O Sistema OCB participou de uma consulta técnica da Organização das Nações Unidas (ONU) para elaboração do planejamento da cooperação nos mais variados segmentos da sociedade. Na última sexta-feira (9), em reunião, a ONU consultou o setor produtivo brasileiro sobre quais temas devem estar presentes neste acordo. O Sistema OCB representou o cooperativismo; a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), o agro; e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), as fábricas. Também participaram da reunião representantes do setor de serviços.
“Sermos consultados sobre o que faz sentido para o coop nesta parceria técnica, por este órgão internacional que integra 193 países, é um reconhecimento importante do trabalho que temos desempenhado em defesa da pauta cooperativista, dentro da organização econômica da sociedade. A ONU quer mapear nossos interesses para fomentar a troca de experiências em diferentes países. Já temos uma bagagem internacional em captar conhecimento no exterior e trazer para nossas cooperativas. Assim, este acordo vai alavancar ainda mais esses processos de troca e abertura de mercados”, destacou o coordenador de Relações Internacionais do Sistema OCB, João Marcos Martins.
A Casa do Cooperativismo costuma organizar eventos de trocas de experiências com incentivos da ONU. O Brasil já recebeu três workshops internacionais, que trouxeram dirigentes de cooperativas de 14 países para conhecer mais sobre o cooperativismo e seus impactos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os três eventos receberam fomento da ONU.
A geração e distribuição de energia também foi tema da reunião. Em 2017, a União Europeia (UE) aprovou normativo, entre seus países membros, esclarecendo que a transição energética passará pelo cooperativismo. A ideia de fomentar esse modelo de organização comunitária na geração de energia limpa, já expressiva na Alemanha e na Inglaterra, deverá abarcar o cooperativismo mundial. Atualmente, o bloco conta com 1900 cooperativas, que beneficiam diretamente 1,2 milhões de cooperados.
“Esse é o tipo de modelo que vem sendo defendido. Por isso, o fomento para a criação e fortalecimento desse segmento de cooperativas é extremamente significativo. O Brasil já tem cases impressionantes, tanto de cooperativas voltadas ao social, como também em operações de grande escala por meio da intercooperação”, lembrou Martins.
O acordo firmado terá duração de quatro anos e previsão de investimentos em parceria com o governo do Brasil. O Sistema OCB, por sua vez, dará continuidade as tratativas junto a ONU fornecendo cases e outras informações para que as cooperativas possam ser encaixadas também em outros programas da Organização, como o ONU Mulheres, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ONU Saúde e outros.
As cooperativas podem contribuir, ainda mais, com o governo para prestação de serviços de interesse público com dinamismo e eficiência. É o que destaca o terceiro eixo da publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, produzida pelo Sistema OCB para auxiliar os candidatos à Presidência da República na construção de políticas públicas voltadas para o movimento.
As cooperativas, em seus diversos segmentos, têm como uma das suas principais características o alcance de municípios do interior do país ainda pouco atendidos pelo poder público e que, por muitas vezes, outros grupos econômicos não têm interesse em atuar. Baseadas na união de pessoas, as cooperativas congregam, por meio de atividades econômicas, soluções para a melhoria do bem-estar social da comunidade onde se inserem. Ao invés de concentrar o lucro em uma ou em poucas pessoas, os resultados das cooperativas são distribuídos entre todos os seus associados, impulsionando a geração de renda e a inserção social. Isso acontece pelo vínculo de confiança, efeito multiplicador e desenvolvimento local nas comunidades onde estão inseridas.
Ao longo da crise sanitária da Covid-19, mais uma vez, o cooperativismo esteve presente em benefício da comunidade. As cooperativas médicas, além de estarem na linha de frente da batalha para conter a crise sanitária, por meio do Movimento Saúde e Ação, captaram R$ 4,1 milhões em ações voluntárias, beneficiando 45 instituições e mais de 22 mil famílias (set/2021), em iniciativas de responsabilidade social voltadas para combate à fome, distribuição de kits de proteção individual e apoio psicológico, tanto para a comunidade quanto para profissionais da linha de frente.
O movimento “Agro Fraterno”, que contou com a participação de produtores rurais e cooperativas de todo o país, registrou doações de 217,8 toneladas de alimentos, mais de 64,9 mil cestas básicas, além de doações em dinheiro, em mais de 100 cidades (set/2021). Exemplos como estes se multiplicaram em todos os segmentos do cooperativismo, inclusive no âmbito das ações voluntárias do “Dia de Cooperar” que, em 2020, contou com 6,7 mil iniciativas, em 2,9 mil municípios em todo o país, com 314 mil voluntários.
O presidente do Sistema, Márcio Lopes de Freitas, reforça o papel do cooperativismo para gerar prosperidade e desenvolvimento local. “As cooperativas são estratégicas para a ampliação no atendimento de saúde, no acesso à energia elétrica, nos avanços para uma educação mais inclusiva e de qualidade. Isso é desenvolvimento local na prática”, afirma. Ele também destaca a participação ativa das cooperativas de crédito na inclusão financeira e no desenvolvimento regional por meio de seus serviços.
Desenvolvimento local e regional
Com papel importante para girar a economia local, as cooperativas de crédito têm sido importantes atores na aplicação de políticas voltadas aos produtores rurais e aos pequenos negócios. Exemplo disso tem sido a sua importante contribuição no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), por meio da oferta de microcrédito com juros mais baixos e melhores condições a empreendedores de todo o país, o que reflete diretamente na geração de emprego e renda.
As cooperativas de crédito também se destacam como solução para dar maior eficiência na aplicação dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO). O objetivo é garantir maior previsibilidade no repasse desses recursos, em volumes adequados para fortalecer a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Em mais de 250 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras presentes.
A inclusão do cooperativismo como agente de desenvolvimento do Norte e do Nordeste também está pautada na publicação, que evidencia a relevância do movimento, em especial, na organização das cadeias produtivas destas regiões. É ressaltado ainda o fomento à maior competitividade das cooperativas, nos moldes do acordo de cooperação técnica entre o Sistema OCB e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Saúde
As parcerias público-privadas (PPPs) no ramo de Saúde seguem como alternativa viável para o acesso da população a estes serviços, em especial, na atenção básica e na medicina preventiva. As cooperativas de saúde têm competência para ser a extensão do Sistema Único de Saúde (SUS) nas três esferas: federal, estadual e municipal. Para isso, o debate junto ao Governo Federal precisa ser ampliado, principalmente quando se trata da Atenção Primária à Saúde (APS), em que as cooperativas podem contribuir de forma significativa na prevenção de doenças.
No âmbito normativo, o texto reflete sobre a regulamentação definitiva da telessaúde e medicina preventiva por cooperativas, para reduzir distâncias e aumentar interações entre especialistas e paciente. Durante a crise sanitária da Covid-19, as cooperativas colaboraram consideravelmente em setores estratégicos para o enfrentamento da doença. Mais de R$ 1 bilhão foram investidos pelo setor em novos hospitais e leitos, aumento no quadro de profissionais, digitalização de processos e inovação em toda a cadeia de atendimento, iniciativas que permanecem à disposição da sociedade.
Energia
Outra perspectiva abordada no terceiro eixo é a relação das cooperativas no ganho de escala na produção de energia renovável. A sugestão deste item é no sentido de desenvolver políticas que fomentem o crescimento de cooperativas de energia renovável como fotovoltaica, eólica e por biogás. Há inúmeros cases de cooperativas agro que já transformam passivos ambientais em biogás e garantiram autossuficiência energética, por exemplo.
Por sua capilaridade, a publicação demonstra que as cooperativas têm papel fundamental na oferta de energia elétrica no interior do país. Para isso, o texto indica que há de se estipular regras adequadas, respeitando o modelo de negócios cooperativista.
Cooperativas por toda a parte
O documento reforça a importância das cooperativas no alcance de diversos serviços de interesse público, com amplo espaço para se avançar nas políticas de apoio e estímulo à educação inclusiva, equitativa e de qualidade, nas ações de incremento à mobilidade urbana, aproveitamento do potencial turístico e de lazer e de acesso da população à moradia própria.
O Unique Palace, espaço localizado às margens do Lago Paranoá, foi o palco escolhido pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF para a realização da solenidade de encerramento e premiação do 20º Cooperjogos. A atividade, promovida anualmente em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo, ocorreu no início do mês, fortaleceu a união do o movimento cooperativista na capital e teve o ramo agropecuário como grande vencedor da edição, seguido, respectivamente, pelos ramos de crédito e de representação.
A solenidade voltou a reunir os atletas que competiram em cada uma das 21 modalidades esportivas e foi uma nova oportunidade de celebrar a união e a integração daqueles que, diariamente, dão forma e agregam valor ao sistema cooperativista do Distrito Federal.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, abriu a ocasião falando da alegria de poder voltar a realizar o Cooperjogos em 2022, bem como da solenidade de premiação e encerramento da atividade. Ele ainda destacou a importância do evento para o fortalecimento do cooperativismo local e sobre o potencial que a filosofia cooperativista tem de conectar pessoas e potencializar o desenvolvimento do território brasiliense.
“O cooperativismo traz geração de renda e trabalho; traz desenvolvimento. É um modelo de negócio que as sociedades do mundo inteiro têm procurado seguir, permitindo com que as organizações sejam mais humanas, assumindo responsabilidades sociais, ambientais e também o interesse pela comunidade. O cooperativismo é forte, é importante e a gente precisa valorizar e integrar aqueles que contribuem diariamente para isso, como estamos fazendo com esse evento. O cooperativismo é importe para o DF, para o Brasil; é importante para construirmos um mundo melhor”, pontuou Remy.
Presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o deputado distrital Roosevelt Vilela prestigiou a realização do evento e ressaltou o sistema cooperativista e sua relevância para o desenvolvimento local e do país, por meio da capacidade de impulsionar a vida das pessoas e permitir o acesso a oportunidades de emprego e fontes de renda.
Também prestigiaram a solenidade a deputada federal Bia Kicis e o empresário e produtor rural Joe Valle. Ambos comentaram sobre a importância do cooperativismo e a capilaridade que o movimento vem ganhando em todas as regiões administrativas do Distrito Federal. Além da dupla, estiveram presentes o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Fernando Brites, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF), Fernando Cezar Ribeiro; o chefe da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira Fraga Filho, entre outras autoridades.
A solenidade contou, ainda, com sorteio de brindes, muita animação e música ao vivo.
Miss e Mister Cooperativismo
Além de celebrar a união e a integração do sistema cooperativista do Distrito Federal, a solenidade foi palco para eleição dos novos Miss e Mister Cooperativismo.
Em um primeiro momento, foi realizado um desfile com as candidatas e os candidatos. Neste ano, oito participantes entraram na passarela representando os ramos agropecuário, crédito, representação e trabalho.
Adriana Ribeiro de Freitas, do ramo representação, e Weslley Douglas de Sousa, do ramo trabalho, foram eleitos, respectivamente, Miss e Mister Cooperativismo 2022 e irão representar o cooperativismo do Distrito Federal até a próxima edição do Cooperjogos.
Ana Karolina Feitosa de Sousa e Lucas Fabiani Xavier, ambos do ramo agropecuário, foram premiados como Miss e Mister Elegância. Já Lindsay Monteiro de Oliveira e Marcelo de Oliveira Caldas, do ramo crédito, levaram para casa a faixa de Miss e Mister Simpatia.
Os candidatos foram premiados após serem escolhidos por um júri formado pelo coordenador do concurso de miss e mister Brasília, Mayck Carvalho; o presidente da ACDF, Fernando Brites; a diretora de comunicação da ACDF, Liana Alagemovits; a Miss Brasília 2022, Gabriella Soares; e o Mister Brasília 2022, Maycon Santos.
A nova campanha SomosCoop já está em ação com o mote “O coop faz muito e faz bem”. O premiado tenista Gustavo Kuerten volta à ação para coordenar a divulgação de informações pouco conhecidas pela sociedade sobre os impactos positivos do cooperativismo e mostrar as vantagens desse modelo de negócio que busca transformar o mundo em um lugar melhor para todos. Ele poderá ser visto em peças produzidas para a TV, redes sociais, rádios e mídia exterior.
A campanha está dividida em três grandes momentos que buscam um único objetivo: levar o entendimento do coop, conquistar a empatia da sociedade para a relevância do movimento cooperativista a ponto de influenciar suas escolhas nos momentos de consumo. Para isso, serão trabalhadas informações básicas sobre os conceitos do cooperativismo, seu impacto e relevância para o país e como o consumo de seus produtos e serviços contribui para que esse ciclo positivo se amplie cada vez mais.
“Vamos começar explicando de forma simples o que é o cooperativismo, que ele está presente em todos os setores da economia e traz impactos positivos para toda a comunidade. Depois, o desafio será mostrar os números e relevância do movimento, como ele pode ser percebido no dia a dia das pessoas e a diferença que faz em suas vidas. Por fim, a ideia é trabalhar o convencimento. Queremos que as pessoas façam uma escolha consciente e optem pelo consumo de produtos e serviços ofertados pelas coop”, explica a gerente de Comunicação do Sistema OCB, Samara Araujo.
Segundo pesquisa realizada pelo Sistema OCB, a divulgação dos conceitos do cooperativismo tem trazido resultados positivos a respeito do conhecimento e do reconhecimento do modelo de negócio diferenciado. Na primeira consulta, em 2018, antes da campanha com Gustavo Kuerten, apenas 44#$-$#dos entrevistados conseguiram citar o nome de uma cooperativa. Em 2021, esse índice atingiu 70-, o que representa um aumento significativo.
A campanha nacional conduzida pelo Sistema OCB também se soma aos esforços e estratégias de comunicação desenvolvidas pelas cooperativas em suas realidades locais. “Quando divulgamos o movimento cooperativista como um todo, também facilitamos o trabalho das cooperativas. Isso porque, muitas vezes, ao tentar divulgar um produto ou serviço, elas precisam explicar primeiro o que é cooperativismo. Se o sistema OCB já cumpre esse papel, tudo fica mais simples”, ressalta Samara.
Carimbo SomosCoop
Além da campanha com Gustavo Kuerten, continuam também as ações para que cada vez mais cooperativas adotem o carimbo SomosCoop em seus produtos e serviços. A marca é importante para que o consumidor possa identificar facilmente produtos e serviços do coop e reconhecer que o que está adquirindo tem qualidade e carrega os valores do movimento.
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O cooperativismo voltou a registrar crescimento significativo no Brasil, em 2021, segundo os dados do Anuário do Cooperativismo, elaborado e divulgado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O movimento está presente em todos os estados brasileiros e congrega, atualmente, 18.8 milhões de pessoas, número 10#$-$#superior ao de 2020 e que representa cerca de 8#$-$#da população total do país.
A ascensão dessa filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, igualitário, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos, não fica restrita apenas ao cenário nacional, podendo ser facilmente notada dentro do território brasiliense. Somente aqui, no popular quadradinho, são exatos 236.486 cooperados e a estimativa é que essa base se torne cada vez mais forte já que, ano após ano, o cooperativismo tem sido cada vez mais procurado pela população local. Em 2020, por exemplo, o DF contava com pouco mais de 227 mil cooperados.
As cooperativas são organizações de pessoas que reúnem os mesmos interesses na realização de alguma atividade econômica, constituídas de forma democrática, com participação e deveres distribuídos igualitariamente. Elas atuam em diversos setores da economia brasiliense e estão divididas em ramos, o que facilita a organização e a representação dessas instituições.
O Anuário do Cooperativismo também detalhou o cenário dessa divisão na capital federal. O Ramo Crédito é o que congrega a maioria dos cooperados. São, atualmente, 224.730. Na sequência, aparecem, o Ramo Saúde (4511); Ramo de Consumo (3908); Ramo de Trabalho, Produção de Bens e Serviços (1126); Infraestrutura (1034); Agropecuário (1015); e Transporte (162). Já em relação ao número de cooperativas, aparecem como destaque os ramos de Trabalho, Produção de Bens e Serviços (28), Crédito (17) e Saúde (14).
Ainda segundo o anuário, o cooperativismo também contribui para melhorar os índices de emprego e renda na capital. O levantamento aponta que o Distrito Federal conta atualmente com 86 cooperativas registradas na Organização das Cooperativas do Distrito Federal (OCDF), braço da OCB na Capital da República e que, juntas, geram 2.702 empregos diretos.
Confira a íntegra dos dados do cooperativismo do DF e do país. Acesse: www.anuario.coop.br.
SomosCoop
Uma das estratégias da OCB para alavancar ainda mais o movimento cooperativista no Brasil é a promoção da campanha SomosCoop, que neste ano já está em ação com o mote “O coop faz muito e faz bem”. No DF, a estratégia é realizada sob a coordenação da OCDF.
O tenista Gustavo Kuerten participa das ações da campanha, ajudando na divulgação de informações pouco conhecidas pela sociedade sobre os impactos positivos do cooperativismo, além de mostrar as vantagens desse modelo de negócio que busca transformar o mundo em um lugar melhor para todos. A contribuição de Guga pode ser vista em peças produzidas para a TV, redes sociais, rádios e mídia exterior.
A campanha está dividida em três grandes momentos que buscam um único objetivo: levar o entendimento do cooperativismo, conquistar a empatia da sociedade para a relevância do movimento cooperativista a ponto de influenciar suas escolhas nos momentos de consumo. Para isso, serão trabalhadas informações básicas sobre os conceitos do cooperativismo, seu impacto e relevância para o país e como o consumo de seus produtos e serviços contribui para que esse ciclo positivo se amplie cada vez mais.
A campanha nacional conduzida pelo Sistema OCB também se soma aos esforços e estratégias de comunicação desenvolvidas pelas cooperativas em suas realidades locais.
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O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, participou do Encontro Nacional do Agro promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, na última quarta-feira (10). Entre suas considerações, o presidente Márcio declarou que o cooperativismo tem contribuído expressivamente para os avanços do setor. De acordo com ele, o modelo de negócios vem viabilizando a atividade do cooperado além de gerar novos empregos.
“Hoje somos 1,2 mil cooperativas agro e mais de um milhão de cooperados. Somos responsáveis por 53,6#$-$#da produção nacional de grãos e temos destaque na oferta de assistência técnica. Para se ter ideia, um estudo do IBGE apontou que apenas 20,2#$-$#do total de produtores rurais conta com assessoramento técnico. Já nas cooperativas esse percentual sobe para 63,8-. Está mais que comprovado que o cooperativismo é essencial em todos os elos da cadeia, desde a matéria prima até a comercialização. Fazemos isso de forma sustentável e alinhados com os princípios cooperativistas”, afirmou Márcio.
João Martins, presidente da CNA, ressaltou que, embora o agronegócio esteja caminhando bem, os novos integrantes do Congresso Nacional precisam estar alinhados com o setor para promover reformas estruturantes. “Sabemos que somos bons em produzir e temos tecnologia e equipamentos, mas precisamos de mais modernidade no agro. Para isso, vamos eleger representantes que tenham coragem de votar as grandes reformas que o Brasil precisa para nos posicionarmos como um dos líderes do mundo”.
Neste contexto, o diretor da CNA, Bruno Lucchi, apresentou documento direcionado aos presidenciáveis com propostas para o agro dividido em temas: segurança alimentar e desenvolvimento econômico, social e ambiental. A ampliação da conectividade no campo, das áreas de irrigação e a produção nacional de fertilizantes também são pontos defendidos pela entidade.
Integração ministerial
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, declarou que embora os avanços do setor sejam consideráveis, há ainda uma longa jornada em defesa da integração do agro com o ambiental.
“Há, sem dúvidas, uma pressão mundial para que o Brasil só preserve. Estamos mostrando que sabemos produzir e preservar ao mesmo tempo. Não podemos utilizar a questão ambiental como uma barreira que retira nossa competitividade. Nosso Código Florestal já é completo e bastante rigoroso. Temos avançado significativamente, mas precisamos progredir ainda mais. Sei que os produtores vão nos ajudar Registro ainda que a parceria com a OCB e com o Ministério do Meio Ambiente têm sido muito importantes para o agronegócio brasileiro”, destacou.
A eficiência da produção nacional foi analisada durante a exposição do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Segundo ele, o atual modelo de produção agropecuária com proteção ambiental tem sido um diferencial para o aumento de escala. “Saímos de um modelo simplório de regulação ambiental que só multava, reduzia e culpava o produtor para incentivar e inovar com a economia verde e, assim, reduzir emissões de gases até 2050. Criamos soluções climáticas lucrativas para o empreendedor e para as pessoas. Tudo isso, por conta do trabalho integrado com o Ministério da Agricultura e com o setor privado”, salientou.
Ainda segundo Leite, são diversos os programas meritórios nesse sentido, como o de créditos de metano para quem reduzir os resíduos. “Temos outros financiamentos específicos para os mais variados segmentos do agro e é isso que vai dar escala para esta nova economia verde. Tenho que destacar ainda, que na parte energética, as três principais fontes de energia no Brasil são renováveis e os investimentos privados em saneamento e infraestrutura vêm garantindo a oferta de serviços de forma eficiente”, complementou.
Protagonismo brasileiro
A ex-ministra da Agricultura e deputada Tereza Cristina (MS), diretora da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), reforçou, entre outros pontos, a necessidade da conectividade rural para otimizar o processo produtivo. “Não temos mais tempo a perder. Não somos o país do futuro, somos o Brasil do presente. Somos [agro] o motor da economia e mesmo durante a pandemia não paramos de produzir, gerar renda e emprego. É preciso mais investimentos para sermos autossuficientes em tudo. Temos tecnologia para isso”.
A deputada também parabenizou o presidente Márcio Freitas pelo trabalho desempenhado. “O Sistema OCB é combativo. Temos um exército de pequenos produtores e somos exemplo para o mundo”, ressaltou.
Já o deputado Sergio Souza (PR), também diretor da Frencoop, expressou que o agro brasileiro é forte e sustentável. “Nossas pautas são para produzir alimentos, gerar empregos e gerar excedentes para exportar para mais de 200 países. Precisamos de um Brasil mais desenvolvido e o agro é nosso pilar principal, é nossa vocação natural”, destacou.
Agro global
O coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, palestrou sobre o cenário econômico, em especial, sobre segurança alimentar e sustentabilidade. Segundo ele, a pandemia provocou o fechamento de milhares de pequenas empresas em razão da falta de insumos, o que fez com que as cadeias perdessem a consistência em seus trabalhos.
“A ideia agora é ter esses insumos mais perto para que as cadeias funcionem de forma adequada e não lhes faltem elementos básicos. Sobre a segurança alimentar, devemos entender que é um fator de desenvolvimento político e econômico de uma nação”, declarou Rodrigues, que também ocupou o cargo de ministro da Agricultura e de presidente do Sistema OCB.
Em relação à sustentabilidade, Rodrigues explicou que estudos já vêm sendo realizados para que o Brasil defina suas próprias métricas, por exemplo, de emissão de gases. “Sustentabilidade é a gestão, o social e o ambiental. Fazemos isso muito bem, porque já praticamos esses princípios. Criei dentro da FGV o Observatório da Bioeconomia, no qual contamos com personalidades importantes como o Márcio da OCB. É um espaço para que possamos definir nossas métricas e colocá-las na mesa de negociações, com aval científico, para evitar confrontos desnecessários”, explicou.
Rodrigues reforçou que o Brasil é o principal ator da agricultura mundial. “O Brasil é líder, porque além de ser um país tropical, desenvolveu tecnologia sustentável e os produtores sabem como fazer. O departamento de Agricultura do Estados Unidos realizou estudo apontando que, entre 2026 e 2027, os produtores americanos precisam aumentar a produção em cerca de 20#$-$#para garantir a segurança alimentar. Para o mesmo período, as previsões para o Brasil apontam um crescimento de 41-. Ou seja, temos mesmo muito o que ensinar em relação à produção e à utilização de tecnologias”, concluiu.
O movimento cooperativista registrou crescimento significativo em 2021. Segundo os dados do AnuárioCoop 2022 - Dados do Cooperativismo Brasileiro, lançando nesta sexta-feira (29) pelo Sistema OCB, o total de pessoas associadas às sociedades cooperativas chegou a 18,8 milhões. O número é 10#$-$#superior ao de 2020, quando foram registrados mais de 17 milhões de cooperados no país. O número total de cooperativas subiu para 4.880.
“Já somos 8#$-$#da população brasileira e vamos continuar crescendo”, afirma o presidente Márcio Lopes de Freitas. Segundo ele, os números expressam a base sólida do movimento e o quanto o modelo de negócios cooperativista tem sido cada vez mais procurado pela população. “Os resultados comprovam mais uma vez que o cooperativismo se fortalece em momentos de crise. A preocupação com a comunidade, princípio básico das nossas cooperativas, demonstra que somos essenciais para a retomada da economia brasileira”.
Ainda segundo o presidente do Sistema OCB, a divulgação do Anuário é importante para trazer mais visibilidade à relevância socioeconômica do movimento, garantindo a transparência e a seriedade das atividades desenvolvidas. “Os dados nos ajudam a sermos cada vez mais percebidos pela sociedade e também a projetarmos estratégias para o fortalecimento do nosso modelo de negócios. Estamos muito felizes com os resultados e queremos compartilhar essa alegria com todas as Unidades Estaduais e cooperativas que colaboraram com essa conquista”, complementa.
A geração de empregos diretos é outro destaque do Anuário. Em 2021, foram registrados um total 493.227 postos de trabalho nas cooperativas brasileiras, um acréscimo de 8#$-$#em relação ao ano anterior, quando o quantitativo ficou em 455.095. Na distribuição por gênero, o número de mulheres empregadas atingiu 49#$-$#do total, índice 10 pontos percentuais superior ao de 2020. Entre os cargos de liderança, a participação feminina também cresceu. Passou de 17#$-$#em 2020 para 20#$-$#em 2021.
“Está é outra conquista muito importante para o cooperativismo brasileiro. Temos trabalhado para ampliar a representatividade feminina em nossas cooperativas e aguardávamos com grande expectativa a divulgação desses índices. É uma alegria ver nos números a concretização desse trabalho. Eles demonstram que estamos no caminho certo”, ressalta a superintendente Tânia Zanella.
Ainda segundo dados do Anuário, o maior número de cooperativas está concentrado no Ramo Agropecuário (1.170), que também agrega mais empregados, sendo aproximadamente 49#$-$#do total. O Ramo Crédito, por sua vez, agrega a maior parte dos cooperados, com um total de 13,9 milhões de pessoas em 2021, contra 11,9 em 2020. Outro dado relevante é que mais de 2,5 mil cooperativas têm mais de 20 anos de atuação, sendo que, no Brasil, cerca de 70#$-$#das empresas fecham as portas com menos de 10 anos de atividades, o que aponta a força do cooperativismo no país.
Os indicadores financeiros também comprovam a solidez e o avanço das cooperativas no mercado de negócios brasileiro. Em 2021, o ativo total do setor atingiu R$ 784,3 bilhões contra R$ 655,5 bi no período anterior. O capital social foi contabilizado em R$ 62,02 bilhões, com um acréscimo de 12#$-$#se comparado ao de 2020. As sobras do exercício, por sua vez, atingiram o montante de R$ 36,7 bi, índice quase 60#$-$#superior ao anterior, que totalizou R$ 23 bi.
Acesse e confira todos os dados do cooperativismo brasileiro no AnuárioCoop 2022: www.anuario.coop.br
O Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu) realizou entre os dias 17 e 20 de julho, em Glasgow, Escócia, sua Conferência de 2022. O Sistema OCB foi representado pela sua superintendente, Tânia Zanella, pela gerente de Relações Institucionais, Clara Maffia; pelas Unidades Estaduais; e pelas cooperativas brasileiras de crédito.
“É um momento importante para sintonizar e comparar o que é feito no Brasil com outras cooperativas de crédito no mundo. É também um espaço para a construção de relacionamento entre as coops estrangeiras e as brasileiras, bem como com as Unidades Estaduais que estão presentes no evento. E, acima de tudo, uma oportunidade única para debater e entender os desafios das cooperativas de crédito no contexto mundial”, destaca Tânia sobre a relevância do evento no contexto pós-pandêmico.
A comitiva brasileira conta com 300 pessoas ligadas às cooperativas de crédito. O presidente da Cresol, Cledir Magri, considera que o evento é essencial para conhecer novas perspectivas sobre “a gestão aliada à tecnologia para o cooperativismo e do mercado financeiro”.
O conselheiro da Confebras, Alzimiro Thomé, avalia a experiência como um momento ímpar. “Muito importante estes quatro dias de evento para discutirmos ideias, fazer networking e aprimorar nossos conhecimentos sobre o cooperativismo financeiro no mundo, além de levar nossa marca para mais pessoas em novos lugares”, declara.
WOCCU – O Conselho é uma associação comercial global que atua para desenvolver de forma sustentável as cooperativas de crédito e outras cooperativas financeiras no mundo. O colegiado trabalha junto aos governos pela melhoria nas legislações e regulamentações. Também oferta programas de assistência técnica com novas ferramentas e tecnologias para fortalecer o desempenho das cooperativas do ramo e aumentar o alcance delas. O conselho engloba 86.451 cooperativas de crédito em 118 países, que atendem 375 milhões de pessoas e já implementou mais de 300 programas de assistência técnica em 90 países.
O site Cooperativismo e Eleições 2022, foi lançado nesta sexta-feira (15), em reunião com mais de 60 representantes cooperativistas de todo o país. O site congrega todas as informações e materiais do Programa de Educação Política para o Cooperativismo Brasileiro 2022, iniciativa tem por objetivo fomentar o voto consciente e o exercício de cidadania, capacitar e dar voz a grupos de jovens, mulheres e lideranças para que estejam mais presentes na tomada de decisões estratégicas para o movimento e suas comunidades.
A gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, explicou que, com cartilhas, cursos à distância, vídeos e outros conteúdos, o programa estimula, de forma isenta, a reflexão sobre a necessidade de maior representatividade do modelo cooperativista, em especial, nos poderes legislativos federal e estaduais.
“Precisamos ter um olhar especial para as políticas públicas, legislações e necessidades do cooperativismo do ponto de vista normativo. Então, elaboramos um material robusto, que servirá para além do processo eleitoral de 2022. Outro produto bastante especial, desenvolvido dentro do Programa, é a cartilha Cooperativismo e Eleições, com informações sobre regras eleitorais do que pode ou não ser feito durante a campanha eleitoral é detalhado de forma dinâmica e responsável. Esse site que lançamos hoje é mais um reforço para que as cooperativas se engajem e estimulem seus cooperados a promoverem cada vez mais o cooperativismo”, frisa a gerente.
O programa é composto por cinco diferentes eixos de atuação. O primeiro trata da formulação das Propostas para um Brasil mais Cooperativo, publicação que apresenta dados sobre como o cooperativismo pode ser um vetor de desenvolvimento para o país e traz propostas de políticas públicas para nortear plataformas de governo. O segundo traz as boas práticas sobre como atuar no processo eleitoral de forma responsiva. Neste eixo, são disponibilizadas uma série de conteúdos informativos, entre eles a cartilha Cooperativismo e Eleições.
O terceiro eixo apresenta um plano de comunicação e mobilização digital para valorizar e compartilhar as ações reais dos parlamentares em defesa do cooperativismo. O eixo conta com vídeos, cards e outros materiais informativos sobre o coop. A prestação de contas da atuação dos parlamentares está disponível no quarto eixo. Em uma plataforma on-line e interativa, é possível encontrar um perfil de atuação dos parlamentares que pode ser visualizado pelas unidades estaduais.
Oficina de Multiplicadores
Engajamento, participação e representação cooperativista compõem o último eixo do Programa. Em 2022, foi realizada a Oficina de Multiplicadores junto de lideranças dos comitês e das unidades estaduais. O conteúdo, com carga horária de 14 horas aplicado em formato virtual, tem por objetivo engajar jovens, mulheres e núcleos organizados de cooperativas para que, de forma voluntária, repliquem ações de participação política em suas comunidades. Todo o material está disponível na plataforma CapacitaCoop.
A oficina que aconteceu entre abril e julho aumentou os conhecimentos dos participantes sobre cidadania e participação; sistema político e eleitoral e papel das políticas públicas. Também ofereceu orientações sobre como dar voz à causa e agir de forma assertiva. Os multiplicadores, como estão sendo denominados os participantes, foram capacitados para elaborar projetos e soluções para os desafios do movimento cooperativista como: fortalecer a imagem do coop; ampliar a participação e representação política do cooperativismo; e criar uma política pública de impacto para as coops.
Expressividade
Em números, o cooperativismo é forte por si só. Atualmente, o Sistema OCB conta com 4,8 mil cooperativas; 17,1 milhões de cooperados, o que representa 8#$-$#da população brasileira; ativos totais de R$ 655,5 bilhões; e 455 mil empregos diretos gerados pelas cooperativas.
“Quem está se projetando de forma alinhada ao modelo cooperativista de fazer negócios sairá em vantagem diante dos mais variados cenários. Não há como reverter essa força social que é o cooperativismo. Representamos para o país 53#$-$#da produção de grãos, 32#$-$#do mercado de saúde suplementar. A Aneel já apontou que as cooperativas são referência em eletrificação. Estamos nas bases movimentando as comunidades onde estamos inseridos, logo somos essenciais na geração de riquezas e de prosperidade”, avalia a superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella.
Tânia considera que tamanha expressividade é fruto de trabalho, articulação e sugestões desenvolvidas para auxiliar os Três Poderes, por meio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).
“Nossa atuação traz ganhos reais para o movimento. Só no último ano, no Executivo, foram 446 reuniões com o governo e 4,7 mil proposições que atingem o setor no Legislativo. No Judiciário, são 12 processos nos quais atuamos como amicus curie, 43 ações diretas de inconstitucionalidade no STF e 816 recursos acompanhados pelos tribunais superiores”, acrescenta.
Entre as prioridades do movimento, a superintendente ressalta o adequado tratamento tributário ao Ato Cooperativo; a modernização da Lei das Cooperativas de Crédito (já encaminhada para sanção); acesso das coops ao mercado de seguros e de telecomunicações; recuperação judicial; mais recursos para o cooperado via crédito rural; e participação das coops de trabalho em processos de licitações.
“O mais importante é que não estamos avaliando cenários apenas sob a perspectiva de Brasília, mas com ações coordenadas com as unidades estaduais do Sistema OCB. Com o reconhecimento adequado do nosso modelo de negócios teremos ainda mais navegabilidade nos mais variados setores da nossa economia”, conclui.
Em 19 de julho de 2012 foi sancionada a Lei 12.690, que trata da organização e funcionamento das Cooperativas de Trabalho, e que instituiu o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop). O Sistema OCB acompanhou todos os desdobramentos e participou ativamente da elaboração da norma. Nessa terça-feira (19), em comemoração aos dez anos da Lei, a entidade promoveu um seminário virtual que contou com a participação do Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, e representantes do setor no Brasil, Espanha e Argentina.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou a importância da legislação em vigor e ressaltou que ela pode ser aprimorada para atender este novo contexto de mercado, em especial, o cooperativismo de plataforma. Em sua fala, Márcio deu reconhecimento ao ministro Ives Gandra pelo apoio na construção de entendimentos em defesa das cooperativas.
“Desejo que o cooperativismo de trabalho seja ainda mais conhecido e reconhecido especialmente pelos tribunais. Precisamos de regulamentações para garantir que as cooperativas ocupem cada vez mais espaços no mercado e em processos licitatórios. Esta legislação é fruto de um grande esforço do nosso movimento, do Judiciário e de outras forças que ajudaram a construí-la. Ela mitigou preconceitos e hoje não somos mais vistos como agentes de precarização de mão de obra”, considerou.
O presidente destacou também que sua presença no conselho da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) objetiva abrir mercados para novos negócios das cooperativas brasileiras. “Vamos pensar com ousadia para chegarmos em novos lugares. E desejo que nossas ações e estratégias reflitam em uma melhor qualidade de trabalho para todos os que estão na base”, acrescentou.
O ministro Ives Gandra relembrou aspectos históricos que contribuíram para a formulação da norma, desde a recomendação 193 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), passando por entendimentos jurídicos até a chegada da Lei 12.690/12. O jurista afirmou ser um defensor do modelo cooperativista e ressaltou que há diversas formas de organização de trabalho e que é importante preservar as características de cada uma.
“Cada modelo tem seu regime jurídico com direitos e obrigações. A grande vantagem do trabalho cooperado é que não há intermediário. O trabalhador se organiza de tal modo, que aquilo que é recebido é distribuído de forma igual para todos. É um trabalho em que se somam esforços e todos ganham. Nosso entendimento jurídico para identificar fraudes é resumido em três características bem definidas: uma cooperativa deve ser constituída de forma espontânea, ter gestão autônoma e liberdade de filiação”, explicou.
Sobre o panorama futuro, Ives diz que visualiza a pacificação da jurisprudência, a redução do ativismo judicial e maior utilização da lei em vigor. “A medida em que o modelo for melhor conhecido e compreendido pela Justiça e agentes econômicos e sociais, teremos segmentos com dificuldades de se colocar angariando espaços por meio de congregação em cooperativas. Vejo um futuro promissor com a ampliação do cooperativismo de trabalho no Brasil e no mundo. Sobre a participação de cooperativas em licitações, acredito que deva haver o mesmo tratamento para empresas e para as cooperativas. Devemos buscar, sempre, separar o joio do trigo”, concluiu.
O gerente de Projetos Internacionais do Complexo Mondragon (Espanha), Ibon Zugasti, falou sobre o modelo de negócios que as cooperativas de trabalho adotam no país europeu, que atua desde a construção de elevadores, montadoras do setor automotivo, áreas de energia e engenharia. Ele parabenizou o cooperativismo brasileiro pelos dez anos da lei. Para acessar a apresentação realizada por ele basta clicar aqui.
“Também acabamos de comemorar o aniversário da nossa lei similar à do Brasil. Entendemos todo o processo que vivenciaram. Temos mais de 65 anos e só recentemente passamos a ser vistos como um ecossistema de inovação social. Somos 95 cooperativas e mais de 138 filiais apostando em inovação tecnológica por meio de 14 centros de pesquisa. Objetivamos auferir lucros, mas nos diferenciamos pela maneira em que essa riqueza é distribuída”, afirmou.
A presidente da cooperativa educacional catarinense Magna, Elizeth Pelegrini, relatou que “a Lei 12.690 disciplinou o funcionamento das cooperativas de trabalho e trouxe benefícios aos associados, mas que alguns artigos ainda aguardam regulamentação". José Ailton, presidente da Copifor, de Minas Gerais, também afirmou que a legislação facilitou o acesso aos mercados, mas que é preciso avançar nos processos licitatórios.
“Poderíamos avançar em várias oportunidades de trabalho que a legislação já prevê, mas por diversas vezes somos impedidos de participar de processos licitatórios. Podemos avançar em Parcerias Público-Privadas (PPPs). Além disso, temos os avanços que o cooperativismo de plataforma vem trazendo. É, sem dúvidas, um futuro promissor”, disse.
Margareth Cunha, coordenadora da Câmara de Manutenção, Conservação e Segurança disse que a legislação deu um norte para o cooperativismo de trabalho. “A partir da lei todas as cooperativas pararam para refletir e vejo que acertamos em lutar, em criar nossa autogestão. Hoje temos voz e vez”, comemorou.
Representatividade e Câmaras Temáticas
O Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços (TPBS) conta atualmente com 860 cooperativas, mais de 221 mil cooperados e emprega 9.759 pessoas, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro – edição 2021.
Durante o evento foi divulgada a nova configuração da coordenação do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços, que passa a atuar, prioritariamente, por meio de câmaras temáticas. Fabrício Pacheco (RO) coordenará a câmara de Professores; Gilson Camboim (MT), além de coordenar nacionalmente o ramo, acumula a coordenação das cooperativas Minerais; José Ailton (MG), a câmara de Consultoria, Instrutoria e ATER; Cleusimar Andrade (DF), a de Reciclagem; e Margareth Cunha (RS), a de Manutenção, Conservação e Segurança.
Congresso continental
“A Lei brasileira é precursora e abriu um caminho muito frutífero para outros países do continente, que ainda não encontraram adequada interpretação da justiça”, asseverou o professor argentino, Dante Cracogna. Ele participou do seminário e convidou os presentes a participarem do VIII Congresso Continental de Direito Cooperativo, que acontecerá em outubro junto com a 6ª Cúpula das Cooperativas das Américas, no Paraguai. O tema central do evento será O Direito Cooperativo e a Identidade Cooperativa no Pós Pandemia. A apresentação do doutrinador argentino pode ser acessada aqui.
Histórico
A história do Ramo Trabalho começou com a publicação do Decreto-Lei 22.239, de 1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Em 1971, a Lei Geral do Cooperativismo (5.764) foi sancionada e, em 2003, foi criado o Movimento Nacional de Valorização do Ramo Trabalho.
Em 2004, foi publicada a Consolidação dos Critérios para a Identificação de Cooperativas de Trabalho. O documento, que diferencia as cooperativas de iniciativas fraudulentas, é fruto de amplo debate promovido pelo Sistema OCB e aponta as características mínimas para que um empreendimento seja considerado e registrado como cooperativa de trabalho.
Ainda em 2004 foi apresentado o Projeto de Lei 4.622/04, que tramitou no Congresso Nacional durante 8 anos e deu origem à Lei 12.690/12.
Atualmente, o Sistema OCB continua atuando para garantir melhorias e avanços para o segmento como, por exemplo, a articulação pela revogação da Súmula 281, do Tribunal de Contas da União (TCU), que veda a participação de cooperativas em processos de licitações. Este é um pleito antigo do setor, juntamente com a revisão do Termo de Conciliação Judicial (TJC), firmado entre a União e o Ministério Público, utilizado como obstáculo para que cooperativas de trabalho possam prestar seus serviços a qualquer ente federado.
Assista o evento na íntegra:
O governador Ibaneis Rocha sancionou na última segunda-feira, 4 de julho, a Lei nº 7.162/2022, que inclui no calendário oficial do Distrito Federal a comemoração do Dia da Mulher no Cooperativismo. A data será celebrada anualmente em 15 de agosto e foi instituída após projeto de lei apresentado à Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo deputado distrital e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, Roosevelt Vilela.
O texto, aprovado em primeiro e segundo turno, tem o objetivo de reconhecer o protagonismo desempenhado pelas mulheres no cooperativismo, que têm contribuído de forma significativa para a expansão do setor no território brasiliense.
“No âmbito do cooperativismo, a atuação da mulher é cada vez mais frequente, ocupando lugares de destaque, seja como associada, nos conselhos fiscais, na administração ou até mesmo na presidência das instituições. Nesse sentido, a experiência prática tem mostrado que a presença e a participação feminina são fundamentais para o sucesso do cooperativismo no país”, explicou Roosevelt Vilela na justificativa do projeto.
Com a sanção do governador e a publicação no Diário Oficial do DF, a lei já está em vigor. No próximo dia 15 de agosto acontecerá a primeira celebração voltada à data, que recorda o dia de nascimento da professora Diva Benevides Pinho, uma das pioneiras no estudo do cooperativismo no Brasil.
Ciente da sanção da lei e da importância das mulheres no cooperativismo regional, o conselho de administração da OCDF aprovou a comenda com o nome da professora para homenagear, anualmente, as mulheres que se destacam no cooperativismo do Distrito Federal.
Breve histórico de Diva Benevides Pinho
Diva Benevides Pinho foi professora emérita da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP e faleceu em março de 2016, aos 90 anos.
A professora participou ativamente da história da FEA como docente e inspirava a todos com sua cultura de cooperação, fomentando a necessidade de incentivar, principalmente nos ex-alunos, a retribuição à universidade.
Foi uma das primeiras brasileiras a publicar pesquisas e estudos acadêmicos abordando o cooperativismo. A contribuição da professora para o desenvolvimento acadêmico do tema é incalculável. A sua tese de doutorado em economia foi a primeira a tratar sobre cooperativismo na Universidade de São Paulo.
Diva Benevides Pinho é autora do livro “O Cooperativismo No Brasil”, obra publicada em 2004 e na qual ela faz uma profunda análise dos fatores de mudança do cooperativismo brasileiro no início do século XXI.
O cooperativismo do Distrito Federal viveu um momento para lá de especial na noite da última sexta-feira, 24 de junho, no plenário da Câmara Legislativa do DF. O ambiente em que são votadas decisões importantes para o futuro da Capital Federal foi palco de sessão solene em homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo e também da outorga do Título de Cidadão Honorário de Brasília ao presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto. A solenidade foi prestigiada por autoridades de órgãos do Executivo e do Legislativo distrital e federal, lideranças e membros das cooperativas brasilienses, além de familiares e amigos do homenageado.
Propositor da sessão solene e também da homenagem a Remy, o deputado Roosevelt Vilela, que é presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, abriu o evento displanando sobre o sistema cooperativista e sua relevância para o desenvolvimento local e do país, por meio da capacidade de impulsionar a vida das pessoas e permitir o acesso a oportunidades de emprego e fontes de renda.
Roosevelt também destacou a contribuição de Remy Gorga Neto para o desenvolvimento do cooperativismo no DF, razão pela qual o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF foi outorgado com o título de mais novo Cidadão Honorário de Brasília. “Você, Remy, vem mostrando há algum tempo a capacidade de transformar a vida de muitas pessoas. Você promove o cooperativismo e com isso permite que pessoas possam ter independência financeira, possam ter dignidade e nós, da Câmara Legislativa do DF, reconhecemos esse empenho e esse seu exemplo; um exemplo que deve ser seguido”, observou o parlamentar.
Visivelmente emocionado pela outorga do título, o presidente do sistema cooperativista brasiliense recordou seus ancestrais, os ensinamentos e valores que recebeu desde a infância, no interior do Rio Grande do Sul, bem como um pouco do trabalho que desenvolve desde o final da década de 1990 e que tem permitido que o modelo de vida proposto pelo cooperativismo seja cada dia mais evidente no Distrito Federal.
“Esse momento, para mim, como pessoa e como liderança do cooperativismo, é bastante especial. Acredito que é um reconhecimento a todos os meus ancestrais e espero seguir contribuindo ainda mais com o desenvolvimento do cooperativismo e ensinando e sendo um exemplo para as gerações que estão vindo, como a dos meus sobrinhos e a do meu filho. É uma honra receber esse título de cidadão brasiliense, algo que dentro do meu coração já sou há algum tempo”, disse Remy.
A mesa da solenidade contou, também, com a presença do chefe da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira Fraga Filho; do presidente da Federação de Agricultura, Pecuária e Hortifrutigranjeiros do DF (da FAPE-DF), Fernando Cézar Ribeiro; e da mãe de Remy, Therezinha de Jesus Gorga.
Amigo de Remy de longa data, Nelson destacou que o cooperativismo é melhor maneira de distribuição de renda para a sociedade contemporânea e salientou que o setor merece ser mais olhado com atenção pelas autoridades de forma a seguir evoluindo como um instrumento capaz de gerar qualidade de vida para a comunidade. Já Fernando Cezar lembrou a parceria construída com Remy e falou que FAPE-DF e o Sistema OCDF são instituições que caminham juntas, pensando no desenvolvimento do DF. Ele também parabenizou Remy por conduzir com maestria a promoção do cooperativismo no território distrital.
Durante a solenidade, Remy ainda recebeu o bóton alusivo de Cidadão Honorário de Brasília e foi homenageado com um discurso e com um vídeo que reuniu seus familiares, amigos e colegas de trabalho, no qual o parabenizaram pela conquista.
Ao fim do evento, os presentes à solenidade participaram do 1° Arraial do Cooperativismo do DF, realizado na Praça do Servidor, dentro das instalações da CLDF. O momento contou com música ao vivo e barraquinhas, onde foram servidas comidas e bebidas típicas das festas de São João.
Já estão abertas as inscrições para a 20ª edição dos Jogos de Integração Cooperativista do Distrito Federal (Cooperjogos). A iniciativa é promovida pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF como uma forma de celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo e faz parte do calendário anual de atividades da instituição. Neste ano, os jogos serão realizados no dia 6 de agosto, nas instalações do Sesi, em Taguatinga Norte, a partir das 7h30.
O Cooperjogos também têm a finalidade de incentivar a saúde, qualidade de vida e integração por meio da prática esportiva. Neste ano, dirigentes, associados, colaboradores de cooperativas e também familiares poderão participar de 21 modalidades, dentre elas futsal masculino e feminino, natação, atletismo, cabo de guerra, truco, jogos eletrônicos e gincana solidária.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 24 de junho, por meio do aplicativo do Sistema OCDF, ou pelo site http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/
O encerramento do Cooperjogos contará ainda com o tradicional concurso que elegerá a Miss e o Mister Cooperativismo 2022. O evento reunirá os atletas que participarem das atividades esportivas para celebrar a união e a integração entre as cooperativas do Distrito Federal. Na ocasião, será divulgado o ramo vencedor e efetuada a entrega do troféu desta edição dos jogos.
Serviço
Data: 6 de agosto
Local: Sesi Taguatinga Norte - St. F Norte QNF 24
Horário: A partir de 7h30
Inscrições: http://inscricoes.sescoopdf.coop.br/
O Sistema OCDF- SESCOOP/DF promoveu, na última quarta-feira, 15 de junho, a primeira edição do Encontro das Cooperativas de Reciclagem do Distrito Federal. O evento reuniu lideranças do ramo e também cooperados para apresentar conteúdos valiosos, a fim de promover uma reflexão e contribuir para melhorar o cenário da reciclagem no DF.
O presidente do sistema cooperativista da capital, Remy Gorga Neto, abriu o encontro falando da importância dos conteúdos escolhidos para compor a programação e afirmou que os catadores de materiais recicláveis, estando capacitados, poderão atuar no dia a dia com mais tranquilidade e de forma mais eficiente. “A realização desse evento tem a finalidade de atender às demandas que recebemos de vocês. Essa via de mão dupla, de procurar saber as necessidades das cooperativas e seus cooperados e promover uma atividade que possa atendê-los, é o que permite que o cooperativismo se desenvolva e fique ainda mais forte. Vocês sairão daqui capacitados e certamente irão atuar com mais assertividade”, garantiu Remy.
Os catadores presentes ao encontro assistiram uma apresentação sobre o contexto da reciclagem no Brasil e detalhes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)). O momento foi conduzido pelo analista da OCB voltado para o relacionamento institucional de temas ligados às cooperativas de reciclagem, Alex Macedo, que falou ainda sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), documento elaborado pelo governo federal para nortear a gestão do setor no país, e sobre sistemas de logística reversa. O analista da OCB destacou, na ocasião, que 85,71#$-$#das cooperativas e associações situadas no DF estão inseridas dentro desses sistemas e colaboram para o desenvolvimento econômico e social da região.
Alex comentou sobre o cenário das cooperativas de reciclagem no DF e disse acreditar que o setor têm capacidade de crescer ainda mais dentro do território brasiliense. “Atualmente há contratos vigentes com o Serviço de Limpeza Urbana e isso vem acompanhado de uma demanda que está cada vez maior. As cooperativas estando bem equipadas, com infraestrutura, com contratos cada vez melhores e inseridas dentro de sistemas de logística reversa formam uma equação que irá potencializar ainda mais essas organizações. Aliado a isso está o trabalho desempenhado pelo Sistema OCDF, que vem para apoiar as cooperativas, para ajudá-las a se estruturar, organizar e aproveitar essas oportunidades de mercado, o que pode se traduzir em mais qualidade de vida e de trabalho para o catador”, explicou o analista.
Na sequência, os catadores conferiram uma palestra sobre aposentadoria especial por exposição a agentes prejudiciais à saúde. O assunto foi tratado pelo coordenador de reabilitação profissional e benefícios por incapacidade da Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência, Paulo César Andrade, e pela analista e advogada da CNCOOP, Márcia Gonçalves de Almeida. A dupla explicou a inserção dos catadores no regime de aposentadoria especial e destacou ao público do evento a necessidade de comprovação pelo cooperado da efetiva exposição de sua saúde a agentes físicos, químicos e biológicos durante atividade de coleta e industrialização do lixo.
A programação do encontro seguiu com uma apresentação sobre serviços financeiros para as cooperativas de reciclagem, realizada por colaboradores da Sicoob Planalto Central e da Sicoob Cred Brasília.
Para finalizar, o encontro apresentou uma explicação sobre o Certificado de Crédito de Reciclagem – Recicla+. A medida visa proporcionar injeção de investimentos privados na reciclagem de produtos e embalagens descartados pelo consumidor e foi instituída no último mês de abril, por meio do Decreto nº 11.044/2022. A ação, desenvolvida conjuntamente pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Economia (ME), deve potencializar entrada de cerca de R$ 14 bilhões ao ano de investimentos no setor da reciclagem, o que corresponde à estimativa do quanto o país deixa de ganhar atualmente ao não reciclar materiais.
A presidente da Central das Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF (Centcoop), Aline Sousa, parabenizou o Sistema OCDF-SESCOOP/DF pela realização da encontro, pela oportunidade de adquirir mais conhecimento e a possibilidade de integração com as demais cooperativas do DF. “A programação foi toda feita a partir da realidade do catador e isso contribui demais para o nosso trabalho. Ter informação hoje em dia é fundamental e, a partir de agora, o nosso objetivo é utilizar tudo o que foi apresentado aqui da maneira correta para melhorar o desempenho das nossas cooperativas no DF”, comentou ela.
Um grupo de voluntários realizou um mutirão de limpeza na Praça do Bicalho, em Taguatinga Norte, durante o final de semana passado. A ação foi organizada pela Sicredi Planalto Central, cooperativa associada ao Sistema OCDF-SESCOOP/DF, como parte das atividades que celebram o Dia de Cooperar (Dia C). Os voluntários também realizaram o plantio de árvores e consertaram o parquinho utilizado pelas crianças da região.
A presidente da Sicredi Planalto Central, Carmo Spies, comemorou o sucesso da ação realizada e comentou sobre a satisfação em ver o cooperativismo transformando realidades no território brasiliense. “Ver a cultura do cooperativismo inserida nas comunidades do Distrito Federal nos enche de orgulho por saber que estamos proporcionando mudanças positivas para os moradores. A revitalização na praça foi apenas a primeira ação de muitas que englobam o Dia C”, disse ela.
Quem também comemorou a realização foi o administrador regional da cidade, Ezequias da Silva. “Agradecemos a Sicredi pelo trabalho lindo que, além de celebrar o Dia C, também celebra os 67 anos de Taguatinga. O contato com a comunidade e com a cidade é fator de extrema importância”, observou.
O Dia de Cooperar é promovido há 13 anos e é considerado um dos maiores movimentos de estímulo ao trabalho voluntário brasileiro. As ações demonstram, a partir de iniciativas práticas, a força do cooperativismo em todo o Brasil. Exemplo disso foi a edição de 2021 que beneficiou mais de 5 milhões de pessoas de norte a sul do país. Foram mais 145 mil voluntários, 2.579 unidades cooperativas participantes, 2.296 iniciativas das cooperativas - sendo 1.846 delas voltadas ao combate da Covid-19 - em 1.411 municípios.
Este ano, o Dia de Cooperar no Distrito Federal será celebrado no dia 2 de julho, a partir das 9h, em frente a Escola Classe 01, da Cidade Estrutural. Na ocasião, serão ofertados atendimentos nas áreas da saúde, consultoria financeira e jurídica, beleza, bem-estar, além de muita música e diversão.
A celebração do Dia C coincide com o Dia Internacional do Cooperativismo, data instituída oficialmente em 1994 e que é anualmente celebrada no primeiro sábado do mês de julho. Embora tenha sido criado em 2009, o Dia de Cooperar integra o calendário das cooperativas brasilienses desde 2014.
Dirigentes da Sicoob Planalto Central e da Sicoob Goiás Central, duas importantes centrais de cooperativas de crédito do Brasil, estiveram reunidos no último sábado, 11 de junho, no munícipio de Alexânia, em Goiás, para a realização das Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) das duas organizações. A ocasião entrou para a história, representando o pontapé inicial para a materialização de uma das maiores uniões sistêmicas do cooperativismo brasileiro.
A união das duas centrais fortalecerá ainda mais o cenário cooperativista no país. Juntas, elas irão deter mais de 21#$-$#das ações do Banco Sicoob, contando com 25 cooperativas filiadas e uma rede de atendimento de 160 agências, somando aproximadamente 200 mil associados. A união das duas instituições concentrará um total de R$ 6,6 bilhões de ativos, R$ 1,4 bilhões de patrimônio líquido e um volume total de depósitos de R$ 4,4 bilhões, entre outros números significativos.
O presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto, presente ao evento na cidade goiana, comemorou a união das organizações e salientou que as duas centrais protagonizam um momento inédito na história do sistema cooperativista brasileiro. “As duas centrais, Sicoob Planalto Central e Sicoob Goiás Central, fazem história promovendo essa integração, que demonstra a maturidade do sistema cooperativista de crédito da região Centro-Oeste. As centrais somam esforços para conquistar maior competitividade dentro do cooperativismo de crédito e isso é um exemplo não só para outras centrais, mas também para as cooperativas singulares e para a melhoria da competitividade do cooperativismo de crédito no Brasil”, disse.
O presidente da Sicoob Planalto Central, Miguel de Oliveira, lembrou que não há registro de algo parecido dentro da estrutura do Sistema Sicoob em todo o Brasil e acredita que a junção das centrais se tornará um estímulo para que outras cooperativas possam adotar e contribuir para fortalecer o ramo de crédito no país. “A união das centrais tem como objetivo a busca pela eficiência. Uma central robusta, estruturada, vai dar condições para o nosso trabalho se desenvolver, ser mais eficiente. Não iremos precisar de estruturas em duplicidade para atender o Distrito Federal, Goiás e Tocantins”, explica ele.
O diretor de operações da Sicoob Planalto Central, Newton Brum, ressalta que a união das centrais não se dá por necessidade, mas por uma visão de futuro, e garante que os processos de prestação de serviço serão ofertados de uma maneira ainda mais eficiente e com alta qualidade às cooperativas. ““É um processo inovador que estamos promovendo com foco no futuro. Os nossos serviços irão ganhar em muitos aspectos, potencializando a capacidade que nós já temos de atendimento para as nossas cooperativas filiadas, além da melhoria dos nossos limites operacionais, dos indicadores e da rentabilidade", explica. “Podemos vislumbrar um futuro extremamente promissor”, acrescentou Brum.
As próximas etapas para a concretização dessa união serão a realização de uma AGE conjunta entre os presidentes das cooperativas filiadas da Sicoob Goiás Central e da Sicoob Planalto Central e, por fim, a homologação do Banco Central do Brasil.
O Sistema OCDF-SESCOOP/DF e a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promovem, na próxima sexta-feira, 24 de junho, sessão solene em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo. O evento terá início às 19h, no plenário da CLDF, e também será marcado pela outorga do título de cidadão honorário de Brasília ao presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, Remy Gorga Neto.
A solenidade contará com a presença de autoridades do Executivo e do Legislativo distrital e federal, assim como de dirigentes e membros das cooperativas em atividade no território brasiliense. Os trabalhos serão conduzidos pelo presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo do DF, deputado Roosevelt Vilela, juntamente com o presidente do Sistema OCDF-SESCOOP/DF.
Terminada a sessão, o público presente poderá aproveitar a 1ª edição do Arraial do Cooperativismo do Distrito Federal, que ocorrerá na Praça do Servidor, localizada dentro das instalações da CLDF. A realização contará com música ao vivo e barraquinhas, onde serão servidas comidas e bebidas típicas das festas de São João.
O objetivo do Sistema OCDF-SESCOOP/DF com o arraial é proporcionar às cooperativas brasilienses um momento de confraternização para comemorar o Dia Internacional do Cooperativismo que, apesar de ter sido instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1995, é uma data comemorada desde 1923.
Durante os meses de abril e maio, o Sistema OCDF-SESCOOP/DF promoveu junto às cooperativas brasilienses a campanha Gesto Vacinal. A iniciativa teve por objetivo contribuir para evitar, no âmbito do Distrito Federal, o avanço de infecções pelo vírus influenza, doença que causa uma infecção respiratória aguda, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos justamente durante a época mais fria do ano.
A Gesto Vacinal integra o planejamento estratégico do sistema cooperativista brasiliense e proporciona saúde e bem-estar aos membros de cooperativas que atuam no Distrito Federal, evitando a propagação em massa de doenças que podem levar à morte ou provocar sequelas graves, comprometendo a qualidade de vida e saúde das pessoas.
A edição deste ano da campanha foi um sucesso, imunizando um total de 944 pessoas com a vacina quadrivalente, que contém dois subtipos de Influenza A e mais dois subtipos de Influenza B e é eficaz contra dois subtipos da cepa A (H1N1 Victoria e H3N2 Darwin) e dois subtipos de cepas B (Victoria e Yamagata).
Foram vacinados colaboradores do Sistema OCDF-SESCOOP/DF, além de colaboradores e cooperados da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa/DF), Cooperativa de Trabalho e Saúde (Coopcare), Central de Cooperativas de Trabalho de Materiais Recicláveis do Distrito Federal (Centcoop), Central Rede Alternativa, Querubim Saúde, CooperSystem e Cooplem. A aplicação do imunizante ocorreu na sede de cada cooperativa.
O vice-presidente da Coopa/DF, Leandro Maldaner, enaltece a ação organizada pelo Sistema OCDF-SESCOOP/DF e ressalta a importância de poder garantir a saúde dos colaboradores e associados da cooperativa, localizada a aproximadamente 60 km da região central de Brasília. Além da relevância, ele diz ainda que a iniciativa é, ao mesmo tempo, uma comodidade. “Estamos em uma região rural, onde as temperaturas tendem ser mais baixas e o acesso à saúde é restrito. Há um posto de saúde próximo que atende a um público prioritário, como gestantes e idosos. Portanto, a vinda do Sistema OCDF até a nossa sede com as vacinas é fundamental, pois evita, primeiramente, um deslocamento até uma outra região do DF e, sobretudo, garante saúde para desenvolvermos o nosso trabalho da melhor forma possível”, explica.
A campanha deste ano superou os números obtidos no ano passado, quando foram imunizadas 569 pessoas.
O Sistema OCB lançou nesta quarta-feira (1º) a publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo, que tem como objetivo nortear os candidatos à Presidência da República na elaboração de políticas públicas voltadas ao movimento. Dividido em cinco eixos temáticos, a publicação apresenta as principais contribuições das cooperativas em prol do desenvolvimento do país e destaca as ações, projetos e normas que necessitam da ação do governo para a sua continuidade, ampliação ou implementação. A obra está disponível no link.
O primeiro eixo foca no protagonismo do movimento cooperativista na busca por uma nova economia, caracterizada pela demanda cada vez maior da sociedade por negócios pautados em propósito, com valores e resultados compartilhados, senso de comunidade, transparência, sustentabilidadede e integridade. Neste contexto, são defendidas propostas de adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, legislações e políticas públicas de apoio e estímulo ao cooperativismo, inserção do modelo de negócios em novos mercados e espaços de representatividade e de participação.
Já o segundo eixo trata do cooperativismo como modelo econômico de desenvolvimento sustentável, no qual são destaque as propostas em prol da segurança alimentar, do combate à fome, da agregação de valor às cadeiras produtivas e de transição para uma economia de baixo carbono. As cooperativas são responsáveis por grande parte dos alimentos que consumimos em nossas casas todos os dias e por isso devem estar no centro da Agenda 2030, estabelecida pela ONU. Aliás, enquanto o mercado incorpora aos poucos as dimensões ESG (Ambiental, Social e Governança, em português), para o cooperativismo, estes fatores fazem parte das suas raízes, estão presentes em seu DNA.
A atuação das cooperativas em prol de cidades e comunidades mais prósperas é o tema central do terceiro eixo. Nele, são destacadas a importância das cooperativas na prestação de serviços de interesse público com maior dinamismo e eficiência. Neste aspecto, destacamos as principais contribuições do cooperativismo para a inclusão financeira e desenvolvimento local e regional, bem como o papel do nosso movimento para o acesso ao crédito a produtores e pequenos negócios. Este eixo aborda também as propostas do cooperativismo no desenvolvimento do Norte e do Nordeste; para o acesso universal aos serviços de saúde; energia de qualidade no campo e nas cidades; para a educação inclusiva, equitativa e de qualidade; além da questão da mobilidade urbana, do aproveitamento do potencial turístico e de lazer e da moradia própria para a população.
O quarto eixo está direcionado à construção do futuro do trabalho pela cooperação. A ideia é desenvolver ações para promover a proteção social e a geração de renda por meio das cooperativas. Assim, pensar em cooperativismo é também refletir sobre políticas públicas de incentivo às novas tendências de se trabalhar em rede, conectar pessoas e colocá-las no centro das tomadas de decisão de seus próprios negócios, por meio do empreendedorismo coletivo e da autogestão
As bases estruturantes para impulsionar o Brasil estão no último eixo da publicação. Nele são detalhados pontos de relevância que precisam estar na pauta do futuro governo para garantir um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento do país, como previsibilidade e estabilidade econômica, contas públicas e responsabilidade fiscal, investimento em infraestrutura e aumento da competitividade. O eixo traz ainda, sugestões de soluções para a promoção da educação como base de desenvolvimento e para o estímulo a instituições públicas mais eficazes, responsáveis e transparentes.
Números
A publicação Propostas para um Brasil Mais Cooperativo traz ainda dados consolidados sobre os sete ramos do cooperativismo e o papel das cooperativas enquanto modelo de negócio sustentável, ambientalmente responsável e socialmente justo.
Em números, o Brasil conta atualmente com 4,8 mil cooperativas, sendo 2,4 mil delas com mais de 20 anos de atuação no mercado. O movimento tem 17,1 milhões de cooperados e gera cerca de 455 mil empregos diretos. O total de ativos do cooperativismo ultrapassa R$ 655 bilhões, por ano.
O Ramo Agro, por exemplo, representa 53#$-$#da produção de grãos do país e 71,2#$-$#dos produtores são da agricultura familiar. Congrega ainda, mais de 8 mil profissionais dedicados à assistência técnica e extensão rural. O setor conta com 1.173 cooperativas, mais de 1 milhão de cooperados e é responsável por gerar mais de 200 mil empregos diretos.
O Ramo Crédito, por sua vez, se destaca por possuir a maior rede de atendimento entre as instituições financeiras do país. Conta com mais de 7,6 mil pontos, chegando em municípios onde grandes bancos não estão presentes. São 775 cooperativas, 11,9 milhões de cooperados e mais 79 empregos diretos gerados.
O Ramo Saúde, com suas 758 cooperativas, 292 mil cooperados e mais de 116 mil empregos gerados, representa 32#$-$#do mercado de saúde suplementar. As cooperativas do setor estão presentes em 85#$-$#dos municípios brasileiros e são responsáveis pela administração de 11,9 mil leitos em 149 hospitais distribuídos em 25 estados.
O Ramo Infraestrutura, com cooperativas localizadas majoritariamente no meio rural e em municípios do interior do país, hoje conta com mais de 4 milhões de usuários em 806 municípios brasileiros, com as maiores notas na qualificação do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor.
Outro ramo relevante, o de Transportes, conta com 984 cooperativas, mais de 89 mil cooperados e gera cerca de 5 mil empregos diretos. É responsável ainda por 450 milhões de toneladas de carga movimentada anualmente, sem contar o transporte de passageiros.
Prosperidade
Para além dos pontos destacados na publicação, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca que o modelo de negócios cooperativista é capaz de garantir prosperidade para a sociedade, ao impulsionar a geração de trabalho e renda, o acesso a mercados (nacional e internacional) e o desenvolvimento das regiões brasileiras.
“Ao longo dos últimos anos, o cooperativismo tem se consolidado como alternativa para o sistema econômico do Brasil, uma vez que conseguimos, em um mesmo movimento, trabalhar todos os aspectos do desenvolvimento sustentável e da nova economia. E esse é nosso diferencial competitivo. Esta publicação registra o empenho do nosso movimento em colaborar com a economia brasileira. Então, ao apontar as demandas mais urgentes do setor, acreditamos que, de forma conjunta, os Três Poderes podem contribuir para o desenvolvimento do país, construindo um Brasil mais forte e cooperativo”, afirma Freitas.
Confira a publicação na íntegra: https://in.coop.br/propostas_coop
O Sistema OCDF - SESCOOP/DF realizará o Encontro de Cooperativas de Reciclagem do Distrito Federal na próxima quarta-feira (15), das 8h às 12h, no Quality Hotel & Suites Brasilia. O objetivo é reunir as lideranças para debater sobre o atual cenário das cooperativas de reciclagem da região.
Na ocasião, pautas importantes relacionadas ao setor serão abordadas nas palestras do evento que contará com integrantes do Ministério do Trabalho, do Ministério do Meio Ambiente, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (SICOOB).
Programação:
8h – Credenciamento e Welcome Coffee
9h - Sistema OCDF-SESCOOP/DF
Remy Gorga Neto - Presidente do Sistema OCDF / SESCOOP/DF
9h15 - O Cenário das Cooperativas de Reciclagem no Brasil | Logística Reversa e Planares
Alex Macedo - Organização das Cooperativas do Brasil (OCB)
10h – Aposentadoria para Catadores – Novo Marco Legal
Paulo César Andrade - Ministério do Trabalho e Previdência
10h45 – Serviços Financeiros para as Cooperativas de Reciclagem
Representante do Sicoob Planalto Central
11h30 – Créditos de Reciclagem – Legislação
Representante do Ministério do Meio Ambiente
12h15 – Almoço
Os interessados devem se inscrever por meio do aplicativo do Sistema OCDF, disponível para download na versão Android e iOS, ou pela nova versão do app disponibilizada para web.
Clique aqui para acessar e fazer sua inscrição.