperativismo. Para o ano que vem, a ideia é que façamos uma integração maior", informou o dirigente.
A edição deste ano, a 21ª da história do Cooperjogos, começou a ser realizada no último sábado, dia 2, nas instalações do Sesi de Taguatinga Norte. No local, foram promovidas atividades esportivas em 16 modalidades: futebol society, futsal, voleibol, natação, atletismo, cabo de guerra, tênis de mesa, truco, sinuca, dama, xadrez, dominó, peteca e queimada. Além disso, foi promovida a tradicional gincana solidária, que arrecadou mais de 400 kg de alimentos não perecíveis, além de materiais de limpeza que serão doados a uma instituição beneficente.
Para a edição deste ano, o Cooperjogos passou por mudanças em sua formação de equipes. Anteriormente, as equipes eram divididas pelos ramos cooperativistas: agropecuário, crédito, saúde, representação e trabalho. No entanto, a partir desta edição, as equipes foram designadas para representar os princípios essenciais do cooperativismo por meio de um sorteio e com composição mista.
Miss e Mister Cooperativismo
Além de comemorar a união e a integração do setor, a solenidade também foi o cenário para a eleição dos novos Miss e Mister Cooperativismo. Com mais uma edição bem-sucedida, a eleição do Miss e Mister Cooperativismo fortalece não apenas o setor cooperativista, mas também enfatiza a importância do trabalho em equipe e da representatividade no Distrito Federal. A celebração da união e do comprometimento dos participantes contribui para o crescimento e o reconhecimento do cooperativismo no país.
Em um desfile repleto de emoção e representatividade, doze candidatos competiram pelo título. Cada um deles representando as equipes formadas durante o Cooperjogos.
No final da disputa, Dayane Ramos Zeidan, da equipe Participação Econômica, e Kennedy Lucas Oliveira, da equipe Intercooperação, foram eleitos Miss e Mister Cooperativismo 2023. Eles terão a importante missão de representar o cooperativismo do Distrito Federal até a próxima edição do Cooperjogos.
“Para mim, foi uma surpresa. Participei dos jogos no sábado, o que já foi um momento muito bom, e fui convidado de última hora para participar deste concurso. Foi uma experiência diferente, mas o que vale realmente é a integração que é promovida pelo Cooperjogos, por essa celebração. O coop está crescendo no país inteiro e a gente torce para que esse espírito de cooperação seja cada vez mais difundido e torne o Brasil um país mais cooperativo”, disse Kennedy, estagiário do SESCOOP/DF, após receber a faixa.
A Miss Cooperativismo 2023 também falou sobre a experiência proporcionada pelo Cooperjogos e oportunidade de representar o movimento cooperativista do DF pelos próximos meses. “Tem pouco tempo que estou fazendo parte do cooperativismo. Foi um movimento que me acolheu muito bem, que diariamente me impulsiona a ser uma pessoa melhor e que precisa de voz. Ser eleita miss é uma oportunidade para retribuir e ajudar o cooperativismo a ter mais voz”, comentou Dayane, que é analista de gestão de pessoas no Sistema OCB.
Além disso, Thalya Horrana de Jesus, equipe Intercooperação, e Victor Giacometti Salomão, da equipe Interesse Pela Comunidade, destacaram-se pela elegância e foram premiados como Miss e Mister Elegância. Já Thais Milhomem Fernandes da Silva, do time Livre Adesão, e Lucas Alves de Sousa, da equipe Autonomia e Independência, foram agraciados com a faixa de Miss e Mister Simpatia.
A escolha dos vencedores foi feita por um júri composto por Mateus Alves, Mister Brasília 2023; Maitê Oliveira, Miss Brasília 2023; Mayck Carvalho, produtor do concurso Mister/Miss Brasília e diretor executivo da MK Live; Renata D’Aguiar, subsecretária de Promoção das Mulheres do Governo do Distrito Federal; Fernando Luís Pires, assessor parlamentar da deputada Bia Kicis; Carlos Carvalho Rocha, assessor parlamentar do deputado distrital Roosevelt Vilela; e Liana Alagemovists, vice-presidente da ACDF (Associação Comercial do DF).
Prestigiaram a solenidade a deputada federal Bia Kicis, o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Fernando Brites; e o vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF), Alexandre Cenci.
A solenidade contou, ainda, com sorteio de brindes, muita animação e música ao vivo.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF promoveu na última sexta-feira, 6, um Encontro das Cooperativas de Reciclagem do Distrito Federal. O evento, reuniu dirigentes de diversas cooperativas do ramo, cooperados e especialistas, com o objetivo de discutir o cenário econômico e político atual, além de fornecer informações sobre temas como legislação, logística reversa, reforma tributária, entre outros assuntos.
Durante a abertura, Remy Gorga Neto, presidente do sistema cooperativista brasiliense comentou sobre a importância dos temas propostos e salientou que as cooperativas são pilares essenciais para a economia circular, modelo de negócio que busca minimizar desperdícios, promover a reutilização e preservar os recursos naturais. “Essa troca de informações é importante para as cooperativas. Temos feito encontros com vários ramos e nós consideramos a reciclagem como um dos mais importantes por conta de todo o trabalho desenvolvido por vocês, em parceria com o governo. O Sistema OCDF-SESCOOP/DF tem contribuído para melhorar a questão dos contratos firmados junto ao governo do DF e também emana esforçospara que as cooperativas possam aprimorar seus processos de gestão, ”, afirmou Remy.
Na primeira parte do evento, foi apresentado um painel logística reversa e economia circular, compreendendo melhor assuntos como educação, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais, uso de energia, e conhecimento e habilidades em métodos e fluxos de trabalho. A logística reversa é primordial para um ciclo sustentável de produtos, para uma gestão eficiente de recursos e a redução dos impactos ambientais.
A analista de Cooperativismo e Monitoramento da SESCOOP/DF, Samara Sousa, destacou que temas como esse são necessários para despertar a capacidade de crescimento das cooperativas e que o sistema cooperativista vem auxiliando em todo esse processo. “O Sistema OCDF tem feito o acompanhamento diário com os cooperados. Temos participado ativamente do Comitê Interministerial do GDF para auxiliar não só na parte organizacional, mas em questões políticas e governamentais ”, pontuou a analista.
A programação contou ainda com uma apresentação sobre cooperativismo e legislação aplicada ao Ramo do Trabalho, e também com um workshop sobre captação de recursos, além de um painel dedicado a desmistificar e tirar as dúvidas dos catadores sobre questões relacionadas à Reforma Tributária.
A representante da Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), Keysianny de Lima, que é filha de catadores e participa de eventos do SESCOOP/DF há dois anos, destaca que essas iniciativas focam nas cooperativas como um todo, pois, só quem vive a realidade das cooperativas sabe os verdadeiros problemas enfrentados diariamente. “Minha mãe trabalhou durante 15 anos como catadora no lixão da Estrutural e hoje eu percebo a diferença na produção, no trabalho, na vida dos catadores. Então, conseguir juntar, em um só evento, todos os cooperados para fazer uma tratativa igual para todos é muito importante. Hoje, no DF, temos dois tipos de coleta: a que é feita por empresas e que tem um reaproveitamento muito baixo, cerca de 40#$-$#apenas, e a coleta feita pelas cooperativas. Nós temos a sensibilidade de conhecer e de trabalhar com o social. Aqui é o espaço para fortalecer nosso trabalho e ratificar que estamos no caminho certo”, explicou ela.
A representante da cooperativa Recicla Mais Brasil, Cristiane Pereira, destacou o apoio que o SESCOOP/DF presta para os cooperados e que esse apoio é fundamental para as catadoras e catadores. “Ter essa vivência e entender sobre os temas do cooperativismo, das leis, dos nossos direitos e como ter acesso a eles é fundamental. Então, só agradeço ao SESCOOP/DF e à OCB por nos dar essa oportunidade de ter uma visão macro do cooperativismo”, finalizou Cristiane.
Atualmente, o Distrito Federal possui cerca de 33 cooperativas de reciclagem registradas no Sistema OCDF-SESCOOP/DF, com aproximadamente 1.200 cooperados que trabalham em parceria com órgãos do GDF, como é o caso do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).
O Radar de Financiamento reuniu nove novas possibilidades de fomento à inovação para cooperativas durante o mês de agosto. O guia, coordenado pelo Sistema OCB e disponível no site do InovaCoop, detalha os caminhos para acessar de forma clara e fácil os recursos oferecidos pela Lei do Bem (11.196/05), que garante incentivos fiscais para empresas e cooperativas que investem em tecnologia; pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES); e por outros agentes de apoio às iniciativas inovadoras, ampliando a capacidade de execução de projetos para gerar mais resultados com menor custo.
Entre as possibilidades mapeadas, seis são para fomento de projetos nacionais e uma para propostas regionais no estado de Santa Catarina. O lançamento do Plano Safra 2023/24 rendeu seis oportunidades, todas nacionais e com recursos reembolsáveis junto ao BNDES. As três restantes são com recursos não reembolsáveis e são oferecidas por entidades como a EMBRAPII, o MCTI/CNPq e o GFI.
Diferentes formas de captação podem ajudar as cooperativas a acessarem recursos públicos e privados para o desenvolvimento de seus projetos de inovação, explica o gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, Guilherme Costa. “Para isso, é necessário construir estratégias bem definidas. As oportunidades de fomento também possuem diferentes vocações e, por isso, o Radar é um facilitador para a visualização dessas possibilidades e tomadas de decisão”, explicou.
Os recursos podem, por exemplo, ser captados para integrar iniciativas e consolidar resultados, para expandir portfólios, estruturar processos para o crescimento, validar o negócio ou levantar capital. Entender o momento da organização e suas demandas contribui para mapear as oportunidades ideais. Os setores mais apoiados atualmente englobam temas como ESG, economia circular, bioeconomia, reciclagem e gestão de resíduos. Projetos que abordam as áreas de saúde, educação, mobilidade e logística, meio ambiente, telecomunicação, cibersegurança e indústria 4.0, entre outros, também são bem aceitos.
A modalidade de recursos reembolsáveis, as instituições de fomento emprestam dinheiro para a promoção da inovação, com condições especiais e acessíveis, sob a condição de apresentação de capacidade de pagamento e de desenvolvimento de projetos de PD&I. Já quando os recursos são não reembolsáveis, as fontes compartilham com as organizações os custos e os riscos inerentes as atividades apoiadas.
Durante os dias 23, 24 e 25 de agosto, a capital do país abrigou um encontro de especial importância para o cenário da reciclagem e inclusão social no Brasil: a 1ª edição do "Eu sou Catador". Sob a organização do Movimento Nacional Eu Sou Catador (Mesc) e com o apoio de diversas entidades, entre elas o Sistema OCB Nacional e do Sescoop/DF, o evento reuniu especialistas, representantes do governo e membros da sociedade civil para uma série de discussões sobre o trabalho dos catadores no Brasil.
A programação, intensa e repleta de diálogos construtivos, abordou tópicos fundamentais para a realidade dos catadores e a sustentabilidade do setor de reciclagem no país. Entre os assuntos em destaque, a inclusão socioeconômica de catadores e catadores emergentes como tema central. O evento proporcionou um espaço para análise dos desafios enfrentados por esses trabalhadores, explorando maneiras de melhorar as condições de trabalho e renda.
A logística reversa, peça-chave para um ciclo sustentável de produtos, também ocupou espaço significativo nas conversas. Especialistas em sustentabilidade discutiram a implementação eficiente desse processo, reduzindo o impacto ambiental e criando sistemas de reaproveitamento eficazes.
O decreto 11.413/2023, um dos pontos altos da investigação, trouxe à tona questões de inclusão socioprodutiva e socioeconômica. Com o olhar voltado para as cooperativas de catadores, o encontro explorou maneiras de potencializar a contribuição dessas organizações para a economia circular, reforçando seu papel essencial na gestão de resíduos e na promoção da sustentabilidade.
Em meio aos debates, a questão crucial do fechamento de lixões e aterros controlados veio à tona. Enquanto o Brasil busca cumprir as metas de saneamento básicas estabelecidas pelo Marco Legal, a realidade dos catadores após o encerramento desses locais precisa ser prevista. O evento foi mostrado como uma oportunidade de garantir as melhores condições para esses trabalhadores em um cenário de mudança.
Para Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCDF, que esteve presente no encontro, há uma importante relevância das coops de reciclagem do DF e também do Brasil na questão ambiental. "Eu acredito que os movimentos organizados em qualquer categoria têm uma importância significativa. Fomentar fóruns de discussão como este e abordar problemas, questões, desafios, possibilidades e perspectivas, é fundamental. A equipe organizadora está de parabéns por trazer este evento para Brasília e por promover esta discussão relevante, que incentiva catadoras e catadores a elaborar propostas de aprimoramento para toda a cadeia de reciclagem, em especial nas cooperativas que geram trabalho e renda. Eventos desse tipo desempenham um papel fundamental’’, citou Remy.
O presidente da entidade ainda comentou sobre os suportes que o Sescoop-DF promove para cooperativas de reciclagem. ‘‘Oferecemos suporte na gestão, no planejamento estratégico, nas missões de conhecimento e nas trocas de experiências de negócios. Fornecemos todas as possibilidades e ferramentas para que essas cooperativas possam se estruturar em termos de gestão e no mercado, agregando valor. Temos até mesmo um projeto que conseguimos conceber com recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional’’, reforçou o presidente. Segundo ele, este projeto realiza um estudo completo e uma análise da cadeia de reciclagem no Distrito Federal, examinando como as cooperativas estão inseridas. ‘’Com base nesse diagnóstico, podemos avaliar o que é ideal para aprimorar a infraestrutura, sobretudo com foco na agregação de valor de todas as cooperativas", finalizou.
Em resumo, o encontro “Eu sou Catador” não apenas trouxe à luz questões cruciais de reciclagem e inclusão social, mas também serviu como plataforma vital para a busca de soluções. O evento declarou que a colaboração entre o governo, organizações e a sociedade civil é essencial para abordar de maneira eficaz os desafios enfrentados pelos catadores e pelo setor de reciclagem no Brasil.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF reuniu, na manhã desta terça-feira, 15 de agosto, dezenas de cooperadas para a realização da mais recente edição do Encontro de Mulheres Cooperativistas do Distrito Federal. A atividade marcou a celebração do Dia da Mulher no Cooperativismo, data estabelecida em 2022, após um projeto de lei apresentado à Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo deputado distrital e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, Roosevelt Vilela.
Com a realização do evento, o Sistema OCDF buscou reconhecer a importância da mulher para a evolução do cooperativismo brasiliense, além de estimular o desenvolvimento de habilidades como força, perseverança, grandeza, autonomia, liderança e protagonismo. Um outro foco do encontro foi o de transmitir conteúdos sobre promoção e defesa dos direitos das mulheres.
Remy Gorga Neto, presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, deu início ao encontro parabenizando as participantes pela data e ressaltando o papel da mulher dentro das cooperativas locais. "A participação da mulher no cooperativismo é de grande importância. A figura feminina está cada vez mais presente em cargos de liderança, de governança e traz consigo uma percepção diferenciada, um instinto que promove a cooperação", afirmou.
O dirigente do sistema cooperativista local salientou, também, o fato de o Distrito Federal ter instituído uma data, em lei, para homenagear as mulheres que estão diariamente empenhadas em promover o cooperativismo. O dia 15 de agosto é a data de nascimento de Diva Benevides, uma estudiosa sobre o tema, docente de cooperativismo e autora de vários livros sobre o tema. "É uma homenagem à professora Diva e a todas as mulheres que ajudam a construir o cooperativismo no Distrito Federal", acrescentou Remy.
A superintendente do SESCOOP/DF, Carla Madeira, também falou ao público. Ela classificou o fato de a data ser instituída e comemorada na capital federal como uma grande conquista, um reconhecimento do Estado acerca da força do cooperativismo e comentou sobre o crescimento contínuo da presença feminina no movimento. "Estamos cada vez mais ocupando cargos importantes nas organizações cooperativas, ajudando em deliberações, em decisões importantes e, portanto, não podemos deixar de reconhecer que as mulheres têm conquistado seus espaços e sem deixar de exercer funções como a de mãe e de dona de casa", disse Carla.
Na sequência do encontro, as mulheres cooperativistas puderam acompanhar momentos de partilha de histórias e conhecimentos. A primeira a falar com o público foi Adélia Neri, presidente da Cooperativa de Trabalho e Saúde (Coopcare) e diretora sindical da OCDF, que conduziu o “Diálogo Elas pelo Coop", apresentando o Comitê Nacional de Mulheres do Sistema OCB. O grupo foi consolidado em 2020 e suas as integrantes participaram de capacitações, treinamentos, intercâmbios e eventos como seminários e palestras para poderem atuar em prol da representatividade feminina no cooperativismo.
Adélia também apresentou, na oportunidade, números atualizados sobre a participação feminina no cooperativismo, mostrando dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro divulgado no último dia 7 de agosto pelo sistema OCB. Ao fim da apresentação, a superintendente Carla Madeira aproveitou a oportunidade para lançar um desafio às mulheres, de iniciar as tratativas para lançar o comitê da mulher cooperativista no Distrito Federal.
O evento contou, ainda, com uma palestra sobre a promoção e defesa dos direitos das mulheres. O momento foi conduzido pela defensora pública e Chefe do Núcleo de Assistência Jurídica de Promoção de Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública do DF (DPDF), Antônia Carneiro.
O encerramento foi realizado por Chirles de Oliveira. Jornalista de formação, mestre em Comunicação e Práticas de Consumo, ela induziu as mulheres a refletirem sobre a felicidade, fator que está associado associada ao que o ser humano pensa, sente e faz.
Sobre o 15 de agosto
O dia 15 de agosto foi escolhido para a celebração em homenagem à professora Diva Benevides Pinho, uma das pioneiras do estudo do cooperativismo no Brasil. Diva foi professora emérita da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) e faleceu em 2016, aos 90 anos. Em vida, ela desempenhou um papel muito importante na história da FEA como docente, inspirando a todos com sua cultura de cooperação e incentivando os ex-alunos a retribuírem à universidade.
Diva foi uma das primeiras brasileiras a publicar pesquisas e estudos acadêmicos sobre cooperativismo. Sua contribuição para o desenvolvimento acadêmico do tema é inestimável, sendo que sua tese de doutorado em economia foi a primeira a abordar o cooperativismo na Universidade de São Paulo. Além disso, ela é autora do livro "O Cooperativismo No Brasil", publicado em 2004, onde faz uma análise profunda dos fatores de mudança do cooperativismo brasileiro no início do Século XXI.
A reunião do Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) ocorre bimestralmente e, desta vez, acontece em Teerã entre os dias 12 e 22 de setembro. A ACI é o órgão máximo de representação do cooperativismo mundial. O evento reúne líderes cooperativistas de todo o mundo para discutir questões essenciais relacionadas ao cooperativismo global.
Na reunião serão apresentados relatórios setoriais dos órgãos vinculados à ACI, abrangendo uma ampla gama de tópicos relacionados ao cooperativismo em todo o mundo. Além disso, serão analisados critérios para o ingresso, permanência e exclusão de membros da Aliança Cooperativa Internacional e os valores de contribuição para a manutenção da entidade.
Durante a viagem Remy representará o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que ocupa uma cadeira no Conselho de Administração da Aliança Cooperativa Internacional desde o ano passado. O dirigente do sistema cooperativista brasiliense destaca a importância do evento para o cooperativismo global. "Essas reuniões são cruciais para traçar as políticas e estratégias de atuação da ACI em busca do desenvolvimento do cooperativismo mundial. Para mim, como cooperativista, é um momento ímpar de poder participar da reunião do Conselho da maior entidade de representação do cooperativismo no mundo", explica Remy.
Durante a reunião, os líderes cooperativistas também terão a oportunidade de compartilhar suas experiências e boas práticas, fortalecendo ainda mais o papel das cooperativas no desenvolvimento econômico, social e ambiental. A Aliança Cooperativa Internacional desempenha um papel essencial para a promoção do cooperativismo em todo o mundo, reunindo cooperativas de diferentes setores e países para colaborar, compartilhar conhecimento e trabalhar juntas para alcançar objetivos comuns. Remy será acompanhado pelo coordenador de relações internacionais da OCB, João Martins.
Estão abertas até o dia 4 de agosto, as inscrições para a XXI edição dos Jogos de Integração Cooperativista do Distrito Federal (Cooperjogos). A atividade é realizada anualmente pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo. Além disso, incentiva a integração entre as cooperativas do Distrito Federal e seus associados, incentivando a saúde e a qualidade de vida através da prática esportiva.
Neste ano, os jogos serão realizados no dia 19 de agosto, nas instalações do SESI, de Taguatinga Norte. Podem participar maiores de 18 anos, dirigentes, associados, colaboradores de cooperativas e também familiares de cooperados, em até segundo grau de parentesco.
Ao todo, serão disponibilizadas 22 modalidades: futebol society; futsal; voleibol; natação; atletismo; cabo de guerra; tênis de mesa; truco; sinuca; dama; xadrez; dominó; peteca; queimada feminino; e jogos eletrônicos. As inscrições poderão ser feitas por meio do aplicativo do Sistema OCDF que pode ser baixado pela Apple Store ou pelo Google play, ou pelo site http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/.
Serviço - XXI Cooperjogos
Data: 19 de agosto
Local: Sesi Taguatinga Norte - St. F Norte QNF 24
Inscrições: http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/